Caraca vcs são os melhores!!1 eu pensei que vcs não iam comentar tão rápido assim, ai eu sai do not e deixei minha sobrinha mexer. desculpem a demora, continuem comentando que enquanto tiver comentários e eu estiver acordada eu postarei; Beijooos!!! <3 uns 4, 5 comentários apenas pq esse tá pequenininho ;)
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JOE
Era quarta-feira, meio da semana, mas saí mais
cedo do trabalho. Estava sem conseguir prestar atenção em nada. As
pessoas falavam e eu não ouvia. Lia contratos, mas não entendia.
Estava tão desligado de tudo, tão perturbado, que para fazer uma
grande burrada nos negócios não faltava muito. Então fiquei até
às três horas da tarde e desisti. Saí e fui para casa.
Mesmo lá, não me sentia em paz. Havia algo
dentro de mim me remoendo, latejando, doendo. Demi não saía da
minha cabeça. Principalmente seu ódio e seu nojo no último
encontro. O que vi ali, nos olhos dela, me deixou chocado. Perdido.
Com medo.
Acabei saindo de casa e fui caminhar na praia.
Andei por lá sem rumo, carregando meus tênis na mão, pisando na
água fria. Pensando. Coisa que eu mais fazia ultimamente.
Tentei dar um tempo e seguir minha vida, para
depois tentar falar com ela com mais calma. Mas a cada dia que
passava, aquela buraco em meu peito aumentava, assim como a certeza
de que teria que ralar muito para que um dia me perdoasse. Isso ficou
claro com seu ódio.
Uma parte de mim se rebelava. Queria gritar que
não estava nem aí e seguir minha vida.
Pensei em sair, me divertir, cair na farra. Isso
me faria esquecer. Talvez o que precisava era me desligar de vez de
Demi e só me aproximar quando fosse para fazer o teste de DNA e
decidir sobre nosso filho. Assim eu a esqueceria, a tiraria do meu
sangue e da minha cabeça. E voltaria a ser eu mesmo.
Mas outra parte, maior e mais nova de mim,
estranhamente mais presente naqueles dias, gritava o contrário.
Parecia imobilizar a minha rebeldia e me segurar pelo pescoço,
tirando meu chão, minha base. Essa não me deixava tirar Demi da
cabeça e gritava “BURRO”, “BURRO”, “BURRO”, vezes sem
conta. Abria meus olhos e o que eu via dava vergonha. Vergonha e
raiva de mim mesmo.
Ainda era difícil admitir o quanto gostava de
Demi e o quanto ainda a queria. Tudo era difícil, mas começava a
ver o que fiz com outros olhos e o que mais me desesperava era que em
nenhuma das vezes que a traí, senti prazer tão grande quanto com
ela. Foi mecânico, sem sentimento, sem paixão. Para provar a mim
mesmo que podia e que Demi não me tinha nas mãos. E de que valera
tudo aquilo, se agora eu percebia exatamente isso? Que lutando ou
não, eu estava nas mãos dela?
Pisei na areia molhada e fitei o mar, realmente
sem ver. Sentia como se uma venda fosse tirada dos meus olhos,
desvendando novos sentimentos dentro de mim, desvendando alguém que
eu era ou tinha me tornado e ainda não conhecia. Um Joe estranho e
novo para mim.
Afastei-me da água e sentei na areia, largando os
tênis ao meu lado, apoiando os braços nos joelhos e pensando nela.
Acho que pela primeira vez desde que a conheci, deixei minhas defesas
caírem e fui sincero comigo mesmo. Eu tinha tido uma mulher que me
amava e por quem eu estava louco e estreguei por orgulho e por medo
de me envolver. Não fui ignorante. Fiz de propósito, para me
convencer que não a queria.
E agora me dava conta que a queria demais, que não
sabia que rumo tomar sem ela. O que seria da minha vida? Aquela coisa
fria de sempre, usando pessoas e sendo usado? Como, se eu tinha
provado o amor e me enfeitiçado? Se aprendi que sexo poderia ser
mais do que apenas desejo satisfeito, mas entrega, carinho, troca,
ligação? O que eu faria da minha vida agora sem Demi? Sem seu
sorriso, sem seu olhar, sem estar perto dela?
Imagens de nós dois juntos naquela praia vieram à
minha mente. E indaguei a mim mesmo como uma pessoa poderia ser tão
feliz sem saber? O que não me deixou enxergar e aceitar?
Tinha sido uma vida inteira me sentindo superior.
Mai rico, mais inteligente, mais bonito. Um rei em meu mundo. Se
ninguém podia comigo, para que me rebaixar? E no entanto, era muito
mais fraco do que os outros. Era medroso. Me escondia em meu mundinho
seguro onde ninguém se aproximava demais e onde era sempre eu a
descartar o que não queria, a usar e ganhar.
Agora eu não tinha nada. Nada que realmente me
importasse. E o futuro parecia vazio. Oco.
Fechei os olhos por um momento e vi Demi a minha
frente, tão perto que eu poderia tocá-la e beijá-la. O desespero
me envolveu quando me dei conta que corria um risco sério de que
aquilo nunca mais acontecesse.
Suspirei, cansado, exausto de passar dias assim,
pensando, sozinho, perdido. Poderia estar comemorando minha
liberdade. Poderia estar com qualquer mulher ou nas orgias. Mas ia do
trabalho para casa e estava ali agora, sozinho. E com ela.
Demi ia ter um filho meu. Ainda não conseguia
assimilar direito aquilo. Era estranho e perturbador imaginar que eu
seria responsável por outra pessoa, alguém com quem teria uma
ligação pelo resto da vida. Alguém que seria uma parte minha e uma
parte dela. Era um misto de sensações novas, com as quais não
sabia ao certo como lidar.
A agonia dentro de mim aumentava e abri os olhos,
fitando o mar. Não sei em que momento foi, mas fiquei bem calmo
quando entendi por que os dias pareciam tão sombrios sem Demi, por
que seu desprezo doía tanto e eu me sentia apático, sem ânimo para
nada. Não tinha sido só sexo, nem só paixão e admiração. A
loucura que despertava em mim não era passageira. Eu estava
irremediavelmente apaixonado. E mais: pela primeira vez na minha vida
eu amava uma mulher. Eu amava Demi.
Era contra aquilo que lutei tanto e de que tinha
adiantado? Consegui tirá-la da minha vida, como sempre planejei. Mas
para me sentir aquilo? Aquele lixo? Aquele nada?
Levantei, um certo desespero dentro de mim ao me
dar conta dos riscos que corria. Decidi que não ficaria ali me
lamentando. Aquele não era eu. Tinha me perdido, tinha vacilado,
tinha feito um monte de burrada. Ainda tinha medo. Fui ensinado a não
confiar e não amar, sabia dos perigos. Mas agora eu faria por onde
para reconquistar Demi e não perdê-la mais. Ela teria que me ouvir.
Me veria tanto no seu caminho que não teria mais como fugir. E eu
provaria meu arrependimento.
Caminhei decidido em direção ao meu carro.
Eu vi quando Demi virou a rua e veio andando pela
calçada, de cabeça baixa, com sua bolsa vermelha pendurada no ombro
e abraçando uma pasta contra o peito. Seus cabelos soltos balançavam
longos atrás dela, como se tivessem vida própria, naquela rica cor
clara, brilhante.
Lembrei deles grudados em minha pele suada
enquanto eu a penetrava, de como gostava de enterrar meus dedos nos
fios sedosos perto da nuca e como me olhava entregue quando fazia
isso. Meu corpo doeu pela falta de sexo, pelo desejo latente de estar
novamente com ela embaixo de mim, tomando-me todo, gemendo.
Contive os pensamentos. Estava nervoso, sabia bem
as dificuldades que teria pela frente. Aquele era apenas o começo da
luta para que me perdoasse e me desse uma nova chance.
Desencostei do carro em frente à avenida de casas
que morava. Já era quase meia-noite e a rua estava deserta. Fiquei
preocupado, chegando tão tarde naquele lugar, sozinha. E foi naquele
momento, chegando perto, que Demi ergueu o rosto e me viu.
Empalideceu na hora. E em sua expressão não apareceu nenhum
vislumbre do amor que um dia sentiu por mim.
Somente raiva. E desprezo.
Apressou o passo, mas antes que chegasse na
entrada da avenida, eu bloqueei o seu caminho. Olhou ferozmente para
o buquê de rosas vermelhas ainda em botão nos meus braços e depois
para meus olhos, dizendo friamente:
- Quer sair da minha frente?
- Só vim trazer isso. E saber como você está. –
Falei baixo. Era impossível não me sentir abalado diante de tanto
asco, tanto ódio explícito.
- Estou ótima. E não quero “isso”. – Disse
com desprezo. Ia me contornar, mas a impedi de novo. Ficou
impaciente. – Eu já disse que não quero falar com você. Sei que
respeito é algo que você desconhece, mas quero que respeite a minha
vontade. Saia do meu caminho e da minha vida.
- Eu entendo, Demi. Fui o pior cafajeste que um
homem podia ser. Mas estou pedindo só uma chance de provar que me
arrependi.
- Saia. – Disse entredentes, realmente furiosa.
- Escute, só escute um pouco. Eu sou um babaca,
um desgraçado, tudo que você quiser me acusar. Me sinto um lixo. –
Fitava seus olhos, controlando-me para não abraçá-la, beijá-la,
quando a saudade doía tanto. E quando sabia que isso só a afastaria
ainda mais de mim. – Mas me deixe só ficar perto. Saber de você e
do nosso filho. Ajudar você. Olha esse lugar,
Demi. É perigoso chegar aqui uma hora dessas,
aqui atrás tem uma favela ...
- Obrigada por sua preocupação, mas o único
perigo para mim aqui é você. Estou cansada. Quero um pouco de paz.
Se quer me ajudar, saia da minha frente e me esqueça. Por que me
sinto mal quando está perto de mim. E se pensa que vou cair em seus
braços por que vem aqui com palavras doces e um buquê de rosas na
mão, está enganado. Eu nunca vou perdoar o que fez! Nunca!
A certeza dela era tão grande, seu ódio tão
evidente, que vacilei. Mordi o lábio inferior, sem saber mais o que
dizer, sem controle nenhum da situação.
- Eu entendo seu ódio. Mas não posso ficar
longe, Demi. – Falei baixo, sincero, sem vacilar.
- Não pode? – Sorriu, sem vontade, com ironia.
– Engraçado, quando estávamos juntos você conseguia muito bem
ficar longe. E melhor, longe de mim e perto de outras mulheres. Bem
perto. Conseguia ficar longe de mim e armar com minha irmã pelas
minhas costas. O que é? Sente falta de se divertir às minhas
custas?
Senti vergonha e culpa. Apertei as flores nas mãos
e lamentei não terem espinhos. Preferia mil vezes sangrar a me
sentir daquele jeito, um crápula, um traidor fodido que destruiu os
sonhos de uma mulher como Demi.
- Eu me arrependo. É o que estou dizendo.
- E eu não quero ouvir. – Disse friamente. –
É o que estou dizendo.
Nós nos olhamos e soube que ia ser bem mais
difícil do que tinha imaginado. Estava realmente determinada a não
me perdoar e com uma raiva tão grande que com certeza não fazia bem
nem a ela nem ao bebê. Achei melhor recuar. Não conseguiria nada me
impondo, só despertar mais o seu ódio. Mas não era desistir. Era
adiar.
- Tudo bem, eu vou embora. Mas ... Aceite só as
flores. Por favor.
Demi baixou os olhos para mim e para o buquê. Não
acreditei quando estendeu o braço e o pegou. Senti a esperança
renascer e, antes que sequer pudesse sentir um gostinho dela, Demi
atirou o buquê de rosas na rua, na frente do meu carro. Fitou meus
olhos com desprezo.
- Isso é o que faço com suas flores. E com tudo
que vem de você. – Contornou meu corpo imóvel e se afastou
rapidamente pela vila de casas.
Demorei até conseguir reagir. Olhei para as
flores e depois para a vila. Ela já tinha sumido de vista, entrado
em sua casa.
Fui como um autômato até o meu carro, tendo
certeza de uma coisa: não seria difícil reconquistá-la. Seri
impossível.
E voltei para casa mais arrasado do que quando
havia chegado.
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ResponderExcluirPosta maaaais
ResponderExcluirMaaaaaissssss
ResponderExcluirMeu Deussssssssssss, mais por favorrr
ResponderExcluirTo adorando ver o Joe tentando reconquistar a Demi!!
ResponderExcluirPosta mais, beijinhos***
Agora o Joe viu que vai ser difícil ter a Demi de volta. To com muita pena dos dois.
ResponderExcluirPOSTA LOGO PLISSSS
O capítulo foi pequeno, mas acabou comigo!! Que dó desses dois!!
ResponderExcluirPoste logo Mari, tenha dó da gente também...kkkk
Estou com muita pena do Joe, Mais ele merecia isso. Poste logo!! Beijos
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