15.1.15

Capitulo 5 - Maratona 4.6

Mil desculpas pela demora, eu tive que ficar sem usar o not um pouquinho, mas ok, estou de volta e se ainda tiver algm acompanhando ainda, se tiver 4 comentários eu já posto o outro e eu até estou pensando em aumentar a maratona de 6 capítulos para 10.... beijooos <3

Como eu acho que aqui tem leitoras novas, bem, eu tenho um blog de fics de minha autoria, deem uma olhada - "The Sexologist Wife: Be or Not Be"

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Joe se sentou no meio do sofá verde claro de Demi e observou enquanto ela dava a Ryan o resto da mamadeira. A pequena Lexi, de quatro anos, mexia-se no lado esquerdo dele, enquanto Demi estava à direita.

Ryan era uma coisa minúscula, muito menor do que a sobrinha dele, Bailey. — Ele é terrivelmente pequeno — disse Joe.

— Bebês costumam ser pequenos — resmungou Sandy da cozinha.

Joe a ignorou. Satã não estava feliz de tê-lo dentro do apartamento. Ele até mesmo conseguia sentir os olhos furiosos dela abrindo um buraco no lado da cabeça dele.

— Tem certeza de que não quer dar o resto da mamadeira a ele? — perguntou Demi.

— Não, obrigado. Estou perfeitamente feliz assistindo.

Satã grunhiu.

— Ele tá com medo de Ryan — anunciou Lexi.

— Não, não estou — respondeu Joe depressa demais.

— Então faça ele arrotar — disse Lexi.

Lexi ficou de pé no sofá, com os pés cobertos com meias rosas enterrando-se no estofado enquanto se segurava no ombro de Joe para se apoiar.

— Não, não, está tudo bem. Foi só olhar. Como você sabe tanto sobre bebês? — perguntou ele a Lexi, esperando desviar a atenção da garotinha.
 
— Eu era um — disse ela.

Sandy riu.

— Tome. — Lexi colocou uma fralda de tecido seca no ombro dele e bateu nela de leve. — Coloque a cabeça de Ryan bem aqui — disse ela a Demi.

A mamadeira estava vazia e Demi se mexeu no sofá para que pudesse fazer o que Lexi pedira.

— Ah, não sei — disse ele nervosamente quando Demi colocou Ryan exatamente como Lexi instruíra.

No segundo em que a cabeça do bebê encostou no ombro dele, Joe congelou, sem se mover um milímetro.

Lexi riu e moveu a mão dele para que a palma ficasse sobre as costas de Ryan. — Agora bata nele... de leve — disse ela a Joe. — Você é um cara grande — ela comentou com um sorriso. — Não machuque o bebezinho.

Ele bateu de leve nas costas de Ryan. — Assim?

Lexi assentiu. — Isso. Faça isso até ele arrotar.

Em alguns segundos, um arroto alto saiu da boca de Ryan. Os olhos de Joe se arregalaram. — Funcionou!

Lexi bateu palmas e deu um gritinho.

Ele sorriu para Demi e olhou para Sandy, o que foi um erro enorme, pois ela fazia uma careta e arruinou o momento.

— Mamãe, Ryan arrotou! — gritou Lexi no ouvido de Joe.

— O que Ryan fez? — perguntou Sandy com um sorriso, sabendo que a filha gritaria no ouvido dele novamente. O que ela realmente fez. Satã ficou feliz.

— Ryan gosta de você — disse Lexi quando Demi se levantou do sofá.

Joe riu. Apesar de ser filhote do demônio, Lexi era uma criança adorável.

— Mas ele não gosta da mãe dele — acrescentou Lexi.

Demi enrubesceu.

— É claro que ele gosta da mãe dele — Joe disse a Lexi.

— Não. Ele não gosta do peito dela.

— Muito bem — disse Sandy ao se aproximar apressada e levar Lexi. — Hora do banho, Lexi.

— Agora não. Howiewood disse que ia desenhar comigo.

— Talvez uma outra hora — disse Sandy.

— Ela é muito fofa — disse Joe depois que Lexi e Sandy saíram da sala.

— Ela é ótima — concordou Demi, cruzando os braços firmemente sobre o peito.

Joe não sabia o que fazer. Ryan adormecera no ombro dele. Não queria acordar o bebê, mas a perna estava começando a ficar com cãibras e o braço não estava em situação muito melhor.

Houve silêncio por um momento enquanto os dois olhavam para a cabecinha perfeita de Ryan deitada no ombro dele. — Eu nunca segurei um bebê antes — disse ele. — Quero dizer, não por tanto tempo. Não é tão difícil, afinal de contas.

— Você nasceu para isso.

Joe recuou a cabeça, enterrando o queixo no peito, e examinou Ryan. — Ele tem a sua boca — disse ele.

Demi se sentou no braço do sofá e também olhou longamente para Ryan.

— Hmm, você acha?

Enquanto ele examinava a boca de Demi para comparar, ela se sentiu ridiculamente constrangida e desejou não ter perguntado aquilo.

— Definitivamente — disse ele.

Ela olhou para a boca de Joe. — Eu não tinha notado isso. Talvez você tenha razão. — A ideia a deixou imensamente feliz. — Mas ele tem o seu nariz, isso é certo — acrescentou ela. — E os seus enormes olhos castanhos.

— Para ver você melhor, minha querida. — Ele mexeu as sobrancelhas para cima e para baixo.

Ela riu e parou quando viu que ele a encarava com um olhar estranho.

— O que foi?

— Nada — disse ele, desviando o olhar.

Ela pensou em induzi-lo a dizer em que estava pensando, mas achou melhor não fazê-lo. Até que as coisas estivessem resolvidas em relação a Ryan, era mais seguro manter a guarda levantada. Se ela queria convencer os pais de que eles estavam namorando, precisaria ser amigável, mas não havia motivo para exagerar.

O olhar dele recaiu sobre Ryan, que havia adormecido. — Parece que deixamos o homenzinho cansado. Devo colocá-lo no berço?

— Eu o levarei. — Ela se levantou e inclinou-se para pegar Ryan, afastando-o do peito de Joe. O bebê tinha o cheiro dele, almiscarado e masculino. — Já volto.

Quando ela voltou, Joe estava na porta, pronto para partir. Ela ficou feliz, o homem a deixava nervosa. Ele era bonito e charmoso demais para o próprio bem. A tarde inteira provavelmente fora uma enganação. Provavelmente ele estava apenas tentando agradá-la, deixá-la contente e, quando menos suspeitasse, surgiria com os advogados e encontraria uma forma de tirar Ryan dela. Não se podia contar com os homens, relembrou ela.

— Será que você se importaria se eu viesse aqui amanhã?

— Não — disse ela depressa demais. — Quero dizer, não acho que seja uma boa ideia. — Ela se sentia vulnerável e não gostava da sensação. Não conseguiria, de forma alguma, ser amiga dele e permanecer forte ao mesmo tempo. Os planos dela estavam rapidamente desintegrando-se. Ela abriu a porta e, depois que ele saiu, disse: — Talvez seja melhor que nos vejamos da próxima vez na sala de mediação.

Ele esfregou o queixo, claramente confuso. — Eu sei que isso não é fácil para você, mas só vamos nos encontrar na sala do mediador daqui a um

mês. Meus pais moram a menos de uma hora daqui e minha família já está insistindo para conhecer Ryan. Posso buscar você e Ryan, digamos, às 10 no sábado e...

— Não. Lamento. Não posso. — Ela bateu a porta e recostou-se nela, com os olhos fechados, até ouvi-lo se afastar. As coisas estavam acontecendo depressa demais. Ela tinha que administrar uma revista, pequena, mas ainda assim uma revista. Culinária para Todos era uma revista cheia de coisas, de receitas rápidas a análises de restaurantes. A ideia da revista ocorrera cinco anos antes como hobby, quando ainda morava no leste, mas rapidamente se transformara em algo muito maior. Ela encontrara um comprador para a edição de Nova Iorque, que concordara que ela iniciasse outra edição quando se mudasse para a Califórnia. Mas conseguir leitores levava tempo e as economias dela estavam exaurindo-se rapidamente. Se não achasse uma forma de conseguir mais assinantes, seria forçada a encontrar um emprego fora do apartamento.

Ela tinha que terminar um artigo, ler e-mails e atender o telefone.

Entrando na cozinha, pegou o aparelho. — Alô.

— Demi. Como é bom ouvir a sua voz. Sou eu, Thomas.

~~~

A caminho do carro, Joe achou difícil convencer a si mesmo de que tinha um filho. Os últimos dias foram uma montanha russa em relação às emoções. Antes de encontrar Demi, pensara muito sobre o que faria se encontrasse a mulher que o escolhera como doador e o que faria se ela estivesse grávida.

Certamente ele nunca pensara que se sentiria como naquele momento: feliz. Passar tempo com Ryan fora emocionante. Até mesmo a pequena Lexi acalmara o medo que ele tinha sobre conseguir ou não lidar com crianças.

Talvez, pensou, se Maggie conseguisse ver que ele mudara, que levava as responsabilidades a sério, veria que ele era o homem para ela, não Aaron.

Pelo canto do olho, ele viu uma placa que dizia "Apartamentos para alugar". Ele fez a volta e seguiu a direção das setas, o que o fez subir as escadas novamente. Diretamente à frente do apartamento de Demi, havia uma placa de ALUGA-SE.

Com um sorriso no rosto, ele se encaminhou para o escritório principal.

~~~

Três dias tinham se passado desde que Maggie e Joe se encontraram no tribunal. Aaron insistira que não fosse, mas Maggie foi mesmo assim e o noivo praticamente não estava falando com ela.

Apesar de terem mantido o relacionamento em segredo até recentemente, ela e Aaron moravam juntos havia alguns meses. Aaron estava sentado na mesa da cozinha, com o notebook aberto e todos os dez dedos martelando o teclado.

Maggie estava a alguns metros de distância observando-o. Ele era farmacêutico durante o dia e estudante de direito à noite. Ela adorava a forma como os cabelos dele se enrolavam em torno das orelhas e a maneira como o nariz se curvava ligeiramente para a esquerda, algo que ninguém mais notaria à primeira vista. Ela não gostava nem um pouco de interrompê-lo, mas ele estava em silêncio havia dias e aquilo tinha que parar. — Aaron — chamou ela.

— Hmm.

— Precisamos conversar sobre Joe.

Ele não respondeu, nem mesmo pestanejou, enquanto os dedos continuavam a martelar o teclado.

— Você precisa falar com o seu irmão — ela tentou novamente. — antes que ele leve aquela mulher ao tribunal e envergonhe a família inteira.

— Ele não é meu irmão — disse Aaron.

Biologicamente falando, aquilo era verdade. Mas Aaron fora oficiosamente adotado pela família de Joe aos doze anos de idade, depois que a mãe fugira com outro homem e o pai começara a passar mais tempo no bar do que em casa.

— Você costumava falar sobre Joe com orgulho — relembrou ela. – Sempre se gabou do lugar dele na NFL, conquistado com muito esforço, orgulhando-se de chamá-lo de irmão ao lembrar de uma história qualquer da infância.

— Isso foi há muito tempo, antes que eu a reencontrasse. As coisas são diferentes agora.

Ai, isso doeu. Maggie continuou a observá-lo. Ele ainda não desviara o olhar do computador. Desde que dera um soco no rosto de Joe, ele a tratara como se ela fosse a pessoa que fizera algo de errado. — Aaron. Olhe para mim, por favor.

Finalmente, ele ergueu o olhar, frio e parecendo não vê-la.

— Por que está me culpando pelas ações de Joe?

— Quer a verdade?

— Só a verdade.

— Eu acho que você queria que Joe a beijasse.

Ela se sentiu como se Aaron tivesse lhe dado um soco na barriga. — Há mais alguma coisa?

— Sim. Acho que você está apaixonada por Joe. Acho que sempre esteve. Acho que concordou em se casar comigo para ficar mais perto dele.

Ela não sabia se ria ou se chorava. Era difícil acreditar que ele pudesse ser tão obtuso. — Não acha que eu teria abordado Joe se achasse que ele é a pessoa certa para mim?

— Não. Você é muito orgulhosa e o seu orgulho nunca teria permitido que fosse atrás dele.

Nossa, ele pensou em tudo. Ela o observou enquanto ele voltava a atenção para o trabalho. Maggie crescera com um grupo de garotos, incluindo Joe e Aaron. Eles faziam tudo juntos. Andavam de bicicleta, jogavam futebol, jogavam basquete e pediam carona pela cidade. Faziam brincadeiras, riam juntos, faziam trotes uns com os outros. Até atingir a puberdade, ela fora um dos garotos: Connor, Joe, Aaron, Lucas, Brad, Cliff, Jake, alguns garotos da vizinhança e Maggie. Eram grandes amigos, pelo menos até que o corpo dela mudasse e a voz deles engrossasse. Por um curto tempo, achara que sentira alguma coisa por Joe, mas, no décimo quarto aniversário dele, ela lhe dera uma bola de futebol de presente e ele a beijara. Quando aconteceu o terceiro e último beijo no escritório do diretor no último ano da escola, ela percebera que o coração não pertencia a ele.

Joe era divertido e despreocupado, mas não levava a vida a sério. Aaron, por outro lado, crescera e transformara-se em um homem responsável e atencioso que usava as emoções como um crachá para que todos vissem. Ela e Aaron sempre foram grandes amigos. Conversaram por horas a fio e bastara um beijo para que Maggie soubesse que ele era o dono do coração dela, o homem que amava.

Sim, ela ouvira das irmãs de Aaron e Joe sobre o voto ridículo que os garotos fizeram, uma promessa de que, se um deles não pudesse tê-la, nenhum deles poderia.

Conversa maluca, bobagem infantil.

Maggie observou o noivo e sorriu internamente ao pensar sobre todas as noites solitárias que passara durante os anos na faculdade, sonhando com o dia em que Aaron a procuraria. Ele levara alguns anos a mais do que ela esperara, mas a procurara mesmo assim. E ela estivera esperando.

— Aonde você vai? — perguntou Aaron quando ela suspirou e encaminhou-se para o outro aposento.

Ela parou e olhou em torno para o lar que compartilhavam havia alguns meses. Olhou para a mesa que Aaron comprara antes que fosse morar com ele, para as almofadas feitas à mão na cadeira onde Aaron estava sentado, as almofadas que ela fizera quando eles se mudaram para aquela casa. — Vou pegar o meu notebook — respondeu ela. — Alguns clientes precisam de mim.

— Não vai embora?

Ela ergueu a sobrancelha, chocada pela pergunta. — Essa é a minha casa — disse, cansada dos joguinhos dele. — Se alguém for embora dessa casa, terá que ser você. Eu não vou a lugar algum.

— E não tem nada a dizer sobre o assunto?

Ela engoliu em seco, determinada a não desmoronar, firme na decisão de ajudar Joe naquele momento de necessidade — Ajudarei Joe da melhor forma que puder. Ele é seu irmão. Ele é da família.

 

4 comentários:

  1. Estou adorando a história, posta mais por favor :)

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  2. Aaron não devia ser tão casmurro, a Maggie gosta dele, ele não pode deitar tudo a perder!!!

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  3. Amei, Mari, e eu to muito curiosa, posta mais, por favor.
    Não vejo a hora de um beijo Jemi, (o primeiro no carro não conta akjsjs), e quero hot também.. Quero vê-los se apaixonando logo, eu to ansiosa, confesso ajsnjssn
    Enfim, to amando msm, beijos <3

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  4. Posta mais por favor :)
    Ass: Maria Fancisca

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