23.1.15

Capitulo 24

Mais um para vcs *---* Beijooos Mari ♡

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Toda a esperança que Joe tivera de resolver facilmente a situação do filho desapareceu no momento em que Demi entrou pelas portas duplas acompanhada pelos pais e três advogados. Todos os três homens usavam ternos azuis-escuros com camisas brancas e gravatas de seda de cor sólida. Os advogados orbitavam Demi como se a vida deles dependesse da felicidade dela.

Os pais de Demi não fizeram contato visual ao passarem pela longa mesa retangular rodeada de cadeiras de encosto alto. Eles foram solicitados a se sentarem na primeira fileira de cadeiras que seriam oferecidas ao público em geral, caso fosse um julgamento de verdade.

A reunião aconteceria em uma sala de tribunal real. A mesa na qual Joe e Demi se reuniriam fora colocada entre a bancada onde o juiz normalmente se sentaria e as cadeiras onde os pais de Demi estavam sentados naquele momento.

A mediadora daquele dia era uma mulher. Ela se sentou na extremidade da longa mesa de conferência usando um terno meio amassado. A mulher parecia precisar de uma boa noite de sono. Ela gesticulou para que os quatro se sentassem do outro lado da mesa em frente a Joe.

Joe se levantou, inclinou-se sobre a mesa e apertou a mão de cada um dos advogados. Quando ele chegou a Demi, manteve o olhar no dela, apertou-lhe a mão e sorriu. Ela parecia nervosa. Muitos dias tinham se passado desde a última vez em que se falaram. Ele precisara de todas as forças para não bater na porta do apartamento dela para tentar conversar. As irmãs dele fizeram com que prometesse se manter afastado. Dê algum tempo a ela, disseram elas, dizendo que ele só pareceria desesperado se continuasse a bater na porta depois de Demi ter pedido que ficasse longe dela.

Mas aquele seria o último dia em que ele ficaria longe.

Não importa o que acontecesse no tribunal, vitória ou derrota, ele não pararia de bater na porta do apartamento dela até que o deixasse entrar. E, quando ela finalmente desistisse e abrisse a porta, ele contaria a ela toda a verdade e nada além da verdade. Estava apaixonado por ela, completamente apaixonado.

Não seria fácil convencê-la, mas ele não desistiria.

Sem chance.

Ele estragara tudo, mas pretendia consertar as coisas entre eles.

Demi puxou a mão que ele segurava. — Você está bem?

Ele assentiu. — Você não me disse que traria um exército hoje.

— Você não perguntou.

— Então é assim que as coisas serão?

— É assim que tem que ser. Ryan é meu filho. Eu quero o melhor para

ele.

— Queremos a mesma coisa. Nossa situação não precisa ser complicada.

O advogado mais próximo tocou no braço dela como se avisasse para que ela não dissesse mais uma palavra. Demi o ignorou. — Você tem razão. Nada disso precisa ser complicado. É por isso que pretendo que essa situação desagradável esteja resolvida até o fim do dia.

— É isso que é para você? Uma situação desagradável?

Ela ergueu ligeiramente o queixo. — Como você a chamaria, sr. Jonas?

De volta a sr. Jonas. Onde estava a mulher que o convidara a entrar na casa dela, que lhe dera o presente de segurar o filho, a mulher com quem conversara e rira, com quem fizera amor? — Eu chamaria isso do que é — disse Joe. — Um homem e uma mulher que se encontraram em circunstâncias incomuns. Duas pessoas que amam o filho e que querem o melhor para ele. Duas pessoas que, há um mês, nem sabiam que a outra existia. Mas que foram reunidas por um bebê inocente que precisa das duas.

— Muitas crianças são criadas por pais e mães solteiros.

Ele manteve o olhar dela, determinado a romper a barreira invisível que ela recentemente construíra só para ele. — Não precisa ser assim com Ryan. Ele tem um pai e uma mãe que o amam.

A porta se abriu, interrompendo a troca de palavras. Ele olhou na direção da porta e observou um jovem entrar com uma mensagem para a mediadora.

Onde estava Maggie? Ela dissera que viria. Pelo jeito das coisas, ele precisava dela mais do pensara no início.

— Parece que meu tempo aqui precisa ser mantido no mínimo possível — informou a mediadora a todos os presentes. — Precisamos começar. Gostaria de solicitar o adiamento da reunião até que consiga contratar um advogado para acompanhá-lo durante os procedimentos, sr. Jonas?

Ele olhou para o relógio e sentou-se novamente. — Não. — Ele tocou na

pasta à frente sobre a mesa. — Podemos continuar.

A porta se abriu novamente e, dessa vez, era Maggie. Ele soltou um suspiro de alívio.

— Lamento o atraso — disse ela a todos na sala e colocou a pasta no chão perto de Joe.

Ele se levantou e puxou a cadeira para ela. — Obrigado por vir. Agradeço muito mais do que pode imaginar.

— O estouro de uma boiada não conseguiria me manter longe daqui. Você sabe disso. Seu rosto está muito melhor.

— Obrigado. Maggie — disse Joe —, tenho certeza de que você se lembra de Demi Lovato, do churrasco na casa da mamãe.

— É claro. — As duas mulheres apertaram as mãos.

O homem sentado ao lado de Demi se levantou e estendeu o braço sobre a mesa para apertar a mão de Maggie. — Thomas Fletcher — disse ele e virou-se para apresentar os outros advogados.

Joe olhou de Thomas para Demi e ficou imaginando se era o mesmo Thomas que ela mencionara depois de beijá-lo no banco de trás do carro. O mesmo Thomas que a abandonara no altar. A julgar pela forma como ela evitava o olhar dele, era definitivamente o mesmo Thomas.

— Se você concordar — disse Maggie à mediadora —, eu gostaria de convidar a família de Joe Jonas para assistir à reunião. — Ela gesticulou na direção de Demi e dos três advogados. — É claro, somente se a srta. Lovato concordar.

Thomas falou por ela. — Eu não acho que seja apropriado ter membros da família assistindo.

Demi sacudiu a cabeça, ignorando o desejo do advogado. — Meus pais estão aqui. É claro que eles podem entrar.

A mediadora olhou para Demi. — A não ser que queira pedir às pessoas que trouxe para que fiquem do lado de fora com a família dele. É altamente incomum ter familiares participando dessas reuniões.

— Eu não tenho problema algum com a participação da família do sr. Jonas — disse Demi.

Maggie foi até a porta e abriu-a, gesticulando para que a família de

Joe entrasse. Os pais dele foram seguidos de Zoey, Rachel, Cliff, Lucas, Brad, Jake e Aaron, que deu a Joe um aceno de apoio. Eles se sentaram no lado oposto ao dos pais de Demi.

— Vamos começar — disse a mediadora. Depois de explicar o processo de mediação e as regras, ela empurrou os óculos mais para cima no nariz, olhando de um lado a outro da mesa. — Sob as circunstâncias — disse ela,

referindo-se aos familiares e aos advogados —, eu gostaria de manter a atmosfera não ameaçadora. Eu li as declarações do sr. Jonas sobre o que aconteceu e, para começar, gostaria de pedir a ele que nos diga exatamente o que gostaria que acontecesse em relação a Ryan Michael Lovato.

Todos olharam para Joe e esperaram.

O silêncio na sala era constrangedor. Ele olhou para Demi. — Como os documentos provam, o teste de DNA confirma a paternidade. O que quero é uma chance de conhecer o meu filho. Tenho uma família afetuosa que inclui meus pais, sete irmãos e duas irmãs. Somos todos especialmente próximos uns dos outros. Família é algo importante para mim. Depois que Ryan nasceu, Demi Lovato me deu a chance de segurar meu filho, uma chance de cuidar dele e ver como nosso filho é um verdadeiro milagre. Demi não me queria na vida dela, mas permitiu que eu entrasse em seu lar apesar das apreensões que tinha no início. Sou grato por isso e espero que ela tenha o coração para permitir que eu veja Ryan regularmente.

— E o que você considera "regularmente"?

— Na melhor das hipóteses — respondeu Joe —, seria um certo período todos os dias. — Todos os dias, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, era o que ele queria dizer. Mas Demi parecia tão distante e fria que ele achou melhor deixar as coisas formais e dar um passo de cada vez até que pudesse encontrá-la sozinha e dizer como realmente se sentia sobre ela, sobre Ryan e sobre aquela coisa ridícula de tribunal. — Depois que o treinamento iniciar, espero que Demi considere deixar que eu veja meu filho sempre que possível, especialmente antes do início da temporada.

Todos os três advogados escreveram alguma coisa nos cadernos que tinham.

A mediadora juntou as mãos. — O que espera que aconteça quando viajar para outras cidades para jogar futebol?

— Eu normalmente volto para casa entre um jogo e outro. Espero que possamos concordar com alguma coisa que encaixe na minha agenda e na dela. Nunca se sabe — acrescentou ele, piscando para Demi, pois não conseguiu resistir —, talvez você passe a gostar de futebol. — Ele olhou novamente para a mediadora. — Ela pode viajar comigo e eu posso cuidar de Ryan à noite, enquanto Demi dá telefonemas, escreve artigos e cuida de todos os negócios de que tem que cuidar diariamente para manter a revista.

— Absurdo — disse Thomas em voz alta.

A mediadora folheou alguns papéis. — Você mora a uma hora da residência da srta. Lovato. Espera que a srta. Lovato leve Ryan até a sua

casa para que possa vê-lo?

— Claro que não. Eu tenho um apartamento alugado no mesmo condomínio onde a srta. Lovato reside. Somos vizinhos e pretendo continuar assim pelo tempo que for necessário.

— Ele é seu vizinho? — perguntou Thomas.

Demi fez um sinal para que ele se calasse.

— Há mais alguma coisa que gostaria de acrescentar? — a mediadora perguntou a Joe.

Joe olhou para Maggie, que deslizou o caderno na frente dele e usou o lápis para apontar para a linha que queria que ele lesse. — Sim — disse Joe. — Gostaria de pedir que, pelo menos um dia por mês, eu possa levar Ryan para passar algum tempo com os meus pais e meus irmãos em Arcadia.

Demi segurou o braço de Thomas e sussurrou no ouvido dele. Apesar de Joe preferir Demi vestindo moletom e camiseta, ela estava incrível naquele vestido preto sem mangas. Com os cabelos presos para trás e usando um batom escuro, ela parecia sofisticada.

— Isso é tudo? — perguntou a mediadora.

Maggie apontou para a última linha do caderno.

Joe leu o que estava escrito e olhou para Maggie, querendo se certificar de que aquilo era realmente necessário. A expressão no rosto dela disse a ele que prosseguisse. Que opção ele tinha? Maggie fora lá apesar de todos os problemas que ele lhe causara. Sentia-se obrigado a seguir o conselho dela. — Há mais uma coisa — disse Joe em tom alto o suficiente para que todos ouvissem. Ele manteve os olhos no papel enquanto lia. — Quando eu for forçado a ficar longe, gostaria de uma atualização semanal do que estiver acontecendo na vida de Ryan, incluindo fotografias. Terei o maior prazer em comprar uma câmera digital de última geração para Demi usar.

— Isso é ridículo — disse Thomas.

Joe olhou para Demi.

— Deixe-o terminar — disse Demi, com a mão sobre o braço de Thomas.

Joe não gostou de vê-la tocando no homem. — Isso é tudo — disse Joe. — Acabei.

Thomas sorriu e apertou o braço de Demi. — Maravilhoso — disse ele. — Como a srta. Lovato está visivelmente aflita, eu gostaria de falar em nome dela, se nossa estimada mediadora concordar.

A mediadora mordeu a isca, corando e batendo os cílios para o homem de quem Joe já decidira que não gostava.

— Contra os meus conselhos — disse Thomas —, a srta. Lovato veio aqui hoje esperando que pudéssemos resolver essa situação desconfortável fornecendo ao sr. Jonas um acordo assinado, garantindo que ele receberia uma atualização anual do progresso de Ryan Michael... incluindo fotografias.

Thomas lançou um sorriso irritante para Joe, fazendo com que ele tivesse vontade de arrancar o sorriso da cara do homem. Em vez disso, Joe rangeu os dentes enquanto Thomas Fletcher continuava.

Em seguida, Thomas deslizou um contrato pela mesa na direção da mediadora. — Fontes me disseram que o sr. Jonas usa remédios controlados há pelo menos seis meses.

Joe riu. — Isso não é verdade. De fato, ainda tenho o mesmo frasco de pílulas que o médico me prescreveu há seis meses. — Joe olhou para Demi. — Eu gostaria muito de saber quem são essas suas "fontes".

Ela desviou o olhar.

— De acordo com o registro público — continuou Thomas —, o irmão do sr. Jonas, Jake, teve a carteira de motorista cassada em duas ocasiões.

Joe olhou para Maggie e novamente para Tommy Boy. — O que isso tem a ver com Ryan?

— Tudo a ver — disse Thomas.

— O irmão dele, Jake, também foi levado ao tribunal de pequenas causas há dois anos por agressão física.

— Isso é ridículo. Jake foi inocentado. Ele pode ser cabeça quente às vezes, todos sabem disso, mas foi um simples desentendimento.

Thomas olhou diretamente nos olhos de Joe. — Devo continuar?

— Por favor, continue. Eu não tenho nada a esconder.

— Sua cunhada recebeu duas infrações por dirigir sob o efeito de entorpecentes e...

A mediadora ergueu a mão para interrompê-lo.

— E agora ela está morta — disse Joe. — Está feliz agora? — Joe olhou para Demi. O rosto dela estava completamente sem cor, mas ela permaneceu em silêncio. — O que aconteceu com você? — perguntou ele. — Em um minuto, você é um doce de pessoa, com os braços abertos. E, no momento em que esse homem volta à sua vida, o mesmo homem que a abandonou no altar, deixando-a sozinha para enfrentar a humilhação, subitamente você esquece que tem voz?

Demi estava obviamente desconfortável. Ela fechou os olhos, mas ainda assim não disse nada.

O coração dele batia depressa, o sangue nas veias pulsava furiosamente com a ideia de que a família dele fora arrastada para aquela tentativa de humilhação pública. Joe se virou para a mediadora. — Não vejo como as ações do meu irmão ou da minha cunhada morta sejam relevantes para o fato de eu querer ver Ryan.

A mediadora pegou o martelo e bateu no bloco de madeira, mas o som caiu em ouvidos surdos.

Os lábios de Thomas se curvaram para cima. — Que tipo de homem persegue a noiva do irmão sem remorso nem vergonha? É esse tipo de homem que você quer que passe o dia com o seu filho? Um homem sem moral? Um homem que doa esperma por dinheiro e mente no formulário? Um homem cujos parentes estão continuamente dispostos a arriscar a vida de outro ser humano porque não parecem compreender a diferença entre certo e...

Joe se levantou tão depressa que a cadeira caiu atrás dele. As mãos estavam cerradas em punhos nos lados do corpo.

Thomas também se levantou. — Isso mesmo, mostre ao tribunal que tipo de homem você é, que tipo de pai seria para Ryan.

— Pare com isso! — disse Demi. Ela olhou para Joe. — Eu não dei a ele permissão para questionar o seu caráter nem o dos membros da sua família. Eu pedi a ele que não fizesse isso.

Joe olhou por sobre o ombro e viu a confusão nos olhos da mãe. Era o bastante e ele se virou, andando na direção da porta. Não podia fazer aquilo com eles, não aguentava a ideia de Demi e os amigos dela fazendo com que a família dele passasse por algo que só aconteceria se levasse o caso a julgamento.

— Já vai embora? — perguntou Thomas. — Nem mesmo quebramos o gelo ainda, sr. Jonas.

Maggie seguiu Joe até a porta. — Não deixe que ele o atinja — disse ela baixinho o suficiente para que ninguém mais pudesse ouvir. — Ele está tentando intimidar você, o truque mais antigo que existe. Claramente, não estão interessados em levar o caso para um juiz. Ele está jogando duro.

— Eu acabei. Para mim, chega.

— Mas, Joe...

— Lamento. Acabou. Nós tentamos. — A porta se abriu e, em seguida, fechou-se atrás dele.

Maggie voltou ao lugar na mesa. Ela fechou o caderno e guardou-o na pasta.

— Nós gostaríamos de definir uma data para levar o caso a julgamento

— disse Thomas.

— Isso não será necessário — disse Maggie. — O sr. Jonas está preparado para assinar o que a srta. Lovato e os advogados dela trouxeram para nós hoje. Vocês venceram.

~~~

Demi se sentia enjoada. Não era assim que as coisas deveriam ter se desenrolado.

— Se adianta alguma coisa — disse o pai de Joe ao se aproximar da mesa —, eu gostaria de deixar isso com o tribunal. — Ele ergueu um pacote grosso. — São cartas e e-mails que coletamos de centenas de pessoas que podem atestar sobre o bom caráter do nosso filho.

Demi queria explicar ao pai de Joe que aquilo não era coisa dela, mas não conseguiu encontrar as palavras para desfazer a dor que Thomas já causara.

A mediadora pegou os papéis que o pai de Joe segurava e colocou-os sobre a pasta.

Thomas pegou o contrato que ele preparara meticulosamente, mas, antes que conseguisse entregá-lo a Maggie, Demi o arrancou da mão dele e rasgou-o no meio.

— O que está fazendo? — perguntou Thomas. — Não seja infantil.

— Eu quero que o tribunal saiba — disse Demi para a mediadora, ignorando Thomas — que Joe Jonas é um homem bom e um pai maravilhoso. Todos os membros da família me acolheram na vida deles, sem qualquer julgamento ou questionamento. — Ela se virou na direção da família de Joe. — Eu não planejei nada disso. — Ela acenou com a mão em direção a Thomas. — Eu não tinha a menor ideia de que o sr. Fletcher e os advogados dele desceriam tão baixo. Eu lamento muito.

— Demi! — disse o pai dela. — Você não precisa se desculpar por querer o melhor para o seu filho... nosso neto.

— Você está errado — Demi disse ao pai. — Eu estava errada. Ser parte da família Jonas é o melhor para Ryan. Meu filho tem muita sorte de ter uma família tão compassiva e amorosa. Essas pessoas já amam Ryan tanto quanto amam umas às outras. Eu não sei o que tinha na cabeça para vir aqui hoje. — As lágrimas escorriam pelo rosto dela. — Eu quero que Ryan tenha o apoio e o amor das duas famílias. — Ela olhou para a mãe, que parecia dividida entre ficar do lado da filha ou do marido. O pai dela se levantou, sem querer participar do discurso emocionado de Demi. — Por

algum motivo — continuou ela —, o destino agiu e colocou essas pessoas adoráveis na minha vida e, mais importante, na vida de Ryan. Eu só espero que a família de Joe possa me perdoar por tê-los feito escutar um ataque tão grosseiro e desnecessário. — Ela endireitou o corpo e virou-se para Thomas. — Eu gostaria que você e os seus amigos advogados saíssem agora.

Menos de dez minutos depois, do lado de fora do tribunal, com o trânsito intenso à frente, Maggie se aproximou de Demi, parando-a antes que entrasse na garagem do prédio.

— Belo discurso — disse Maggie.

Demi respondeu com um sorriso rígido e desconfortável.

Maggie colocou a mão dentro da bolsa, retirou um gravador e apertou o botão de reprodução.

Demi não fazia ideia do que Maggie pretendia. Em seguida, ouviu a voz de Maggie saindo do gravador. "Eu amo você. Quero ficar com você para sempre. Fuja comigo, Joe. Hoje. Agora." Demi ouviu Joe rindo no gravador.

"Você está rindo?" , perguntou Maggie.

"Desculpe. É só que você não podia ter escolhido um momento melhor. Eu não amo você, Maggie."

"Então não disse aquilo só porque Aaron estava lá na noite passada?"

"Não. Eu falei a verdade. Acho que precisei que alguma coisa me fizesse cair em mim para perceber que não gostava da ideia de perder você para Aaron."

"Ei, o que está fazendo?"

Houve alguns sons estranhos no fundo e, em seguida, a voz de Maggie novamente. "Então, está dizendo que me procurou sempre que podia, arruinou o meu relacionamento, e fez isso tudo por nada? Só porque é um cara valentão acostumado a ter as coisas do seu jeito? Porque gosta de vencer?"

"Eu sei que foi ruim, Maggie. Quisera eu poder apagar tudo. Quisera eu ter visto o que todos viram há muito tempo. Gosto de você como uma irmã e a verdade é que amo Demi. Eu não sabia o que era amor até conhecê-la."

Maggie apertou o botão para desligar o gravador. — Só para constar — disse ela a Demi —, eu não queria fugir e casar com Joe, mas sabia que estava se apaixonando por você muito antes que ele mesmo percebesse. Também sabia que a única forma de fazê-lo enxergar a verdade era oferecer o que ele achava que queria. Foi um golpe baixo, mas gravei a conversa. — Ela ergueu o gravador. — Fiz isso porque queria uma prova

para Aaron. Não queria passar o resto da minha vida tentando convencer Aaron de que Joe não me amava do mesmo jeito como Aaron me ama. Eu amo Aaron, sempre amei. — Ela guardou o gravador na bolsa. — Você deve achar que sou maluca por descer tão baixo. — Maggie suspirou. — Eu só precisava que todos soubessem a verdade de uma vez por todas.

— Não acho que você seja maluca — disse Demi. – Agradeço por tudo o que fez. — Ela sacudiu a cabeça. — Devo dizer que não sei o que dizer.

— É compreensível — disse Maggie. — Mas há mais uma coisa.

Demi aguardou.

— Joe não estava pronto para contar a todos no tribunal. Mas ele conversou com o treinador dele ontem e não vai mais jogar futebol. Acho que o joelho dele está pior do que todos nós percebemos. Ele está se retirando da NFL.

— O que ele vai fazer?

— Não tenho certeza. Mas achei que você gostaria de saber disso.

Demi não sabia exatamente o que Maggie esperava dela, mas tinha a impressão de que ela estava tentando brincar de cupido. — Obrigada por me dizer... e por me deixar ouvir a fita.

— Sem problemas. — Maggie colocou a mão dentro da bolsa novamente e, dessa vez, entregou a Demi um cartão de visitas. — Se algum dia precisar de uma boa advogada, ou apenas uma amiga, pode me telefonar.

10 comentários:

  1. E agora....?
    Tô ansiosa.....Posta mais hj por favor

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  2. aaah a Maggie ate que e legal.
    Thomas foi muito baixo.
    Demii vai atra do Joe *-*
    postaa maais

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  3. Pq vc parou justo agora? Isso é tortura..... continua por favor......

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  4. Mari q capitulo infartei aki meu ! Posta mais plz

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  5. Momento "Maggie sua diva, eu te amo!"
    Ainda bem que a Maggie gravou a conversa e mostrou pra Demi, espero que agora eles fiquem juntos. E coitado no Joe, o Doninha é um merda, como pode fazer aquilo??? Ainda bem que a Demi rasgou os papéis no final, pena que o Joe não tava lá pra saber o que ela fez...
    Posta logo!

    PS: mandei o meu email que tu pediu pro teu Twitter, por favor me adiciona no outro blog, eu imploro!!!

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  6. OMG, que episódio mais emotivo :) aquele Thomas não presta para nada, Demi fez muito bem em rasgar os papéis, só foi pena ela não ter reagido logo quando o Joe estava na sala. Maggie salvou o coração da Demi ao gravar a conversa, agora a Demi só tem de reagir e ir falar com o Joe :)

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  7. Posta mais um hoje, eu imploro!!!

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  8. Ai que vontade de dar uma voadora nesse Thomas.
    Maggie sua diva

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  9. Olá Mari amo suas fanfics .. e queria ser convidada no seu outro blog. . mandei solicitação de seguir no twitter p vc.. ta la como @ThaylaLovato please .. suas fics são perfeitas... bjs Thayla

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  10. Como ousas parar aí? Estou surtando, já imaginava Demi correndo para os braços do Joe. Legal a atitude da Maggie porem continuo não gostando dela kkkjklk Estou tão ansiosa para o próximo, e nada preparada para deixar essa fic, histórias com crianças são as que mais me encantam.
    Continua assim que puder!
    Sam, xx

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