AQUI, PREPAREM O CORE, PQ EH AGR! COMENTEM, 15 PARA O PRÓXIMO! BEIJOS, AMO VCS ♥
BRUNA
~
DEMI
Fitei os olhos negros de Joe e fui invadida pelo
amor supremo e uma saudade aterrorizante. Meu coração disparou, a
garganta ficou seca, meus olhos se encheram sôfregos da sua imagem
máscula, da falta que senti de olhar para ele, ver seu corpo, seu
rosto, sua barba, seu cabelo, ele todo. Todo meu ser se concentrou em
sua presença, no desejo absurdo de abraçá-lo e beijá-lo, de
implorar que ficasse comigo e nunca mais me deixasse. Eu gritava por
dentro. Mas tudo que consegui fazer foi fitá-lo e dizer baixinho:
- Oi.
- Oi, Demi. – Sua voz grossa abalou minhas
estruturas.
Engoli em seco, trêmula, nervosa.
- Posso entrar?
- Entre.
Passei ao seu lado e fechou a porta. Andei até o
meio da sala, tudo me lembrando nós dois, as vezes que nos amamos
ali, a paixão ardente, o desejo avassalador. Respirei fundo,
lembrando o motivo de estar ali, sabendo que teria que ser forte.
Esperei Joe se aproximar e parar a certa
distância. Era impossível dizer o que pensava. Estava sério,
olhando-me fixamente.
- Precisamos conversar. Sei que as coisas não
terminaram bem entre a gente. – Ele não disse nada e continuei. –
Nem sei ao certo o que deu errado. Mas ... Mas ...
Respirei fundo de novo. Tentava manter o controle,
mas estava difícil. Abri a bolsa e peguei o envelope. Joe observava,
atento. Ergui o olhar, fui mais firme:
- Eu ia procurar você de qualquer jeito. E por
isso fui ao laboratório e fiz o exame de gravidez, só para
descartar qualquer possibilidade.
Vi que ficou mais alerta. Estendi o envelope a
ele.
- Deu negativo? – Sua voz saiu baixa e grossa.
- Veja. – Murmurei.
- Diga de uma vez, Demi! – Seu tom irritado me
surpreendeu. Continuei com o braço estendido e sussurrei:
- Positivo.
Joe empalideceu. Agarrou o envelope, quase
rasgando-o.
- Só pode estar de brincadeira! – E leu. Na
mesma hora, amassou o papel entre os dedos e me olhou acusadoramente,
seus olhos chispando. – Parabéns! Seguiu direitinho os
ensinamentos da mamãe! Conseguiu a sua mina de ouro com o babaca
aqui!
Foi como tomar um soco. Esperei que ficasse
desconfiado, mas não aquele ódio todo, aquelas palavras agressivas.
Ergui o queixo:
- Não fale assim comigo. Nunca quis dar golpe
nenhum. E se estou grávida é porque fomos dois irresponsáveis, eu
e VOCÊ!
- Não, Demi. – Aproximou-se até parar bem na
minha frente, cheio de cólera, irreconhecível. – Se está grávida
é por que se aproveitou que eu estava bêbado e deixou acontecer sem
camisinha. Você planejou tudo!
- Está maluco! – Perdi a cabeça, furiosa,
magoada. – Não planejei nada e sabe disso! Eu só tenho 21 anos,
não quero essa gravidez!
- Então faça um aborto!
- NÃOOOOOOOO! – Olhei-o, abismada. – Como
pode dizer isso? É seu filho!
- Meu? Tem certeza? – Sorriu sem vontade,
agarrando meu braço com força. – Quem sabe não é do coleguinha
da faculdade? Ou do Matheus?
- O quê? – Arregalei os olhos, sem acreditar.
- Quem garante que não trepa por aí às minhas
costas? Sábado mesmo, saiu do clube com Matheus e não voltou para
casa. Ficou fazendo o quê? Trocando figurinhas?
Puxei o braço e andei para trás, com a
respiração alterada, um ódio cego me consumindo.
- Eu estava em casa! – Gritei. – Ouvi quando
minha mãe falou com você!
- Ela disse que não tinha chegado. – Rosnou.
- Mas eu tinha! Ela que não sabia! Matheus só me
tirou daquele lugar, ele nunca encostou um dedo em mim! Nem ele nem
mais ninguém. Só você! – Estava tão descontrolada que lágrimas
desceram pelo meu rosto sem que eu percebesse.
- Ah, agora vai chorar, para completar o teatro!
Chega, Demi! Não sou a porra de um babaca!
Fiquei imóvel, sem poder acreditar naquele
pesadelo. Por fim, minha voz saiu trêmula, magoada:
- Nunca dei motivos para você desconfiar de mim.
Se não quer esse filho, diga de uma vez. Não arrume desculpas sujas
nem diga mentiras a meu respeito.
- Ah, desculpe. Esqueci que estava falando com a
Santa Demi. – Sorriu gelidamente, enquanto seus olhos ardiam. – A
bela virgem que me escolheu como idiota para entregar seu tesouro e
ser o cara que vai te sustentar pelo resto da vida com uma pensão
gorda. Parabéns! Foi esperta. Conseguiu o que queria. Só fique
preparada, pois quero um exame de DNA.
Eu tremia muito. Enxuguei as lágrimas, sem
suportar mais aquilo, o ódio dele, suas acusações sem sentido.
Estava acabada, no chão, mais arrasada do que pensei que ficaria.
Minha vontade era de me encolher no chão e
chorar. Mas não o faria na frente dele.
- Pode pegar seu exame de DNA e enfiar naquele
lugar! Não quero nada de você. Nada! - Tá bom, Demi, acredito. –
Disse cínico.
Antes que eu pudesse dizer algo ou sair dali, ouvi
um barulho alto no apartamento. Vinha do corredor de onde ficavam os
quartos. Encontrei os olhos de Joe e notei certo temor nos dele, algo
como susto. Meu coração falou uma batida.
- Você está com outra pessoa?
Ele não disse nada, sem piscar.
A dor me engolfou, apesar de tudo.
- Nem terminou comigo e já tem outra pessoa, Joe?
– Eu lutava contra as lágrimas e o sofrimento atroz. Então algo
me ocorreu: - Ou nunca deixou de estar?
- É melhor você ir embora, Demi. – Disse
baixo, frio.
Eu dei um passo para a frente, arrasada,
desesperada. Mas então precisava saber. Virei e andei rápido em
direção ao corredor.
- Aonde você vai? Vem aqui, Demi!
Não sei o que meu deu. Saí correndo e o senti
atrás de mim. Entrei no quarto dele como uma bala e parei estupefata
ao ver Juliane deitada na cama em um vestido decotado, como se
estivesse bem satisfeita. Sentou-se, passando as mãos nos cabelos,
estampando um ar triste. - Ah, querida, desculpe ... – Lamentou.
Eu estava imóvel. E então veio. A dor
lancinante, o desespero, a decepção, o horror. Não bastasse ter
ouvido todas as acusações infundadas de Joe, saber agora que
transava com minha irmã às minhas costas, talvez o tempo todo, foi
o golpe fatal. Pensei que fosse morrer.
Quis morrer. Perdi o ar, senti que poderia
desmaiar a qualquer momento.
Apoiei a mão na parede, pálida, toda dormente.
Joe disse com frieza:
- Pare de teatro, Juliane. Não tenho nada com
ela, Demi.
- Não mesmo? – Ela se levantou e pegou sua
bolsa. – Ah, querido ... E o que estou fazendo aqui no seu
apartamento, no seu quarto?
Eu queria reagir, queria dizer alguma coisa, mas
não conseguia. Estava como que dopada, além de qualquer reação.
- Saia daqui, Juliane. Agora. – Ordenou seco.
Sentia seus olhos sobre mim.
- Está bem, vou confessar, Demi. Estou aqui por
negócios. Eu e Joe temos um acordo e vim cobrar a minha parte.
- Juliane ... – Disse ameaçador, mas ela
continuou, venenosa:
- Ele me prometeu a capa da revista MACHO, desde
que eu colocasse você nas mãos dele. Um acordozinho básico, sabe.
Estava tarado para comer você, maninha, ser o primeiro a te foder. E
vamos combinar, isso ele faz muito bem, não é querido? Aposto que
não foi nenhum sacrifício. No final, estamos todos satisfeitos!
Pisquei, sem acreditar no que tinha ouvido. Olhei
horrorizada para Joe, sem reconhecê-lo naquele monstro.
- Não ... – Sacudi a cabeça. – É mentira
...
Mas ficou apenas me olhando, maxilar cerrado,
olhos duros. A culpa em seus olhos. Algo se quebrou dentro de mim.
Abracei meu próprio corpo, quase me dobrando em duas, tentando
conter as ânsias.
- Não ...
- Desculpe, maninha, mas estava na hora de saber a
verdade.
- Cale a boca, sua puta! – Furioso, Joe foi até
Juliane e agarrou seu braço. Arrastou-a para fora do quarto, mas ela
tirou algo da bolsa e jogou aos meus pés.
- Você nunca foi importante! Ele fodia tudo
quanto era mulher por aí! Só foi mais uma! – Gritou com tanta
raiva, que parecia me odiar. Berrou mais ainda quando Joe a levou com
ele. E eu olhei para as fotos espalhadas aos meus pés.
Várias delas. Ele com a roupa com que tinha me
levado ao clube no sábado e em vários estados de nudez, transando
com mulheres diferentes, fazendo de tudo. Era como uma faca me
rasgando por dentro. As lágrimas pingavam nas fotos. A dor atroz me
prostrava. Senti que algo dentro de mim de rompia para sempre, sem
volta.
Joe voltou ao quarto e veio até mim, cauteloso.
Parou perto. Sua voz, pela primeira vez naquela noite foi sem ódio
ou cinismo. Saiu preocupada:
- Não foi assim, como ela falou. No começo ...
No começo foi, mas depois ... Demi ...
Eu ergui os olhos. Fitei aquele homem, que amei
mais do que tudo na vida, que me ensinou o que era a verdadeira
felicidade, mas que agora eu sabia ter sido uma ilusão só da minha
parte ... Que seria o pai do meu filho e me acusou de dar um golpe,
quando o tempo todo me usava e traía ... Que agora me jogava no
inferno. E soube que ele acabou com meus sonhos e com o melhor de
mim. Ele me destruiu.
Pisei nas fotos. Ajeitei minha bolsa nos ombros e
me dirigi à porta, concentrada, um passo de cada vez.
- Demi ...
Veio atrás de mim, passando a mão pelo cabelo.
Fez menção de segurar meu braço, mas dei um pulo para o lado e o
fitei com ódio mortal. Avisei baixo:
- Nunca mais toque em mim.
Pareceu chocado com o que viu em meu rosto ou no
meu olhar. Tentou:
- Precisa me ouvir. Não foi daquele jeito. Eu
gostei de você. Tudo o que tivemos não foi fingimento.
Eu o ignorei. Não corri. Só andei até a porta.
Tudo o que precisava era sair dali, mais do que até respirar.
- Não pode sair assim. Deixe só eu te levar em
casa, Demi.
Abri a porta e saí para o corredor. Joe veio
atrás, sem saber o que fazer. Disse com certo desespero:
- Eu mereço tudo, mas não vá assim.
Entrei no elevador e apertei o botão para descer.
Quando fez menção de entrar, eu o olhei cheia de ódio. Parou,
surpreso, a culpa espelhada em seu olhar.
- Demi ...
As portas se fecharam. Permaneci imóvel, quando
por dentro me sentia morrer.
Não sei como cheguei em casa. Tudo foi
automático. Os ônibus que peguei, o caminho que fiz. Parecia que
não era mais eu. Que outra pessoa me empurrava para o canto e se
estabelecia em meu lugar.
Entrei e vi Juliane na sala com minha mãe, as
duas agitadas. Minha irmã levantou de um pulo, olhando-me
atrevidamente. Eu a fitei, vendo-a pela primeira vez. Suja e nojenta
como ela era. Minha mãe se meteu entre nós e disse rapidamente:
- Já sei mais ou menos o que aconteceu. Olha,
Demi, vocês são irmãs. Vivem na mesma casa. Precisam arrumar um
jeito de se entenderem. Ainda mais agora ... – Fitou-me com olhos
brilhantes. – Ela ouviu a conversa de vocês e me contou, filha.
Você está grávida do Joe! Não vê o que isso significa? Nem
precisa mais dele! Vai ter uma pensão de trinta por cento do que ele
ganha! Vai ter um apartamento, carro e meu neto vai ser o grande
herdeiro dele! Meu Deus, será que não vê? Como foi esperta! Eu
achando que era boba e ...
- AAAAAAAAAhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh ... –
Comecei a gritar, fora de mim. Minha mãe pulou para trás,
assustada. Avancei para a televisão, que ela tanto gostava e a
peguei no colo. Joguei no chão com o tubo de imagem para baixo,
quebrando-o. O som velho e o DVD tiveram o mesmo destino.
- Pare com isso! Meu Deus! – Ela berrou.
- É isso que você quer? É para isso que dá
valor? – Eu gritava, sem perceber que chorava, jogando tudo da
estante no chão. – Coisas materiais, dinheiro ... Faça bom
proveito! Engula!
- Demi ...
Minha mãe arregalou os olhos quando avancei para
ela.
- Ai, meu Deus!
Eu a empurrei no sofá, tirando-a do meu caminho.
E fui cega em Juliane.
- O que ...
Agarrei seu cabelo e a derrubei no sofá, enquanto
se debatia e tentava escapar. Praticamente ajoelhei em cima dela, com
tanto ódio que poderia matá-la. Dei um tapa violento em sua cara,
dizendo entredentes:
- Isso é pelas vezes que me preocupei com você!
– Dei outro tapa e outro, com toda minha força, fora de mim. –
Por ter me enganado e traído, quando só fiz amar você! Por ter me
vendido! Por ter sido uma puta! Sua desgraçada!
- Ai, me larga! Mãe! Mãe, me ajuda! – Berrava,
sem conseguir fugir, tentando se proteger.
- Jesus, Maria e José! Demi! – Minha mãe me
agarrou pela cintura, me puxando desesperadamente. – Pare com isso!
Olha o bebê!
Eu empurrei Juliane com nojo e me soltei da minha
mãe, olhando-a com raiva.
- Até parece que se preocupa com o bebê! Quer
saber o lucro que vai ter com ele, não é? Pois deixa eu avisar uma
coisa a vocês. Não vão pôr os olhos nem as garras no meu filho.
Ele vai crescer longe do veneno de vocês! Cansei! Cansei !!!! Estou
saindo daqui! Se querem comer, que trabalhem! Ou que Juliane sustente
a casa sendo a puta que é!
- Minha filha, se acalme...
- Chega! – Gritei, tremendo. – Acabou. Eu
nunca mais quero ver vocês. Nunca mais!
- Demi ...
Corri para o meu quarto. Em meio às lágrimas,
comecei a soluçar e a tirar minhas coisas do guarda-roupa. Nem via o
que fazia. Enfiei em bolsas e sacos. Peguei roupas, sapatos, objetos,
coisas da faculdade, notebook, tudo o que vi pela frente. O resto eu
pegaria despois.
Saí de lá cheia de coisas, o rosto inchado, o
coração sangrando.
Juliane reclamava alto na sala, histérica,
enquanto Tereza chorava, ajoelhada, tentando salvar o resto da
televisão. Então parou, suplicando:
- Demi, pelo amor de Deus, não faz isso ...
- Adeus. – Foi tudo o que falei.
Eu ia dar meu jeito. Mas longe de tudo que me fez
mal.
No dia seguinte pensaria com calma, procuraria um
lugar para morar. Mas por enquanto, segui para um lugar onde eu tinha
certeza que era amada e receberia acolhida e um abraço para chorar
tudo o que eu precisava, a casa de Selena.
Gente...
ResponderExcluirEu to no chão. Não sei o que comentar. Melhor capítulo.
Não sei se fico feliz pela Demi ter dado um basta na irmã e na mãe ou se choro por ela ter descoberto tudo
Deus continue por favor essa fic e a melhor que eu já li, preciso de um duplo♡♡♡
ResponderExcluirO Meu deus O_O Poste logo!!
ResponderExcluirolha eu n sou de comenta mais foi o melhor capitulo da fic vc merece palmas
ResponderExcluirMenina só agora consegui me atualizar.... literalmente foi babado, confusão e gritaria.... continua logo pelo amor de Deussss....... acho que a juliane apanhou pouco - só acho - e o Joe merece um bom castigo.... vou te falar viu .... que ódio que eu estou delee... postaaaaa.......
ResponderExcluirCara eu to me sentindo super aliviada!
ResponderExcluirPois a Demi finalmente descobriu tudo, pôs um basta na relação dela com a mãe e irmã dela que só se aproveitaram dela. E tenho certeza que de agora em diante as coisas vão se acertar. E com o Joe também, porque com certeza ele vai atrás dela. Espero que dê tudo certo. E eu realmente to me sentindo super aliviada, sério tava me sentindo super angustiada quando a Demi estava sendo enganada.
Posta mais!!
- Camilla.
Posta logo!!
ResponderExcluirEu to sem palavras!! Realmente sem palavras!!
ResponderExcluirSó quero ver como vai ser as coisas agora; pelo menos a Demi tem a Selena para consolar e ajudar ela.
Hei não sai mais um capítulo com nove comentários??!!?? A gente tá merecendo, comentamos bastante hoje! Só mais um vai!! POR FAVOR!!!
ResponderExcluir-Camilla.
OMG!!agora a casa caiu...posta maaaais.
ResponderExcluirSó mais um vai! Por favor!
ResponderExcluirA gente tá merecendo, não tá ?
Posta mais um por favor!!
A casa caiu pra valer!! Um dos melhores capítulos!! Posta logo!!
ResponderExcluirMeu coração está despedaçado!!
ResponderExcluirDemi não merecia nada disse que estava acontecendo, pelo menos tem a Selena para ajudar ela a se recuperar de tudo o que aconteceu.
Posta mais
Beijos
oh deus,cap lacrador o.o...sofrendo pela demi aq,posta logo.bjs ass;rayane
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirpronto 15 coments.
ResponderExcluiragora já pode postar o proximo.u.u