19.1.15

Capitulo 12

Oii! é a Mari aqui, desculpem não ter postado ontem, nem eu nem a Bru, bom, eu não postei pois estava em meio que um "fim de semana" com a família, e eu tive poucos acessos á internet. eu não sei se vai dar para eu fazer uma maratona porque hoje é o aniversário da minha melhor amiga e eu tenho muitas coisas para fazer, mas vou tentar, se tiver comentários, fazer uma pequena maratona, deixando os capítulos programados. Beijooos e comentem! <3

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O pai de Demi conseguira reservas no restaurante Sky House, no centro. Eles jantaram filé assado com batatas fritas, aspargos e molho béarnaise. Havia uma pista de dança no bar e, diferentemente do pequeno grupo deles, as pessoas no outro lado do salão pareciam estar se divertindo.

Sandy se oferecera para cuidar de Ryan e Demi percebeu que já estava com saudades do filho. Desde que ele nascera, ela nunca passara tanto tempo longe de Ryan, sem contar o tempo durante o qual fora raptado e levado ao parque.

Os pais de Demi não ficaram nem um pouco contentes ao saber que Joe iria ao jantar. Mas, depois de todos sofrerem durante a refeição com um silêncio desconfortável, os pais pareceram dispostos a compensar o tempo perdido antes que a sobremesa fosse servida.

— Sua mãe mencionou que Thomas tem tentado desesperadamente falar com você.

— Falei com ele na semana passada — respondeu Demi.

— Ouvi dizer que você foi abrupta e cortou a conversa no meio.

Demi se empertigou. — Não havia muito a dizer entre nós.

— Ele quer você de volta.

— Talvez ela não o queira de volta — disse Laura, erguendo o copo aos lábios e terminando o restante do vinho em um gole longo.

— Recentemente, Thomas virou sócio na firma. Ele se arrepende do que fez e a coisa que mais quer é fazer as pazes com você.

— Eu não vim aqui para falar sobre Thomas — disse Demi, tentando manter a compostura.

— Seu apartamento é pequeno e, na melhor das hipóteses, a localização dele é questionável. Volte para Nova Iorque conosco. Colocaremos você em um apartamento confortável onde terá ajuda para que possa se divertir com o seu projeto.

— Meu projeto?

— Sim, sua publicaçãozinha.

Demi fez o possível para manter a boca fechada enquanto o pai continuava.

— Depois que instalarmos você e Ryan adequadamente, talvez as pessoas fechem a cara no começo, especialmente considerando sua opção de ser mãe solteira. Mas quando os outros casais jovens souberem que vem de uma família respeitável e...

A risada de Laura interrompeu o sermão ridículo do pai, fazendo com que ele parasse de falar.

— E o que, se me permite perguntar, achou tão engraçado? — o pai perguntou à irmã de Demi.

— Família respeitável? — repetiu Laura. — Está brincando? Por que você acha que Demi se mudou para tão longe, para começo de conversa? Para ficar o mais longe possível de nós três — disse ela, respondendo à própria pergunta. — Você comandou a vida de nós duas por tempo demais. — Laura virou o olhar para Demi. — Você sabia que mamãe e papai queriam tanto que Thomas fosse da família que tentaram empurrá-lo para cima de mim?

Joe notou o rosto de Demi ficando vermelho e ficou com pena dela.

— E, pior do que isso — continuou Laura —, eu caí na conversa deles completamente. Eles chegaram a ponto de me convencer de que ele a abandonou no altar porque estava interessado em mim.

— Já chega — disse o pai de Demi. — Você bebeu demais e não sabe o que está dizendo.

— Bem, você, papai, não bebeu demais porque ainda tem o mesmo cabo de vassoura de sempre enfiado no rabo. A boa notícia — Laura disse a Demi, ignorando a expressão horrorizada do pai — é que Thomas ignorou meus avanços e até mesmo revelou que cometeu um erro terrível ao deixar você. — Laura olhou em volta procurando o garçom. — Onde está todo mundo? Vou até o bar buscar uma bebida. — Ela deixou a mesa e encaminhou-se para o bar, onde pessoas de todas as idades dançavam sob as luzes fracas.

— Coitada da sua irmã — disse a mãe no momento em que Laura se afastou.

— O que quer dizer? — perguntou Demi.

— É óbvio, não é? — perguntou o pai. — Graças a você, ela é totalmente transtornada.

— Logo depois que você foi embora — acrescentou a mãe — ela se tornou argumentativa e desafiadora.

— E, de alguma forma, isso é culpa minha?

— É claro que sim — disse o pai por entre os dentes.

Joe colocou a mão no ombro de Demi. Ela usava um vestido preto sem mangas e ele passou o dedo na pele macia dela. Não tinha certeza se o olhar atordoado no rosto dela tinha a ver com a forma direta com que a irmã falara ou com a ideia de que os pais talvez tivessem tentado juntar o ex-noivo com a irmã. A única coisa que ele queria era dizer àqueles supostos aristocratas que fossem para o inferno, aproximar-se e beijar o pescoço dela. Mas, por Demi, ele manteve as opiniões e a vontade de beijá-la para si mesmo.

O olhar gelado da sra. Lovato quase abriu um buraco na mão que ele tinha sobre a filha dela. — Conte-me novamente — disse ela. — Como vocês dois se conheceram?

— Quando Joe estava na universidade — disse Demi, sem se alterar —, fez uma doação ao banco de espermas. Dezoito meses depois, mudou de ideia e devolveu o dinheiro, juntamente com uma carta dizendo qual era a posição dele.

— E qual era exatamente a posição dele? — perguntou o pai.

Joe levantou a mão, deixando que soubessem que podia falar por si mesmo. — Apesar de eu precisar do dinheiro na época — disse ele —, percebi que não gostava da ideia de ter filhos biológicos pelo mundo sabendo que não faria parte da vida deles.

— E como você encontrou Demi? — perguntou a sra. Lovato. — Supostamente, esses lugares são discretos sobre essas coisas.

— Contratei um detetive particular.

— Vocês dois planejam se casar? — perguntou o pai dela em seguida.

— No momento, não.

— Por que não? — perguntou ele, obviamente tentando fazer com que Joe parecesse o cara mau.

— Porque nós nos conhecemos há menos de duas semanas.

— Ela está criando o seu filho. Não é o suficiente para você?

Demi tentou falar, mas Joe foi rápido demais. — Não é o suficiente para a sua filha. Ela decidirá quando e com quem quer se casar quando chegar o momento.

— Talvez ela escolha você — disse o sr. Lovato. — Você a pediu em casamento?

Joe olhou para Demi e disse: — Demi, quer se casar comigo?

— Não, mas obrigada por perguntar.

Joe olhou novamente para o pai dela e deu de ombros.

— Você está tentando ser engraçadinho comigo?

— Não, senhor. Só estava tentando provar uma coisa.

— E que coisa é essa?

— Sua filha tem idade suficiente para tomar as próprias decisões. Ela sabe o que quer e o que não quer.

— E, pelo jeito, ela não quer você.

— Papai — disse Demi —, já chega. Se não podemos ficar aqui e aproveitar um jantar agradável, talvez seja melhor eu e Joe irmos embora.

— Thomas ainda ama você — disse a mãe, com o desespero aparente na voz. — Ele se arrepende do que fez.

— Vocês realmente tentaram juntá-lo com Laura? — Os olhos de Demi não escondiam a mágoa que sentia com a traição deles.

— Não importa se fizemos isso ou não — disse o pai. — O fato é que ele só quer você.

Demi se levantou e olhou para Joe. — Vamos dançar.

Sem hesitar, Joe se levantou e conduziu-a à pista de dança. A balada suave de Billy Joel, "Just The Way You Are", saía dos alto-falantes, o que era uma coisa boa, pois o joelho dele doía novamente. No momento, em que chegaram à pista de dança, Joe tomou Demi nos braços e segurou-a bem perto enquanto dançavam. Nenhuma palavra foi dita entre eles. As palavras não eram necessárias.

~~~

Setenta e duas horas depois do jantar do inferno, Demi segurava Ryan nos braços e bateu na porta do apartamento de Joe. Era sexta-feira, quatro horas da tarde, e ela estava empolgada com a ideia de sair à noite sem que o pai e a mãe questionassem cada passo. Depois que os pais perceberam que Demi não voltaria a Nova Iorque, deixaram Laura no aeroporto, sem ter ideia de que não veriam a filha mais nova por algum tempo. Depois, os pais dela foram para São Francisco, dizendo a Demi que voltariam no fim de semana seguinte para se despedir antes de voltarem para casa. Demi não sabia o que pensar sobre a ideia de a irmã fugir com uma banda, mas Laura parecera genuinamente feliz e era o que importava.

A porta se abriu e, como sempre, Joe parecia ridiculamente bonito, do tipo de tirar o fôlego. Sem falar que usava um moletom cinza simples com uma camiseta branca. Os cabelos escuros e grossos se enrolavam em torno das orelhas e, quando o olhar dele encontrou o dela, os olhos castanhos pareciam mais escuros do que ela se lembrava. A expressão no rosto dele era difícil de ler e havia algo nele que nunca deixava de fazer com que as entranhas dela se contorcessem.

Ele pegou a sacola do bebê da mão dela e acenou para que entrasse.

— Achei melhor trazer Ryan primeiro e voltar para buscar o berço — disse ela ao entrar.

— Não é preciso. — Ele se inclinou para a frente e, por uma fração de segundo, ela achou que pretendia beijá-la. Em vez disso, ele colocou os lábios sobre a testa de Ryan.

Por dentro, Demi se recriminou por achar que Joe a beijaria. Mais ridículo ainda era o fato de que ela deixaria. Ele fora mais do que gentil no jantar com os pais empertigados dela, tratando a grosseria deles com desembaraço, livrando-se das perguntas ofensivas e dos comentários rudes com facilidade. Joe fora gentil e educado. E a melhor parte da noite fora quando ele a seguira até a pista de dança sem perguntas e segurara-a nos braços, acalmando os nervos dela e fazendo com que se sentisse segura.

Fora então que ela percebera que estava em uma grande encrenca.

Ela nunca acreditara em mulheres que insistiam ter se apaixonado poucos dias depois de conhecer um homem. Mas, agora, Demi sabia que isso podia acontecer, pois estava acontecendo com ela. Estava se apaixonando depressa por Joe Jonas.

E precisava pôr um ponto final nisso.

Joe fechou a porta atrás dela. — Venha comigo — disse ele. — Tenho algo que quero mostrar a você.

Ela o seguiu pelo corredor. No caminho, olhou para dentro do quarto dele e viu que ele consertara o estrado da cama depois que ela estivera lá pela última vez. A memória a deixou com as bochechas quentes e um frio no estômago.

Quando entrou no último quarto, onde Joe esperava, os olhos de Demi se arregalaram de surpresa. O quarto de hóspedes fora transformado em um quarto de bebê. Duas faixas azuis cobriam as paredes. Havia um tapete azul com uma locomotiva a vapor bordada e prateleiras brancas cheias de bichos de pelúcia. — É lindo! Quando fez isso?

— Hoje.

— É por isso que Maggie estava aqui? Para ajudá-lo a decorar o quarto?

Ele pareceu surpreso e um pouco desconfortável.

— Eu a vi saindo do seu apartamento — explicou ela.

— Como sabia que era Maggie?

— Eu vi você com ela no tribunal quando apareceu no noticiário.

— Ahh — disse ele. — Eu mesmo desenhei o quarto, mas Maggie sugeriu que eu pendurasse o móbile de animais mais alto, para que Ryan não consiga alcançar.

— Você e Maggie são amigos há muito tempo?

— Praticamente desde sempre — respondeu ele. — Durante a infância, ela era como um dos garotos.

A Maggie que ela vira parecia séria demais para brincar com garotos.

— Isso foi há muitos anos. Ela mudou desde então. — Ele não continuou o assunto e andou até o berço. — Eles disseram que era uma cama quatro-em-um. Pode ser remontada para crescer com o bebê. O colchão tem uma camada de espuma grossa e é hipoalergênico. O que acha?

— É incrível. Adorei o tom de cerejeira. — Demi olhou da mesinha combinando para o armário alto e a colcha fofa, uma mistura de camurça e algodão. Tudo, do batente da janela à prateleira de fraldas, combinava perfeitamente.

Joe abriu uma gaveta da cômoda. — Tudo de que Ryan possa precisar está bem aqui.

Segurando Ryan no colo, ela estendeu a mão para tocar em um dos casaquinhos. — Isso é caxemira.

Ele assentiu. — Gostei porque é macio.

Havia pelo menos três conjuntos de caxemira e peças únicas de algodão macio em todas as cores possíveis e imagináveis. Havia também gorros e meias de caxemira, camisetas de manga comprida e de manga curta, calças de veludo e casacos combinando. — Ryan será o bebê mais elegante nesse lado de Los Angeles.

— Você acha?

Ela riu. — Acho que você exagerou. Ele é um bebê agora, mas, mais tarde, coisas demais desse tipo podem transformá-lo em uma criança mimada. — Ela olhou dentro do armário, onde ele empilhara todos os acessórios imagináveis para bebês. — Você deve ter gasto milhares de dólares.

— Ele vale cada centavo.

—É claro que sim, mas não é esse o ponto. — Joe era um homem bom e, naturalmente, um excelente pai. Mais cedo, quando ela ouvira vozes e olhara pela janela, vira Joe abraçando Maggie ao se despedirem. Instantaneamente, sentira uma onda de ressentimento e inveja. Com quem Joe passava o tempo dele não era da conta dela. Precisava refrear quaisquer sentimentos que tinha por ele, pois Joe deixara claro que não queria que fossem mais do que amigos.

Ela colocou Ryan no centro do colchão dentro do berço e sorriu quando ele mexeu as pernas como se estivesse andando de bicicleta. — Parece que você não precisará do berço portátil, então acho melhor ir embora.

Joe ligou o móbile musical. — Olhe só isso. Ele gostou.

Ela engoliu um nó da garganta. — Se precisar de mais alguma coisa, olhe na sacola. O número do meu celular também está lá, caso tenha algum problema.

Ele a acompanhou até a porta.

— Se precisar de mim antes de eu sair, estarei me arrumando logo ali.

— Tem certeza de que quer fazer isso?

— Fazer o quê?

— Sair com esse cara, Nate.

Ela sorriu. — É claro que sim. Ele esteve em uma sacola de compras, lembra?

— Esse é um motivo idiota para sair com um homem.

— Só estou brincando. Ele é um homem maravilhoso. Além disso — disse ela por sobre o ombro ao andar na direção do apartamento dela —, Nate Lerner pode ser o homem.

~~~

Um pouco de pó de arroz no nariz, batom e ela estava pronta para sair. Virando-se para o espelho de corpo inteiro, Demi deu uma última olhada. Ela usava calças jeans brancas e um blusão preto com decote em V. Comprara a roupa algumas semanas antes de descobrir que o processo de inseminação dera certo e que estava grávida. Ela se virou para a direita e para a esquerda. Entre o estresse e as mudanças hormonais, ela pesava agora um quilo e meio a menos que antes da gravidez. Apesar de não estar amamentando, os seios ainda estavam quase um número maior. — Nada mal.

Nate só viria buscá-la às seis e meia, o que lhe dava mais dez minutos. Ela deixara Ryan com Joe cedo, pois queria ter tempo suficiente para tirar um cochilo e tomar um longo banho quente. A pele brilhava e ela se sentia rejuvenescida. Satisfeita com os cabelos, Demi foi até o banheiro e desligou a chapinha. Mais uma camada de brilho nos lábios e estava pronta para sair.

Ela ouviu uma batida na porta, percebendo que ele estava adiantado. Estava na hora do encontro. Demi estava nervosa e animada com a ideia de passar algum tempo com Nate para que pudesse começar a tirar Joe Jonas da cabeça de uma vez por todas, e não perdeu tempo para atender a porta.

Mas não era Nate.

— Excelente, que bom que ainda não saiu — disse Joe. — Eu precisava mostrar isso a você.

Ele segurou Ryan em frente a ela.

O pobre bebê estava coberto, da cabeça aos pés, com um pelo de aparência estranha.

— E ele é para ser o quê?

Joe lançou-lhe um olhar reprovador. — Um porco-espinho, o que mais? Olhe como o pelo parece espinhos. — Para demonstrar, ele afofou o pelo em volta da cabeça de Ryan.

— Não acho que isso caberá nele quando chegar a época de halloween.

— Acha que não?

Ela retirou o capuz da cabeça de Ryan para que pudesse ler a etiqueta. — Essa fantasia é para bebês recém-nascidos. Ele estará usando roupas maiores em cinco meses.

— Bom, de qualquer forma, é muito fofo, não acha?

— É adorável — concordou ela — mas preciso ir agora. Tenho que terminar de me arrumar antes que Nate chegue.

— Essa roupa que está usando, é um pouco reveladora demais, não acha?

— Nem um pouco.

— Só o que consigo ver é o decote. — O olhar dele desceu pelo corpo dela. — Vejo também que pegou emprestadas as calças de couro da sua irmã.

— Isso é jeans, não couro. É branco, não preto. Bela tentativa.

— A verdade é — continuou ele — que Ryan e eu estávamos conversando e nós dois achamos que ainda é muito cedo para você estar saracoteando pela cidade. Você acabou de ter um bebê, pelo amor de Deus.

— Você não é meu pai, nem meu irmão nem meu namorado. Na verdade, estou tendo dificuldades em ter você como amigo. Então, pare com isso. Não vou deixar que arruíne a primeira vez que saio à noite.

— Você saiu há duas noites, foi a um jantar divertido.

Ela riu. — Foi há três noites e, se essa é a sua ideia de diversão, precisa consultar um psiquiatra.

— O cara está atrasado, não está? — perguntou Joe. — Talvez ele tenha deixado você na mão. Eu sabia que havia alguma coisa de errada com ele.

Olhando por sobre o ombro de Joe, Demi acenou. — Olá, Nate.

Nate estava absolutamente deslumbrante, com calças pretas e uma camisa listrada de botões que vestia como uma luva.

Tentando não rir da expressão irritada que cruzou o rosto de Joe, ela passou por ele para que pudesse cumprimentar Nate adequadamente.

— Olhe só isso — disse Nate depois de abraçá-la. — Um porco-espinho. — Ele tocou na ponta do nariz de Ryan. — Um pouco cedo para halloween, não é?

— Foi o que nos disseram — respondeu Joe. — Não a mantenha na rua até muito tarde. Ela tem uma revista e um bebê para cuidar.

— Não dê ouvidos a ele — disse Demi ao pegar a mão de Nate e puxá-lo para dentro do apartamento. Um olhar de reconhecimento cruzou o rosto de Nate e ele estalou os dedos. — Ele joga nos Condors, não é?

— Isso mesmo — disse Demi. — Ele é jogador de futebol.

— Ahh — disse Nate. — Bem que achei que o tinha reconhecido no outro dia.

Quando Demi se virou e viu Joe ainda parado lá, ela o espantou e fechou a porta gentilmente na cara dele.

~~~

Joe ouviu outro barulho e espiou pelas cortinas. Olhou na direção do apartamento de Demi, mas não havia ninguém lá. O relógio de plástico pendurado na parede da cozinha zombava dele com o tique, taque, tique, taque. Era apenas nove da noite e Demi não voltaria antes de algumas horas.

Ele se sentou no sofá, pegou o controle remoto e passeou por alguns canais. Ryan dormira mais de uma hora antes. Joe estava totalmente entediado. Mas, então, ouviu barulho de chaves no lado de fora e, dessa vez, sabia que não estava ouvindo coisas. Rapidamente ele se levantou, foi até a porta e abriu-a.

Demi voltara e estava destrancando a porta do apartamento dela.

— De volta tão cedo? — perguntou ele.

— Está de olho no que faço?

— Não, claro que não. Só estava sentado aqui assistindo à televisão e ouvi um barulho. Onde está o bonitão?

— Ele foi chamado ao hospital por causa de uma emergência.

— Mas que grosseria — brincou ele.

— Ele é médico — relembrou ela, olhando para Joe por um momento a mais. — Está tudo bem? Ryan está bem?

— Ele está ótimo.

— Que maravilha — disse ela. Em seguida, virou-se e desapareceu dentro do apartamento.

Joe ficou parado na porta por alguns instantes, achando que ela reapareceria, afinal, não se dera ao trabalho de se despedir. Quando não voltou logo em seguida, ele fechou a porta silenciosamente e foi até o apartamento dela. Sem bater, ele abriu a porta e colocou a cabeça para dentro. A bolsa estava no chão, a carteira e as chaves faziam uma trilha irregular perto da esquina do corredor. — Demi?

O coração dele bateu mais forte. Com receio de que alguém pudesse ter esperado do lado de dentro e arrastado-a para um dos quartos, ele avançou. A porta do quarto dela estava aberta e Demi não usava nada além de uma calcinha de renda e um sutiã combinando.

Droga. Aquelas pernas longas e os quadris cheios de curva fariam com que fosse difícil olhar nos olhos dela na próxima vez em que conversassem.

— Ah, meu Deus! O que você está fazendo aqui? — Ela estendeu o braço, pegou as roupas e segurou uma blusa em frente ao corpo.

Com as mãos estendidas à frente, como se fosse um guarda de trânsito, ele recuou. — Desculpe. Só vim perguntar se queria assistir a um filme comigo. Vi as coisas da sua bolsa espalhadas pelo chão e achei que tinha sido atacada.

Ela acenou para que ele fosse embora. — Por que não volta para o seu apartamento? Vou até lá daqui a pouco para pegar Ryan.

— E o filme?

— Acho melhor não.

Ele permaneceu no corredor enquanto continuava a conversa. — Ryan está dormindo e não vai acordar nas próximas horas. Farei pipocas. E tenho uma garrafa de vinho que quero dividir com alguém.

— Vá embora, ok? Vou até lá daqui a pouco.

— Excelente. Vejo você em alguns minutos.

Dezessete minutos depois, não que ele estivesse contando, Demi bateu na porta aberta do apartamento dele.

Ele se levantou e acenou para que ela entrasse. — Seja bem-vinda.

Ela entrou no apartamento, mas não estava sorrindo. Passou por ele, encaminhando-se diretamente para o quarto do bebê. Alguns minutos depois, ela voltou de mãos vazias. — Ele é tão lindo quando está dormindo.

Ele achava que Demi provavelmente seria linda ao dormir também. O moletom cor-de-rosa e a camiseta larga de mangas compridas não faziam justiça às curvas dela, agora que ele a vira só de calcinha e sutiã. A única coisa que queria fazer era fechar os olhos para relembrar aquela visão.

— O que está fazendo?

Ele abriu os olhos. — Nada.

— Seus olhos estavam fechados.

— Não estavam, não. — Ele apontou para a caixa de couro cheia de DVDs que levara da casa de Malibu. — Por que não escolhe um filme enquanto abro a garrafa de vinho e faço pipocas?

Ela tirou os chinelos e deixou-os lado a lado perto da porta. Em seguida, pegou a caixa e levou-a para o sofá. Ela se sentou com os pés sob o corpo e percorreu a seleção de DVDs dele. — Sin City, O Exterminador, Pulp Fiction, A Identidade Bourne, Blade... ah, esse é perfeito. — Ela retirou um dos DVDs.

Ele entregou um copo de vinho a ela e colocou uma tigela de pipocas de micro-ondas sobre a mesinha. Em seguida, pegou o DVD para ver o que ela escolhera. — Diário de uma Paixão? Como esse filme foi parar aí?

— É um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. Estou feliz por ter me chamado para vir aqui. — Ela ergueu o copo em um brinde e bebeu um gole do vinho.

Mas que droga. Ela sabia que ele não tinha escapatória.

Ele colocou o DVD no aparelho e apertou o botão Play, imaginando que uma das irmãs devia ter colocado aquele filme na coleção particular dele. Com o copo de vinho na mão, ele se sentou no sofá ao lado dela. O olhar de Demi estava virado para a TV, enquanto o dele estava fixo nela. Na verdade, ele não se importava com o que assistiriam. Estava contente com a forma como a noite se desenrolava. Uma noite sossegada com Demi, sabendo que o filho estava dormindo no quarto ao lado, parecia como voltar para casa depois de uma longa viagem pela estrada.

Era estranho, pensou ele, mas não se lembrava da última vez em que se sentira tão contente.

5 comentários:

  1. Ryan vestido de porco-espinho foi hilário! Acho que o Joe esta começando a gostar da Demi de um jeito mais romântico. Só que a Demi não pode ficar usando o Nate pra esquecer o Joe, não é justo com ele, nem com ele!
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  2. Joe é uma Pai tão bobo... 😅 vestir o Ryan de porco-espinho foi comedia... Eu sinceramente acho q Joe deve revisar os sentimentos dele pela Demi pq todo mundo ver de olhos fechados q ele esta gamado nela menos ele... Aiiin como ele é burro... Se ele percebesse q é gamado nela a vida dele estaria feita, teria filho, uma mulher linda, uma casa, trabalho e tudo do melhor e alem do mais ele não iria precisar sofrer pela Maggie... Eiiii pode me por na Historia para fala isso tudo para o Joe?

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  3. Mt bom esse capítulo
    Posta mais

    Ana

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  4. Posta mais, tá perfeito!!

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  5. Posta mais um hoje pra compensar ne kkkk ta lindo como sempre!

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