24.1.15

Capitulo 25 - Último

Mais tarde postarei o epilogo ♡

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O avião de Joe pousara quarenta e cinco minutos antes e ele estava feliz por estar em casa. Era sexta-feira. Ele colocou as flores que comprara no aeroporto sobre o banco do passageiro, colocou a chave na ignição e encaminhou-se para Burbank. Quatro dias se passaram desde que ele deixara Demi e os advogados dela no tribunal. Ele passara todos aqueles dias na cidade de Nova Iorque fazendo entrevista para um emprego.

Depois do vexame da mediação, ele dirigira diretamente para a casa em Malibu. Dera a si mesmo vinte e quatro horas para liberar a frustração nadando e praticando tiro ao alvo. Joe ficara furioso com as táticas que os advogados de Demi usaram e frustrado com a recusa de Demi em ver que era melhor que ele participasse da vida do filho. Ele também estava furioso consigo mesmo por ter causado tanta dor à família, primeiro ao se intrometer entre Aaron e Maggie e, depois, ao ter a vida particular deles jogada aos lobos. Os pais dele tinham passado por coisas demais. E, mesmo assim, ele continuava causando mais problemas a eles. E o que eles fizeram como punição a ele? Algumas horas depois da mediação e de voltar à casa de Malibu, eles o encheram de cartões, telefonemas e mais amor do que qualquer homem merecia.

O fato de a carreira de jogador de futebol ter terminado também não ajudava em nada. Mas ele não demorou muito para se concentrar no lado bom, lembrar-se de como tinha sorte e, novamente, de se sentir grato por tudo o que tinha. Quando Gary Chamberlain telefonou, pedindo que ele voasse para o leste para fazer uma entrevista para o cargo de comentarista da televisão, ele encerrara o período de autocomiseração e estava pronto para continuar a vida.

Apesar da dor aguda que latejava no joelho não ser nada comparada à dor que sentia no peito, uma dor sem fim que sabia que não acabaria enquanto não encontrasse Demi novamente, precisava primeiro cuidar de negócios. Ele queria ter algo mais do que o coração para oferecer a Demi quando voltasse para casa. Queria oferecer um futuro a ela.

E, agora que chegara em casa novamente, estava pronto para isso.

~~~

Demi analisou a lista de artigos que estavam planejados para a edição do mês seguinte e, em seguida, passou para os anúncios e a campanha de marketing. Sandy fizera um trabalho incrível ao conseguir anunciantes empolgados com a edição daquele mês.

Chelsey já discutira os planos que tinha para o layout. Naquele momento, estava parada na cozinha e olhando para fora da janela sobre a pia. — Então, Joe se mudou do prédio?

— Não acho que ele tenha se mudado — disse Sandy. — Espiei pela janela dele e tudo parece do mesmo jeito.

— Você deveria telefonar para ele — Chelsey disse a Demi.

— Eu tentei, mas ele não retornou a ligação. E de que adianta? Estou começando a achar que não existe um homem no mundo que saiba realmente o que quer da vida.

Chelsey se sentou na cadeira em frente a Demi, franzindo a testa. — Achei que você tinha dito que ouviu uma gravação da voz de Joe dizendo à advogada dele que amava você.

— É isso mesmo, eu ouvi.

— Talvez você deva ir atrás dele.

— Por quê? Ele sabe onde me encontrar.

— Bem, você apareceu na mediação com três advogados que tentaram destruir a família dele, um membro de cada vez. Quero dizer, pense bem. Todas nós sabemos que a família dele é a coisa mais importante para Joe. E, se você realmente o amasse, iria atrás dele.

Demi fez uma careta. — Eu disse a ele, lá no tribunal, que não fazia ideia de que Thomas faria tal coisa. — Demi não gostava da sensação dolorosa que sentia por dentro e fez o melhor que pôde para ignorá-la. — Joe sabe que eu só estava tentando proteger Ryan. Além do mais, tenho certeza de que a família dele disse a ele que eu rasguei o contrato e chutei Thomas e os amigos dele para fora da sala. O que mais eu poderia ter feito?

Sandy suspirou. — Nada. Você fez tudo o que podia fazer.

— Não quero mais falar nesse assunto — disse Demi. — Tenho um encontro com Nate hoje à noite e não quero me sentir deprimida quando ele vier me buscar.

Chelsey ergueu a sobrancelha. — Você tem um encontro com o médico?

— Não é nada demais — garantiu Demi. — Nate sabe que estou passando por um momento difícil. Somos apenas amigos.

~~~

Pelo que pareceu a centésima vez, Joe parou na frente da porta do apartamento de Demi.

Ele vestia um terno com gravata e segurava um buquê com duas dúzias de rosas vermelhas. Dentro do bolso do casaco, havia um anel de diamantes, uma pedra perfeita de dois quilates com lapidação antiga que comprara depois de recusar o emprego em Nova Iorque e aceitar o da emissora de Los Angeles.

Ao bater na porta, ele notou que as mãos tremiam. Ele tentou rir para acalmar os nervos. Acreditando que as coisas não podiam ficar piores do que já estavam, ele viu Sandy abrir a porta.

Lexi gritou de alegria ao vê-lo, agarrando-se à perna dele com tanto amor que ele achou que o coração derreteria. A cada dia que passava, ele gostava mais dela.

Ele olhou por sobre o ombro de Sandy, tentando enxergar dentro do apartamento. — Demi está em casa?

— Não, não está. — Ela se inclinou para a frente, perto do ouvido dele, para que Lexi não ouvisse. — Por que diabos demorou tanto tempo?

— Acabei de descer de um avião que chegou de Nova Iorque a poucas horas. Vim o mais rápido possível.

— Você estava em Nova Iorque? Connor não me disse que você tinha ido a Nova Iorque.

— Ninguém sabia.

Sandy cruzou os braços. — Ela telefonou para você no dia seguinte àquele desastre da mediação.

Ele passou os dedos pelos cabelos. — Deve ter sido a chamada restrita que não atendi.

— O que tinha na cabeça ao não atender o telefone?

— Naquele momento, eu tinha passado por alguns dias bem ruins.

— Bem, foi ao ar, perdeu o lugar. Ela saiu com Nate.

— Eu achei que ela tinha dado o fora nele.

— Pelo jeito, eles são apenas amigos.

— Que ótimo.

— Hollywood — chamou Lexi, puxando a calça dele, determinada a chamar a atenção de Joe.

Ele passou a mão na cabeça dela. — O que foi, Lexi?

— Quer brincar de boneca?

Ele olhou para Sandy, que deu um passo para o lado para que pudesse

entrar.

— Claro — disse ele a Lexi. — Ryan está no quarto dele?

Sandy assentiu. — Ele deve acordar a qualquer momento.

— Por que não me deixa cuidar dele até ela voltar para casa? — perguntou Joe.

— Ah, eu não sei. — Sandy inclinou a cabeça. — A não ser que...

— A não ser que o quê?

— Eu pretendia sair com o seu irmão hoje à noite e você deveria ser a minha babá.

— É sexta-feira. Você tem razão. Sinto muito, eu esqueci completamente.

— Deixe-me pegar essas flores. — Sandy pegou as flores da mão dele e foi para a cozinha.

Enquanto Lexi ia buscar as bonecas, Sandy procurou um vaso para as flores. — Se você cuidar de Lexi — disse Sandy —, ainda terei tempo de correr até em casa, trocar de roupa e surpreender Connor.

— Eu não sei...

— Não vou deixar Ryan e arriscar a minha amizade por nada. Pela parte que me toca, você me deve.

Ele queria, ou melhor, precisava, passar algum tempo sozinho com Demi. Queria fazer uma oferta a ela que rezava para que não fosse recusada. — Está bem — disse ele. — Eu cuido dela também.

Lexi voltou correndo para a sala com uma mochila cheia de bonecas. Pernas e braços saíam por todos os buracos, fazendo com que ele se desse conta de que acabara de fechar um acordo com o demônio.

— Ótimo. — Sandy largou as flores sobre o balcão, deixando de lado a tarefa de procurar um vaso. Ela se abaixou para que ficasse na mesma altura da filha. — Joe vai cuidar de você até Demi voltar para casa. O que você acha?

— Viva!

— Mas chega de sorvete, está bem?

— Buu!

Sandy levou menos de dois minutos para pegar o casaco e a bolsa e chegar na porta. Ela olhou Joe da cabeça aos pés. — Você está muito bonito.

— Obrigado.

Ela não abriu a porta para sair. Em vez disso, ficou parada com a mão na maçaneta.

— O que foi?

— Uma parte de mim realmente prefere ficar para ver o que acontecerá entre você e Demi.

Ele franziu a testa. — Por quê? O que acha que acontecerá?

— Não faço a menor ideia. É por isso que estou tão curiosa.

Pela primeira vez desde que ele dissera a Sandy que cuidaria de Lexi, ela parou de sorrir, o que o deixou preocupado. — Ela está muito brava?

— Não acho que Demi tenha ficado brava em momento algum. Talvez um pouco triste porque nunca foi amada da forma como deseja ser amada. Ela certamente não acredita que você viria atrás dela.

— Ela não está sentada ao lado do telefone esperando.

— Não, ela não poderia fazer isso de novo. Ela não queria sair hoje à noite, mas precisava disso. Autopreservação e essas coisas todas.

O coração dele deu um salto. Ele se sentiu quente, tirou o casaco e pendurou-o no braço. — Eu precisava ir para a entrevista. Senão, não teria nada a oferecer a ela e a Ryan quando voltasse.

— Ela só quer você.

— Duvido que ela se importe com uma ajudinha para que Ryan vá para a faculdade mais tarde. — Ele respirou fundo. — A que horas ela deverá chegar em casa?

— Ela não disse.

— A que horas você chegará em casa?

— Depende de como as coisas acontecerem.

Joe não se lembrava da última vez em que Connor saíra com uma mulher. Seria uma longa noite. — Por que tenho a estranha sensação de que isso não será tão bom como pensei?

Ela riu dele, despediu-se de Lexi mais uma vez e saiu pela porta. Antes que ele pudesse fechá-la, Sandy sussurrou: — Você trouxe o anel?

Ele assentiu.

Os olhos dela brilharam. — Ótimo, então boa sorte. Você vai precisar.

— Obrigado.

~~~

Um pouco depois que Sandy saiu, Joe levou Ryan, Lexi e todos os brinquedos dela para o apartamento dele para que pudesse trocar de roupa e vestir algo mais confortável. Por mais de uma hora, ele observara Lexi saltando para cima e para baixo no sofá. A energia da garota não terminava.

Ele nunca vira nada parecido. Ficava cansado só de observar Lexi.

Era nove horas da noite.

Onde estava Demi?

Se ela e Nate fossem apenas amigos, já deveria ter chegado em casa.

— Hollywood?

— Sim, Lexi?

— Eu já posso tomar sorvete de novo?

— Nem pensar. Você já tomou sorvete e sua mãe falou que não podia tomar mais.

Ela parou de saltar por tempo suficiente para olhar para ele. Ela apontou um dedo acusador e estreitou os olhos. — Você está encrencado, moço.

— É a história da minha vida.

Ela se virou na direção da janela e começou a pular novamente.

— Demi já chegou em casa? — perguntou ele.

— Não — disse Lexi. — Quer brincar de Barbie de novo?

— Não, Ken está cansado. Ele saiu de férias, lembra?

Ela parou de pular e olhou para o teto. — Acho que eu ouvi ele voltando.

Joe também olhou para o teto. — Acho que não. Ele está no Havaí agora. Tenho quase certeza de que ele alugou uma daquelas gaiolas submarinas para olhar os tubarões nadando.

Ela abriu um sorriso travesso. Em seguida, saltou para fora do sofá e correu até o quarto. Quinze segundos depois, voltou com a Barbie e o Ken. Dessa vez, ela entregou a Barbie a ele e ficou com Ken. Ela pressionou o rosto de Ken contra o rosto de plástico de Barbie e disse: — Casa comigo!

Ele fez a melhor imitação que conseguiu da voz de uma garota. — De jeito nenhum.

— Por que não? Eu amo você.

— Para começar, você é muito magro. Acho que você come legumes demais.

— Eu gosto de brócolis — disse ela na voz de Ken.

— Dá para notar.

— Eu sou Ken — disse ela à Barbie logo depois. — Sou perfeito.

— Ninguém é perfeito.

— Se você não casar comigo, vou tomar mais sorvete.

— Se eu der mais sorvete a você, Ken — perguntou ele enquanto movia os braços da Barbie —, vai voltar para as férias e parar de me pedir em casamento?

— Sim — respondeu Lexi.

— Combinado. — Os dois largaram as bonecas e correram para a cozinha rindo.

~~~

Já era mais de meia-noite quando Joe finalmente ouviu a voz de Demi do lado de fora do apartamento dela. Ele se aproximou da janela, desapontado ao ver que Nate decidira levá-la até a porta.

A janela estava parcialmente aberta e ele ouviu Nate dizer alguma coisa.

Ele rangeu os dentes quando Demi riu e colocou a mão no braço dele. Nate se inclinou para a frente.

Joe se levantou imediatamente e correu para a porta. O homem pretendia atacar.

Ele abriu a porta a tempo de ver Nate pegar alguma coisa do chão.

— Olhe só isso — disse Nate. — Se você encontrar uma moeda e pegá-la, terá sorte o dia inteiro. — Ele olhou na direção da porta aberta de Joe. — Ele voltou. — Nate jogou a moeda de volta no chão.

Joe o ignorou. — Está frio aí fora — disse ele para Demi. — Onde está o seu casaco?

Demi apertou os olhos ao olhar para o apartamento dele. — É você, Joe?

— É claro que sou eu. Já passa da meia-noite — disse ele, caso ela não tivesse percebido.

Demi ficou na ponta dos pés e sussurrou algo no ouvido de Nate.

Nate deu um beijo no rosto dela, suspirou e deu meia-volta, descendo a escada silenciosamente antes de desaparecer na noite.

Demi se virou na direção de Joe. Mesmo no escuro, ele conseguiu ver os olhos dela brilhando como uma fera selvagem. — Você acabou de arruinar o meu encontro — disse ela.

— De acordo com Sandy, vocês dois são apenas amigos.

— Nossa, como ela tem a boca grande. — Ela vasculhou a bolsa em busca da chave.

— Ryan e Lexi estão dormindo no meu apartamento. Estão no quarto de Ryan.

— Onde está Sandy?

— Eu a subornei para deixar Ryan comigo. Se vai ficar brava com alguém, é comigo mesmo.

— Ok, então estou furiosa com você. Não tem o direito de aparecer na hora que tem vontade e levar o meu filho. Não gosto disso.

— Não vai acontecer de novo.

Ela cruzou o corredor e andou na direção dele.

Ele estava no lado de dentro e ela no lado de fora. Eles ficaram parados por um momento, frente a frente, sem dizer uma palavra.

— O que você quer, Joe?

Ele apoiou a mão no batente da porta. — Vou dizer a você o que não quero.

— Estou ouvindo.

— A vida tem um jeito de deixar você para trás se não assumir o controle e fazer com que cada momento seja importante. Não quero que o meu filho bata na minha porta daqui a dezoito anos e pergunte por que diabos eu não me preocupei em participar da vida dele. Não quero que meu filho pense que o pai dele não o amava o suficiente para lutar por ele. Não quero brigar com você, Demi. Eu amo você. Estou feliz por ser a mãe de Ryan. Ele tem sorte de ter você. Principalmente, não quero ir a um tribunal, não vou a um tribunal. Não porque não queira Ryan tanto quanto você ou por causa do dinheiro ou do tempo que teria que gastar. Mas porque eu amo a minha família, incluindo você e Ryan, e não quero ver ninguém sair magoado.

— Você não conversou com a sua família depois que saiu do tribunal?

— Não tive tempo. Eu estava em Nova Iorque fazendo uma entrevista para um emprego.

Ela levantou ligeiramente o queixo e passou por baixo do braço dele, entrando no apartamento. Sem mais uma palavra, começou a juntar as coisas de Ryan.

Ele fechou a porta, trancou-a e observou Demi guardar as coisas para ir embora. — Aonde você foi? — perguntou ele.

Ela pegou a sacola de Ryan e jogou dentro dela as mamadeiras vazias, as toalhinhas e a chupeta. Deixando o saco de fraldas no chão, ela andou na direção da mesinha de centro. — O que quer dizer?

— Seu encontro. Aonde você foi?

Ela pegou a estatueta de bronze, com um arco vermelho, que estava no centro da mesa. — O que é isso?

— Eu sabia que você tinha gostado dela quando a viu no festival de artes e procurei a mulher quando estava em Nova Iorque.

— Você comprou isso para mim?

Ele assentiu.

— Você se lembrou do nome da artista e deu-se ao trabalho de encontrá-la?

A julgar pela expressão séria no rosto dela, ele não sabia ao certo qual era a resposta correta, mas decidiu seguir o instinto. — Sim.

Ela deu a volta na mesinha e andou na direção como se fosse uma tigresa que acabara de fugir do zoológico. Para cada passo que ele recuava, ela avançava outro passo, até que ele ficou com as costas contra a parede. — Você disse que me amava em algum momento daquele discurso que acabou de fazer?

— Acredito que sim.

— Então por que não me telefonou nem veio me ver antes de voar para Nova Iorque?

— Eu precisava cuidar de algumas coisas primeiro. Se eu pudesse voltar no tempo, viria vê-la antes de partir. Eu demoro a aprender.

— Você está cheirando a sorvete e Ryan.

— Obrigado.

Fez-se silêncio novamente. Silêncio em um momento daqueles o deixou nervoso. — O que quer que eu faça, Demi? Quero que as coisas se acertem entre nós. Eu amo você, sim. Na verdade, se você tivesse voltado para casa um pouco mais cedo, eu pretendia pedi-la em casamento. Eu estava usando terno e gravata, carregando rosas vermelhas, todas as coisas certas.

— Eu quero um homem que saiba exatamente o que ele quer. Um homem que entre em um aposento e que não consiga evitar de me pegar nos braços e de me beijar no momento em que me vir. É isso o que eu quero. Quero ser beijada sem motivo algum. — Ela enterrou o dedo no peito dele. — Eu mereço ser beijada.

— Eu sei que merece. — Ele gentilmente afastou os cabelos do rosto dela para que pudesse observá-lo longamente. As faces estavam afogueadas, os olhos brilhantes, os movimentos inquietos.

— Faz tempo demais desde que me pegou nos braços pela última vez.

— Tempo demais. — A mão dele passou pelo ombro dela e desceu pelo braço nu. Ele se inclinou para a frente e beijou-lhe o pescoço. — Você é linda. — Ele não estava pensando, analisando nem planejando. Estava simplesmente fazendo. A pele dela era macia sob os lábios dele.

— Eu quero me sentir desejada, amada e todas essas coisas que uma mulher deve sentir — disse ela.

— Eu também quero que você sinta isso. — Os lábios dele subiram pelo queixo dela até chegarem ao lado da boca. Eles tinham muito sobre o que conversar. Ele precisava parar de beijá-la para que pudessem discutir o que acontecera. Precisavam conversar sobre o futuro de Ryan e uma infinidade de outras coisas. Mas ele não podia parar, não ia parar, não queria parar. A forma como ela tremia nos braços dele o deixava louco. A forma como a pele dela se aquecia sob os lábios dele fazia com que quisesse mais.

— Isso é gostoso — disse ela.

A boca de Joe cobriu a dela e ele a beijou novamente, um beijo mais longo e mais profundo, com a palma da mão segurando-lhe a nuca. Depois, ele se afastou e olhou dentro dos olhos dela. — Você me ama também, Demi?

— Você sabe que sim.

— Você vai responder à minha pergunta?

— Fomos jantar no Yang Chow. Você sabe, o restaurante chinês. No meio do jantar, ele foi chamado ao hospital e eu fiquei sentada na lanchonete até que ele terminasse.

— Não essa pergunta, a outra.

— Não sei do que está falando.

— A pergunta sobre se quer casar comigo. — Ele pegou a caixa preta que estava sobre o balcão da cozinha e abriu-a.

— É um anel e tanto.

— Você é uma mulher e tanto. Eu me ajoelharia, se pudesse.

— Essa coisa de se ajoelhar já saiu de moda. Você quer mesmo se casar?

Ele deslizou o anel pelo dedo dela antes que pudesse responder. — Mais do que qualquer coisa no mundo, quero me casar com você. Quer se casar comigo?

Ela olhou para o anel por um longo momento e, depois, olhou dentro dos olhos deles.

— É tarde demais, Demi. O anel está no seu dedo.

Ela riu.

Ele a ergueu nos braços e ela se sentiu como se estivesse flutuando. Mesmo com o joelho machucado, ele conseguiria carregá-la por quilômetros se fosse preciso. Mas não a levou além do quarto. Depois de colocá-la sobre a cama, tirou lentamente a roupa dela, uma peça de cada vez, até que não havia mais nada a tirar, deixando apenas a pele clara e macia rodeada pelos lençóis de seda e pelo luar.

— Eu amo você, sim — disse ela ao ajudá-lo a tirar a camiseta.

— Eu também amo você. Só você. Mais ninguém.

— É bom saber disso.

Ele sorriu para ela enquanto tirava o restante da roupa. Em seguida, trancou a porta e subiu na cama ao lado dela, abraçando-a com força. Ele precisava de Demi muito mais do que ela precisava dele, mas decidiu guardar aquilo para depois. Não era necessário confessar tudo naquele momento. Poderia esperar até o dia seguinte para dizer que ficaria perdido sem ela. Por enquanto, decidiu ele, queria apenas aproveitar o momento e desfrutar da sensação de ter os braços dela em volta dele, sabendo que ela o amava

pelo que era e torcendo para que o amasse por muitos anos.

Ele, Demi e Ryan teriam muitas aventuras juntos.

Ele precisava levar Demi para nadar nua antes que Ryan tivesse idade suficiente para saber o que os pais estavam fazendo. Ele passaria o resto da vida provando as receitas dela e aprendendo a gostar de suflê de chocolate.

A vida não podia ser mais doce que isso.

7 comentários:

  1. Mto fofo esse capítulo, posta

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  2. Uhu até que enfim!!!!! Continua.....adorei ele brincando com a Lexi kkkkkk ele realmente vai ser um excelente pai.... louca pelo epílogo!!!!

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  3. Demais esse capítulo AMEI
    Ansiosa pro epílogo

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  4. Meu deus, to na merda abbzhzbs q coisa mais amada!!!!

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  5. Ahhhh finalmente eles se acertaram, estou tão feliz :) que final maravilhoso, Joe se declarou e agora a Demi vais ser tratada como ela merece, ou seja, com muito amor :)
    Mal posso esperar pelo epílogo, mas ao mesmo tempo vou ter saudades dessa história, ainda bem que poderei voltar a lê-la de novo :)

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  6. Mt fofo .. Lexi uma gracinha ... E jemi perfeito!!

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  7. Q amor esse cap.
    To loca pra ler o epílogo

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