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DEMI
Joe me deixou em casa à noite, prometendo que no
dia seguinte me buscaria no trabalho e me levaria à faculdade,
depois ia lá me buscar. Queria que eu a trancasse logo, mas prometi
que só o faria dali a duas semanas, quando o período chagaria ao
fim e eu também sairia do trabalho.
Depois que ele foi embora, eu andei pelo
apartamento vazio em uma bolha de felicidade, sorrindo sozinha, sem
compreender como uma pessoa podia passar de um ódio profundo a um
amor infinito em apenas um dia. Eu acordei odiando Joe, jurando que
nunca o perdoaria. E agora ia dormir mais apaixonada do que nunca,
cheia de planos para um futuro ao lado dele.
Acho que só o risco de uma tragédia podia ter
causado uma reviravolta tão grande nos meus conceitos e no que eu
sentia. O medo de que Joe tivesse morrido ou ficado seriamente ferido
me fez perceber com ainda o amava desesperadamente e como minha vida
seria vazia sem ele. Toda raiva e rancor deixou de ter importância.
E eu senti dentro de mim que podia acreditar de novo.
Talvez outra pessoa em meu lugar nunca esquecesse.
Eu ainda não esquecia. No fundo, ainda tinha uma ponta de
insegurança. Mas a esperança tinha ressurgido junto com o amor que
eu empurrara bem para o fundo. Desisti de lutar. Resolvi acreditar.
Sentei no sofá, pensando no dia maravilhoso que
passamos juntos, enquanto acariciava a minha barriga. Pensei se um
dia, mais para a frente, Joe poderia se desgostar de mim e me trair
novamente. Será que eu teria sempre essa dúvida bem guardada? Ou
com o tempo ele me provaria que realmente havia mudado? Eu só sabia
que o tinha perdoado e agora não podia ficar remoendo aquilo. Era
tentar deixar no passado e seguir em frente.
Pensei em Matt. Tinha ficado o dia todo sem falar
com ele e senti sua falta. Tinha me acostumado com a sua amizade e
ele tinha sido importante para mim nessa trajetória toda, inclusive
no fato de perdoar Joe. Foi íntegro e honrado em todos os momentos,
até quando eu quis beijá-lo. Como se soubesse que meu coração não
estava ali. E eu agradecia a ele, foi melhor para todo mundo. E Matt
não merecia mesmo ser o substituto de ninguém.
Como se fosse atraído por pensamento, o telefone
tocou e era ele. Atendi com carinho: - Oi, Matt.
- Oi, Demi. Como você está?
- Bem.
- Bem mesmo?
- Sim. – Mordi os lábios, sem saber como contar
que reatara com Joe. Mas ele precisava saber.
- E você?
- Tudo tranquilo.
- Matt ...
- Sim?
- Eu ... Hoje aconteceu uma coisa. - Eu disse
baixinho: - Eu e Joe, nós ... Bem, nós voltamos.
Ele ficou quieto. Então, enquanto eu rezava para
não magoá-lo, sua voz saiu naquele timbre profundo, calmo:
- Era questão de tempo para isso acontecer, Demi.
Espero que agora vocês se acertem.
- Sim, eu também espero. Matt, eu nunca quis
magoar você. Desculpe pelas coisas que eu disse antes e ...
- Não precisa se desculpar. Felizmente tudo
acabou bem. Vocês vão ter uma família e tenho certeza que Joe
aprendeu uma boa lição. E o que temos é uma bela amizade. - Você
jura? Jura que vai continuar sendo meu amigo?
- Sempre, Demi.
Eu podia sentir certa tristeza na voz dele. Era só
uma impressão, mas o bastante para me deixar angustiada. Não sabia
o que fazer ou dizer. E fui sincera:
- Todos esses meses, eu não sei o que seria de
mim sem você. Obrigada por ter estado ao meu lado, por segurar a
minha mão quando soube o sexo do meu bebê e ... – Minha voz
embargou. – Se precisar de mim, para qualquer coisa, estou aqui.
Por favor, não esqueça isso.
- Não vou esquecer. Bem, preciso desligar. A
gente se vê por aí, Demi.
- Sim, vamos nos ver sim.
- Até breve.
- Até.
Depois que Matt desligou, rezei para que ficasse
bem e que encontrasse uma garota legal que desse a ele o valor que
merecia. E agradeci por não termos tido mais do que uma amizade, ou
eu me sentiria mais culpada ainda.
Levantei e fui para o quarto. Meu dia tinha sido
repleto de emoções muito fortes.
DOIS MESES DEPOIS – AGOSTO
DEMI
Eu parei na entrada do pórtico florido, naquele
final de tarde ameno e fresco de agosto.
Estava emocionada, meu coração acelerado, uma
felicidade tão grande que parecia prestes a explodir. Sorri para
Matt ao meu lado, de braço dado comigo e ele sorriu de volta. E
então, em um consentimento mudo, caminhamos pela corredor gramado
entre as cadeiras até o pequeno altarzinho montado embaixo de uma
grande árvore.
Nossos amigos mais íntimos e familiares estavam
ali. Não era um casamento pomposo, mas simples, feito nos jardins da
nossa casa. Eu tinha escolhido embaixo daquela árvore, pois eu e Joe
adorávamos ficar ali, namorando, conversando sobre o nosso dia.
Tinha sido decorado com hortênsias, a própria vegetação do lugar
e pequenas lanterninhas.
O padre e Joe me esperavam no altar e sorri ainda
mais ao vê-lo, lindíssimo em seu terno negro como seus olhos e
cabelos, mas com a gravata vermelha, bem sensual como ele. Ele sorria
de volta, olhos fixos em mim, enquanto todos se levantavam e a música
linda tocava.
Era um sonho se realizando. Casar e ter filhos. E
estar grávida de sete meses parecia ter deixado tudo ainda mais
completo, perfeito. Sorri feliz para as pessoas presentes, amigos de
Joe, meus amigos da firma de advocacia incluindo meu ex patrão José
Paulo Camargo, e do grupo de cosméticos BELLA, Leon e Agnes, e mais
tantos queridos. No altar, como meus
padrinhos estavam Rodrigo e Selena, que também
tinham se casado há pouco tempo. E do lado de Joe estavam Antônio e
Ludmila. A avó também estava lá, esperando Matt para fazer seu
par. Ela tinha entrado com Joe.
Tinha sido um custo convencer os dois homens. Eu
não tinha pai para entrar comigo e quis que fosse Matt, que me deu
tanto apoio e amizade naqueles meses. Joe ficou enciumado, a relação
entre eles já não era mais a mesma. E Matt também ficou
incomodado. Mas eu os convenci, achando que aquilo também os
aproximaria mais. Não sei se eu estava certa.
Não vi o rosto da minha mãe entre os convidados,
mas eu sabia que não viria. Eu a tinha chamado, mas não a minha
irmã. No entanto, minha mãe disse que ela e Juliane estavam de
viagem marcada para o Acre, onde o milionário noivo de Juliane tinha
diversas propriedades. Tinham vendido a casa e partiram para lá
antes do meu casamento. O de Juliane também seria naquele mês.
Não fiquei triste. Já tinha me convencido que
não era amada por nenhuma das duas e resolvi me preocupar com quem
gostava de mim. E segui em frente.
Chegamos ao altar e Joe se aproximou. Trocou um
olhar com Matt, que me entregou a ele e disse baixinho:
- Tome conta dela.
- Pode deixar. – Joe falou sem arrogância e
estendeu a mão ao amigo, que a apertou, deixando-me ainda mais
emocionada.
Matt foi para perto de Dantela e deu o braço a
ela.
Joe olhou-me com amor, sorrindo, claramente tão
feliz quanto eu. Acariciou minha barriga, inclinou-se e deu um beijo
nela. Depois beijou suavemente minha face ao lado da boca.
- Ainda não chegou a hora de beijar a noiva. –
Murmurei sorrindo.
- Toda hora é hora. – Piscou e me deu o braço.
Fomos juntos até o padre.
E a cerimônia começou. Foi linda, simples,
enquanto as folhas das árvores balançavam sobre as nossas cabeças
devido à brisa suave. Enquanto o padre falava em respeito, amor e
fidelidade, as lágrimas desciam dos meus olhos. Por que havíamos
enfrentado um mundo de decepções e dor, quase que nos separamos de
vez, mas optamos por mais uma chance. Aquela. E eu a agarraria com
unhas e dentes, iniciando a partir dali uma nova vida.
Na hora de trocar as alianças, as lágrimas
vieram de novo, principalmente quando Joe murmurou, fitando-me com
seus olhos negros penetrantes, sinceros, toda sua alma ali, como a
garantir que eu acreditasse:
- Eu, Joe Adam de Jonas, recebo-te por minha
esposa a ti, Demi Devonne Lovato, e prometo ser-te fiel, amar-te e
respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos
os dias da nossa vida.
E ao terminar, os olhos dele também estavam mais
brilhantes que o normal, úmidos. Foi minha vez de falar, de
prometer, enquanto nem piscava, bebendo cada uma de minhas palavras.
O Sacerdote continuou, até o fim, quando fomos
declarados marido e mulher e sorrimos um para o outro, de mãos
dadas, emocionados e felizes. Joe me beijou na boca, não um beijinho
casto, mas com amor e paixão, enquanto todos batiam palmas.
E então, para delírio de todos, caiu de joelhos
aos meus pés e segurou minha barriga, beijando-a com igual amor. Eu
ri, chorando de novo, enquanto todos ficavam em pé, assoviavam e
aplaudiam.
Joe ergueu-se feliz e nos abraçamos, enquanto
murmurava em meu ouvido:
- Eu sou o homem mais feliz do mundo.
- E eu a mulher.
Sorrimos, tantas emoções boas nos envolvendo,
tantas esperanças dentro de nós. Passamos pelo corredor de braços
dados, enquanto éramos filmados e fotografados e os convidados
jogavam arroz.
- Mais fertilidade! – Brincou Antônio. – Pelo
menos mais uns três filhos!
Joe riu.
Fomos cumprimentados por todos e a festa começou.
Eu quis tudo bem à vontade e foi assim que fizemos. A decoração
estava bonita, o jantar delicioso, bebida à vontade, pista de dança
e DJ. As pessoas riam, conversavam, dançavam, circulavam. Joe tirou
o paletó, feliz, sempre perto de mim. E eu o olhava, apaixonada.
Foram momentos únicos, inesquecíveis. Dantela
estava feliz também, parecia mais leve, bem diferente da mulher que
conheci. Nos dávamos muito bem e ela vinha sempre passar os domingos
com a gente ou nós com ela.
Dançou com Matt e depois com o neto. Vi Matt
junto com Antônio, Ludmila e mais uma moça bonita, conversando.
Continuávamos amigos e agora eu tinha certeza que ele e Joe se
reaproximariam de vez. Se ainda sentia qualquer coisa por mim,
disfarçava bem, sempre na dele. Ao menos não se tornou ausente. Nos
falávamos e sempre queria saber da Ana Bárbara.
Joe me abraçou e beijou por trás, dizendo em meu
ouvido:
- Já falei que sou o homem mais feliz do mundo?
- Umas cinco vezes. – Sorri e me virei em seus
braços, fitando seus olhos. – Está gostando do casamento?
- Amando. Estamos rodeados de gente boa, na nossa
casa, juntos para sempre. Gostar é pouco, Demi. E você, está
feliz?
- Muito.
- Mesmo sua mãe não tendo vindo? – Olhava-me
com carinho.
- Às vezes, Joe, nascemos em uma família e não
temos nada a ver com as pessoas que nos cercam, não é um lar de
verdade. Na minha casa nunca foi. Eu sempre me senti mais próxima de
Selena e da dona Lilian do que de minha mãe e de Juliane. A amizade
é sincera e elas estão aqui. Então, estou feliz sim.
- É assim que se fala. Deixa eu te mostrar a
minha felicidade.
E me beijou na boca, apaixonado.
Rimos, dançamos, nos abraçamos, fomos
literalmente muito felizes naquela noite perfeita. Quando joguei o
buquê foi a mãe de Selena, viúva há muitos anos, quem pegou.
Ficou sem graça e todo mundo brincou com ela.
Depois que todos partiram, entramos juntos em
nosso casarão branco de três andares, um palácio rodeado de
terrenos e jardins lindos, encrustado em Vargem Grande. Eu estava
exausta, minha barriga parecia maior do que sete meses, como se eu
tivesse engolido uma melancia.
Queríamos fazer amor, mas Joe não quis arriscar,
pois eu já tinha abusado demais naquele dia. Mas nos beijamos com
amor.
Dormiu abraçado comigo de conchinha, cheio de
carinho, dizendo que agora éramos marido e mulher. Não queria
viajar para muito longe, devido a gravidez, e na manhã seguinte
seguiríamos para Angra dos Reis, onde ficaríamos alguns dias.
No entanto, Ana Bárbara estava com pressa. E foi
só eu levantar de manhã para sentir uma pontada de dor e sentir que
minha bolsa tinha estourado, água descendo por minhas pernas.
Joe ficou em pânico. E eu também, por ser um
parto prematuro. Ligamos para a médica
e ele me pôs no carro, enquanto começava a
sentir contrações. Íamos encontrá-la no hospital.
- Calma, meu bem, vai dar tudo certo. – Disse
nervoso, mais nervoso do que eu.
- Estamos bem. – Garanti, só para não
desesperá-lo mais.
Quando chegamos lá, fui colocada em uma maca já
cheia de contrações, com muito medo. Não deixaram Joe entrar e ele
me encheu de beijos.
- Estou aqui esperando vocês, meu amor. - Eu sei.
Olhei-o parado, descabelado, apavorado. E apesar
de tudo, sorri. Sim, eu tinha certeza que ia dar tudo certo.
Isso mesmo, agradeçam a mim dhgffcdg perfeito esse capítulo gdgbfjv a Aninha ta chegando, awn posta logo!
ResponderExcluirApaixonada; posta mais Mari
ResponderExcluirFinalmente ta ficando tudo certinho né kkkk
ResponderExcluirQuero mais hein ;)
Beijos~
Ai que lindo *-* pena que ta acabando :(
ResponderExcluirPosta pfv
bia-
Lindoooo!!!!! Já estou sentindo saudadeeee........ posta mais hj por favor!!!!!
ResponderExcluirPosta mais!!
ResponderExcluirQue história mais bonita, depois de tanta desgraça e desespero, finalmente tudo está a ficar bem, agora é só mesmo a princesinha chegar o que já está acontecendo :)
ResponderExcluirPosta mais :)
O casamento deles foi tão lindo <3 *-*
ResponderExcluirA Ana vai nascer agora!! Joseph estava mais nervoso que a Demirsrs foi tão fofo!!
POSTA MAIS UM POR FAVOR!!!!!
Posta mais um hoje??!!?!! amo muito essa fic!! Não acredito que está acabando... Posta plizzz!!!!!
ResponderExcluirAdoraria uma continuação dessa fic com os dois marinheiros de primeira viagem com Ana Barbara, seria muito fofooo. Da uma dica sobre a próxima fic pfvrr.
ResponderExcluirCarla
Amo muito essa fic, é uma pena estar acabando. O casamento deles foi lindo.
ResponderExcluirAinda espero uma reconciliação oficial entre o Joe e o Matheus. E espero por mais um hot também!!
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CARA, AI MEU CORE </3 ESSA FIC N DEVERIA ACABAR NUNCA, É MUITO PFTA! POSTA MAAAAAAAAAAIS PLEASE
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