20.1.15

Capitulo 14 - Maratona 2.7

Obrigada a todos que comentaram! Continuem acompanhando a maratona e comentando. 7 comentarios para o próximo.  ♥

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— Então, você não é casada nem está namorando?

Demi sorriu para a vovó Dora e respondeu à mesma pergunta pela terceira vez nos últimos dez minutos. A irmã de Joe, Rachel, lançou a Demi um olhar de lamento-por-você-ter-que-passar-por-isso.

Mas, na verdade, a vovó Dora era divertida. Demi estava contente por ter ido ao piquenique para conhecer todos eles. A família de Joe, apesar de ela não ter planejado isso, faria parte da vida dela e de Ryan. Nas últimas horas, Demi conseguira fazer algumas perguntas, mas conseguir abrir a boca em meio à família Jonas não era uma tarefa fácil.

— Que bom que está disponível — disse a vovó Dora — porque acho que você e o meu macaquinho fazem um belo casal.

Rachel colocou a mão na testa. — Ora, vovó, por favor. Todos nós temos nomes de verdade e Joe é velho demais para ainda ser chamado de macaco.

— Não fique tão irritada, Sininho. É só um nome. Nada para se exasperar desse jeito.

— Ela tem razão — comentou a mãe de Joe. — Demi e Joe definitivamente fazem belos bebês juntos. Olhe só para essa carinha tão doce. Ele não é o bebê mais lindo da face da Terra?

Rachel e Demi se entreolharam e riram.

Uma hora e meia antes, Demi desistira de tentar convencer a mãe de Joe, duas dúzias de vizinhos e especialmente a vovó Dora de que ela e Joe não eram um casal. De que o destino não estava conspirando para que ficassem juntos. Para começar, explicou que Joe adorava futebol, enquanto que ela nunca sequer assistira um jogo na vida. De acordo com alguns artigos antigos que encontrara na internet, Joe gostava de sair com mulheres voluptuosas. Demi era o oposto disso. Usara sutiã 42 antes de Ryan nascer e os quadris não eram nada notáveis. De acordo com as irmãs, Joe gostava de carne com batatas. Ela preferia sushi. Joe tinha nove irmãos, ela tinha só uma. Ele gostava de filmes de ação e ela de comédias românticas. Ele gostava de café e ela de chá. A lista não tinha fim.

Mas, depois de conhecer Joe melhor nas duas semanas anteriores,

ela percebera que nada disso importava.

Ela gostava de Joe Jonas.

Ela gostava da forma como ele olhava dentro dos olhos dela sempre que se encontravam. Gostava também do jeito como Joe beijava e da forma como se sentira quando ele a abraçara com força. Gostava do jeito como a boca de Joe se curvava para cima e como os olhos brilhavam quando sorria. Ele sempre estava cheiroso e ficava bonito tanto com bermuda e camiseta como com calças sociais e camisa abotoada. Ela gostava da disposição positiva e alegre dele. Da forma como ele olhava para Ryan, como se o peito fosse explodir de tanto amor que sentia sempre que pegava o filho nos braços. E agora, Demi percebeu, gostava da família dele também.

Mas, apesar de existir uma química entre eles, e ela sabia que existia, pois a sentira mais de uma vez, também havia alguma coisa faltando.

Alguma coisa segurava Joe. Mas ela não conseguia descobrir o quê.

Ou será que conseguiria?

Lexi correra para a mãe e Joe, notou Demi, encarava intensamente uma jovem que entrava pelo portão de trás. Era Maggie, a advogada que estava noiva do irmão dele, Aaron.

E foi quando o fato a atingiu como um raio.

Joe sentia alguma coisa por Maggie. Estava escrito na testa dele. Era por isso que ele ficara olhando pela janela quando encontraram Aaron no centro, estava procurando Maggie. Joe estava apaixonado por Maggie, a mulher que se casaria com o irmão adotado dele, Aaron. Era preciso ser cego para não notar.

Naquele exato instante, no outro lado do quintal, Joe estava todo sorridente para Maggie, como um cão faminto que acabara de receber um carinho. Se ele tivesse uma cauda, certamente a estaria abanando. A atenção dele estava totalmente em Maggie enquanto os dois andavam em direção a Demi.

— Maggie — disse Joe sem afastar os olhos do rosto dela. — Quero que conheça Demi Lovato e meu filho, Ryan.

Maggie usava um vestido de verão e sandálias leves. Os cabelos eram lisos e loiros, puxados para os lados com grampos, revelando maçãs do rosto altas, lábios perfeitos e olhos tão azuis quanto o céu claro acima.

— É um prazer conhecê-la — disse Maggie ao apertarem as mãos amistosamente. — E olhe só para Ryan! Minha nossa, como ele é lindo — disse Maggie quando a mãe de Joe puxou a coberta para que ela pudesse vê-lo melhor.

— Ele é um amor. — Maggie olhou para a mãe de Joe e disse: —

Aaron pediu que eu dissesse olá por ele e para dizer a você que virá na próxima semana.

Demi observou Joe olhando para Maggie. O coração dela afundou.

Uma música começou a tocar à distância e afastou-a dos pensamentos. Todos olharam em direção ao celeiro, de onde se ouvia uma mistura de banjo e violino. A irmã mais nova de Joe, Zoey, ficou de pé imediatamente. Os cabelos escuros dela estavam presos em uma trança grossa, que balançou sobre o ombro quando pegou a mão de Demi. — Vamos, você precisa ver isso!

A mãe de Joe insistiu para que Demi fosse com Zoey, prometendo cuidar de Ryan enquanto estivesse longe. Ela ouviu a sra. Jonas dizendo a Joe que também fosse até o celeiro.

Enquanto Zoey puxava Demi em direção ao celeiro, Lexi gritou o nome dela, acenando alucinadamente. Lexi estava montada no menor pônei Shetlan que ela já vira. Sandy estava de um lado do pônei e Jake do outro. Demi sabia que Sandy esperara encontrar Connor, mas, pelo jeito, ele não apareceria.

Dentro do celeiro, havia fardos de feno empilhados contra as paredes em diferentes níveis para que os convidados pudessem usá-los como bancos. Na parede oposta, havia uma banda composta de quatro homens, todos de macacão, e tocando instrumentos, dois violinos, uma guitarra e um banjo.

Demi se sentiu como se tivesse sido transportada para outra época quando Zoey a arrastou para o centro do celeiro. — Vamos — disse Zoey.

— É hora de dançar um pouco de quadrilha.

Demi riu. — A última vez em que dancei quadrilha foi na quarta série.

No momento em que Joe entrou no celeiro, Zoey acenou para ele, dizendo que Demi precisava de uma aula de quadrilha. Antes que pudesse protestar, Joe colocou as mãos na cintura dela. — É fácil — disse ele. — Basta me seguir.

Zoey foi para o palco onde estava a banda e gritou alto o suficiente para que fosse ouvida acima da música. — Muito bem, pessoal, vamos dançar!

Quatro casais de idades variadas se juntaram a Demi e Joe na pista de dança cheia de palha.

— Já vi a maioria de vocês aqui antes — disse Zoey em um microfone que alguém lhe entregara. — Portanto, não vou perder tempo explicando a dança. Vamos começar.

Joe segurou a cintura de Demi com firmeza e disse a ela que colocasse o braço em torno da cintura dele também. Ela tentou não pensar em todos

olhando para os dois, mas, mesmo assim, sentiu as bochechas quentes. Os casais se moveram em círculo até que a música mudou. Joe soltou a mão dela e deu-lhe um empurrão de leve para que ela fosse em direção ao centro do círculo com as outras quatro mulheres. Os homens fizeram alguns passos de dança enquanto andavam em volta delas. Os passos eram fáceis de seguir e, surpreendentemente, a situação estava divertida.

Demi ria sempre que Joe passava por ela, sacudindo as sobrancelhas e dançando a quadrilha com movimentos exagerados das pernas e dos braços.

— Agora as coisas vão ficar um pouco mais difíceis — disse Zoey. — É hora de os cavalheiros darem um passo para a esquerda, pegarem a dama e girarem de volta para o lugar. Vamos!

Gritos de prazer lhe escaparam quando Joe a pegou pela cintura novamente, levantando-a tão alto que parecia estar voando. Ele finalmente a largou, segurando-a até que recuperasse o equilíbrio.

— Ok, pessoal, hora do do-si-do. Mesura para o lado, mesura para o parceiro. Três mãos para cima e vamos dar a volta. Separem-se com um do-si-do. Vamos lá!

Todos se viraram uns para os outros, andaram no sentido horário, passaram primeiro ombro no ombro e, depois, de costas. Em seguida, passaram com o ombro esquerdo e terminaram no local onde começaram.

Eles fizeram o passo longo o suficiente para que Joe adicionasse um giro ao realizar o movimento.

Demi não conseguiu conter um sorriso. — Exibido.

— Você ainda não viu nada.

— Alguém é muito convencido.

— Quem? — perguntou ele olhando em torno.

Ela riu da tolice dele ao acompanhar o grupo e colocou o braço em torno do dele. Ele a girou em um círculo antes de soltá-la e ela se viu frente a frente com o irmão dele, Connor.

Ele fez uma mesura e ela retribuiu.

— Ora, ora, olá — disse Connor, com a voz uma oitava mais baixa que a de Joe.

— É bom vê-lo novamente — disse ela antes de começarem a andar com os ombros encostados.

— A sua amiga veio com você? — perguntou ele.

Demi assentiu. — Está lá fora, com Lexi e os pôneis.

Eles deram os braços, giraram e trocaram de parceiro. Ela fez isso três vezes mais até encontrar Joe novamente.

— Senti sua falta — disse ele.

— Eu duvido.

— É verdade. — Ele a pegou pela cintura, sem afastar o olhar dela ao girá-la, fazendo com que Demi corasse, algo que parecia acontecer de forma cada vez mais frequente.

— É hora de vocês se despedirem — gritou Zoey.

E, antes que Demi pudesse se curvar, viu-se fazendo o que todas as outras mulheres faziam, erguendo os braços e colocando-os em volta do pescoço do parceiro. Joe a segurou pela cintura e ergueu-a do chão.

Com o corpo pressionado contra o dele, ela sentiu cada nervo formigar. Por um instante, Demi achou que ele a beijaria. Mas a música parou e a dança acabou.

~~~

— Olha o que o gato trouxe para casa — disse Jake, acenando com o queixo em direção à casa.

Sandy olhou por sobre o ombro e tentou não parecer obviamente alegre com a presença de Connor ao vê-lo aproximando-se.

— Olhe para nim! — gritou Lexi, causando uma careta em Jake.

— É Mimimim, não Nim.

— Ni Ni Nim! — gritou ela com alegria.

Sandy já explicara a Jake que levara Lexi a um fonoaudiólogo, que dissera que, quando mais dentes nascessem, a garota conseguiria pronunciar as letras corretamente, mas parecia que ele e os irmãos não acreditavam nisso.

— Olá — disse Connor ao se aproximar. — Como vão?

Jake segurou as rédeas e não diminuiu o passo para esperar o irmão.

Sandy segurou a perna de Lexi e andou de costas para que pudesse acompanhar Jake e ainda conseguir falar com Connor. — Como pode ver, estamos todos nos divertindo. — Connor estivera bonito de terno na semana anterior, mas, com jeans e camiseta, quase a deixou sem fôlego. Os braços não eram tão musculosos quanto os de Joe, mas com certeza fazia exercícios regularmente. Ao alcançá-la, ela notou que ele também estava cheiroso, como feno fresco misturado com um leve perfume.

Connor andou ao lado dela e estendeu a mão para acariciar a crina do pônei. — Esse é Peanuts. Ele era o meu pônei — disse ele a Lexi. — Meus irmãos e eu brincávamos de caubóis e índios e Peanuts era sempre o mais rápido. Ninguém conseguia nos alcançar.

— Ele está errado — Jake disse a Lexi. — Depois que Connor foi para a universidade, mamãe disse que era meu e Peanuts foi meu pônei desde então.

— Ok, crianças — brincou Sandy. — Chega.

Connor riu, mas Jake não parecia muito feliz por ter o irmão presente.

Cerca de quinze centímetros mais alto que Jake, Connor era muito mais alto e foi fácil estender a mão e esfregar o punho fechado no topo da cabeça do irmão. — Pode ficar com Peanuts, ok?

— Ele é todo seu — disse Jake, entregando-lhe as rédeas. — Prometi a Sandy que eu a ensinaria a dançar quadrilha. Nada como o presente.

Sandy não sabia o que dizer. Ela preferia ficar e conversar com Connor, mas expressara interesse quando Jake mencionara a quadrilha mais cedo.

— Eu adoraria — disse ela a Jake, pensando depressa —, mas acho melhor ficar com Lexi.

— Não se preocupe, Connor ficará de olho nela, não é?

Connor olhou do irmão para Sandy. — Será um prazer.

Sandy recriminou a si mesma por dizer a Jake que dançaria com ele. Esperara a tarde inteira que Connor chegasse e, agora que ele finalmente estava lá, tinha que deixá-lo. Algumas vezes, a vida não era justa. — Tem certeza de que não se importa?

— Vá se divertir. Eu e Lexi ficaremos bem.

— Lexi, comporte-se com Connor, ok?

Os cachos balançaram quando ela assentiu. — Eu gosto dele.

Connor riu.

— Voltarei logo — disse Sandy, mas Jake agarrou a mão dela e puxou-a antes que pudesse dizer mais alguma coisa ou olhar nos olhos dele por alguns segundos a mais. Ou até mesmo para pensar em uma desculpa para tocá-lo. Quando ela e Jake chegaram ao celeiro, ela olhou por sobre o ombro e observou Connor conduzindo Peanuts em outro círculo, rindo de algo que Lexi dissera.

E, então, ele se virou para Sandy, como se soubesse que ela estaria olhando.

~~~

Depois da terceira dança, Sandy se sentou em um fardo de feno perto de Demi e limpou a testa. — Obrigada, Jake, foi muito divertido.

— Vou pegar um pouco de ponche para você, volto já.

— Acho que Jake está caído por você — disse Demi. — O que aconteceu

com Connor?

— Está conduzindo o pônei de Lexi. Para dizer a verdade, eu queria dançar com Connor. Mas, quando Jake me convidou para dançar, não achei que Connor fosse aparecer. Parece que estou de volta à época da escola.

Demi riu ao limpar o feno das calças.

Sandy acenou com a mão em direção a Joe e à mulher com quem ele conversava. — Aquela é a advogada dele?

— Sim, é. E é também a noiva do irmão adotado dele. O nome dela é Maggie.

As duas observaram enquanto Joe conversava com a mulher.

Sandy semicerrou os olhos. — E como está essa história toda de tribunal? Ele ainda está tentando conseguir a guarda parcial de Ryan?

— Acho que discutiremos isso tudo em frente a um mediador nomeado pelo tribunal em algumas semanas.

— Talvez, se você concordar em deixá-lo ver Ryan quatro vezes por ano, ele fique satisfeito e não será preciso se incomodar com a mediação.

Demi mordeu o lábio inferior. — Eu realmente não sei o que fazer agora.

Preciso falar com Thomas sobre isso.

— Há milhares de advogados lá fora. Não precisa envolver Thomas.

Demi suspirou enquanto continuava a observar Joe e Maggie. — O que você acha daqueles dois? Eu conheci Aaron, o irmão adotado de Joe e noivo de Maggie, no dia em que levamos Ryan ao pediatra. Havia uma animosidade óbvia entre os dois irmãos.

— Isso é interessante.

— E ontem — continuou Demi —, antes do meu encontro com o pediatra de Ryan, Nate Lerner, vi Maggie no apartamento de Joe. Quando perguntei a ele sobre a visita, Joe desconversou como se não fosse nada, disse que ela só estava ajudando a decorar o quarto de Ryan.

— Eu não sabia que você tinha saído com o pediatra de Ryan.

Demi assentiu. — Era para ser um jantar e depois cinema, mas ele foi chamado para uma cesariana de emergência. Em vez disso, acabei assistindo a um filme com Joe, depois que ele entrou no meu apartamento sem avisar, pegando-me desprevenida e seminua.

— Isso está ficando cada vez melhor. — Sandy inclinou a cabeça ao olhar para Demi mais atentamente. — Você está começando a gostar dele, não é?

— Eu não sei. Talvez. Sim. Algumas vezes, Joe olha para mim como se eu fosse a única mulher no mundo. E, em outras, ele só parece confuso.

— Homens.

— Pois é.

— Se Deus fosse mulher, com certeza não seria tão cruel.

Jake voltou com um copo de ponche para cada uma delas, acabando de vez com a conversa sobre Joe Jonas.

~~~

— Agradeço muito por ter recebido Ryan e eu em sua casa hoje — Demi disse a Phil Jonas. — Eu me diverti muito.

— Eu que tenho que agradecer por ter trazido Ryan. Significou muito para todos nós. — Ele a abraçou. — Enquanto pega o seu filho — disse ele —, vou pegar o restante das suas coisas. — Ele apontou para a esquerda. — Ryan está dormindo no antigo quarto de Joe, descendo o corredor à esquerda. Já encontro você lá.

— Obrigada. — Ao descer o corredor, Demi andou devagar, olhando para as fotografias de família penduradas nas paredes. Pelo jeito, não era fácil espremer dez crianças em uma fotografia, pois, na maioria delas, a cabeça ou o corpo de alguém estava cortado. Havia fotografias de Joe jogando futebol e de todos os garotos Jonas andando a cavalo, de pônei e pendurados em cordas no celeiro. Uma grande parte da parede era dedicada a faixas e prêmios que ganharam em shows de equitação.

Ao se aproximar do primeiro quarto, vozes chamaram a atenção dela. Demi reconheceu a voz de Joe e, ao olhar pela porta parcialmente aberta, viu Joe e Maggie parados ao lado do berço portátil. A mãe de Joe estava parada do lado oposto e parecia prestes a pegar Ryan quando Maggie mostrou duas folhas de papel e disse: — Tenho notícias muito boas.

— Ela balançou os papéis. — Adivinha o que é isso?

— Não faço a menor ideia — respondeu Joe.

A sra. Jonas não prestou atenção enquanto segurava Ryan nos braços.

— Além da cópia da carta que você enviou à CryoCorp — disse Maggie animada —, consegui uma cópia do cheque que a CryoCorp descontou, provando que receberam a carta e o cheque alguns dias depois da data que você disse tê-los enviado. Não só a CryoCorp será forçada a admitir a parte dela nessa confusão, como o juiz não terá outra opção além de dar a você metade da guarda de Ryan.

O pai de Joe voltara com as coisas de Demi. Ele tossiu para avisar a todos que ele e Demi estavam parados na porta.

Os três se viraram.

Um nó se formou no estômago de Demi e os olhos começaram a arder. Ela

não sabia o que dizer, só sabia que precisava ir embora naquele minuto. Não deveria ter ido lá. Quisera jogar limpo, mas algo fervia dentro dela, algo profundo, sombrio e assustador, algo que lhe dizia que precisava ter cuidado com Joe e a família dele. Não apenas porque talvez não fossem pessoas boas, apesar de o instinto dizer que só queriam o melhor para ela e Ryan, mas porque Demi precisava ser a pessoa que decidiria o que era melhor para os dois. Apesar de realmente ter começado a acreditar que conseguiria lidar com o fato de Joe ser parte da vida de Ryan, não estava pronta para dividir a guarda com ele nem para lhe dar voz ativa em se tratando do bebê.

Sem saber ao certo o que dizer, ela deu um passo à frente. A mãe de Joe lhe entregou Ryan. Ao segurar o bebê contra o peito, o olhar de Demi encontrou o de Joe. — Eu preciso ir, tenho que levar Ryan para casa.

— Eu sinto muito — disse Maggie, e Demi não teve certeza se a desculpa era apenas para ela ou para a família de Joe também, mas não importava. No mínimo, Demi se sentia como se precisasse agradecer a Maggie por fazê-la ver como voltara depressa a fazer exatamente o que fizera a vida inteira, tentar agradar a todo mundo. Agora ela tinha um filho e precisava colocar o bem-estar dele acima de tudo o mais. Ryan era filho dela e ninguém, nem mesmo Joe Jonas e a família dele, iriam tirá-lo dela.

A volta para casa foi quase mais do que Demi podia aguentar. Lexi e Ryan dormiram quando ela mais precisava de distração. Sandy estava com os fones de ouvido, ocupada ouvindo música. Os olhos dela estavam fechados.

— Eu sinto muito pela situação com a carta — disse Joe. — Eu sei o que está pensando e quero que saiba que ninguém estava tentando esconder nada de você.

O olhar de Demi estava fixo do lado de fora da janela. Ela observou o pôr-do-sol atrás de fileira após fileira de casas e árvores, banhadas em uma luz cada vez mais fraca. Ela não queria conversar sobre o assunto naquele momento. Precisava pensar, planejar, decidir qual seria o próximo passo.

— Você não vai falar comigo?

— Passei meses aguentando injeções e remédios — explodiu Demi de forma espontânea. — Por oito meses e meio, carreguei meu filho dentro de mim. Comi direitinho e fiz exercícios todos os dias. Ryan é meu e ninguém vai tirá-lo de mim.

— Eu nunca o tiraria de você.

— Então por que está continuando com essa história de mediação?

— Nós nos conhecemos a pouco tempo. Não faz sentido que eu queira

algum documento formal com a sua concordância de que Ryan também é meu filho e que posso passar algum tempo com ele?

Ela pegou a bolsa, vasculhou dentro dela e retirou um pedaço de papel e uma caneta, rabiscando as palavras: Joe Jonas é o pai do meu filho, Ryan Michael Lovato. Em seguida, olhou para o papel por um momento antes de amassá-lo e jogá-lo no chão do carro. — Acho que você deveria fazer um exame de sangue.

Ele manteve o olhar na estrada. — Por quê?

— E se você não for o pai dele? Como podemos saber com certeza?

— Isso não é necessário. A CryoCorp me enviou uma carta com o seu número nela. Foi assim que consegui encontrar você, para começo de conversa.

— Pessoas trabalham em empresas e pessoas cometem erros. Vou telefonar para o tribunal e dizer a eles que não vou continuar até que os exames de sangue confirmem a paternidade.

7 comentários:

  1. OMG, posta mais, mais e mais

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  2. Eu vou matar essa Maggie enxerida ...... poxa eles estavam indo tão bem....... posta logoooo.......,

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  3. Essa Maggie tem que aparecer para estragar tudo. Estava tudo bem até essa chata aparecer!
    O Joe tem que esquecer ela logo e perceber que o amor da vida dele é a Demi!!
    Posta logo

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  4. Ela estava se dando bem com a família toda, essa xereta tinha que abrir a boca pra estragar? No mais adorei tudo, eles dançando, ele falando que adorou ver o filme com ela, quando as coisas entre os dois vão esquentar pra valer? Posta logo.

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  5. queria odiar a maggie mas a pobrezinha não tem culpa
    o joe que é um idiota por ainda querer ela, ela não te quer #friendzone
    demi coitada, tem que lidar com tudo isso sozinha
    to amando essa fic <3 não consigo ficar sem ela, todo dia eu entro no blog pra ver se vc atualizou
    beijos :3
    Alice

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  6. Estou amando a Fic... Poste logo!!!

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