28.1.15

Sem Limites - Capitulo 11 MARATONA 10/10

HAPPY LOVATIC DAY, MENINAS! Desculpem a demora, eu me perdi no tempo, desculpem msm. Mas aqui está o último da maratona... Mais tarde tem mais! Comentem, entao! Beijos, amo vcs
Bruna

~

Terminei de comer o meu sanduíche de manteiga de amendoim, limpei as migalhas do colo e me levantei. Em breve precisaria passar no mercado e comprar mais comida. Estava enjoada de sanduíches como aquele.

Era o meu dia de folga, e eu não sabia muito bem o que iria fazer. Passara a maior parte da noite deitada na cama pensando em Joe e em como eu era idiota. O que o cara precisava fazer para me convencer de que só queria ser o meu amigo? Ele dissera isso mais de uma vez. Eu precisava parar de tentar fazê-lo me ver como algo mais. Tinha feito isso na noite passada e não deveria. Ele não queria me beijar. Eu não conseguia acreditar que havia implorado para que o fizesse.

Abri a porta da despensa e entrei na cozinha. Senti cheiro de bacon e, se Joe não estivesse em pé na frente do fogão usando apenas uma calça de pijama, eu teria me deixado levar completamente por aquele aroma delicioso. Mas a visão das costas nuas dele me distraiu do bacon.

Ele olhou por cima do ombro e sorriu.

– Bom dia. Hoje deve ser a sua folga.

Respondi que sim e fiquei parada me perguntando o que uma amiga diria. Não queria mais desrespeitar as nossas regras. Iria segui-las à risca. De toda forma, logo logo me mudaria daquela casa.

– Que cheiro bom – comentei.

– Pode pegar dois pratos. Eu faço um bacon incrível.

Desejei não ter comido o sanduíche de manteiga de amendoim.

– Já comi, mas obrigada.

Joe pousou o garfo e se virou para mim.

– Como assim, já comeu? Você acabou de acordar.

– Tenho manteiga de amendoim e pão lá no quarto. Comi antes de sair.

Ele franziu a testa e me observou.

– Por que você tem manteiga de amendoim e pão no quarto?

Porque não quero que o seu fluxo incessante de amigos coma a minha comida. Só que eu não podia dizer exatamente isso.

– Esta cozinha não é minha. Eu guardo tudo que é meu no quarto.

Joe pareceu tenso ao ouvir a minha resposta. O que tinha dito para fazê-lo se zangar?

– Está me dizendo que só come manteiga de amendoim e pão quando está em casa? É isso? Você compra, guarda no quarto e só come isso?

Balancei a cabeça, sem saber muito bem por que aquilo era importante.

Joe deu um tapa na bancada e se virou outra vez para o fogão resmungando um palavrão.

– Pegue as suas coisas e se mude lá para cima. Pode escolher qualquer quarto que quiser do lado esquerdo do corredor. Jogue fora essa porcaria de manteiga de amendoim e coma tudo o que quiser da minha cozinha.

Não me mexi. Não sabia muito bem de onde tinha vindo a reação dele.

– Demi, se quiser ficar nesta casa, mude-se lá para cima agora. Depois desça e venha comer alguma coisa da porra da minha geladeira na minha frente.

Ele estava bravo. Comigo?

– Por que você quer que eu me mude lá para cima? – perguntei, cautelosa.

Joe depositou a última fatia de bacon sobre um papel-toalha e apagou o fogo antes de me encarar.

– Porque sim. Detesto ir para a cama à noite pensando que você está dormindo debaixo da minha escada. Agora fiquei com a sua imagem comendo esses malditos sanduíches de manteiga de amendoim sozinha lá dentro e isso é demais para mim.

Tudo bem. Quer dizer que, de alguma forma, ele se importa comigo.

Não discuti. Voltei para o meu quartinho debaixo da escada e peguei a mala sob a cama. Meu pote de manteiga de amendoim estava lá dentro. Abri a mala, peguei o pote quase vazio e o saco ainda com quatro fatias de pão dentro. Deixaria os dois na cozinha e subiria para escolher um quarto. Meu coração batia descompassado. Aquele quarto acabou se tornando o meu porto seguro. Estar no andar de cima acabava com o meu isolamento. Eu não estaria sozinha lá.

Saí da despensa e pus o pote de manteiga de amendoim e o pão em cima da bancada. Segui na direção do corredor sem encarar Joe. Em pé diante do balcão, ele segurava as bordas com força, como se estivesse se contendo para não bater em alguma coisa. Estaria pensando em me mandar de volta para a despensa? Eu não me importava em ficar lá.

– Não preciso ir lá para cima. Eu gosto do quartinho – expliquei, mas a tensão nas mãos dele só fez aumentar.

– O seu lugar é em um dos quartos lá de cima, não debaixo da escada. Nunca foi.

Ele me queria lá em cima. Eu só não entendia aquela súbita mudança de atitude.

– Pelo menos me diga que quarto escolher. Não me sinto à vontade para decidir sozinha. Esta casa não é minha.

Joe finalmente largou a bancada e se virou para me encarar.

– Os quartos da esquerda são todos de hóspedes. São três. Acho que você vai gostar da vista do último, que dá para o mar. O do meio é todo branco com detalhes rosa-claro. Ele me lembra você. Vá lá escolher. Pegue o que preferir. E depois desça aqui para comer.

Lá estava ele querendo que eu comesse outra vez.

– Mas eu não estou com fome. Acabei de...

– Se me disser de novo que comeu essa maldita manteiga de amendoim eu vou arremessar o pote na parede. – Ele se calou e respirou fundo. – Por favor, Demi. Venha comer alguma coisa, por mim.

Até parece que alguma mulher no planeta conseguiria recusar… Aceitei a proposta e segui para a escada. Tinha um quarto para escolher.

O primeiro não era muito atraente. Todo em cores escuras, dava para o pátio da frente. Sem falar que era o mais próximo da escada e seria difícil ignorar o barulho das festas. Fui até o seguinte e encontrei a cama coberta de babados brancos e almofadas cor-de-rosa graciosas. Um lustre também rosa pendia do teto. Aquilo era uma graça; não era o tipo de coisa que eu esperasse encontrar na casa de Joe. Mas, pensando bem, sua mãe morava naquela casa durante a maior parte do tempo.

Abri a última porta à esquerda. Enormes janelas do chão até o teto davam para o mar. Um espetáculo. A cartela de cores azul-clara e verde era realçada por uma cama king-size que parecia feita de troncos de madeira, pelo menos a cabeceira e o pé. O clima bem litorâneo me agradava. Mais do que isso: eu amava aquele quarto. Coloquei a minha mala no chão e fui até a porta que conduzia a um banheiro exclusivo. Grandes toalhas brancas felpudas e sabonetes caros decoravam o mármore branco. Havia toques de azul e verde, mas o ambiente era quase todo branco.

A banheira era grande, redonda, com pequenos jatos nas laterais. Embora eu nunca tivesse visto uma banheira assim antes, sabia que era uma hidromassagem. Talvez eu tivesse entrado no cômodo errado. Com certeza aquilo não era um quarto de hóspedes. Se eu morasse naquela casa, iria querer aquele quarto.

No entanto, ele cava do lado esquerdo do corredor; tinha que ser um dos quartos que Joe havia mencionado. Saí do banheiro. Iria descer e dizer a ele que escolhera aquele. Se houvesse algo errado, ele me diria. Deixei a mala junto à parede bem ao lado da porta e desci de novo até o térreo.

Quando entrei na cozinha, Joe estava sentado à mesa com um prato de bacon e ovos mexidos na sua frente. Ergueu os olhos na hora para me encarar.

– Escolheu? – perguntou.

Respondi que sim e fui me postar do outro lado da mesa.

– Sim, acho que escolhi. Aquele que você disse que tinha uma vista maravilhosa... verde e azul, né?

Joe sorriu.

– É.

– E tudo bem eu ficar lá? É muito legal. Se esta casa fosse minha, eu iria querer aquele quarto.

Joe abriu mais ainda o sorriso.

– Você ainda não viu o meu.

O dele devia ser ainda melhor.

– Fica no mesmo andar?

Joe espetou um pedaço de bacon.

– Não, o meu ocupa o último andar inteiro.

– Todas aquelas janelas? Aquilo tudo é um quartão só?

Visto de fora, o último andar mais parecia feito de vidro. Eu sempre me perguntara se aquilo era uma ilusão ou se havia vários cômodos. Joe assentiu.

– É.

Eu queria ver o seu quarto, mas como ele não convidou, não pedi.

– Já arrumou as suas coisas? – perguntou ele, dando uma mordida no bacon.

– Não, queria confirmar com você antes de desfazer a mala. Talvez o melhor seja deixar tudo lá dentro. No final desta semana vou estar pronta para me mudar. As gorjetas que ganhei no clube foram boas e poupei quase tudo.

Joe parou de mastigar e a expressão dos seus olhos endureceu ao fitar com raiva alguma coisa do lado de fora. Acompanhei o seu olhar, mas não vi nada a não ser a praia vazia.

– Demi, você pode ficar aqui o tempo que quiser.

Desde quando? Ele tinha me dito um mês. Não respondi.

– Sente-se aqui do meu lado e prove um pouco deste bacon.

Ele puxou a cadeira ao lado da sua e eu me sentei sem discutir. O bacon estava mesmo com um cheiro bom, e eu bem que precisava de algo que não fosse manteiga de amendoim.

Joe deslizou o prato na minha direção.

– Coma.

Peguei um pedaço de bacon e dei uma mordida. Estava crocante e gorduroso, do jeito que eu gostava. Comi a fatia inteira e Joe tornou a empurrar o prato na minha direção.

– Coma outro.

Reprimi uma risada diante daquela sua súbita necessidade de me alimentar.

Que bicho o teria mordido? Saboreei uma segunda fatia de bacon.

– Quais são os seus planos para hoje? – indagou Joe depois que comi o último pedaço.

Dei de ombros.

– Ainda não sei. Pensei em talvez procurar apartamento.

O maxilar de Joe se contraiu e, mais uma vez, seu corpo ficou tenso.

– Pare de falar em se mudar, ok? Eu não quero que você se mude antes dos nossos pais voltarem. Você tem que falar com o seu pai antes de sair correndo para morar sozinha. Não é muito seguro. Você é nova demais.

Dessa vez eu ri de verdade. Ele estava sendo ridículo.

– Não sou, não. Qual é o seu problema com a minha idade? Tenho 19 anos, já sou bem grandinha. Posso morar sozinha com toda a segurança. Além disso, consigo acertar um alvo em movimento melhor do que a maioria dos agentes de polícia. Meu talento para atirar é bem impressionante. Então pode parar com esse papo de insegurança e de que sou nova demais.

Joe levantou uma das sobrancelhas.

– Quer dizer que você tem mesmo uma pistola?

Confirmei com a cabeça.

– Pensei que Grant estivesse brincando. O senso de humor dele às vezes é
horrível.

– Não. Eu apontei a pistola para ele na minha primeira noite aqui.

Joe deu uma risadinha, recostou-se na cadeira e cruzou os braços em frente ao peito largo. Forcei-me a manter os olhos no seu rosto e a não olhar para baixo.

– Adoraria ter visto isso.

Não falei nada. Aquela noite tinha sido muito ruim para mim. Eu não estava disposta a relembrá-la agora.

– Não quero que você que aqui só porque é nova. Entendo que consegue cuidar de si mesma, ou pelo menos acha que consegue. Quero você aqui porque... gosto de tê-la aqui. Não vá embora. Espere o seu pai chegar. Pelo que parece, vocês dois precisam conversar. Aí você pode resolver o que fazer. Por enquanto, que tal ir lá para cima e desfazer a mala? Pense em todo o dinheiro que pode economizar morando aqui. Quando se mudar, já vai ter uma conta no banco bem recheada.

Ele queria que eu casse. O sorriso bobo que repuxou os meus lábios foi incontrolável. Eu caria, sim, e ele estava certo: seria uma baita economia. Quando papai voltasse, eu conversaria com ele e então me mudaria. Não havia por que sair se Joe me queria na casa.

– Está bem. Se estiver mesmo falando sério, então, obrigada.

Joe balançou a cabeça e se inclinou para a frente, apoiando os cotovelos na mesa. Seu olhar prateado estava cravado em mim.

– Estou falando sério. Mas isso também quer dizer que aquele papo de a gente ser amigo tem que continuar valendo, totalmente.

Ele tinha razão, claro. Morarmos juntos e termos qualquer tipo de envolvimento seria complicado. Além do mais, quando o verão terminasse, ele iria se mudar para outra casa em algum lugar. Eu não precisava desse tipo de sofrimento.

– Combinado – retruquei.

Os ombros dele não relaxaram e o seu corpo continuou contraído.

– E você também vai começar a comer a comida daqui quando estiver morando lá em cima.

Fiz que não com a cabeça. Não, eu não faria isso. Não era uma aproveitadora.

– Demi, não discuta. Estou falando sério. Coma a porcaria da minha comida.

Empurrei a cadeira para trás e me levantei.

– Não. Vou comprar comida e comer. Eu não sou... não sou igual ao meu pai.

Joe resmungou alguma coisa, então também empurrou a sua cadeira e se levantou.

– Acha que eu já não sei disso a esta altura? Você tem dormido dentro de um armário de vassouras sem reclamar. Limpa tudo o que eu sujo. Não come direito. Dá para ver que não tem nada em comum com o seu pai. Mas você é hóspede aqui na minha casa e quero que coma na minha cozinha e que a trate como se fosse sua.

Aquilo seria um problema.

– Vou pôr a minha comida na sua cozinha e comê-la aqui. Fica melhor assim?

– Se você só pretende comer manteiga de amendoim e pão, não. Quero que coma direito.

Comecei a balançar a cabeça em negativa quando ele estendeu a mão e segurou a minha.

– Demi, ficarei feliz se souber que você está comendo. Henrietta faz compras uma vez por semana e abastece a casa supondo que eu vá receber vários convidados. Tem comida mais do que suficiente. Por. Favor. Coma. A. Minha. Comida.

Mordi o lábio inferior para me impedir de rir da sua expressão de súplica.

– Está rindo de mim? – perguntou ele e um sorrisinho repuxou os seus lábios.

– Estou. Um pouco – admiti.

– Isso quer dizer que vai comer a minha comida?

Suspirei.

– Só se você me deixar pagar toda semana.

Ele começou a fazer que não com a cabeça e eu retirei as mãos da sua e comecei a me afastar.

– Para onde você vai? – perguntou ele atrás de mim.

– Cansei de discutir com você. Vou comer a sua comida se puder pagar a minha parte. É o único acordo que aceito. É pegar ou largar.

– Tudo bem – rosnou ele.

Olhei de volta para ele.

– Vou tirar as minhas coisas da mala e depois vou tomar um banho naquela banheirona. Depois disso não sei. Não tenho plano nenhum até de noite. Um vinco marcou a testa dele.

– Com quem?

– Com a Bethy.

– Bethy? A menina do country club? Aquela que o Jace come?

– Comia. A menina que o Jace comia. Ela ouviu a razão e partiu para outra. Hoje à noite a gente vai a um bar de música country para arrumar uns trabalhadores de macacão que suem a camisa.

Não esperei pela sua reação. Fui depressa até a escada e subi correndo. Quando cheguei ao meu quarto novo, fechei a porta atrás de mim e dei um suspiro de alívio.

12 comentários:

  1. Posta mais, to amando essa fic, ainda não consigo entrar em A sexóloga :/

    ResponderExcluir
  2. Too amandoo essa fic , email:giu.martins54@gmail.com

    ResponderExcluir
  3. Aah ta cada vez melhor
    Joe com ciumes em 3 2 1
    Kkkkk

    ResponderExcluir
  4. Fica melhor a cada capitulo! Joe todo preocupado com ela que amor, sinto que ele fará umas visitinhas para ela! Estou viciada nessa fic! Posta o mais rapido possivel pelo amor de Deus!
    Happy Lovatic Dayyyy!!!!!
    Sam,xx

    ResponderExcluir
  5. Posta mais pelo amor de Deus!!!!
    A cada capítulo amo mais essa fanfic.
    Posta logo!!!!!

    ResponderExcluir
  6. Posta mais, tentei seguir você no Twitter @Lovato_Emilly
    Quero entra no blog da sexóloga
    Email: vitoriacarvalhinho@gmail.com

    ResponderExcluir
  7. Posta mais, tentei seguir você no Twitter @Lovato_Emilly
    Quero entra no blog da sexóloga
    Email: vitoriacarvalhinho@gmail.com

    ResponderExcluir
  8. Posta mais, tentei seguir você no Twitter @Lovato_Emilly
    Quero entra no blog da sexóloga
    Email: vitoriacarvalhinho@gmail.com

    ResponderExcluir
  9. Oi, eu estu amando está fic :) Quero mais assim que poder :)
    Eu não consigo entrar no outro blog que vc anda postando a Sexologa, diz que é só para leitores convidados :/ Bjs :*

    ResponderExcluir
  10. Maisssssssss por favorrrrrrrrr

    ResponderExcluir
  11. Meu Deus já são 16:06!! Cadê Vocês !!???!!??

    ResponderExcluir