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— Você já viu tantos homens bonitos em uma família só?
Demi e Sandy cortavam e picavam os pimentões e as
cebolas para a receita de chili que pretendiam colocar na capa da
edição do mês seguinte de Culinária para Todos. Todos os meses,
elas tinham um tema e o foco daquele mês era sopas, cozidos e chili.
Sandy era uma excelente cozinheira e, normalmente, não se preocupava
em lidar com receitas de outras pessoas. Mas a mulher responsável
pela cozinha de teste pedira demissão, deixando-as na mão.
Demi estendeu o braço sobre o balcão da cozinha
e aumentou o volume do monitor infantil. Elas tinham saído do
apartamento de Joe mais de uma hora antes. Ryan só parara de chorar
cinco minutos antes. Não fizera um som sequer enquanto estava nos
braços dos irmãos de Joe. Mas, quando Demi pegara o filho, ele
começara a chorar imediatamente. E não parara de chorar até que
ela o colocasse no berço e deixasse que chorasse
até dormir. Lexi tinha razão. Ryan não gostava da mãe dele.
— Terra chamando Demi.
— Desculpe — disse Demi. — O que disse?
— Todos aqueles irmãos bonitões em uma só
família e nenhum deles
tinha aliança. O que acha que isso diz sobre os homens?
— Não sei, mas suponho que você pretenda me dizer.
— É prova do que eu venho dizendo o tempo todo.
As mulheres não precisam mais dos homens para caçar nem para trazer
comida para casa. Então, de que adianta?
Demi balançou a cabeça. — Você realmente
precisa se livrar dessa amargura esquisita que sente sobre os homens.
— Meu pai abandonou minha mãe quando eu tinha
seis anos — lembrou Sandy. — Eu não o reconheceria se cruzasse
com ele na rua. Que tipo de homem deixa para trás o próprio sangue,
sem nunca mais dar notícias?
— Nem todos os homens são como o seu pai ou o seu ex-namorado.
— Como pode dizer isso depois de ter sido
abandonada no altar? Os
homens só servem para uma coisa, e não preciso lembrá-la de que coisa é
essa. Mas o problema é que os homens não têm
capacidade de permanência.
— É só uma questão de achar o homem certo —
disse Demi. — Precisamos ter paciência. — Quando Sandy
encontrava um homem por quem se interessava, tendia a ser
controladora e abrasiva. Demi achava que Sandy, subconscientemente,
sabotava um relacionamento desde o início, pois não acreditava que
havia um homem na face da terra que permaneceria por perto. O
relacionamento era sempre destruído antes mesmo que tivesse uma
oportunidade de se desenvolver, confirmando os medos de Sandy. Mas
Demi não queria aborrecer a amiga e mudou de assunto. — Contei a
você que Thomas ligou um dia desses?
Sandy arregalou os olhos. — O que ele queria?
— Ele se ofereceu para ser meu advogado caso eu
precise de ajuda para manter Joe longe de mim e de Ryan.
— E como ele sabia da existência de Joe?
— Eu contei à mamãe, que deve ter contado a
ele. Apesar do fato de que Thomas me largou no altar, meus pais ainda
acham que ele consegue andar sobre a água.
— O que você disse a ele?
— Falei que apreciava a oferta, mas que não
precisava da ajuda dele.
Também disse a ele que eu e Joe estamos namorando.
— Você o quê?!
Demi sorriu. — Uma excelente ideia, não acha?
Eu queria mostrar a Thomas que continuei com a minha vida. E, além
do mais, ele contará aos
meus pais e, com sorte, eles não virão me visitar muito em breve.
— Ele pareceu chateado?
Demi deu de ombros e mexeu os ingredientes na
panela sobre o fogão. — É difícil dizer.
— Thomas mencionou Ryan? Você sabe, ele
perguntou como Ryan estava?
— Ele me deu os parabéns e disse que sentia
muito por tudo o que aconteceu entre nós.
Sandy terminou de colocar o molho barbecue em um
pote de medidas e olhou para Demi novamente. — Você está
preocupada com alguma coisa. O que é?
— Acho que eu deveria pensar seriamente na
oferta de Thomas, caso eu e Joe não consigamos chegar a alguma
conclusão sobre Ryan. Eu seria muito ignorante se entrasse na
mediação no mês que vem sem estar preparada.
— É verdade — disse Sandy ao jogar as cebolas
e os pimentões dentro da panela. — Mas estou curiosa. Por que acha
que Thomas telefonou depois desse tempo todo?
— Ele telefonou uma vez antes disso, mas eu não atendi.
— Você ainda sente alguma coisa por ele?
— Percebi que preciso encerrar esse assunto e a
única forma de fazer isso é sentar e conversar com ele sobre o que
aconteceu. — O que Demi realmente precisava saber era como alguém
com quem estivera pronta para passar o resto da vida pudera
humilhá-la daquela forma. Se ele sabia que não poderia continuar
com o casamento, por que não conversara com ela, em vez de deixá-la
lá, parada, feito uma idiota? A pergunta a mantivera acordada por
muitas noites. Ela confiara em Thomas. Nunca, nem em um milhão de
anos, teria acreditado que ele seria capaz de fazer tal coisa. Mas
ele fora capaz e fizera. E, menos de uma semana depois de abandoná-la
na igreja, os pais dela o convidaram para a casa deles, implorando a
Demi que saísse do quarto para conversar com ele. Eles esperavam que
ela o perdoasse sem questionar. Aquela fora a gota d'água. Ela
fizera as malas e
partira para a Califórnia menos de uma semana depois.
O aroma de alho misturado com cebolas subiu da
panela quando Sandy adicionou o feijão branco. — Será que Connor
estará no churrasco no domingo? — perguntou Sandy.
— O irmão de Joe?
Sandy assentiu. — Por que a surpresa?
— Não sei. Acho que é porque faz algum tempo
que não vejo você se interessar por um homem.
— Não estou interessada em Connor. Só estava
pensando nele porque ele parecia tão quieto... e triste.
Se Demi achasse que havia alguma chance de ajudar
Sandy a encontrar um par, ela agiria imediatamente. Mas a verdade era
que Sandy era muito
exigente, sem falar que era teimosa e cheia de opiniões.
— Não percebi — mentiu Demi. — Mas, já que
estamos falando sobre Joe e os irmãos dele, decidi que não é uma
boa ideia ir nesse churrasco no fim de semana.
Sandy não respondeu.
— Nem tenho certeza de que seja uma boa ideia
que eu e Joe sejamos amigos — acrescentou Demi.
— Não posso discordar disso — disse Sandy
enquanto mexia todos os ingredientes na panela. — Você sabe como
eu me sinto a respeito de ele ter aparecido inesperadamente.
— Exatamente. Passei pelo processo de doação
de esperma sabendo que criaria Ryan sozinha. Mas, para constar, só
porque não quero Joe Jonas na vida de Ryan, não significa que eu
ache que ele seja um cara ruim. É só que preciso... não, eu quero
criar Ryan sozinha. E, além do mais, Joe é um jogador de futebol,
uma espécie de celebridade. Ele é um homem bonito e não demorará
para que se case e tenha a própria família. Não quero nunca que
Ryan ache que ele está em segundo lugar. Ser amiga
de Joe nunca daria certo. O homem precisa nos deixar em paz.
— Concordo. — Sandy colocou a tampa na panela
de chili e baixou a temperatura.
Demi seguiu Sandy até a sala de estar, onde Lexi
pintava em silêncio, e
ajudou a recolher os livros de colorir e os lápis da garota.
— Tenho certeza de que Joe entenderá quando
você disser a ele que mudou de ideia sobre o churrasco.
— Problema dele se não entender — disse Demi,
tentando convencer a si mesma que não ter nada a ver com o pai de
Ryan era a coisa certa a fazer. — Ele nunca deveria ter se mudado
para o apartamento ao lado sem falar
comigo primeiro. Ele é arrogante e força a barra. Se acha que basta...
Uma batida soou na porta.
Irritada, Demi foi até a porta e abriu-a com força.
Joe estava parado no lado de fora. Os cabelos dele
estavam úmidos e ele usava jeans e uma camisa azul. E segurava um
lápis de cera. — Acho que Lexi talvez precise disso.
Ela pegou o lápis, agradeceu e tentou fechar a
porta, mas ele colocou a mão no batente sobre a cabeça dela e usou
os ombros largos para impedi-la. — Eu queria agradecer por ter
deixado que meus irmãos conhecessem
Ryan — disse ele. — Significou muito para mim.
— De nada.
Ele colocou a cabeça para dentro. — Ryan está dormindo?
Ela assentiu.
Ele viu Sandy. — Já está indo embora?
— Está ficando tarde — disse ela. — Demi e
eu temos muito a fazer amanhã.
— Posso ajudar em alguma coisa?
Sandy deu um sorriso amarelo e olhou para Demi
como se dissesse "diga a ele para dar o fora, e diga agora".
Ryan começou a chorar no quarto.
Joe acenou naquela direção. — Quer que eu o pegue?
— Não, obrigada, tenho tudo sob controle.
— Ainda está brava comigo?
— É claro que estou — disse Demi. — Há uma
semana, eu nem sabia que você existia, mas deu um jeito de entrar na
minha vida sem permissão. Para onde quer que eu olhe, lá está
você. Você me viu no meu momento mais vulnerável e agora se
posicionou de tal forma que pode observar todos os meus movimentos.
— Acha que quero espionar você?
Ela ergueu o queixo. — Sim.
— Escute — disse ele, inclinando-se para a
frente, ficando próximo o suficiente para que ela sentisse o perfume
da loção pós-barba. — Não estou espionando. Só quero uma
chance de conhecer você e Ryan. Eu juro pela
minha honra, é só isso. Eu nunca tentaria tirar Ryan de você. Nunca.
— Você obviamente está acostumado a conseguir o que deseja.
— Eu forcei a barra um pouco, não foi?
— Isso não chega nem perto do que fez.
Meio derrotado, ele olhou para Sandy. — Precisa
de ajuda para ir até o carro?
— Acho que é mais seguro eu dizer que não, obrigada.
— Então vou embora.
Demi tentou fechar a porta, mas ele ainda estava
no caminho. O homem era impossível.
— Mais uma coisa... falei com mamãe e está
tudo certo. Ela ficou muito grata por você estar disposta a levar
Ryan ao rancho. Se quiser, pego vocês quatro ao meio-dia no domingo.
— Para andar de pônei? — perguntou Lexi da sala de estar.
— Para andar de pônei — respondeu ele com um sorriso.
Demi prendeu um cacho dos cabelos atrás da
orelha, odiando a forma como se sentia com a língua presa e com os
joelhos fracos sempre que estava frente à frente com o homem. —
Por que parece que eu não tenho escolha?
— Você tem escolha — comentou Sandy.
Uma covinha apareceu no rosto dele quando ele
sorriu. A última coisa que o homem precisava ter era uma covinha.
— Não vou deixar que ninguém segure Ryan, a
não ser que você dê
permissão primeiro — disse ele. — Pôneis para Lexi. Comida excelente.
Pessoas divertidas. Breve e bacana.
— Pôneis! — gritou Lexi.
— Venha comigo — disse Sandy para a filha. —
Vamos ver como está Ryan.
Demi suspirou quando Sandy e Lexi desapareceram no quarto.
— Você não vai se arrepender — prometeu Joe.
— Todos adorarão você.
— Bem, eu duvido disso. — Como poderiam gostar
dela quando nem mesmo ela gostava? Ela era tão sem graça.
— Está brincando? — A mão dele repousava no
batente da porta, acima da cabeça dela.
Ela se encontrou desejando que estivesse de salto
alto para que não fosse forçada a olhar para o decote em V da
camisa dele, onde a pele
bronzeada e o tufo de cabelos escuros atraíam a atenção.
— Tudo em você é agradável — continuou ele,
matando-a com bondade. — Você é boa, atenciosa e linda. Como é
possível não adorar você?
O homem conseguiria encantar um zangão para longe
da abelha-rainha. Ela inclinou a cabeça para que pudesse olhar
dentro dos olhos dele. — Seu
apelido deveria ser Encantador, em vez de Hollywood.
— Alguém já estava usando esse.
Ela sorriu com a arrogância divertida dele. —
Uma pequena reunião de família?
— Menos de uma dúzia de pessoas.
— Sem fanfarra?
— Só sobre o meu cadáver.
— Sem balões nem presentes extravagantes?
— Nem pensar. Dar presentes está fora de moda.
Ela cruzou os braços. — Você só está falando
o que acha que eu quero ouvir, não é?
Ele franziu a testa. — Eu nunca faria isso.
— Muito bem — disse ela, tentando não se
divertir com o homem que só estava lá por causa de Ryan. — Se
significa tanto assim para você, nós iremos.
Ele abriu um sorriso. — Você é uma doçura. —
Antes que ela pudesse fechar a porta, ele disse: — Mais uma coisa,
algo que eu queria perguntar a você.
Ela ergueu a sobrancelha interrogativamente.
— A enfermeira de cabelos grisalhos no hospital
me disse que você
saíra apressada porque precisava preparar o nosso casamento.
Ela riu da expressão ansiosa no rosto dele. —
Isso foi coisa da Sandy. Ela esperava que a enfermeira espantasse
você para que nós não precisássemos fazer isso.
Joe fez uma careta. — A sua amiga tem uma veia de maldade, hein?
— Ela teve uma vida difícil — disse ela em
voz baixa para que Sandy não ouvisse. — Mas tem um coração
enorme. Além do mais, você não tem com o que se preocupar —
acrescentou Demi. — Nunca vou me casar. Tenho
tudo de que preciso bem aqui, neste apartamento.
Eu quero mais!! kkk'
ResponderExcluirRealmente, fanfic com bebês Jemi é top kkk'
Posta logo ^-^
Beijos~
Mais pf, quero bônus
ResponderExcluirPosta mais!
ResponderExcluirAmando essa fic, mto perfeita, adoro quando tem bebês no meio, posta logo
ResponderExcluirPosta mais, to amando!
ResponderExcluirEu amor fics com bebês! São muito perfeitas! Principalmente se o baby for Jemi!! *-*
ResponderExcluirSandy está gostando do irmão do joe... E ele também está interessado nela.
O Joe tem que esquecer a Maggie e perceber que tem Demi Lovato na sua frente!! Sério, eles ten que ficar juntos!
Posta logo!! To amando essa fic!
Heey, postaa mais *-*
ResponderExcluirTa muito boom
Amoore, ta muito bom
ResponderExcluirPode postar mais já!
-lia aquii