27.1.15

Sem Limites - Capítulo 4 MARATONA 3/10

Oii amores!! eu acho que a Bru já deve ter ido dormir, por isso ela não havia postado quando chegou aos 8 comentários... bom, eu ainda estou aqui, mas eu acho que daqui a pouco eu irei dormir. 4 comentários para o próximo se eu ainda estiver acordada hahaha

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Debaixo do limpador de para-brisa do meu carro estava preso um bilhete.

Peguei o papel e li:

O tanque está cheio.
Grant.


Grant encheu o tanque do meu carro? Senti um calor repentino dentro do peito. Que gentil. A palavra “aproveitador” dita por Joe ecoou nos meus ouvidos e percebi que precisaria reembolsar Grant o mais rápido possível. Não iria passar por aproveitadora feito o meu pai.

Entrei na picape, dei a partida com facilidade e saí de marcha a ré. Ainda havia vários carros em frente à casa, embora não tantos quanto na noite anterior. Todos passaram a noite ali? Estavam lá esse tempo todo? Não tinha visto ninguém de manhã, exceto Joe e a menina que ele tinha enxotado.

Joe não era uma pessoa muito simpática, mas era justo; isso eu tinha que admitir. E também era bem gostoso. Eu só precisava aprender a ignorar esse fato. Não deveria ser muito difícil. Não imaginava que Joe fosse ficar perto de mim com muita frequência. Ele não parecia gostar da minha companhia.

Decidi arrumar um emprego em Rosemary para economizar gasolina, assim poderia sair mais rápido da casa de Joe. Tinha encontrado um jornal das redondezas e circulado vários anúncios. Dois eram para vagas de garçonete em restaurantes próximos e fui até lá me candidatar. Embora tivesse a sensação de que receberia a ligação de um deles ou de ambos, acho que não gostaria de trabalhar em nenhum dos dois. Se fossem minhas únicas opções, aceitaria. Só que as gorjetas não pareciam ser grande coisa; e você precisa das gorjetas em um emprego desses.

Passei também na farmácia dos arredores para me candidatar ao emprego de caixa, mas a vaga já tinha sido preenchida. Depois fui ao consultório de um pediatra e me ofereci para o cargo de recepcionista, mas eles queriam experiência, o que eu não tinha.

Circulei um último anúncio, mas deixei para o final porque achava que seria uma vaga muito difícil de conseguir: um cargo de garçonete no country club local. Pagava sete dólares a mais por hora e as gorjetas seriam bem melhores.

Perfeito para o meu plano de me virar sozinha. Além do mais, o emprego tinha benefícios. Um seguro saúde seria ótimo.

O anúncio pedia para os candidatos se apresentarem na sede administrativa, atrás do pavilhão do campo de golfe. Segui as instruções e parei a minha picape ao lado de um Volvo chique. Ajeitei o retrovisor para dar uma conferida no meu visual. Ao passar na farmácia, tinha comprado um tubinho de rímel. Só um pouquinho de rímel ajudaria o meu rosto a parecer mais velho. Passei a mão pelos meus cabelos louro-claros e z uma prece rápida para conseguir aquele emprego.

Ao passar no quarto para pegar a minha bolsa, aproveitei para trocar de roupa. Tirei o short e a camiseta e coloquei um vestido sem mangas, mais indicado para conseguir a vaga. Joe dissera que eu tinha cara de criança. Queria parecer mais velha. O rímel e o vestido deviam ajudar.

Não me dei ao trabalho de trancar a picape; ali ela não corria risco nenhum de ser roubada. Não quando a maioria dos carros estacionados em volta custava mais de 60 mil dólares. Havia poucos degraus até a porta do escritório. Respirei fundo pela última vez e abri a porta.

Uma mulher de corpo mignon, cabelos castanhos curtos e óculos de armação de metal estava atravessando a recepção quando entrei. Ela olhou de relance para o meu rosto a caminho de um dos escritórios e parou. Conferiu rapidamente o resto do meu visual e em seguida meneou a cabeça para mim.

– Veio procurar emprego? – perguntou, autoritária.

– Sim, senhora. Vim me candidatar ao cargo de garçonete.

Ela deu um sorriso muito sutil.

– Ótimo. Você tem a aparência certa. Com um rosto assim, os sócios não vão prestar atenção nos erros. Sabe dirigir um carrinho de golfe e abrir uma garrafa de cerveja com abridor?

Assenti.

– Está contratada. Preciso de alguém no campo imediatamente. Venha comigo; vamos arrumar um uniforme para você.

Não discuti. Quando ela deu meia-volta e começou a andar com passos firmes na direção de outro cômodo, fui atrás. Ela era uma mulher com uma missão.

Abriu uma porta e entrou.

– Que tamanho de short você usa, 36? A parte de cima vai ser menor do que a que você está usando, mas os homens vão adorar. Eles gostam de busto grande.

Vejamos... – Ela estava falando sobre os meus peitos. Que constrangedor! Ela pegou um short branco e uma camisa polo azul-bebê da prateleira e os jogou para mim. – Essa blusa é tamanho P. Tem que ficar justa. Nós somos um estabelecimento de classe, mas os homens aqui também gostam de admirar a paisagem. Assim, proporcionamos o que eles querem dentro de um short branco e de uma camisa polo justa. Não se preocupe com a papelada. Peço para você preencher depois do expediente. Se passar uma semana fazendo isso e fizer direitinho, podemos pensar em mudar você para o salão de jantar. Também estamos precisando de funcionários lá. Rostos como o seu não são fáceis de achar. Agora troque de roupa, vou ficar esperando para levar você até o carrinho de bebidas.

Duas horas mais tarde, eu havia parado duas vezes ao lado de cada um dos dezoito buracos do campo e as minhas bebidas tinham acabado. Todos os golfistas queriam me perguntar se eu era nova e comentar sobre o meu excelente serviço. Eu não era burra. Via o jeito como os homens mais velhos me secavam. Felizmente, todos pareciam tomar cuidado para não avançar nenhum sinal.

A senhora que me contratou enfim me dissera o seu nome depois de praticamente me empurrar para cima do carrinho e me despachar para o campo. Chamava-se Darla Lowry e cuidava da contratação dos funcionários. Era também um verdadeiro furacão. Ela me disse para voltar dali a quatro horas ou quando as minhas bebidas acabassem, o que acontecesse primeiro. As bebidas acabaram em duas horas.

Entrei no escritório e Darla espichou a cabeça para fora de uma das salas.

– Já? – estranhou, saindo com as mãos na cintura.

– Sim, senhora. Minhas bebidas acabaram.

Ela levantou as sobrancelhas.

– Todas?

– Sim, todas.

Um sorriso cruzou o seu rosto sério e ela deixou escapar uma risada.

– Ora, quem diria? Sabia que eles iriam gostar de você. Aqueles tarados estavam mesmo dispostos a comprar tudo o que você tivesse só para fazê-la ficar mais tempo por perto.

Eu não tinha certeza se era isso mesmo. Fazia calor no campo; toda vez que eu parava junto a algum buraco, os golfistas faziam cara de aliviados.

– Venha, vou mostrar para você onde reabastecer. Você tem que continuar a servir até o sol se pôr. Depois volte aqui para preenchermos a tal papelada.

Quando voltei à casa de Joe, já estava escuro. Eu tinha passado o dia inteiro fora. Os carros, antes parados no acesso à casa, haviam desaparecido. A garagem de três vagas estava fechada, com um conversível vermelho caro estacionado do lado de fora. Tomei cuidado para estacionar a picape fora do caminho. Talvez Joe fosse receber mais amigos e eu não queria que o meu carro causasse problemas. Estava exausta. Só queria ir para a cama.

Parei em frente à porta e me perguntei se deveria bater ou simplesmente ir entrando. Joe disse que eu poderia ficar um mês. Com certeza isso devia significar que eu não precisava bater toda vez que chegasse.

Girei a maçaneta e entrei. O hall estava vazio e surpreendentemente limpo. Alguém já tinha arrumado a bagunça ali. O piso de mármore chegava a brilhar. Ouvi uma TV ligada na ampla sala de estar aberta. Não havia muitos outros barulhos. Fui até a cozinha. A cama estava me esperando. Queria muito uma ducha, mas ainda não tinha conversado com Joe sobre que chuveiro usar e não queria incomodá-lo nessa noite. No dia seguinte, quando acordasse, desceria de fininho para usar o mesmo que usara de manhã.

O cheiro de alho e queijo invadiu as minhas narinas quando entrei na cozinha e minha barriga roncou imediatamente. Eu tinha na bolsa um pacote de biscoitos de manteiga de amendoim e uma caixinha de leite que havia comprado em uma loja de conveniência a caminho de casa. Ganhara algum dinheiro em gorjetas durante o dia, mas não podia gastar tudo em comida. Precisava economizar o máximo que pudesse.

Havia uma panela tampada sobre o fogão e uma garrafa de vinho vazia em cima da bancada. Junto com a garrafa, dois pratos com o que restava de uma apetitosa massa. Joe estava acompanhado.

Um gemido veio lá de fora, seguido por um barulho alto.

Fui até a janela, mas, assim que o luar iluminou a bunda nua de Joe, congelei. Uma linda bunda nua. Linda mesmo. Embora eu nunca tivesse visto a bunda nua de homem nenhum. Subi os olhos pelas suas costas e as tatuagens que as cobriam me espantaram. Não soube dizer exatamente o que eram. A luz da lua não era forte o suficiente e ele estava se mexendo.

Movia os quadris para a frente e para trás, e reparei nas duas pernas compridas que apertava junto às laterais do corpo. O gemido alto se repetiu quando ele acelerou os movimentos. Tapei a boca e dei um passo para trás. Joe estava transando. Do lado de fora. Na varanda. Não consegui desviar os olhos. Ele segurou as pernas dos dois lados do próprio corpo e as abriu mais ainda. Um grito alto me surpreendeu. Duas mãos surgiram nas costas dele e unhas compridas arranharam as tatuagens que cobriam a pele bronzeada.

Eu não deveria estar vendo aquilo. Sacudi a cabeça para clarear os meus pensamentos, virei-me e entrei depressa na despensa e no meu quartinho escondido. Não podia pensar em Joe daquela forma. Ele já era um gato; vê-lo transando causava sensações estranhas no meu coração. Não que eu quisesse ser uma daquelas meninas com quem ele transava e depois jogava fora, mas ver o seu corpo daquele jeito e ouvir o que ele fazia a menina sentir me deixava com um pouquinho de inveja. Eu não sabia o que era aquilo. Ser virgem aos 19 anos era triste. Cain dizia que me amava, mas ele queria uma namorada capaz de sair de casa e transar sem ter que se preocupar com a mãe doente. Queria uma experiência normal de colégio. Eu precisava dele mais do que nunca, mas não podia lhe dar isso. Então o liberei.

Na véspera, quando avisei que iria para a casa do meu pai, ele me implorara que casse. Dissera que me amava e que não tinha me esquecido. Que todas as meninas com quem tinha ficado não passavam de pálidas substitutas. Eu não conseguia acreditar em tudo aquilo. Passara noites demais com medo, chorando até cair no sono. Quando precisei de alguém para me abraçar, ele não estava ao meu lado. Cain não entendia o que era o amor.

Fechei a porta do meu quarto e caí na cama, sem nem sequer puxar as cobertas. Precisava dormir. Tinha que estar no trabalho às nove da manhã.

Antes de pegar no sono, sorri, grata por ter uma cama e um emprego.

6 comentários:

  1. Da onde vcs tiram tanta criatividade.
    Nessa, acho que já te vi em outro blogs comentando kk
    Brijoos
    - lariis aqui amores

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  2. Chegueri pra completa os 4 comenta
    Me diz que vc ainda ta acordada vaai *-*
    Por favoor, posta
    Beijos.
    Bianca aqui amores
    S

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  3. Oi eu tive que fazer uma nova conta pq a minha antiga (Káh Lovatic) não estava conseguindo assessa-la, eu to ama do a nova fic e queria muito que me autorizasse no blog de A Sexóloga acompanho desde sempre agora não estou mais autorizada a ler ...posta mais

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