17.1.15

Capitulo 11

Ooooi! Tudo bom, bbys? Eu to bem, ta tudo correndo mas vms no embalo! N garanto q vou postar smp, ok? Mas vcs nunca vao ficar sem capítulo, ou Mari ou eu vms postar hahaha' Comentem! Obrigada pelo carinho nos comentarios! Amo vcs! Beijos ♥
Bruna

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Desde que entrara no apartamento de Joe, Demi sentira como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta. Dar o remédio a ele, ajudá-lo a andar até o quarto, o estrado da cama quebrando e agora isso... não fora para isso que fora ao apartamento dele. Mas estava encostada no peito rígido e nu de Joe, e cada centímetro do corpo dela estava quente e sensível.

Mais do que qualquer outra coisa, queria que ele a beijasse, mas Joe parecia que tinha a intenção de se afastar. Repleta de uma vontade lasciva de sentir os lábios dele contra os dela, achando que a culpa era dos hormônios, mas querendo saber com certeza, ela decidiu tentar. Aproximou-se e encostou os lábios nos dele. O cheiro dele era tão maravilhoso quanto a aparência. No momento em que os lábios deles se encontraram e ele se aproximou ainda mais, alguma coisa aconteceu. Ela perdeu o controle. Era como acordar depois de um longo coma.

Deixando que o instinto assumisse o controle, ela passou os braços em volta do pescoço de Derreck e apertou o corpo contra o dele, o suficiente para senti-lo duro contra a coxa. Um gemido escapou da garganta quando ela subiu a mão aberta pelos músculos bem desenvolvidos das costas dele até abrir caminho com os dedos pelos cabelos. Ele a beijou mais profundamente. A perna dela se enroscou na dele. Ela o tocou, querendo devorá-lo, com a mão deslizando sobre os músculos sólidos do abdômen e passando pelo tecido sedoso da bermuda até que sentisse a rigidez dele contra a palma.

— O que diabos está acontecendo aqui?

No momento em que Demi ouviu a voz do pai, teve certeza de que a mente estava brincando com ela. Mas Joe se afastou e disse: — Quem é você e o que está fazendo no meu apartamento?

Demi olhou por sobre o ombro e viu o pai parado na porta. — Papai! O que está fazendo aqui?

O pai dela se virou e saiu. Ele não estava furioso. Estava lívido.

Em seguida, Sandy colocou a cabeça pela porta aberta. Ela olhou para a posição em que os dois estavam. — Uau — foi tudo o que disse antes de

desaparecer.

Joe se levantou e, quando estava equilibrado, puxou Demi para cima.

Ela se viu encarando olhos maravilhosos.

— Sinto muito por tudo isso — disse ele. — Não sei o que deu em mim,

Sinto muito? Ela já estava fantasiando que o beijo talvez fosse o início de alguma coisa maravilhosa. Ele, por outro lado, sentira a necessidade de se desculpar. Ela afastou o olhar. — Vou dar uma olhada em Ryan.

Ele não protestou. Em vez disso, falou: — Vou me vestir e já saio.

Ela saiu do quarto e andou pelo corredor. Todos tinham ido embora, incluindo o carrinho com Ryan. Um olhar pela janela mostrou que Sandy levara todo mundo de volta para o apartamento dela.

Andando de um lado para o outro, ela subitamente se arrependeu de ter vestido jeans apertados e sapatos de salto alto, em vez do moleton confortável. Mais cedo, quando espremera o traseiro para dentro daqueles jeans ridiculamente apertados, sentira-se tão feliz por conseguir colocar as roupas anteriores à gravidez que não pensara duas vezes em qual poderia ser a reação de Joe.

Mas o que estava fazendo? Por que viera ao apartamento dele, para começo de conversa? Apenas alguns dias antes, ela quisera Joe Jonas o mais longe possível dela. E agora, subitamente, queria que ele a pegasse nos braços de forma arrebatadora.

Ela bateu na testa em desgosto.

A expressão no rosto dele depois de ajudá-la a se levantar dizia claramente A-R-R-E-P-E-N-D-I-D-O, em letras garrafais.

Ela olhou em volta do apartamento dele. E agora? Precisava sair dali, e bem depressa. Ela pegou a bolsa que estava sobre a mesinha, saiu do apartamento e fechou a porta silenciosamente atrás de si. Os olhos ardiam por saber que tinha feito papel de tola.

— Mamãe — disse ao entrar no apartamento dela. Forçando um sorriso, ela tomou a mãe nos braços e gentilmente apertou o corpo magro e rígido. O perfume adocicado era exagerado e ela fez todo o esforço possível para não tossir nem espirrar.

Sandy estava sentada na cadeira favorita de Demi, segurando Ryan, e Lexi estava sentada no chão, próxima aos pés da mãe. Com um lápis de cera em cada mão, a garota estava ocupada colorindo os livros.

Demi voltou o olhar para o pai. Ele parecia fora de lugar no sofá verde. Mesmo assim, estranhamente, parecia o mesmo de sempre: o mesmo terno escuro perfeitamente cortado, a mesma camisa branca, a mesma careta de desapontamento. Ele faria sessenta anos em breve. Os cabelos eram fartos

com poucos fios brancos. Não havia um fio de cabelo fora do lugar. Se ele não parecesse sempre tão bravo, ela talvez o considerasse um homem bonito.

— O que foi aquilo lá? — perguntou ele, com a voz tão rígida quanto a postura da mãe.

Demi suspirou. — Eu achei que você sabia.

— Sabia o quê?

— Eu disse à mamãe que estava namorando Joe Jonas, zagueiro dos Condors.

— Ela mencionou o assunto — disse o pai. — Ele é um atleta. Eu devia ter esperado encontrar você em uma posição comprometedora no chão do quarto dele. Pelo jeito, vocês dois estão se dando muito bem.

Demi sentiu uma onda de calor subindo pelo rosto. — Estamos indo bem — mentiu Demi. — Mas o que você viu lá não é o que pensa. Joe está com o joelho machucado. Eu o estava ajudando a andar até o quarto quando ele tropeçou. Nós dois caímos e o estrado da cama quebrou...

— Pare com as histórias — interrompeu ele. — Sua mãe vem tentando me convencer de que você finalmente cresceu. Estou na Califórnia a menos de uma hora e já vi que nada mudou. Estou muito desapontado.

Demi ergueu o queixo. — Lamento muito que se sinta assim — disse ela. Mas a verdade era que ouvira tudo aquilo antes. Ela sempre fora um grande desapontamento para o pai. Sem falar que nunca fora pega em uma posição comprometedora antes. As coisas eram assim mesmo. Pelo menos, Demi estava grata porque a irmã mais nova, Laura, não viera com eles. Demi amava a irmã, mas a pressão que os pais faziam para que ela fosse como Laura era demais. Ela amava a família, mas todos os três conseguiam fazê-la sentir-se pequena e inútil. O pai nunca precisara mais do que cinco minutos para fazer com que todas as inseguranças dela voltassem à tona.

— Cancelei mais de uma reunião importante para fazer essa viagem — o pai interrompeu os pensamentos dela. — Queríamos dar apoio a você e ao seu filho...

— O nome do seu neto é Ryan — cortou ela.

— Vejo agora — continuou o pai — que acreditar que você tinha crescido e se tornado uma jovem responsável foi uma ilusão da nossa parte.

— Preciso ir — disse Demi logo antes de ouvir uma batida na porta. — Entre — disse ela.

— Howiewood — gritou Lexi quando Joe entrou no apartamento.

Joe sorriu para Lexi. Não se notava mais que ele mancava ao entrar. Olhando em volta da sala, ele estendeu o braço na direção do pai dela,

pronto para apertar a mão do homem. Mas o pai dela não fez o mesmo. De forma bem simples, o pai dela era um esnobe.

Endireitando o corpo, Joe deixou o braço cair ao lado do corpo antes de se virar para a mãe de Demi, que era tão amigável quanto o marido, mas pelo menos fingiu colocar a mão flácida na palma dele. Quando ela puxou a mão, retirou da bolsa um minúsculo frasco de desinfetante para as mãos e limpou os germes.

Demi achou que era o bastante. Além do mais, chegaria atrasada na consulta de Ryan se não saísse logo. — Se eu soubesse que vocês dois viriam — disse Demi —, teria tido tempo para me preparar. Mas, nesse momento, Joe e eu temos uma consulta com o médico de Ryan.

Precisamos ir.

— Você não vai dizer olá para a sua irmã?

Os olhos de Demi se arregalaram quando olhou para Sandy.

Sandy assentiu. — Ela está no banheiro lavando o rosto.

— Ela ficou arrasada ao ver você copulando no chão com aquele homem — disse o pai.

— Ele tem nome.

— Howiewood — o pai disse ao sorrir para Lexi. — Não é isso?

Lexi assentiu contente.

— Copulando? — repetiu Joe. Ele olhou para Demi. — Ele está falando sério?

Demi respondeu à pergunta com um assentir rígido e um sorriso ainda mais rígido.

— Como pôde? — perguntou a mãe de Demi.

— Não estávamos fazendo sexo — disse Demi exasperada.

— Você me disse que estava namorando um jogador de futebol — disse a mãe. — Mas eu não fazia ideia de que já estava no próximo nível. Não é surpresa que Laura esteja com os olhos jorrando no banheiro.

— Eu não estava chorando — disse Laura ao juntar-se a eles. Ela olhou para Joe e o queixo dela caiu. — Esse é o cara que você estava agarrando lá?

Demi não conseguiu acreditar nos ouvidos... nem nos olhos. Se a mãe não tivesse acabado de dizer que Laura estava lá, ela nunca teria adivinhado que a mulher de vinte e seis anos parada à frente dela era a irmã mais nova, Laura. Ela não via a irmã havia quase um ano, mas isso não explicava a transformação. Laura costumava usar saias elegantes e suéteres com minúsculos botões de pérola. Naquele dia, ela estava toda de preto, com o tecido colado no corpo como uma segunda pele. A garota em frente a ela

parecia mais Lady Gaga do que Laura. — Essas calças que está usando são de couro?

Laura abriu um sorriso largo. — Não são o máximo?

Demi não sabia o que dizer. Ela estava confusa e precisava ir. — Detesto ir embora, mas Joe e eu precisamos levar Ryan ao médico. Por que não vem conosco para botarmos a conversa em dia?

— Eu adoraria ir com vocês.

Demi olhou para Joe. O pobre homem parecia com medo de se mexer.

— Pode pegar o carrinho e a bolsa de Ryan?

Ele fez o que ela pediu e Demi pegou Ryan dos braços de Sandy.

— Eu trancarei a porta e telefonarei para você mais tarde — disse Sandy.

Demi agradeceu e, em seguida, gesticulou para a irmã, indo em direção à porta. — Onde estão hospedados? — perguntou ela à mãe.

— No Amarano.

— Fizemos uma reserva no Sky House às sete da noite — disse o pai. — Veremos você lá.

Demi percebeu que não era um convite. Era uma ordem.

~~~

— É bom finalmente conhecer você — Joe disse a Laura enquanto andavam para o estacionamento. — Demi me falou tudo sobre você.

— Mentiroso — disse Laura.

Ele riu.

Demi destrancou a porta do Volkswagen Jetta dela. Joe pegou Ryan do colo dela e, enquanto ele prendia Ryan no cinto de segurança do banco de trás, Demi puxou a irmã para o lado. — Por que a nova aparência?

— Só estou me divertindo — disse Laura. — Pela primeira vez desde que nasci, estou fazendo o que quero fazer.

— E o que é exatamente?

— Estou cantando em uma banda de rock.

— E você sabe cantar?

Laura assentiu e riu. — Depois do jantar hoje à noite, vou para casa. Mamãe e papai ainda não sabem, mas vou desaparecer muito antes que eles voltem para casa.

— Para onde você vai?

— Eu e a banda vamos viajar pelo mundo.

Demi não sabia o que pensar. — Você está falando sério, não está?

— Nunca falei tão sério na minha vida — Laura pegou a mão de Demi. — E também nunca estive tão feliz. Vim à Califórnia porque queria vê-la antes de partir.

Demi sacudiu a cabeça. — Não sei o que pensar.

— Tenho certeza de que ouvirá coisas horríveis sobre mim de mamãe e papai quando descobrirem o que vou fazer. Mas eu queria que ouvisse primeiro de mim.

— Pena que não temos mais tempo para conversar.

— É verdade, mas não se preocupe. Telefono para você de vez em quando e mando e-mails contando as novidades.

Demi pegou a irmã nos braços e abraçou-a com força.

— Deveríamos ter enfrentado o papai anos atrás — disse Laura com a voz séria. — Sempre desistimos fácil demais. Vale a pena lutar por algumas coisas — disse ela, olhando para Joe.

— Estou contente por você estar feliz. Promete manter contato?

— Prometo. — Elas ficaram abraçadas por algum tempo. Laura se virou para o carro e entrou no banco traseiro, ao lado do berço de Ryan.

Joe dobrava o carrinho na parte de trás do carro e Demi se juntou a ele, que colocou a mão no braço dela antes que ela pudesse se afastar. — Você fugiu do meu apartamento por causa do beijo, não foi?

— Não sei o que quer dizer.

— Aquele beijo pegou nós dois desprevenidos — disse ele. — Mas quero que saiba que não acontecerá novamente. Se vamos ser amigos, precisamos manter as coisas cordiais entre nós. Foi um erro e eu assumo toda a responsabilidade.

Ótimo. Que ótimo. — Eu acho que isso seria melhor — mentiu ela. —

Vamos manter as coisas cordiais. — Ela estendeu a mão para apertar a dele.

— Combinado?

Ele apertou a mão dela como se fossem bons amigos. — Combinado.

Demi tentou não mostrar qualquer emoção ao sentar atrás do volante e ligar o carro. Ela observou em silêncio enquanto Joe colocava o corpo imenso no banco do passageiro do carro.

Ele parecia ridiculamente espremido. — Você não precisa ir. Laura pode me fazer companhia.

— Um estouro de cavalos selvagens não me impediria de ir à consulta de Ryan — disse ele e, provavelmente, estava falando sério, pois os joelhos deles estavam pressionados contra o porta-luvas e a cabeça estava a pouco mais de um centímetro de bater no teto.

O motor roncou quando Demi entrou na rua principal.

— O que está acontecendo entre vocês dois? — perguntou Laura. — Não estão namorando de verdade, estão?

Demi não disse uma palavra.

— Vocês dois não me enganam — acrescentou Laura.

— Você tem razão — disse Joe. — Não estamos namorando. — Ele olhou para Demi. — E que conversa foi aquela no seu apartamento sobre nós estarmos namorando?

Demi sacudiu a mão no ar como se fosse algo sem importância. — Eu disse à mamãe que estávamos namorando na esperança de que meus pais não viessem me visitar.

Joe franziu a testa. — E por que nosso namoro faria com que os seus pais ficassem em casa?

— É ridículo, eu sei — disse Demi. — Mas a verdade é que o meu pai não gosta de jogadores de futebol.

— Ele acha que atletas são criaturas inúteis — acrescentou Laura com uma risada.

De forma não muito surpreendente, Joe não riu com ela. No momento em que Demi estivesse sozinha com a irmã, pretendia perguntar a Laura o que fizera com a irmã de verdade, aquela que era quieta, tímida e não usava maquiagem, muito menos cílios postiços. O que diabos estava acontecendo?

— Deixe-me ver se entendi direito — disse Joe. — Você disse a seus pais que estávamos namorando na esperança de que eles ficassem longe.

— Sim — disse Demi.

— Mas planeja contar a verdade na próxima vez que encontrar com eles?

— Não — disse Demi.

Laura riu de novo.

— Por que não?

— Porque, pela primeira vez na vida, não me importo com o que eles pensam de mim. — Ela usou o espelho retrovisor para olhar para a irmã. — Quanto tempo papai e mamãe pretendem ficar?

— Duas ou três noites — respondeu Laura. — Eu acho que papai tem que resolver alguns negócios em São Francisco. — Ela estendeu a mão e colocou-a no ombro de Joe. — Não se preocupe, Hollywood. Algumas saídas, um ou dois jantares e tudo terminará antes mesmo que perceba.

— Não estou preocupado — disse ele — porque não pretendo me envolver nos problemas da sua família. Nada de saídas nem jantares para mim.

Demi apertou o volante com força. — Se você não for ao jantar comigo e com a minha família hoje à noite, Ryan e eu não iremos ao churrasco da sua família no fim de semana. O que não serve para você também não serve para mim.

Ele franziu a testa. — A ideia de que você estivesse namorando comigo obviamente não foi assustadora o suficiente para mantê-los longe. De que adianta continuar a farsa?

— Eu acho que eles querem ver se Demi está blefando — disse Laura. — Não acreditam que Demi iria tão baixo e vieram à Califórnia para ver com os próprios olhos.

Demi assentiu e, ao olhar para ele, viu que estava com o maxilar rígido. Joe não estava feliz com o fato de que, para os pais dela, ele era escória. O que era uma pena. Demi achava que, se tinha que sofrer em um ou dois jantares, ele também podia sofrer. — Você disse que queria ser parte da vida de Ryan — disse Demi. — Tenha cuidado com o que deseja.

— Ok — disse ele por entre os dentes. — Eu vou ao jantar.

Laura bateu palmas, fazendo com que Demi achasse que quem estava sentada no banco de trás era Lexi, não uma mulher adulta.

Mantendo o olhar na estrada, não demorou muito para que o pensamento de Demi voltasse para o beijo. Ainda conseguia sentir o gosto dele nos lábios. Tentando afastar a mente do calor que sentia por dentro, ela ligou o rádio e revirou os olhos quando "This Kiss", de Faith Hill, começou a tocar:

I don’t want another heartbreak

I don’t need another turn to cry, no

I don’t want to learn the hard way

Ela desligou o rádio.

— Nunca achei que você fosse do tipo que gosta de música country — disse Joe.

— É porque você não sabe nada sobre mim — disse Demi, irritada pela situação toda. — Gosto de música country e também gosto de rock. Sou uma mulher selvagem, Joe Jonas. Uma mulher muito selvagem.

— É mesmo?

— Ela está brincando — disse Laura, arruinando a diversão de Demi. — Demi nunca fez nada sequer parecido com selvagem. Nunca saltou de um avião nem desceu uma montanha esquiando. Nunca fumou um cigarro, muito menos um baseado. E não lembro de alguma vez ter visto a minha irmã em

uma pista de dança.

— Quem é você? — Demi perguntou à irmã, imaginando se tinha caído dentro de algum tipo de buraco negro.

— E nadar nua? — perguntou Joe. — Todo mundo já nadou nu pelo menos uma vez na vida.

— Não, Demi não — disse Laura. — Ela é segura e previsível. Nenhuma surpresa ali.

— Ei, eu tenho voz — Demi relembrou à irmã ao parar no sinal.

— Ok — disse Laura, dando de ombros. — Vamos ouvi-la. Você já nadou nua?

— Não é da sua conta.

Joe olhou para Laura por sobre o ombro. — Sua irmã acabou de ter um filho. Os hormônios dela ainda estão malucos.

Demi revirou os olhos.

— Não me entenda mal — disse Laura. — Demi tem muitas qualidades boas. Apesar do que os meus pais acreditam, ela é confiável e responsável. E é compassiva, também. Só falta um pouco no que tange à aventura.

O sinal ficou verde e Demi pisou no acelerador. — Quando Ryan for mais velho — disse Demi —, nós dois faremos muitas coisas juntos que serão aventuras.

— Parece que Ryan vai se divertir muito quando sair das fraldas — disse Joe com um sorriso.

Laura riu.

Demi olhou para ele zangada. O sol entrava pela janela e banhava o rosto bonito dele, criando uma combinação mortal: olhos brilhantes e covinhas. Se Ryan fosse sequer parecido com o pai quando crescesse, ela não teria tempo para descer a montanha Silverfox de esqui, para aprender a escalar em rochas nem para saltar de bungee jump de uma ponte alta. Estaria ocupada demais espantando todas as garotas em busca da atenção do filho.

O caminho até o consultório do pediatra pareceu levar horas, em vez de apenas os doze minutos que eles realmente levaram para chegar lá. O trânsito estava intenso para um dia de semana, pensou Demi, ao entrar em uma vaga de estacionamento reservada para pacientes. Joe teve dificuldades para sair do banco do passageiro, mas ela resolveu não se preocupar com ele, que merecia estar desconfortável por acender fogos de artifício dentro dela e, depois, jogar palavras geladas sobre eles.

~~~

Apesar de fazer o possível para não demonstrar, Joe se sentia um crápula. Sandy o avisara sobre os sentimentos crescentes de Demi e, ainda assim, ele não tentara impedi-la de se aproximar e beijá-lo. Ele já sabia que o beijo dela era delicioso, mas só descobrira naquele dia que ela era, na verdade, uma dezena de bananas de dinamite esperando para ser acendida. Se fosse qualquer outra pessoa que não Demi Lovato, a mãe do filho dele, atirando-se sobre ele, talvez tivesse aceitado a oferta e ido mais adiante.

Ora, ele nunca dissera que era santo.

Mas Demi não era nada parecida com as mulheres com quem ele se encontrara no decorrer dos anos. Demi era muito doce e inocente para alguém do tipo dele.

E, além do mais, o coração dele pertencia a Maggie.

Demi merecia alguém que estivesse totalmente com ela, que estivesse sempre ao lado dela. Se não fosse por Maggie, talvez ele pensasse em se candidatar à vaga. Mas Maggie estava sempre lá, flutuando nos pensamentos dele, mesmo quando ele não queria que estivesse. Bem no fundo, sabia que os irmãos tinham razão. Ele precisava esquecer Maggie, cortar todas as ligações emocionais e deixá-la para trás. Mas já tentara aquilo e não dera certo. Amar Maggie era como ser viciado em drogas. Ele precisava de um programa de doze etapas se quisesse se livrar dela.

Havia um festival de artes em andamento no centro e levou alguns minutos para que conseguissem passar pela multidão e entrar no prédio. Logo depois, Joe e Demi estavam na sala de exames aguardando o pediatra, enquanto Laura esperava no saguão.

Joe estava feliz porque finalmente o sangue corria pelas pernas novamente. Estar no carro de Demi era comparável a estar dentro de uma lata de sardinhas.

Demi andava de um lado a outro da sala enquanto Ryan chorava a plenos pulmões.

— Se você o segurar mais perto do peito, um pouco mais para a direita, acho que ele...

— Eu sei como segurar o meu filho. Muito obrigada.

Estendendo as pernas, Joe escondeu um sorriso por trás de um bocejo fingido.

— Fico contente ao ver que está se divertindo — resmungou Demi. — Mas eu realmente não consigo entender como acha o desconforto de Ryan cômico.

— Não é por isso que estou sorrindo. — O que o divertia era a forma como o olho dela tremia e o lábio se curvava só um pouquinho quando

estava irritada. Ele também não conseguia deixar de pensar na reação de Demi ao que a irmã dela dissera sobre não ser aventureira. Demi claramente queria mudar aquilo. Ele tinha algumas ideias excelentes para ajudá-la a sair da concha. — Eu estava pensando em sua família aparecendo do nada. Sua irmã tem uma personalidade interessante.

— Aquela mulher esperando lá no saguão não é a minha irmã. Minha irmã é graciosa, delicada e absolutamente quieta. Ela toma chá lentamente e come sanduíches de agrião. Ela nunca xinga e certamente não tem calças de couro.

— Ela come sanduíches de agrião?

O médico entrou antes que Demi pudesse responder. O pediatra era um homem jovem, que Joe achou que tinha pouco mais de trinta anos, e que pareceu ridiculamente feliz em ver Demi.

— Demi! Que ótimo ver você novamente.

Os olhos de Demi se iluminaram. — Nate Lerner! — disse Demi. — Estou tão feliz por ter conseguido voltar a tempo de estar aqui para a primeira consulta de Ryan.

Antes que Joe pudesse se apresentar, Demi lhe entregou Ryan e virou-se para o médico, praticamente pulando nos braços dele, abraçando o homem como se fosse um irmão que, depois de muitos anos, finalmente voltara da guerra. Quando ela se afastou dele, o dr. Lerner deu um passo para trás para que pudesse dar uma boa olhada em Demi. — Você está linda. Absolutamente deslumbrante.

Joe segurou Ryan encostado no peito e embalou-o até que ficasse em silêncio.

A cena inteira com o médico e Demi parecia estranha, talvez porque Demi não dissera uma palavra sobre o dr. Lerner e, subitamente, os dois estavam praticamente fazendo amor, bem na frente dele, como se Joe nem mesmo estivesse dentro da sala. Ele sabia, em primeira mão, como os hormônios de Demi estavam fora de controle e realmente não queria ficar lá parado assistindo enquanto ela ficava toda excitada.

Demi colocou a mão no peito. — Você é igualzinho ao seu pai. — Ela balançou a cabeça incrédula. — É incrível.

Joe pigarreou, mas ninguém lhe deu atenção.

— Teremos que nos encontrar em breve para colocar as novidades em dia.

— Eu adoraria — disse Demi com o sorriso mais brilhante que Joe jamais vira ao segurar as mãos do médico.

— E quem temos aqui? — perguntou o médico, depois de inspecionar

cuidadosamente a mãe de Ryan.

— Nate, esse é o meu amigo, Joe, e o meu filho, Ryan. — Sem fazer contato com o olhar, ela pegou Ryan do colo de Joe e segurou-o nos braços de tal forma que Nate conseguiu uma visão mais clara do decote dela.

O médico acenou em direção à mesa de exame e Demi obedientemente o seguiu até lá.

— Ele é um belo garoto — disse o dr. Lerner. — Vamos tirar as medidas dele.

— Devo tirar a roupa dele?

— Por favor.

Ela retirou cuidadosamente os pequenos braços e pernas de Ryan do macacão azul de algodão.

Joe ficou onde estava, observando de longe enquanto o médico media a circunferência da cabeça de Ryan antes de verificar a moleira.

— A moleira está do jeito como deveria estar — disse o médico. — É seguro tocar nela e deverá desaparecer de doze a dezoito meses. — Em seguida, ele mediu o comprimento de Ryan, da ponta do pé até a cabeça, verificou os gráficos e pediu a Demi que retirasse a fralda para que pudesse pesá-lo. O dr. Lerner fez alguns testes adicionais enquanto Demi flutuava em torno do médico e de Ryan. Com olhos adoradores, ela observou o médico quando ele usou um instrumento para olhar a parte de dentro dos ouvidos de Ryan.

Aquilo foi suficiente para fazer Joe ter vontade de vomitar. Em vez disso, ele se sentou no canto da sala. Estava com os músculos tensos e percebeu que agia como um tolo ciumento. As emoções que sentia eram absurdas e completamente fora do normal. Ele não tinha motivo algum para ter ciúmes porque não tinha aquele tipo de sentimento por Demi. Como ela acabara de dizer ao médico, eram apenas amigos. Sim, Joe gostava dela e, sim, ela estava deslumbrante naquele dia. Mas ela era deslumbrante todos os dias, não importava se estivesse usando um moletom coberto de baba ou calças largas com pantufas cor-de-rosa.

Depois de analisar a situação, Joe se convenceu de que o que sentia era perfeitamente aceitável e normal. Ele queria proteger Demi. Ela era a mãe do filho dele. Qualquer homem pelo qual ela demonstrasse interesse poderia ser um possível pai para o filho dele. Era perfeitamente aceitável que ele se sentisse ansioso dadas as circunstâncias.

Não demorou muito para que o médico terminasse e Demi empurrasse Joe porta afora.

— Já alcanço você — disse Demi, deixando Joe e Ryan sozinhos. Ele empurrou o carrinho para fora da sala de exame e em direção ao saguão.

Laura se levantou no momento em que ele apareceu. — Onde está Demi? — perguntou ela.

— Ela e o doutor têm alguns assuntos para colocar em dia. Por que não vamos lá para fora e tomamos um ar fresco enquanto esperamos?

Quando Demi se juntou a eles, Joe e Laura estavam do lado de fora, no meio do festival de arte. Desenhos coloridos feitos com giz cobriam as calçadas e os vendedores estavam atrás dos estandes de exposição alinhados nos dois lados da rua.

— Desculpem pela demora — disse Demi, prendendo cachos de cabelos atrás das orelhas. — O que achou?

— Do quê? — perguntou Joe.

— De Nate.

— Acho que ele é um sonho — sugeriu ele.

Demi riu. — Eu quis dizer como pediatra. Não acha que ele é cuidadoso e profissional? Um médico em quem podemos confiar para cuidar de Ryan?

— Não posso dizer que tenha conhecido muitos pediatras. Não tenho como comparar, lamento.

— Parece que perdi toda a diversão — disse Laura.

— Vocês dois se deram muito bem — disse Joe. — Suponho que você e Nate marcaram um encontro? — perguntou ele, apesar de estar brincando.

Os olhos de Demi brilharam como as luzes de neon em Vegas. — Na verdade, sim, marcamos. Vamos ao cinema na sexta-feira à noite.

Joe se sentiu um pouco nauseado, sem ter certeza do motivo. Ele empurrava o carrinho pela parte principal da cidade, com Demi de um lado e Laura do outro, sem nenhum destino em mente. O carro de Demi estava no outro sentido. Ele só continuava a andar, tentando manter a calma, pois sabia que não estava em um papel que justificava perder o controle.

— Acha que pode cuidar de Ryan na sexta-feira à noite? — perguntou

Demi.

— Ele é meu filho. É claro que posso cuidar dele. A que horas?

— Que tal às quatro da tarde?

Por algum motivo ridículo, ele se sentiu melhor ao saber que eles sairiam cedo.

— Isso me dará tempo para tomar um banho e preparar-me. Nate me levará ao Crush, um novo restaurante na rua Jasmine. Tenho vontade de ir lá desde o dia em que abriu, há seis meses.

Eles pararam e aguardaram Laura, que tinham perdido alguns estandes antes. Ela olhava bolsas feitas à mão e barganhava com o vendedor.

— Achei que você ia ao cinema cedo.

— Eu não disse isso. Falei que íamos ao cinema, e vamos... depois do jantar.

— Até que horas planeja ficar na rua?

— Por quê? Tenho hora para chegar?

— É claro que não. Só que achei que tinha dito que você e Sandy tinham muito trabalho a fazer na revista.

— Graças a você, não temos nada atrasado. Sandy me ajudou a escrever a coluna e Chelsey levou as fotografias ontem à noite. Você sabe, as fotografias que tirou no parque no outro dia. Temos um monte de fotos incríveis. De acordo com Sandy, o chili recebeu muitos elogios e também está confirmado. — Demi sorriu. — Estou começando a me sentir em forma novamente. — Ela rodopiou com os braços abertos e olhou para o sol. — Que dia lindo!

Sim... um lindo dia.

— Uau, olhe só aquilo. — Demi atravessou a rua em direção a um dos estandes.

Joe observou enquanto ela soltava várias exclamações sobre algumas das estatuetas de cobre mais feias que ele já vira. Ela levou uma delas até ele para que pudesse lhe mostrar os detalhes. — É isso que eu chamo de trabalho de arte.

As palavras da mãe surgiram na mente dele: se não tiver nada agradável a dizer, é melhor não dizer nada.

— Qual é o problema?

— Nenhum, por quê?

— Não sei — disse Demi. — Desde que encontramos o dr. Lerner, você está agindo como uma enorme nuvem de chuva em um dia ensolarado.

— Talvez seja porque estou imaginando por que estava me beijando em um minuto e, logo depois, praticamente babando em cima do doutorzinho.

— Eu não estava babando. Além do mais, você deixou perfeitamente claro que o beijo foi um grande erro. Portanto, por que se importa com a minha a interação com o dr. Lerner?

— Eu não sei — disse ele. — Esqueça o que eu disse.

— Está com ciúmes?

Ele soltou uma risada nervosa. — É claro que não. Só não acho que o dr.

Lerner seja a pessoa certa para você.

Aquilo fez com que ela sorrisse.

— O que foi?

— O dr. Lerner apareceu em uma daquelas sacolas de compras da Abercrombie and Fitch.

— Em uma o quê?

Os olhos dela brilharam ao dizer: — Todos os caras bonitões aparecem nas sacolas de compras da A&F.

— E o que isso tem a ver com ele não ser a pessoa certa para você?

Ela deu de ombros. — Só lembrei de mencionar isso.

— Então acha que ele é bonitão?

Ela revirou os olhos. — Dãã.

— É por isso que gosta dele? Por que ele é bonitão?

— Não faz mal nenhum ser bonitão, mas, não, não é o único motivo pelo qual gosto dele.

Ele se sentiu como se estivesse forçando a barra. — E do que mais gosta nele?

Joe a seguiu até onde a mulher esperava pacientemente que Demi devolvesse a estatueta.

— Belo trabalho — disse ela à artista.

A artista era uma mulher mais velha, com longos cachos grisalhos espalhando-se por sobre os ombros. — Uso argila e bronze e passo horas em cada peça, tentando capturar a inocência e a graça da forma feminina.

— A paixão aparece em seu trabalho — disse Demi. — Quanto é essa aqui?

Joe esperou pacientemente que Demi olhasse em volta.

— Esse que você está querendo é cinco mil dólares. Esse outro aqui é três mil e quinhentos.

Joe quase caiu de costas.

— Vou pensar — disse Demi. — Mas, se tiver um cartão, eu adoraria acompanhar onde mostrará mais do seu trabalho.

A mulher retirou um cartão do bolso dianteiro do avental e entregou-o a Demi.

Joe olhou para Ryan dentro do carrinho e começou a andar novamente. — Por que não paramos para comer alguma coisa no restaurante do outro lado da rua enquanto Ryan está dormindo? — perguntou ele.

— É uma excelente ideia, estou morrendo de fome. Olhe só isso — disse a mulher, segurando o cartão de visita. — A mulher é da cidade de Nova Iorque. Ela veio bem longe vender as estatuetas.

Eles pararam na esquina e Demi apertou o botão no poste. Enquanto esperavam que o sinal de atravessar ficasse verde, ela enviou uma

mensagem de texto para a irmã avisando que estariam no restaurante.

— Você vai responder à minha pergunta? — perguntou ele.

A luz ficou verde e ela começou a atravessar a faixa de pedestre. — Não.

— Por que não?

— Porque, sendo meu amigo ou não, não é da sua conta com quem decido sair. — Ela segurou a porta do restaurante aberta e esperou que ele empurrasse o carrinho para dentro.

A garçonete os levou à mesa no canto mais distante, entregou um cardápio a cada e disse que voltaria em alguns minutos.

Demi arrumou o cobertor para que Ryan não ficasse quente demais. — O dr. Lerner disse que Ryan é pequeno para a idade dele.

Joe resmungou. — Ele mal fez duas semanas. Acho que ainda é um pouco cedo para... — Ao ver Aaron colocar a gorjeta sobre uma mesa mais adiante, ele parou no meio da frase. — Espere um minuto. — Levantando-se, ele foi naquela direção. — Aaron — chamou.

Aaron se virou para ele. Os ombros dele se encolheram e a expressão que tinha no rosto disse a Joe que ele já o vira e tentava escapar sem ser notado. Joe olhou em torno. — Onde está Maggie?

Aaron sacudiu a cabeça para ele.

— Só estou perguntando porque esperava que você e Maggie pudessem conhecer minha amiga, Demi, e o nosso filho, Ryan.

— Maggie já está a caminho do carro e eu realmente não tenho tempo.

— Só preciso de um minuto.

Aaron ergueu as mãos, rendendo-se, e seguiu-o até onde Demi estava sentada, estudando o cardápio.

— Demi, quero que conheça o meu irmão, Aaron.

Demi sorriu ao se levantar e apertar a mão dele. — É um prazer conhecê-lo — disse ela. — Acho que agora conheci todos os irmãos, não é?

— Você ainda não conheceu Lucas nem Garret — disse Joe.

— Sou a ovelha negra da família — disse Aaron. — Não somos irmãos no sentido verdadeiro da palavra.

— Não?

— Ele é adotado — explicou Joe.

Aaron olhou para Ryan dentro do carrinho. — Então esse é o cara de quem ouvimos falar o tempo todo?

— Acabamos de sair da primeira consulta dele — disse Demi.

Aaron ergueu a sobrancelha. — Quem é o pediatra dele?

— O dr. Lerner. — Ela apontou para fora da janela na direção do prédio de onde tinham acabado de sair. — Bem ali.

— Eu cursei a faculdade com Nate — disse Aaron. — Que coincidência.

— Eu o conheço há anos — disse Demi empolgada. — Ele é muito competente.

— Sim, ele é um cara legal. Nós jogamos golfe antes de ele ir para a Europa. Tem um excelente giro.

— Há alguma coisa que o homem não faça? — perguntou Joe.

Aaron inclinou a cabeça como se estivesse pensando em perguntar a Joe o que quisera dizer, mas mudou de ideia. Em vez disso, olhou para Demi. — Foi um prazer conhecê-la. Preciso ir, minha noiva está esperando no carro e provavelmente imaginando o que aconteceu comigo.

Joe estendeu a mão, mas Aaron fingiu não ter notado e ele enfiou-a no bolso da calça, deixando para lá. Ele estava começando a se sentir como se fosse um leproso. — Diga olá a Maggie.

— Eu acho que não — disse Aaron, franzindo a testa. — Mas fico feliz de ver que o roxo em volta do seu olho quase desapareceu. Maggie está preocupada com você desde a última vez em que nos vimos. Falando nisso, acho que você não precisará dos serviços dela, já que vocês dois — ele disse, balançando o dedo entre Joe e Demi — parecem ter resolvido as coisas.

— A sua noiva é a advogada de Joe? — perguntou Demi.

— Para falar a verdade — disse Aaron —, não sei exatamente qual o relacionamento profissional deles era... ou é. — Ele soltou uma risada cáustica e deu um passo para trás ao apontar o dedo para Joe. — Mas tome cuidado com esse cara — disse ele a Demi. — Ele é rápido, no campo e fora dele. — Continuando a balançar o mesmo dedo, acrescentou: — Nunca se sabe o que ele fará a seguir.

Com aquela mensagem misteriosa final, Aaron foi embora.

Quando ele estava fora de vista, ela se sentou e disse: — Uau, alguém está furioso com você. Foi ele que lhe deu o soco no olho?

Joe assentiu. — Ele guarda algum rancor desde sempre.

Joe olhou pela janela e ficou imaginando como Maggie estava. Ele se sentou em frente a Demi e abriu o cardápio, que poderia muito bem estar escrito em chinês, pois não conseguiu se concentrar no que estava lendo.

9 comentários:

  1. Posta mais, faz maratona!

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  2. Aaaaaah postaa.
    Cadr o outro? Cade??

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  3. Que perfeito, posta mais um hoje!

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  4. Tenho certeza que a Demi se jogou para cima do Doutor só para fazer ciúmes para o Joe. Ela está gostando dele *-*
    O Joe tem que esquecer logo da chata da Maggie!!
    Posta mais logo por favor!!!!!

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  5. Continua.... adorei ele com ciume do pediatra kkkkkk..... a Maggie vai estar no almoço da família ? Louca pra ver eles fingindo o namoro no jantar com os pais dela kkkkkk..... posta...... desculpa não ter comentado antes. Bjokas florzinhas.....

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  6. Joe tem que superar a Maggie, tem que perceber que ela gosta do Aaron e tentar algo com a Demi. E falando da mesma, que história é essa de "encontro com o Nate"??? Cadê a profissionalidade do bagulho? Ela não pode sair com o pediatra do filho dela! Ainda mais tendo inventado que estava namorando outro!
    Posta logo!

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  7. Socorro, me desculpe pelo sumiço Bru e por não ter avisado - eu acho - que estava em uns temos dificeis e etc. Então! Estou muito apaixonada pela história, você não faz ideia! Sinto que Demi vai sofrer um pouco por gostar do Joe e bem, ele também sentirá quando cair na real que a ama, Ryan melhor personagem, quero um desses para mim, mas só se vier com um pai feito o Joe, a próposito odeio a Maggie e o Aaron, que adotado mais audacioso -não sei qual palavra se encaixa melhor, mas o odeio.
    Sam, xx

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  8. Affs mais uma Maggie para atrasar o relacionamento de Demi e Joe, e mais uma vez Joe é uma cabeçao mas infelizmente dessa vez nao tem a deficiência auditiva para culpa... Alguém avisa para Aaron abaixa a bola dele q esta muito alta? Cara ele sabia desde sempre q Joe era afim de Maggie(nao duvido nada)

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