21.1.15

Capitulo 19 - Maratona 7.7

ultimo da maratona e o ultimo por agora... obrigada a todos que acompanharam a maratona, foi ótimo fazê-la para vcs... Beijoos e quero 8 comentários para o próximo... <3

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Ainda era cedo na manhã de sábado quando Demi saltou ao ouvir o som de um grito agudo. — Já ligo para você de volta — ela disse a Chelsey antes de fechar o telefone e correr para fora do apartamento. Ela viu Joe descendo a escada correndo com o cachorro. Ele fizera uma coleira com pedaços de pano. — O que foi aquele barulho? — perguntou ela. — Foi você ou o cachorro?

Ele parou três degraus antes do fim da escada. — Muito engraçada — respondeu ele olhando para ela por sobre o ombro. — Hank e eu fomos chutados para fora do prédio pelo síndico.

— Hank?

— É, achei que era um bom nome para ele.

— Você não pode me abandonar — disse Demi.

Ele sorriu. — Tenho quase certeza de que essa foi a coisa mais doce que você já me disse. Não sabia que se importava.

Ela passou os dedos pelos cabelos emaranhados. — Você sabe o que eu quero dizer. Meus pais chegam amanhã e você prometeu provar a comida depois que eu fizer um teste hoje. — Ele também cuidaria de Ryan enquanto ela terminava um artigo para a revista e retornava alguns telefonemas, mas não comentou nada. Os ombros dela caíram em derrota. — Eu preciso de você.

Ele olhou para o relógio. — Vou levar Hank para a minha casa em Malibu. Voltarei antes que consiga dizer "O que eu faria sem Joe Jonas na minha vida?".

— O que eu faria sem Joe Jonas na minha vida? — disse ela.

Ele piscou. — Agora diga...

Ela o interrompeu com uma careta e voltou para o apartamento.

Demi fechou a porta atrás de si e olhou em volta para a bagunça. Havia caixas de fraldas empilhadas no canto da sala. Latas de leite em pó e mamadeiras cobriam o balcão da cozinha. Louças sujas entulhavam a pia e havia papéis espalhados sobre a mesinha. O berço portátil ocupava a maior parte da pequena sala de estar. Ela o colocara lá para que pudesse ficar de olho em Ryan enquanto trabalhava. Ela olhou para o bebê e viu-o mexer as

pernas e observar com os olhos arregalados os brinquedos pendurados em uma fita plástica amarrada de um lado a outro do berço, alto o suficiente para que ele não pudesse se ferir.

Ela sorriu para o filho. — Você ouviu o que a sua mãe acabou de dizer para o seu pai? Disse que precisa dele. — Endireitando o corpo, ela gemeu ao encarar a imagem no espelho na parede diretamente à frente de onde estava. — O que está fazendo consigo mesma? — perguntou ela ao reflexo.

— O que você quer?

— Eu quero Joe — respondeu o reflexo.

— É uma pena — disse ela a si mesma — porque o coração dele já tem dona.

Nós sempre desistimos com muita facilidade. As palavras da irmã voltaram para assombrá-la. Ela nunca defendia a si mesma. Nunca brigara com os pais pela independência e nunca lutara por Thomas. Que inferno, ela nem mesmo dissera a Thomas o que queria. O relacionamento deles fora uma farsa. Ela sempre se sentira mais sozinha quando estava com Thomas do que quando estava sem ele. Ela nunca fora honesta consigo mesma. Estava na hora de crescer.

A verdade era que ela gostava de Joe e ele gostava dela.

Precisava criar coragem e ver se o que tinham juntos poderia crescer e tornar-se algo mais. Um coração partido nunca matara ninguém, disse ela a si mesma.

O restante do dia passou voando. Era incrível o que uma pessoa conseguia fazer com a motivação certa. Ela vestira jeans escuros e uma camisa verde que realçava a cor dos olhos. As vitaminas que tomava davam aos cabelos um brilho especial e a pele parecia mais bonita do que nunca.

Ryan já estava dormindo no quarto dele, ela retornara todos os telefonemas, escrevera o primeiro esboço da coluna mensal e o jantar estava no forno. O telefone tocou, era Chelsey. Chegava de telefonemas naquela noite, decidiu ela, desligando o telefone e deixando-o sobre o balcão da cozinha. Só faltava preparar a mesa. Depois disso, pretendia se concentrar em fazer com que Joe esquecesse Maggie Monroe totalmente.

~~~

Joe telefonou para Demi pela terceira vez, mas ainda não houve resposta.

O dia parecia não ter fim.

Ao chegar na casa em Malibu, o carro da irmã tivera um problema. Portanto, ele deixou o cachorro na casa e levou Zoey até a casa da mãe para que ela pegasse o carro dos pais emprestado. Depois, vovó Dora apareceu e insistiu que ele ficasse e almoçasse com eles. Quando a visita terminou, ele correu até a loja para comprar ração para cães, deixou o pacote na casa dos pais e saiu em direção à casa de Malibu pela segunda vez, quando a outra irmã telefonou e contou que Aaron deixara Maggie.

Ele tentara telefonar para Demi horas antes para avisar que se atrasaria, mas ela não atendera o telefone. Em seguida, ele foi até a casa de Maggie, onde ficou esperando que ela chegasse. Naquele momento, já estava escuro.

Aliviado ao finalmente ver o carro de Maggie subindo a estradinha de cascalho, ele se levantou e foi na direção dela.

— Joe — disse ela ao sair do carro e vê-lo. — O que está fazendo aqui?

— Fiquei sabendo que Aaron foi embora — disse ele. — Achei que talvez precisasse de companhia. — Droga, pensou ele no momento em que as palavras lhe saíram dos lábios. Ainda era cedo demais. Cedo demais para oferecer a Maggie o mundo e ver o que ela teria a dizer. Os olhos pesados e inchados dela mostravam que ela não estava pronta para discutir o futuro com ele nem com ninguém mais.

— Você precisa ir embora — disse ela, balançando a cabeça.

Ele a seguiu pelo caminho que levava à entrada principal.

Depois de destrancar a porta, ela se virou e disse boa noite. Ele colocou os braços em volta dela e abraçou-a, mas ela o afastou. Maggie entrou e fechou a porta atrás de si sem olhar para trás nem dizer uma palavra.

Por um longo momento, Joe ficou parado em silêncio. Ele se sentia vazio, com o peito apertado.

Era meia-noite quando o táxi o deixou em casa e Joe subiu a escada que levava ao apartamento dele. O barman o dispensara depois de algumas horas e chamara um táxi. O céu estava estrelado e os grilos cricrilavam ao vento frio que vinha do Pacífico.

As luzes no apartamento de Demi estavam acesas. Ele ficou surpreso ao vê-la abrir a porta e parar sob o batente, com um olhar preocupado. — Está tudo bem?

Ele assentiu.

— Hank está bem?

— Sim, Hank está bem.

— Você está bem? Parece pálido. É a sua perna?

Ele olhou além dela para dentro do apartamento e viu que a mesa

estava posta de forma perfeita, com uma toalha branca, pratos de porcelana, taças de vinho de cristal e velas esperando para serem acendidas. Ele fora um tolo ao tê-la deixado de lado depois que ela dissera que precisava dele. — Você está linda.

— Obrigada.

— Ryan está acordado? — As pernas dele estavam meio instáveis quando ele se aproximou e Joe colocou a mão no batente da porta para se equilibrar.

— Eu o coloquei na cama faz algum tempo.

Ela estava muito bonita. — Lamento sobre hoje — começou ele, consciente dos poucos centímetros de ar entre os dois. Ele sentia o perfume dos cabelos. Ela era como uma brisa fria em um dia quente.

— Você já comeu? — perguntou ela.

Ele balançou a cabeça, dizendo que não, mas a verdade era que não conseguia se lembrar.

— Você andou bebendo.

Ela olhava para ele, com os olhos adoráveis, os lábios cheios chamando-o e fazendo com que se esquecesse de tudo o mais.

— Quer entrar?

Ele assentiu e disse: — Achei que não ia perguntar.

Ela abriu a porta um pouco mais e, de alguma forma, ele conseguiu entrar sem cair de rosto no chão. A sala girou um pouco e parou. Ele nunca se dera muito bem com uísque. Joe a seguiu até a cozinha.

— Fiz um suflê de chocolate — disse ela, mergulhando o dedo no doce cremoso, virando-se e segurando o dedo na direção dele. — Quer experimentar?

Ele colocou o dedo dela na boca e lambeu o chocolate.

E foi o que bastou.

Ele não conseguiria se impedir de beijá-la mesmo que tentasse. Com a palma da mão na nuca dela, ele colocou a boca sobre a dela e foi instantaneamente consumido pela doçura que sentiu. Ela não o afastou e ele ficou grato. Joe aprofundou o beijo e a língua dele encontrou a dela. Necessidade, desejo e volúpia o tomaram e ele a ergueu até que estivesse sentada sobre o balcão ao lado da pia.

Ela o surpreendeu ao puxar a camisa sobre a cabeça, revelando seios quase brancos cobertos por um sutiã cor-de-rosa sensual.

Ele fez o mesmo, tirando a camiseta, e empurrou o suflê de lado, mas não sem antes mergulhar o dedo no meio do prato. Em seguida, fez uma trilha de chocolate partindo da boca de Demi, descendo pelo pescoço até

encontrar os seios fartos. Abaixando a boca até a parte de baixo da trilha de chocolate, ele lentamente subiu, lambendo-a, até chegar à boca.

Os dedos dela fizeram a própria trilha pelos cabelos dele, puxando-o até que estivesse com a boca impossivelmente próxima à dela. Os lábios dela eram doces e quentes e, naquele momento, ele percebeu que precisava de Demi mais do que nunca. Tudo em volta dele era um borrão, mas Joe sabia que era porque o mundo dele literalmente virara de cabeça para baixo.

O desejo reprimido de Demi era óbvio e ele seria o homem que a libertaria. Ele cuidaria disso. Ela precisava dele tanto quanto ele precisava dela.

Ela afastou a boca e fez uma trilha de beijos pelo maxilar e pelo pescoço dele. Quando ela se afastou novamente, ele a ergueu nos braços e carregou-a para o quarto.

Depois de tirarem as roupas um do outro, não houve mais volta. Eles estavam sobre a cama e Joe estava sobre Demi. Ela não era mais a mãe reservada do filho dele. Era uma sereia. As mãos e a boca de Demi exploraram, primeiro lentamente e depois crescendo em intensidade até que a respiração ficasse irregular. O entusiasmo dela era contagioso e eles pareciam não se saciar um do outro até que ele a penetrou. O corpo dela se fundiu ao dele e cada movimento que ela fazia parecia uma dança bem ensaiada, como se tivesse sido feita para ele. Os lábios quentes dela não lhe acariciavam mais a pele, mas os olhos de Demi encontraram os de Joe enquanto eles se moviam em um ritmo só deles.

Ele respirava pesadamente, com a boca sobre a dela e, naquele momento em que os dois explodiram juntos em um êxtase sem precedentes, Joe tinha uma clareza absoluta, uma lucidez que ameaçou virar a vida e o mundo dele de cabeça para baixo. Ele se sentiu como que atingido por um raio, como se um martelo tivesse caído sobre a cabeça. O cupido o acertara em cheio.

Subitamente, não existia mais ninguém no mundo além de Demi.

As emoções que lhe percorriam o corpo eram estranhas, como colocar os pés em terra estrangeira pela primeira vez. Joe estava em algum lugar onde nunca estivera e não sabia ao certo como se sentia. O ar não era mais apenas para respirar. Cada molécula dentro dele estava viva, bombeando vigorosamente pelas veias como sangue que recebera oxigênio depois de uma longa privação.

A cabeça dela repousava sobre o ombro dele, a respiração calma contra o peito.

Não havia desconforto no silêncio, apenas uma paz silenciosa após o

êxtase.

~~~

Depois de fazer amor com Joe Jonas, Demi acordara às três da manhã com Ryan chorando. Ela ficou surpresa ao ver que Joe partira, pois não o ouvira deixar o apartamento e ele não se despedira. Às seis, ela tomou banho e vestiu-se. Em seguida, tomou coragem para ir até o apartamento de Joe para descobrir o que estava acontecendo. Ele não estava em casa, mas deixara um bilhete preso na porta.

Demi, lamento por ter saído tão abruptamente. Tenho algumas coisas para fazer e alguns lugares onde preciso ir. Vejo você em Malibu.

Incluídos na nota, estavam o endereço da casa dele e o código do portão.

Ela leu o bilhete novamente. Era óbvio que ele se arrependera. Por que mais fugiria daquele jeito? Demi sabia que não podia culpar ninguém pela noite anterior além de si mesma. Ele bebera e aquela deveria ter sido a primeira dica de que não era uma boa ideia dormir com ele.

Mas ele fora tão encantador.

Bastara um beijo, uma lambida no dedo coberto de chocolate, pensou ela. Bastara isso para que ela ficasse completamente excitada. Minha nossa.

Ela era tudo o que os pais sempre a acusaram de ser: irresponsável, imatura e impulsiva. Um monte de palavras com I. Ela conseguia pensar em mais algumas para adicionar à lista, como idiota e insana.

Às oito, com o belo céu de sábado contrastando com o humor de Demi, ela, Sandy, Lexi e Ryan foram em direção a Malibu.

As janelas estavam abertas e o ar morno fazia os cabelos de Demi esvoaçarem. Sentindo-se enjoada, ela tentou soar animada ao falar com Sandy, que estava incomumente quieta naquela manhã. — Então, conte-me — disse Demi, mantendo os olhos na estrada. — Como foi a sua consulta com Connor.

Sandy bufou. — Ah, não, nem pensar. Você primeiro. É óbvio que há alguma coisa acontecendo com você e aposto como tem alguma coisa a ver com Joe.

— Eu o encontrei na noite passada — disse Demi. — Fim da história.

— Ora, não seja ridícula. Não consegue me enganar tão fácil assim. O que aconteceu?

Demi olhou pelo retrovisor e viu Lexi examinando os dedos do pé de Ryan.

— Vamos — disse Sandy. — Dê-me algumas dicas.

— Muito bem, vejamos... teve suflê de chocolate envolvido.

— Eu ADORO chocolate! — gritou Lexi.

— Mais baixo — Sandy pediu a Lexi. — Não queremos acordar o bebê.

— Sandy torceu a boca enquanto pensava. — Mais uma dica.

— Tiveram também lambidas.

— Eu ADORO lamber picolé.

Sandy riu. — Não acho que ela estava lambendo picolé, querida, mas obrigada por... — Os olhos de Sandy se arregalaram quando ela finalmente começou a entender o que Demi queria dizer. — Ah, meu Deus! Se não estava lambendo picolé, então...

— Pirulito! — gritou Lexi.

As duas riram e Sandy se virou para trás, por entre os bancos, para entregar a Lexi o walkman com os fones de ouvido. — Quer ouvir a sua música favorita?

— Quero! A fazenda do McDonald!

Depois que Sandy ajeitou os fones de ouvido em Lexi, endireitou-se no banco e virou-se para Demi. — E eu achando que era a selvagem de nós duas.

— Não preciso dizer que eu estaria com um humor bem diferente agora se ele não tivesse escapado no meio da noite.

— Sem se despedir?

Demi balançou a cabeça. — Só um bilhete na porta do apartamento dele.

— O que você vai fazer?

— Não faço a menor ideia.

— Eu não entendo. O que significam todos esses beijos e lambidas? Você me disse no outro dia que achava que Joe gostava de outra pessoa.

Demi suspirou. — Ele estava bêbado na noite passada.

— Ah, não.

— Sim. E ainda assim deixei que entrasse na minha casa e no meu quarto. — Demi soltou um longo gemido antes de confessar. — Ele mexe comigo, Sandy. Faz com que eu sinta coisas que nunca senti antes. Apesar de tudo o que aconteceu, acho que vou simplesmente viver um dia de cada vez. Se não fosse pelo bilhete que ele deixou na porta essa manhã, eu teria pensado que estava me preocupando à toa.

— O que dizia o bilhete?

— Lamento por ter ido embora. Tenho algumas coisas para fazer e alguns lugares onde preciso ir. Alguma coisa assim.

— Tentei avisá-la sobre ele desde o início. Detesto a ideia de vê-la magoada.

— O amor magoa.

Sandy fingiu desmaiar contra o banco. — Você acabou de dizer o que acho que disse?

— Eu sei. É loucura. Eu conheço o homem há quanto tempo? Três semanas? Mas é assim que são as coisas. Não posso me impedir de sentir o que sinto, posso?

— Acho que não.

— Não se preocupe comigo — disse Demi. — Vou resolver as coisas antes de cair com tanta força que não consiga mais me levantar. Agora me conte sobre a sua consulta com o outro sr. Jonas.

— Digamos apenas que as coisas certamente não saíram como o esperado — começou Sandy. — Nada de chocolate nem de lambidas. Lá estava eu, muito sensual na roupa de papel, quando o dr. Connor Jonas entrou e ficou todo incomodado e rígido. Antes que eu pudesse dizer "buu", ele disse que eu devia me vestir e encontrá-lo no consultório.

— Mentira.

— Verdade.

— E o que Connor disse quando você foi ao consultório?

— Não fui até lá. Depois que ele saiu da sala de exame, a enfermeira Ratched me informou que eu não era a primeira mulher a me fazer de tola na frente do belo médico e que também não seria a última.

— E você deixou que isso a impedisse?

Sandy deu de ombros. — Eu sei. Eu não sou facilmente dissuadida das coisas, mas a situação toda foi estranha. Depois que ele saiu da sala, eu me senti tola e desesperada. Quero dizer, teria sido uma coisa se ele tivesse lidado com a situação como eu esperava, mas...

— E o que exatamente você esperava?

— Eu esperava que ele dispensasse a enfermeira Ratched e, depois, ajudasse-me a colocar as pernas nos apoios.

— Está falando sério?

— Perfeitamente sério. Não é isso que todo mundo fantasia quando faz o check-up anual com aquele médico gostoso?

— Não.

— Não importa. Você não precisa ficar toda horrorizada, especialmente porque nada aconteceu. A forma como ele me olhou antes de sair, deixando-me parada lá, fez com que eu me sentisse uma idiota.

— Eu sinto muito.

Sandy suspirou. — Não sinta. Aprendi a lição. Eu sei que a maioria dos meus relacionamentos não dura muito tempo, mas acho que agora bati o

meu recorde.

Nos próximos vinte minutos, elas conversaram sobre a revista e Demi não pôde deixar de pensar em como era bom ter uma amiga, uma amiga de verdade, que a entendia.

Depois de fazer uma curva à direita e outra à esquerda logo adiante, Demi aproximou o carro de um portão de ferro que levava a um caminho íngreme. A casa que ficava no topo da colina era uma mansão imensa, saída diretamente dos romances antigos. Ela tinha uma fachada simétrica e equilibrada, com paredes de pedra lisa. O telhado tinha uma balaustrada e colunas decorativas incríveis, reminiscentes da antiga Grécia, que acrescentavam um toque magnífico à entrada.

— Tem certeza de que esse é o lugar certo? — perguntou Sandy. — Isso parece mais um hotel do que uma casa.

— Eu gostei da casa — disse Lexi do banco de trás.

— É aqui mesmo — disse Demi. — Foi o endereço que ele me passou. — Ela estendeu o corpo para fora da janela e digitou o código do portão que Joe escrevera.

O portão de ferro trabalhado se abriu e ela dirigiu pela estrada entre duas fileiras de palmeiras importadas gigantes. No fim dela, Demi estacionou perto da escadaria ampla que levava à entrada da casa. Até mesmo Lexi ficou em silêncio enquanto observavam o chafariz em dois arcos de água que caíam em uma piscina.

— Eu não fazia ideia — disse Sandy.

— Nem eu.

— Ele parece estar muito bem de vida.

— Pelo jeito, sim.

Falando no diabo.

Ao ver Joe, Demi não conseguiu impedir que o coração batesse com força no peito. Antes que conseguissem sair do carro, ele já corria na direção delas, descendo os degraus de dois em dois.

Enquanto Sandy ajudava Lexi a sair da cadeirinha, Joe abriu a porta de trás e soltou Ryan. — Chelsey já está lá dentro tirando fotografias.

— Ótimo — disse Sandy, enquanto Demi tentava se recompor.

Ryan fez um barulho gorgolejante.

— Você ouviu isso? — perguntou Joe. — Acho que ele disse Pa-Pa.

Sandy riu. — Bela tentativa — disse ela. — Ele não vai dizer uma palavra nos próximos meses.

— Ei, Lexi — disse Joe, batendo de leve na cabeça dela quando ela deu a volta no carro e agarrou a perna dele, uma rotina que seguiam

sempre que se encontravam.

— Sua casa é linda — disse Sandy. — Uma estrutura de pedra elegante. Enorme e exagerada, bem igual ao dono — disse ela ao andar até a parte de trás do carro para pegar algumas coisas no porta-malas.

— Obrigado — disse ele. — Vou aceitar isso como um elogio. Projetei essa monstruosidade eu mesmo — acrescentou ele orgulhoso.

Sandy ergueu a mão para proteger os olhos do sol matinal ao olhar novamente para a casa. — Você se importa se eu e Lexi dermos uma olhada por aí ou precisamos de um guia?

— Fiquem à vontade — disse ele, ignorando o comentário sobre o guia.

Lexi e Sandy saíram correndo antes que Demi pudesse impedi-las. Um momento de silêncio se estendeu entre eles enquanto Demi imaginava o que se passava na cabeça dele. Ela achou que ele estava evitando olhar nos olhos dela enquanto tentava retirar Ryan do banco traseiro.

— Obrigada novamente por nos deixar usar a sua casa e por chegar tão cedo para ajudar Chelsey.

— De nada.

— Sobre a noite passada... — disse Demi, engolindo um nó na garganta. — Espero que as coisas não fiquem... você sabe...

— Demi! Onde está você? Preciso da sua ajuda — gritou Chelsey do topo da escada. — Precisa de ajuda para carregar alguma coisa?

— Já vou — respondeu Demi.

Demi olhou para Joe e quase pareceu, como acidente, que ele olhara para ela pela primeira vez desde a noite anterior. E, naquele instante, ela teve a resposta. Não só ele se arrependia de ter feito amor com ela, como também fingiria que nada acontecera. O coração dela afundou, como se houvesse uma bola de ferro presa à aorta puxando-o para baixo.

Ryan gritou, chamando imediatamente a atenção de Joe. Ele retirou Ryan da cadeirinha e segurou-o perto do peito. Em seguida, pegou a sacola com as coisas do bebê e, enquanto Demi o seguia em direção à escada que levava à casa, ele disse: — O clima não podia estar melhor hoje.

Em vez de responder, ela parou e ergueu o rosto para o sol, sentindo o ar fresco do oceano. Na noite anterior, Joe Jonas a segurara nos braços e abraçara-a com força. Eles fizeram amor mais de uma vez. Pela primeira vez na vida, ela vivera o que era fazer amor. Dar e receber, rir e amar. Cada momento fora especial. Ela nunca vivera nada parecido com Thomas. Thomas fora o que os médicos chamavam de impotência psicológica. Os pensamentos ou os sentimentos o impediam de ter uma ereção completa. Ela fizera todo o possível para ajudá-lo... ajudar aos dois...

para que tivessem aquela intimidade especial entre duas pessoas. Fora ao médico com Thomas e tentara de tudo, lingerie sensual, striptease, duas semanas com uma terapeuta sexual depois que ele insinuara que ela era o problema. Que droga, ela poderia ter instalado um palco no quarto deles se Thomas tivesse medido, mas ele nunca parecera interessado em nada.

Joe, por outro lado, interessara-se por cada centímetro do corpo dela, acordando algo dentro de Demi e fazendo com que percebesse tudo de que não desfrutara. Em uma noite, ele a fizera sentir como se tivesse escalado o Kilimanjaro com os olhos vendados. Ele a levara a novas alturas, a lugares que não sabia que existia. Segurando-a nos braços, olhando nos olhos dela, eles tiveram um orgasmo juntos e ela tinha certeza de que tinha nascido de novo.

Até agora.

— Alguma coisa errada? — perguntou ele, acabando com o transe dela.

Ela fez uma cara feliz. — Não seja tolo — mentiu. — Está tudo ótimo.

10 comentários:

  1. Não creio que ele vai continuar fingindo que nada aconteceu..... já estava com raiva dele ter ido atras da Maggie, bem feito que ela nem deu moral pra ela...... ele realmente tinha alguma coisa pra resolver ou foi realmente desculpa para fugir dela? Posta logo por favor.....

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  2. Continua! Essa história é um máximo!

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  3. Qual é o nome desse livro?

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  4. Estou indignada com Joe, por que raios ele continua fingindo que não ocorreu nada, estou me sentindo a Sandy da história, meu coração está na mão por causa de Demi.
    Bem, não comentei antes pois agora tenho raros momentos para ler infelizmente, e quando seu blog(caso não seja a Bru que esteja postando) estiver liberado avisa aqui por favor, não tenho como ler pois não tenho conta, obgd.
    Sam, xx

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  5. Joe está sendo um idiota, sério! Coitada da Demi, não merece passar por isso.
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    PS: eu vi que tu bloqueou o outro blog, tem como me colocar nele??? É que eu tinha acabado de começar a ler as fics que tem lá, eu já tinha lido uma e tava na metade da segunda, e agora eu queria saber como termina e ler o resto, eu não tava comentando lá porque eu ainda não cheguei na parte que tu ta postando. Mas tu pode me colocar como leitora autorizada?

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    1. Fe se vc quiser ler o blog vc me manda seu email que eu te add :)

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    2. Ah, valeu mesmo!!! Por onde eu mando o e-mail?

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  6. E agora ele vai fingir que nada aconteceu.....
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    Ana

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