22.1.15

Capitulo 22

Mais um capitulo para vcs pq são os melhores *---* a fic só tem mais 4 capítulos... está na reta final ajhdbgas

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Demi olhou em volta do salão, imaginando quando Thomas chegaria.

O olhar dela se virou em direção à entrada, além da mulher com aparência francesa que conversava com uma morena deslumbrante que usava luvas de seda pretas até a altura do cotovelo. Demi mal notou a loira alta, coberta de diamantes, quando o olhar dela se fixou na pessoa recém-chegada, parada no topo da escadaria.

Em vez de Thomas, foi Joe quem entrou no grande salão, vestindo smoking e cartola. Ele estava deslumbrante e todos os olhares se viraram na direção dele, observando cada movimento que fazia. A música mudou de ritmo e ele se moveu em compasso com ela, girando os quadris e causando exclamações nas mulheres ao descer a escadaria dançando e atravessar o piso de mármore até parar na frente dela.

Um sorriso malicioso surgiu no rosto de Demi quando ela estalou os dedos, pedindo ao garçom que levasse uma travessa grande de vidro cheia de ganache, usado em tortas, trufas e suflês.

Joe não se limitou a mergulhar apenas um dedo. Ele encheu a mão de chocolate, preparado por um dos melhores chefs do país, que assistia a tudo. Fogos de artifício explodiram, espalhando luzes coloridas no céu. À distância, sinos dobraram. Joe piscou e ela riu quando minúsculas trufas de chocolate começaram a cair sobre eles.

Demi pulou na cama e abriu os olhos.

Ela olhou em volta do quarto. Tudo estava no lugar. O coração batia com força no peito. Acontecera novamente.

~~~

Naquele dia, estavam comemorando.

Chelsey, Demi e Sandy bebiam champanhe enquanto analisavam dezenas de fotografias, tentando decidir qual fotografia do evento de culinária usariam como capa da edição do mês seguinte de Culinária para Todos.

Demi não demorou muito para escolher a fotografia favorita. — Essa é perfeita.

Chelsey estourou a rolha de uma garrafa de champanhe e abaixou-se quando a rolha bateu no teto, atingiu a geladeira e rolou pelo chão. — Quem quer champanhe? — perguntou ela.

— Só um pouquinho para mim — respondeu Sandy.

Chelsey encheu os copos altos com champanhe e colocou dois deles sobre a mesinha da sala.

Sandy examinou a fotografia que Demi segurava e torceu o nariz. — Não sei se a sra. Murnane gostará dessa. Se olhar bem de perto, verá que a peruca dela não está bem centralizada sobre a cabeça.

— Você tem razão — disse Demi. Ela colocou a fotografia na pilha das que foram rejeitadas e olhou para as que sobraram.

Chelsey pegou uma das fotografias e segurou-a para que todas a vissem.

— Que tal essa? Todas as três estão muito bem.

Demi cruzou os braços. — Mas a mulher de cabelos grisalhos...

— Fiona — disse Sandy. — É esse o nome dela.

— Fiona não está sorrindo — concluiu Demi.

— Mas é a que mais a favorece — disse Sandy. — Se fosse você, preferiria a fotografia em que está sorrindo ou a que tem os melhores ângulos?

— A que tem os melhores ângulos — disseram as três em uníssono.

— Ok, então é essa. — Demi moveu as outras fotografias para a pilha das rejeitadas e ergueu o copo. — Um brinde à nossa fotógrafa incrível e outra capa de sucesso.

Sandy ergueu o copo. As outras duas fizeram o mesmo e elas brindaram antes de beber.

— Quem fez a lasanha? — perguntou Chelsey. — Está uma delícia.

— Quando Joe me viu subindo a escada hoje pela manhã — respondeu Sandy —, insistiu que eu trouxesse a lasanha que ele fez. Em troca, dei a ele Lexi e Ryan por algumas horas.

Demi não ficara nada feliz com a troca, mas permanecera no quarto enquanto Sandy pegava o que Joe precisaria. Depois que ele fora embora, ela dera uma bronca em Sandy.

— O homem cozinha e troca fraldas — disse Chelsey, balançando a cabeça. — Na última vez em que estive aqui, ele enviou flores de cinco em cinco minutos. Você vai pedi-lo em casamento — perguntou ela a Demi — ou eu faço isso?

Demi tentou não rosnar.

— Algumas garotas têm toda a sorte do mundo — continuou Chelsey. — De todos os espermas em todos os bancos de esperma, você escolheu o dele.

— Ele tem vários irmãos — disse Sandy no momento em que a campainha soou.

Chelsey se levantou rapidamente e abriu a porta. — Mais flores. Quem diria? — Ela assinou o recibo e entregou a prancheta ao entregador. — Obrigada — disse ela. Em seguida, fechou a porta e entregou a Demi o cartão que acompanhava as flores.

Demi leu o cartão. — Elas não são de Joe. As flores são do dr. Nathaniel Lerner. — Apesar de estar grata por Joe Jonas ter contado a verdade sobre o que sentia por ela, Demi não podia evitar se sentir mal sempre que pensava nele. Joe Jonas conseguira conquistá-la completamente. Não era só o pai do filho dela, ele era um homem genuinamente bom. O instinto lhe dizia que ele não ia causar nenhum mal a ela. Sabia que ele se importava com ela, mas Demi não queria ser a segunda. Ela achava que merecia coisa melhor.

Algumas batidas na porta fizeram com que o coração de Demi parasse de bater por alguns segundos.

Dessa vez, Sandy abriu a porta. Como Demi suspeitara, era Joe quem estava do lado de fora, segurando Ryan nos braços e com Lexi agarrada na perna dele.

— Mamãe — disse Lexi —, olha o que Ryan está usando.

Joe sorriu ao erguer Ryan para que elas olhassem.

O filho dela usava uma roupa de marinheiro completa, com botões, um nó de marinheiro no colarinho e a imagem de uma âncora no chapéu.

— Olá, marujo — disse Joe com uma voz alegre.

— Olá! — gritou Lexi, saltando pela porta aberta e atravessando a sala até onde Demi estava sentada.

Sandy olhou por sobre o ombro para o relógio pendurado na parede da cozinha. — Você está vinte e cinco minutos atrasado.

— A vida no mar não é nada fácil e é assim que somos recebidos? — Joe olhou para Ryan e perguntou: — O que acha disso, companheiro?

— Abram todas as escotilhas! — gritou Lexi.

Sandy sorriu. — Foi isso que ele lhe ensinou o dia inteiro?

Lexi assentiu.

Ryan mexeu as perninhas e gorgolejou.

— Ryan está preocupado porque ainda não ganhou um beijo. — Demi já se levantara. Ela pegou Ryan dos braços de Joe e beijou o rosto do bebê.

— Não vai jantar conosco? — Chelsey perguntou a Joe.

— Infelizmente — respondeu ele — não posso. É quarta-feira e prometi

à mamãe que apareceria para jantar essa semana.

— Eu perdoarei você — disse Chelsey — se me conseguir um passe para o vestiário dos Condors na próxima temporada.

Sandy achou que era uma troca justa. Ela e Chelsey conversavam bastante sobre futebol, sobre como não sabiam nada sobre o jogo, mas como adoravam os uniformes e, especialmente, como as calças moldavam as coxas e o traseiro dos jogadores.

O olhar de Joe pousou sobre as flores no balcão atrás de Demi. — Parece que você precisa ter uma conversa com o pediatra.

Demi abaixou a voz. — Que parte de "eu não quero ser sua amiga" você não entendeu?

— Não quero perder você — disse ele.

— Eu nunca fui sua para que pudesse me perder. E não quero falar sobre isso agora — sussurrou ela.

— Diga ao médico que você está comprometida.

Ela inclinou a cabeça. — Você está falando sério?

— Você me disse que sentia alguma coisa por mim.

— Isso foi antes de você deixar claro que ainda sente alguma coisa por Maggie.

Ele fez uma careta, mas não negou o que ela dissera.

— Você está confuso — disse ela.

Novamente, o corpo largo dele encheu o batente da porta. A proximidade dele fez com que os joelhos dela tremessem. — Há alguma coisa realmente incrível acontecendo entre nós dois — disse ele. — É muito cedo para dizer que acabou.

Ela balançou a cabeça. — Não posso conversar sobre isso agora.

— Muito bem — disse ele, antes que ela conseguisse fechar a porta na cara dele. — Eu estarei aqui — ele olhou para o relógio — hoje à noite, oito horas. Então nós conversaremos.

~~~

Joe não se preocupou em bater na porta. Abriu a porta da frente da casa dos pais e entrou com Hank preso na coleira. O cachorro balançou o rabo, que bateu várias vezes na porta. Silenciosamente, ele fechou a porta atrás de si, esperando surpreender a mãe. Apesar de ter dito que iria, ele tinha quase certeza de que ela não acreditara.

Uma cacofonia de vozes e sons veio da sala de jantar e da cozinha, relembrando-o da infância, quando todos os irmãos e irmãs, além de alguns

vizinhos, reuniam-se na cozinha da mãe dele, arrumando a mesa ou ajudando com o jantar, e todos falando ao mesmo tempo.

— Olhe só quem apareceu — disse Jake quando Joe ficou à vista.

— Você precisava trazer esse cachorro? — perguntou Rachel.

Joe acariciou a cabeça do cachorro, segurando a coleira com firmeza. — Ele é um bom cachorro e sente-se solitário naquela casa enorme agora que Zoey voltou para o apartamento dela.

— Não consigo acreditar que tenha deixado Hank entrar na casa, mas não deixou Jim Jensen entrar. — Rachel balançou a cabeça. — Não faz o menor sentido.

A mãe preparava uma salada na cozinha. — Você telefonou para os veterinários da área para perguntar se alguém perdeu o cachorro?

Rachel deu uma risada. — Olhe para o animal, mamãe. Você iria querer Hank de volta se o tivesse perdido?

Jake se aproximou de Joe e acariciou a cabeça do cachorro, enquanto a mãe olhava com amor para Hank. — É claro que eu iria. Como não amar esse cachorro?

Hank sacudiu a cauda.

— Telefonei para uns quinze veterinários — respondeu Joe. — Estava contando que vocês me ajudassem a fazer panfletos.

Quando ninguém respondeu, Joe percebeu que não teria ajuda.

O pai dele deu um biscoito ao cachorro, pegou a guia da mão de Joe e levou Hank para fora. — Deixe-me apresentar Hank a Lucky e à Princesa para ver se eles se dão bem.

— Obrigado, papai. Muito obrigado. Onde está aquela camiseta horrorosa?

— Se soubesse que você realmente viria, eu a teria usado hoje.

Joe riu ao aproximar-se da mãe e abraçá-la. — Tem alguma coisa cheirando bem.

— Costeletas de porco com molho de bordo, salada de batata com salmão e bolo de creme de queijo com bananas.

— Parece o máximo.

— Como está o joelho? — perguntou ela, ignorando o comentário.

Ele fez uma careta. — Quem disse a você que meu joelho está machucado?

— Eu sou a sua mãe. Eu sei essas coisas.

Brad se sentou em um banquinho na cozinha. — Todos nós notamos como você manca, sentindo dor, em algum momento. Você conversou com o técnico do time sobre isso?

Frustrado, Joe passou os dedos pelos cabelos. — Volto ao campo na semana que vem. Ninguém precisa saber.

— Você não pode jogar futebol para sempre — relembrou Jake.

— Agradeço a preocupação de todos — disse Joe, o que era uma grande mentira, pois não gostava que bisbilhotassem nos problemas dele —, mas estou cuidando disso. — Ele deu um passo de dança. — Viram? A perna está nova em folha.

O irmão Cliff entrou na casa, seguido do pai. Joe ficou grato pela interrupção.

— Ei, mano, como vai? — perguntou Cliff. — Belo cachorro que você arrumou.

Eles se abraçaram, dando tapinhas um nas costas do outro. Joe acabou perguntando-se por que demorara tanto tempo para participar do jantar das quartas-feiras.

— Ouvi dizer que alguém merece os parabéns — disse Zoey ao entrar na cozinha.

— Pelo quê? — perguntou Joe.

— Mamãe disse que você e Demi finalmente se acertaram.

Joe olhou para a mãe, que meramente acenou indiferente com a mão e continuou o que estava fazendo. Foi quando ele se lembrou do motivo pelo qual raramente aparecia a essas reuniões de família.

— Eu gosto muito de Demi — disse Rachel ao colocar um garfo ao lado de cada prato sobre a mesa da sala de jantar.

O pai entregou a ele um galheteiro. — Coloque isso na mesa, por favor.

Joe fez o que o pai pediu e olhou para o relógio.

— Nem pense nisso — disse a mãe, dando-lhe um tapinha no braço.

Que droga. Ela estava de olho nele.

— Então, quando você vai se mudar de volta para a casa em Malibu? — perguntou o pai.

— Mais importante que isso — disse Zoey —, quando Demi e Ryan vão morar com você?

— Primeiro vem o amor — a mãe disse à irmã dele ao passar a travessa de vidro com salada de batata, gesticulando para que ela se sentasse à mesa. — Depois da parte do amor, nós podemos discutir a parte de se mudar.

— Nós? — perguntou Joe. — Nós não discutiremos a minha vida amorosa nem decidiremos o que é melhor para mim. Demi e eu discutiremos a nossa vida amorosa e nosso futuro juntos sem a ajuda de nenhum de vocês. — Eles eram todos malucos?

— Mas que mau humor — disse Jake.

— Ele é sensível — corrigiu a mãe.

É claro que todos eles eram malucos. Não havia a menor dúvida sobre isso.

— É óbvio que ele está apaixonado — comentou Rachel como se ele nem estivesse presente.

O pai se aproximou de Joe para olhá-lo mais de perto. — Como vocês sabem?

— Ele acabou de falar sobre discutir a vida amorosa com Demi — disse Rachel. — Por que alguém discutiria a vida amorosa com alguém que não ama?

— Você é uma garota inteligente — disse o pai, apertando o nariz dela como se ela tivesse cinco anos.

Joe fez uma careta. — Papai está fedendo a charuto, mamãe.

— Phil. Diga-me que não é verdade.

O pai olhou para Joe com os olhos semicerrados em advertência. — Quero ouvir mais sobre essa história de se apaixonar — disse o pai para se vingar. — E como NÓS todos vamos resolver o que você e Demi...

— Ei — disse Joe, interrompendo o pai. — Vocês estão sabendo que Connor vai sair com Sandy na sexta à noite? O que acham disso?

Os olhos da mãe se arregalaram e a irmã gesticulou para que ele ficasse quieto, passando a mão sobre a garganta. — O que foi? — perguntou ele, espantado.

O rosto de Jake ficou vermelho e, em seguida, ele saiu pela porta de vidro deslizante, fechando-a firmemente atrás de si.

Zoey suspirou. — Jake tem uma queda por Sandy e, desde que descobriu que Connor também está de olho nela, está chateado.

— E eu sou o sensível? — Joe balançou a cabeça.

O clique na porta da frente avisou que tinham mais companhia. Quando Maggie entrou na cozinha, a conversa cessou completamente.

Joe não sabia se todos pararam de falar porque estavam esperando para ver se Aaron entraria logo depois dela ou se simplesmente não sabiam o que dizer porque ele a deixara.

Na última vez em que a vira, Maggie estava com o nariz vermelho e os olhos inchados de tanto chorar. Mas, naquela noite, ela estava de volta ao normal, com a pele clara e linda, e os olhos claros e brilhantes.

Joe se aproximou dela e tomou-lhe as mãos. — Como você está?

— Que bom que está aqui — disse ela. — Eu queria me desculpar pela forma como agi na última vez em que o encontrei. Você foi me oferecer apoio e eu o tratei de forma grosseira. Eu sinto muito. Você não merecia.

— Você não precisa me pedir desculpas. Sabe disso. Você está passando por momentos difíceis e quero que saiba que pode contar comigo, sempre. A qualquer momento do dia ou da noite, pode me telefonar.

Quando ela sorriu para ele, a família os rodeou, todos querendo oferecer amor e apoio a Maggie.

Quando eles finalmente se sentaram para jantar e a comida passou de mão em mão, Jake reapareceu e sentou-se entre as irmãs. As únicas pessoas faltando eram os irmãos Garret e Lucas e, claro, Aaron. Pelas horas seguintes, eles riram e lembraram do passado, conversando sobre vários assuntos, de esportes a livros eletrônicos, incluindo um pouco de política.

Maggie estava sentada ao lado de Joe, quando ele falou sobre a forma adoradora com que o filho olhava para ele, ela estendeu a mão e tocou-lhe o braço de uma maneira gentil e amorosa, apenas um leve roçar dos dedos no pulso.

Joe sentiu algo muito estranho acontecendo.

Naquele momento, instantaneamente, alguma coisa acordou dentro dele. Era quase como se uma parte da infância passasse em frente aos olhos, mostrando a ele o que não conseguira enxergar durante todos aqueles anos, revelando a verdade, a resposta à pergunta que o incomodara por todos os dias da vida dele.

Foi a coisa mais estranha.

Uma coisa tão pequena. Bastou um toque no pulso, uma coisa louca, o breve roçar dos dedos dela contra a pele. Ele viu olhos verdes e um nariz pequeno. Viu um sorriso largo e uma linda covinha. Viu pantufas cor-de-rosa ridiculamente grandes. Na mente, ele viu Demi. Maggie o tocava e ele só enxergava Demi.

Ele precisava ver Demi, pessoalmente. Não amanhã, não naquela noite. Agora, imediatamente.

Ele empurrou a cadeira para longe da mesa e levantou-se. — Eu preciso ir embora.

Maggie fez o mesmo. — Vou pegar as minhas coisas.

Ele ergueu a sobrancelha confuso.

A mãe olhava para ele naquele momento e preencheu as lacunas. — Uma amiga de Maggie a deixou aqui. E eu disse a ela que você lhe daria uma carona para casa, já que o apartamento onde mora agora é o mais próximo da casa dela.

Maggie tocou no ombro dele. Ele teve a mesma sensação. Clareza.

— Espero que não se importe — disse ela.

— Nem um pouco. E tenho certeza de que mamãe e papai não se importarão se eu deixar Hank aqui por alguns dias.

O pai abriu a boca para protestar, mas a mãe foi mais rápida e disse: — Pode deixá-lo aqui por uma semana. Ele é um cachorro tão adorável.

Joe apontou o dedo para o pai e sorriu.

Quando ele e Maggie terminaram de se despedir da família, vovó Dora e o novo namorado dela chegaram. Será que não entendiam que ele estava com pressa?

Ele sentiu os minutos, e depois as horas, arrastando-se a passo de lesma. Era quase oito horas da noite quando chegaram à casa de Maggie. Se ele se apressasse, chegaria apenas alguns minutos atrasados na casa de Demi.

Ele parou o carro em frente à casa e desligou o motor.

Joe saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para Maggie.

— Agradeço muito pela carona — disse ela ao sair. — E sinto muito pela parada extra. Você é um amor.

— Não precisa se desculpar, Maggie. Sou eu quem deveria pedir desculpas. Se eu a tivesse deixado em paz quando me pediu, Aaron ainda estaria aqui. Eu tinha tanta coisa que queria dizer durante o percurso, mas não consegui encontrar as palavras certas. Foi a coisa mais estranha, mas hoje à noite, quando você...

— Você simplesmente não consegue deixá-la em paz, não é? — disse uma voz profunda do pórtico mergulhado em sombras.

A voz tropeçava nas palavras, mas era familiar. Joe se virou e viu Aaron indo na direção dele.

Maggie passou por Joe e pegou o braço de Aaron. — Aaron, o que você está fazendo aqui?

— Surpresa?

— Dadas as circunstâncias, sim, estou. Você está bêbado.

— Ainda estou consciente, o que significa que, no máximo, estou meio alegre.

— É melhor eu ir embora — Joe disse a Maggie, ignorando Aaron.

Aaron se afastou de Maggie. — Não se mexa.

Joe levantou as mãos em rendição. — Não é o que você está pensando. Fui jantar na casa da mamãe e Maggie apareceu lá. Eu só a trouxe em casa porque a mamãe pediu.

Aaron riu. — Você sabe quantas vezes eu fui jantar lá nas quartas-feiras?

Joe balançou a cabeça.

— Tantas vezes que perdi a conta. E adivinha só? Você nunca estava lá.

Nem uma única vez. Mas, subitamente, acontece essa uma vez em que eu não apareço e, agora, devo acreditar que é apenas uma coincidência você ter ido. Vocês dois se sentaram um ao lado do outro na mesa de jantar?

Maggie tocou no ombro de Aaron. — Isso não importa...

— É importante para mim. — Aaron mexeu o ombro para afastar a mão dela e deu um passo em direção a Joe. — Eu vi você sentado aqui no outro dia, na semana passada, esperando Maggie chegar. Eu vim pelo mesmo motivo, para conversar com ela, mas, novamente, você chegou primeiro.

— Você deveria ter me dito que estava aqui — disse Maggie.

Ele deu um sorriso rígido. — E o que aconteceria então?

— Vou lhe dizer uma coisa — continuou Aaron antes que Maggie pudesse responder. — Se eu tivesse voltado para casa, nunca teria dado certo porque, sempre que você saísse por aquela porta — disse ele, apontando para a entrada da casa —, eu ficaria imaginando aonde foi e se Joe estava com você. Não consigo confiar nele.

— Mas pode confiar em mim — disse ela claramente exasperada.

— Não aguento mais isso — Aaron balançou a cabeça. — Vê-lo aqui na outra noite e de novo aqui e agora... — Ele bateu no lado da cabeça com a palma da mão. — O que será preciso para que eu finalmente entenda?

— O que será preciso? — Joe perguntou a ele com a voz calma. — Porque eu entendo, juro que entendo. Finalmente consegui entender, Aaron. Ficarei longe de vocês pelo tempo que for necessário. Vou procurar um novo advogado. Irei ao tribunal para pedir uma ordem restritiva contra mim mesmo, Aaron. Farei o que for preciso, porque só hoje à noite consegui finalmente perceber o que todos sabiam o tempo todo... Eu não estou apaixonado por Maggie.

O punho esquerdo de Aaron acertou o maxilar de Joe e, com um gancho rápido da direita, foi a vez do nariz dele.

Maggie gritou: — Pare com isso!

Em um minuto, ele fazia uma confissão que mudaria a vida de todos e, no minuto seguinte, estava beijando as pedras da calçada. Joe cuspiu um pouco de terra e sentiu gosto de sangue. Maggie andou em direção a ele, mas Joe a impediu de chegar mais perto. — Acho que a melhor coisa que podemos fazer é ficarmos longe um do outro.

— Há um hospital mais adiante nessa rua. Seu nariz não parece nada bem. — Ela se virou para Aaron. — Eu vou entrar na minha casa e você vai me deixar em paz. Você me escutou?

Joe limpou a terra das calças e usou a manga da camisa para limpar

o nariz ensanguentado enquanto esperava que Maggie entrasse na casa e trancasse a porta. — Eu sinto muito — disse ele a Aaron, sabendo que devia isso ao irmão. — Eu estraguei tudo.

Aaron resmungou: — Você é um imbecil.

— Eu sei.

— Você se mete na minha vida desde que eu tinha dez anos.

A cabeça de Joe latejou. — Faz tanto tempo assim?

— Provavelmente mais — disse Aaron. — Mas a primeira vez que consigo lembrar foi quando estávamos economizando para comprar aquela bicicleta vermelha. Estávamos praticamente empatados até que você começou a vender beijos para todas as garotas da vizinhança por algumas moedas.

Apesar do rosto ensanguentado, Joe sorriu. — Eu me lembro disso. — O sorriso desapareceu quando ele viu a mágoa no rosto de Aaron. — Você tem razão, eu sou um imbecil.

— É, eu desisti de competir com você há uns quinze anos.

— Foi você quem me convenceu a jogar futebol — disse Joe quando a lembrança voltou à mente dele.

Aaron assentiu. — Eu não gostava do jogo e achei que seria bom ver você apanhar. Mas o plano meio que deu errado, claro, porque você jogava muito bem e ficou mais popular do que nunca.

Joe desistiu de se preocupar com o nariz. Em vez disso, brincou com as chaves que estavam no bolso. — Eu nunca quis tornar a sua vida um inferno. Só tenho o dom de fazer isso com as pessoas.

— É, tem mesmo.

Joe apontou com o queixo em direção à casa. — Acho que ela está furiosa com nós dois.

— E deveria estar. Eu não a culparia se decidisse nunca mais falar comigo de novo. Eu fui um idiota. E isso vale em dobro para você.

— Bem, se há uma coisa que eu sei com certeza depois disso tudo, é que Maggie Monroe ama você, sempre amou. Levei anos demais para entender que nem sempre as coisas podem ser do jeito como quero. Demi entendeu isso a meu respeito semanas depois de me conhecer.

— Garota esperta. Já gostei dela.

Joe abriu a porta do carro e gesticulou em direção ao banco do passageiro. — Quer uma carona?

— É o mínimo que você pode fazer — respondeu Aaron. — Estou hospedado no hotel a três quadras daqui. — Ele andou até o carro, abriu a porta do passageiro e entrou. — Depois de me deixar no hotel, sugiro que vá a um hospital. Esse seu nariz está horrível.

8 comentários:

  1. Ansiosa para o próximo.... finalmente ele descobriu que quer só a Demi...... nem acreditoooo...... por favor posta mais....... amo a família do Joe.......

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  2. Finalmente ele se deu conta de quem ele ama mesmo é a Demi!!!
    Não acredito que já ta acabando :(

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  3. Continuo odiando Aaron e Maggie. Joe finalmente caiu em si!!!! Escutei um glória, amém e aleluia! Posta logo estou ansiosa!!!
    ps. Bru eu não estou conseguindo entrar no seu blog de jeito maneira, fica como se não estivesse nada postado, se puder mandar o link fico grata.
    Sam, xx

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  4. aaaah que perfeito *-*
    fizeram as pazes *-*
    postaa maais

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  5. Também continuo não suportando a Maggie!
    Finalmente o Joe percebeu que a Demi é a única mulher na vida dele.
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  6. Olá. Sempre leio suas fic e as amo, mas quase nunca comento. Foi mal. Mas é por falta de tempo e por ler num app de feed q dificulta um pouco. Queria terminar de ler a outra fic, teria como me cadastrar lá? Nossa vc é muito talentosa, amo muito suas histórias. Parabéns!

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  7. Finalmente o joe entendeu que ele ama a Demi kkk TO AMANDO
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  8. Ele ta se dando bem com o aeron? Nao entendi ajbsjs so entendi q ele se ligo q ama a demi nao a demi e a maggie ajhsjsh

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