Mais um capitulo para vcs pq são os melhores *---* a fic só tem mais 4 capítulos... está na reta final ajhdbgas
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Demi olhou em volta do salão, imaginando quando Thomas chegaria.
O olhar dela se virou em direção à entrada,
além da mulher com aparência francesa que conversava com uma morena
deslumbrante que usava luvas de seda pretas até a altura do
cotovelo. Demi mal notou a loira alta, coberta de diamantes, quando o
olhar dela se fixou na pessoa
recém-chegada, parada no topo da escadaria.
Em vez de Thomas, foi Joe quem entrou no grande
salão, vestindo smoking e cartola. Ele estava deslumbrante e todos
os olhares se viraram na direção dele, observando cada movimento
que fazia. A música mudou de ritmo e ele se moveu em compasso com
ela, girando os quadris e causando exclamações nas mulheres ao
descer a escadaria dançando e atravessar o
piso de mármore até parar na frente dela.
Um sorriso malicioso surgiu no rosto de Demi
quando ela estalou os dedos, pedindo ao garçom que levasse uma
travessa grande de vidro cheia
de ganache, usado em tortas, trufas e suflês.
Joe não se limitou a mergulhar apenas um dedo.
Ele encheu a mão de chocolate, preparado por um dos melhores chefs
do país, que assistia a tudo. Fogos de artifício explodiram,
espalhando luzes coloridas no céu. À distância, sinos dobraram.
Joe piscou e ela riu quando minúsculas
trufas de chocolate começaram a cair sobre eles.
Demi pulou na cama e abriu os olhos.
Ela olhou em volta do quarto. Tudo estava no
lugar. O coração batia com força no peito. Acontecera novamente.
~~~
Naquele dia, estavam comemorando.
Chelsey, Demi e Sandy bebiam champanhe enquanto
analisavam dezenas de fotografias, tentando decidir qual fotografia
do evento de culinária
usariam como capa da edição do mês seguinte de Culinária para Todos.
Demi não demorou muito para escolher a fotografia
favorita. — Essa é perfeita.
Chelsey estourou a rolha de uma garrafa de
champanhe e abaixou-se quando a rolha bateu no teto, atingiu a
geladeira e rolou pelo chão. —
Quem quer champanhe? — perguntou ela.
— Só um pouquinho para mim — respondeu Sandy.
Chelsey encheu os copos altos com champanhe e
colocou dois deles sobre a mesinha da sala.
Sandy examinou a fotografia que Demi segurava e
torceu o nariz. — Não sei se a sra. Murnane gostará dessa. Se
olhar bem de perto, verá que a
peruca dela não está bem centralizada sobre a cabeça.
— Você tem razão — disse Demi. Ela colocou a
fotografia na pilha das que
foram rejeitadas e olhou para as que sobraram.
Chelsey pegou uma das fotografias e segurou-a para que todas a vissem.
— Que tal essa? Todas as três estão muito bem.
Demi cruzou os braços. — Mas a mulher de cabelos grisalhos...
— Fiona — disse Sandy. — É esse o nome dela.
— Fiona não está sorrindo — concluiu Demi.
— Mas é a que mais a favorece — disse Sandy.
— Se fosse você, preferiria a fotografia em que está sorrindo ou
a que tem os melhores ângulos?
— A que tem os melhores ângulos — disseram as três em uníssono.
— Ok, então é essa. — Demi moveu as outras
fotografias para a pilha das rejeitadas e ergueu o copo. — Um
brinde à nossa fotógrafa incrível e outra capa de sucesso.
Sandy ergueu o copo. As outras duas fizeram o
mesmo e elas brindaram antes de beber.
— Quem fez a lasanha? — perguntou Chelsey. — Está uma delícia.
— Quando Joe me viu subindo a escada hoje pela
manhã — respondeu Sandy —, insistiu que eu trouxesse a lasanha
que ele fez. Em troca, dei a ele Lexi e Ryan por algumas horas.
Demi não ficara nada feliz com a troca, mas
permanecera no quarto enquanto Sandy pegava o que Joe precisaria.
Depois que ele fora embora, ela dera uma bronca em Sandy.
— O homem cozinha e troca fraldas — disse
Chelsey, balançando a cabeça. — Na última vez em que estive
aqui, ele enviou flores de cinco em cinco minutos. Você vai pedi-lo
em casamento — perguntou ela a Demi — ou eu faço isso?
Demi tentou não rosnar.
— Algumas garotas têm toda a sorte do mundo —
continuou Chelsey.
— De todos os espermas em todos os bancos de esperma, você escolheu o dele.
— Ele tem vários irmãos — disse Sandy no
momento em que a campainha soou.
Chelsey se levantou rapidamente e abriu a porta. —
Mais flores. Quem diria? — Ela assinou o recibo e entregou a
prancheta ao entregador. — Obrigada — disse ela. Em seguida,
fechou a porta e entregou a Demi o cartão que acompanhava as flores.
Demi leu o cartão. — Elas não são de Joe. As
flores são do dr. Nathaniel Lerner. — Apesar de estar grata por
Joe Jonas ter contado a verdade sobre o que sentia por ela, Demi não
podia evitar se sentir mal sempre que pensava nele. Joe Jonas
conseguira conquistá-la completamente. Não era só o pai do filho
dela, ele era um homem genuinamente bom. O instinto lhe dizia que ele
não ia causar nenhum mal a ela. Sabia que ele se importava com ela,
mas Demi não queria ser a segunda.
Ela achava que merecia coisa melhor.
Algumas batidas na porta fizeram com que o coração
de Demi parasse de bater por alguns segundos.
Dessa vez, Sandy abriu a porta. Como Demi
suspeitara, era Joe quem estava do lado de fora, segurando Ryan nos
braços e com Lexi agarrada na perna dele.
— Mamãe — disse Lexi —, olha o que Ryan está usando.
Joe sorriu ao erguer Ryan para que elas olhassem.
O filho dela usava uma roupa de marinheiro
completa, com botões, um
nó de marinheiro no colarinho e a imagem de uma âncora no chapéu.
— Olá, marujo — disse Joe com uma voz alegre.
— Olá! — gritou Lexi, saltando pela porta
aberta e atravessando a sala até onde Demi estava sentada.
Sandy olhou por sobre o ombro para o relógio
pendurado na parede da
cozinha. — Você está vinte e cinco minutos atrasado.
— A vida no mar não é nada fácil e é assim
que somos recebidos? —
Joe olhou para Ryan e perguntou: — O que acha disso, companheiro?
— Abram todas as escotilhas! — gritou Lexi.
Sandy sorriu. — Foi isso que ele lhe ensinou o dia inteiro?
Lexi assentiu.
Ryan mexeu as perninhas e gorgolejou.
— Ryan está preocupado porque ainda não ganhou
um beijo. — Demi já se
levantara. Ela pegou Ryan dos braços de Joe e beijou o rosto do bebê.
— Não vai jantar conosco? — Chelsey perguntou a Joe.
— Infelizmente — respondeu ele — não posso. É quarta-feira e prometi
à mamãe que apareceria para jantar essa semana.
— Eu perdoarei você — disse Chelsey — se me
conseguir um passe para o vestiário dos Condors na próxima temporada.
Sandy achou que era uma troca justa. Ela e Chelsey
conversavam bastante sobre futebol, sobre como não sabiam nada sobre
o jogo, mas como adoravam os uniformes e, especialmente, como as
calças moldavam as coxas e o traseiro dos jogadores.
O olhar de Joe pousou sobre as flores no balcão
atrás de Demi. —
Parece que você precisa ter uma conversa com o pediatra.
Demi abaixou a voz. — Que parte de "eu não
quero ser sua amiga" você não entendeu?
— Não quero perder você — disse ele.
— Eu nunca fui sua para que pudesse me perder. E
não quero falar sobre isso agora — sussurrou ela.
— Diga ao médico que você está comprometida.
Ela inclinou a cabeça. — Você está falando sério?
— Você me disse que sentia alguma coisa por mim.
— Isso foi antes de você deixar claro que ainda
sente alguma coisa por Maggie.
Ele fez uma careta, mas não negou o que ela dissera.
— Você está confuso — disse ela.
Novamente, o corpo largo dele encheu o batente da
porta. A proximidade dele fez com que os joelhos dela tremessem. —
Há alguma coisa realmente incrível acontecendo entre nós dois —
disse ele. — É muito cedo para dizer que acabou.
Ela balançou a cabeça. — Não posso conversar sobre isso agora.
— Muito bem — disse ele, antes que ela
conseguisse fechar a porta na cara dele. — Eu estarei aqui — ele
olhou para o relógio — hoje à noite, oito
horas. Então nós conversaremos.
~~~
Joe não se preocupou em bater na porta. Abriu a
porta da frente da casa dos pais e entrou com Hank preso na coleira.
O cachorro balançou o rabo, que bateu várias vezes na porta.
Silenciosamente, ele fechou a porta atrás de si, esperando
surpreender a mãe. Apesar de ter dito que iria, ele
tinha quase certeza de que ela não acreditara.
Uma cacofonia de vozes e sons veio da sala de
jantar e da cozinha,
relembrando-o da infância, quando todos os irmãos e irmãs, além de alguns
vizinhos, reuniam-se na cozinha da mãe dele,
arrumando a mesa ou
ajudando com o jantar, e todos falando ao mesmo tempo.
— Olhe só quem apareceu — disse Jake quando Joe ficou à vista.
— Você precisava trazer esse cachorro? — perguntou Rachel.
Joe acariciou a cabeça do cachorro, segurando a
coleira com firmeza. — Ele é um bom cachorro e sente-se solitário
naquela casa enorme agora que Zoey voltou para o apartamento dela.
— Não consigo acreditar que tenha deixado Hank
entrar na casa, mas não deixou Jim Jensen entrar. — Rachel
balançou a cabeça. — Não faz o menor sentido.
A mãe preparava uma salada na cozinha. — Você
telefonou para os
veterinários da área para perguntar se alguém perdeu o cachorro?
Rachel deu uma risada. — Olhe para o animal,
mamãe. Você iria querer Hank de volta se o tivesse perdido?
Jake se aproximou de Joe e acariciou a cabeça do
cachorro, enquanto a mãe olhava com amor para Hank. — É claro que
eu iria. Como não amar esse cachorro?
Hank sacudiu a cauda.
— Telefonei para uns quinze veterinários —
respondeu Joe. —
Estava contando que vocês me ajudassem a fazer panfletos.
Quando ninguém respondeu, Joe percebeu que não teria ajuda.
O pai dele deu um biscoito ao cachorro, pegou a
guia da mão de Joe e levou Hank para fora. — Deixe-me apresentar
Hank a Lucky e à Princesa para ver se eles se dão bem.
— Obrigado, papai. Muito obrigado. Onde está
aquela camiseta horrorosa?
— Se soubesse que você realmente viria, eu a teria usado hoje.
Joe riu ao aproximar-se da mãe e abraçá-la. —
Tem alguma coisa cheirando bem.
— Costeletas de porco com molho de bordo, salada
de batata com salmão e bolo de creme de queijo com bananas.
— Parece o máximo.
— Como está o joelho? — perguntou ela, ignorando o comentário.
Ele fez uma careta. — Quem disse a você que meu
joelho está machucado?
— Eu sou a sua mãe. Eu sei essas coisas.
Brad se sentou em um banquinho na cozinha. —
Todos nós notamos como você manca, sentindo dor, em algum momento.
Você conversou com o técnico do time sobre isso?
Frustrado, Joe passou os dedos pelos cabelos. —
Volto ao campo na semana que vem. Ninguém precisa saber.
— Você não pode jogar futebol para sempre — relembrou Jake.
— Agradeço a preocupação de todos — disse
Joe, o que era uma grande mentira, pois não gostava que
bisbilhotassem nos problemas dele —, mas estou cuidando disso. —
Ele deu um passo de dança. — Viram? A perna está nova em folha.
O irmão Cliff entrou na casa, seguido do pai. Joe
ficou grato pela interrupção.
— Ei, mano, como vai? — perguntou Cliff. —
Belo cachorro que você arrumou.
Eles se abraçaram, dando tapinhas um nas costas
do outro. Joe acabou perguntando-se por que demorara tanto tempo para
participar do jantar das quartas-feiras.
— Ouvi dizer que alguém merece os parabéns —
disse Zoey ao entrar na cozinha.
— Pelo quê? — perguntou Joe.
— Mamãe disse que você e Demi finalmente se acertaram.
Joe olhou para a mãe, que meramente acenou
indiferente com a mão e continuou o que estava fazendo. Foi quando
ele se lembrou do
motivo pelo qual raramente aparecia a essas reuniões de família.
— Eu gosto muito de Demi — disse Rachel ao
colocar um garfo ao lado de
cada prato sobre a mesa da sala de jantar.
O pai entregou a ele um galheteiro. — Coloque isso na mesa, por favor.
Joe fez o que o pai pediu e olhou para o relógio.
— Nem pense nisso — disse a mãe, dando-lhe um tapinha no braço.
Que droga. Ela estava de olho nele.
— Então, quando você vai se mudar de volta
para a casa em Malibu? — perguntou o pai.
— Mais importante que isso — disse Zoey —,
quando Demi e Ryan vão morar com você?
— Primeiro vem o amor — a mãe disse à irmã
dele ao passar a travessa de vidro com salada de batata, gesticulando
para que ela se sentasse à mesa. — Depois da parte do amor, nós
podemos discutir a parte de se mudar.
— Nós? — perguntou Joe. — Nós não
discutiremos a minha vida amorosa nem decidiremos o que é melhor
para mim. Demi e eu discutiremos a nossa vida amorosa e nosso futuro
juntos sem a ajuda de nenhum de vocês. — Eles eram todos malucos?
— Mas que mau humor — disse Jake.
— Ele é sensível — corrigiu a mãe.
É claro que todos eles eram malucos. Não havia a
menor dúvida sobre isso.
— É óbvio que ele está apaixonado —
comentou Rachel como se ele nem estivesse presente.
O pai se aproximou de Joe para olhá-lo mais de
perto. — Como vocês sabem?
— Ele acabou de falar sobre discutir a vida
amorosa com Demi — disse Rachel. — Por que alguém discutiria a
vida amorosa com alguém que não ama?
— Você é uma garota inteligente — disse o
pai, apertando o nariz dela como se ela tivesse cinco anos.
Joe fez uma careta. — Papai está fedendo a charuto, mamãe.
— Phil. Diga-me que não é verdade.
O pai olhou para Joe com os olhos semicerrados em
advertência. — Quero ouvir mais sobre essa história de se
apaixonar — disse o pai para se
vingar. — E como NÓS todos vamos resolver o que você e Demi...
— Ei — disse Joe, interrompendo o pai. —
Vocês estão sabendo que
Connor vai sair com Sandy na sexta à noite? O que acham disso?
Os olhos da mãe se arregalaram e a irmã
gesticulou para que ele ficasse quieto, passando a mão sobre a
garganta. — O que foi? — perguntou ele, espantado.
O rosto de Jake ficou vermelho e, em seguida, ele
saiu pela porta de
vidro deslizante, fechando-a firmemente atrás de si.
Zoey suspirou. — Jake tem uma queda por Sandy e,
desde que
descobriu que Connor também está de olho nela, está chateado.
— E eu sou o sensível? — Joe balançou a cabeça.
O clique na porta da frente avisou que tinham mais
companhia. Quando
Maggie entrou na cozinha, a conversa cessou completamente.
Joe não sabia se todos pararam de falar porque
estavam esperando para ver se Aaron entraria logo depois dela ou se
simplesmente não sabiam o que dizer porque ele a deixara.
Na última vez em que a vira, Maggie estava com o
nariz vermelho e os olhos inchados de tanto chorar. Mas, naquela
noite, ela estava de volta ao
normal, com a pele clara e linda, e os olhos claros e brilhantes.
Joe se aproximou dela e tomou-lhe as mãos. — Como você está?
— Que bom que está aqui — disse ela. — Eu
queria me desculpar pela
forma como agi na última vez em que o encontrei. Você foi me oferecer apoio e eu o tratei de forma grosseira. Eu sinto muito. Você não merecia.
— Você não precisa me pedir desculpas. Sabe
disso. Você está passando por momentos difíceis e quero que saiba
que pode contar comigo, sempre.
A qualquer momento do dia ou da noite, pode me telefonar.
Quando ela sorriu para ele, a família os rodeou,
todos querendo oferecer amor e apoio a Maggie.
Quando eles finalmente se sentaram para jantar e a
comida passou de mão em mão, Jake reapareceu e sentou-se entre as
irmãs. As únicas pessoas faltando eram os irmãos Garret e Lucas e,
claro, Aaron. Pelas horas seguintes, eles riram e lembraram do
passado, conversando sobre vários
assuntos, de esportes a livros eletrônicos, incluindo um pouco de política.
Maggie estava sentada ao lado de Joe, quando ele
falou sobre a forma adoradora com que o filho olhava para ele, ela
estendeu a mão e tocou-lhe o braço de uma maneira gentil e amorosa,
apenas um leve roçar dos dedos no pulso.
Joe sentiu algo muito estranho acontecendo.
Naquele momento, instantaneamente, alguma coisa
acordou dentro dele. Era quase como se uma parte da infância
passasse em frente aos olhos, mostrando a ele o que não conseguira
enxergar durante todos aqueles anos, revelando a verdade, a resposta
à pergunta que o incomodara por todos os dias da vida dele.
Foi a coisa mais estranha.
Uma coisa tão pequena. Bastou um toque no pulso,
uma coisa louca, o breve roçar dos dedos dela contra a pele. Ele viu
olhos verdes e um nariz pequeno. Viu um sorriso largo e uma linda
covinha. Viu pantufas cor-de-rosa ridiculamente grandes. Na mente,
ele viu Demi. Maggie o tocava e ele só enxergava Demi.
Ele precisava ver Demi, pessoalmente. Não amanhã,
não naquela noite. Agora, imediatamente.
Ele empurrou a cadeira para longe da mesa e
levantou-se. — Eu preciso ir embora.
Maggie fez o mesmo. — Vou pegar as minhas coisas.
Ele ergueu a sobrancelha confuso.
A mãe olhava para ele naquele momento e preencheu
as lacunas. — Uma amiga de Maggie a deixou aqui. E eu disse a ela
que você lhe daria uma carona para casa, já que o apartamento onde
mora agora é o mais próximo da casa dela.
Maggie tocou no ombro dele. Ele teve a mesma sensação. Clareza.
— Espero que não se importe — disse ela.
— Nem um pouco. E tenho certeza de que mamãe e
papai não se importarão se eu deixar Hank aqui por alguns dias.
O pai abriu a boca para protestar, mas a mãe foi
mais rápida e disse: —
Pode deixá-lo aqui por uma semana. Ele é um cachorro tão adorável.
Joe apontou o dedo para o pai e sorriu.
Quando ele e Maggie terminaram de se despedir da
família, vovó Dora e o novo namorado dela chegaram. Será que não
entendiam que ele estava com pressa?
Ele sentiu os minutos, e depois as horas,
arrastando-se a passo de lesma. Era quase oito horas da noite quando
chegaram à casa de Maggie. Se
ele se apressasse, chegaria apenas alguns minutos atrasados na casa de Demi.
Ele parou o carro em frente à casa e desligou o motor.
Joe saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para Maggie.
— Agradeço muito pela carona — disse ela ao
sair. — E sinto muito pela parada extra. Você é um amor.
— Não precisa se desculpar, Maggie. Sou eu quem
deveria pedir desculpas. Se eu a tivesse deixado em paz quando me
pediu, Aaron ainda estaria aqui. Eu tinha tanta coisa que queria
dizer durante o percurso, mas não consegui encontrar as palavras
certas. Foi a coisa mais estranha, mas hoje à noite, quando você...
— Você simplesmente não consegue deixá-la em
paz, não é? — disse
uma voz profunda do pórtico mergulhado em sombras.
A voz tropeçava nas palavras, mas era familiar.
Joe se virou e viu Aaron indo na direção dele.
Maggie passou por Joe e pegou o braço de Aaron. —
Aaron, o que você está fazendo aqui?
— Surpresa?
— Dadas as circunstâncias, sim, estou. Você está bêbado.
— Ainda estou consciente, o que significa que,
no máximo, estou meio alegre.
— É melhor eu ir embora — Joe disse a Maggie, ignorando Aaron.
Aaron se afastou de Maggie. — Não se mexa.
Joe levantou as mãos em rendição. — Não é o
que você está pensando. Fui jantar na casa da mamãe e Maggie
apareceu lá. Eu só a trouxe em casa porque a mamãe pediu.
Aaron riu. — Você sabe quantas vezes eu fui
jantar lá nas quartas-feiras?
Joe balançou a cabeça.
— Tantas vezes que perdi a conta. E adivinha só? Você nunca estava lá.
Nem uma única vez. Mas, subitamente, acontece
essa uma vez em que eu não apareço e, agora, devo acreditar que é
apenas uma coincidência você
ter ido. Vocês dois se sentaram um ao lado do outro na mesa de jantar?
Maggie tocou no ombro de Aaron. — Isso não importa...
— É importante para mim. — Aaron mexeu o
ombro para afastar a mão dela e deu um passo em direção a Joe. —
Eu vi você sentado aqui no outro dia, na semana passada, esperando
Maggie chegar. Eu vim pelo mesmo motivo, para conversar com ela, mas,
novamente, você chegou primeiro.
— Você deveria ter me dito que estava aqui — disse Maggie.
Ele deu um sorriso rígido. — E o que aconteceria então?
— Vou lhe dizer uma coisa — continuou Aaron
antes que Maggie pudesse responder. — Se eu tivesse voltado para
casa, nunca teria dado certo porque, sempre que você saísse por
aquela porta — disse ele, apontando para a entrada da casa —, eu
ficaria imaginando aonde foi e se
Joe estava com você. Não consigo confiar nele.
— Mas pode confiar em mim — disse ela claramente exasperada.
— Não aguento mais isso — Aaron balançou a
cabeça. — Vê-lo aqui na outra noite e de novo aqui e agora... —
Ele bateu no lado da cabeça com a
palma da mão. — O que será preciso para que eu finalmente entenda?
— O que será preciso? — Joe perguntou a ele
com a voz calma. — Porque eu entendo, juro que entendo. Finalmente
consegui entender, Aaron. Ficarei longe de vocês pelo tempo que for
necessário. Vou procurar um novo advogado. Irei ao tribunal para
pedir uma ordem restritiva contra mim mesmo, Aaron. Farei o que for
preciso, porque só hoje à noite consegui finalmente perceber o que
todos sabiam o tempo todo... Eu não estou apaixonado por Maggie.
O punho esquerdo de Aaron acertou o maxilar de Joe
e, com um gancho rápido da direita, foi a vez do nariz dele.
Maggie gritou: — Pare com isso!
Em um minuto, ele fazia uma confissão que mudaria
a vida de todos e, no minuto seguinte, estava beijando as pedras da
calçada. Joe cuspiu um pouco de terra e sentiu gosto de sangue.
Maggie andou em direção a ele, mas Joe a impediu de chegar mais
perto. — Acho que a melhor coisa
que podemos fazer é ficarmos longe um do outro.
— Há um hospital mais adiante nessa rua. Seu
nariz não parece nada bem. — Ela se virou para Aaron. — Eu vou
entrar na minha casa e você vai me deixar em paz. Você me escutou?
Joe limpou a terra das calças e usou a manga da camisa para limpar
o nariz ensanguentado enquanto esperava que Maggie
entrasse na casa e trancasse a porta. — Eu sinto muito — disse
ele a Aaron, sabendo que devia isso ao irmão. — Eu estraguei tudo.
Aaron resmungou: — Você é um imbecil.
— Eu sei.
— Você se mete na minha vida desde que eu tinha dez anos.
A cabeça de Joe latejou. — Faz tanto tempo assim?
— Provavelmente mais — disse Aaron. — Mas a
primeira vez que consigo lembrar foi quando estávamos economizando
para comprar aquela bicicleta vermelha. Estávamos praticamente
empatados até que você começou a vender beijos para todas as
garotas da vizinhança por algumas moedas.
Apesar do rosto ensanguentado, Joe sorriu. — Eu
me lembro disso. — O sorriso desapareceu quando ele viu a mágoa no
rosto de Aaron. — Você tem razão, eu sou um imbecil.
— É, eu desisti de competir com você há uns quinze anos.
— Foi você quem me convenceu a jogar futebol —
disse Joe quando a lembrança voltou à mente dele.
Aaron assentiu. — Eu não gostava do jogo e
achei que seria bom ver você apanhar. Mas o plano meio que deu
errado, claro, porque você jogava
muito bem e ficou mais popular do que nunca.
Joe desistiu de se preocupar com o nariz. Em vez
disso, brincou com as chaves que estavam no bolso. — Eu nunca quis
tornar a sua vida um
inferno. Só tenho o dom de fazer isso com as pessoas.
— É, tem mesmo.
Joe apontou com o queixo em direção à casa. —
Acho que ela está furiosa com nós dois.
— E deveria estar. Eu não a culparia se
decidisse nunca mais falar
comigo de novo. Eu fui um idiota. E isso vale em dobro para você.
— Bem, se há uma coisa que eu sei com certeza
depois disso tudo, é que Maggie Monroe ama você, sempre amou. Levei
anos demais para entender que nem sempre as coisas podem ser do jeito
como quero. Demi entendeu
isso a meu respeito semanas depois de me conhecer.
— Garota esperta. Já gostei dela.
Joe abriu a porta do carro e gesticulou em direção
ao banco do passageiro. — Quer uma carona?
— É o mínimo que você pode fazer —
respondeu Aaron. — Estou hospedado no hotel a três quadras daqui.
— Ele andou até o carro, abriu a
porta do passageiro e entrou. — Depois de me deixar no hotel, sugiro que vá a um hospital. Esse seu nariz está horrível.
Ansiosa para o próximo.... finalmente ele descobriu que quer só a Demi...... nem acreditoooo...... por favor posta mais....... amo a família do Joe.......
ResponderExcluirFinalmente ele se deu conta de quem ele ama mesmo é a Demi!!!
ResponderExcluirNão acredito que já ta acabando :(
Continuo odiando Aaron e Maggie. Joe finalmente caiu em si!!!! Escutei um glória, amém e aleluia! Posta logo estou ansiosa!!!
ResponderExcluirps. Bru eu não estou conseguindo entrar no seu blog de jeito maneira, fica como se não estivesse nada postado, se puder mandar o link fico grata.
Sam, xx
aaaah que perfeito *-*
ResponderExcluirfizeram as pazes *-*
postaa maais
Também continuo não suportando a Maggie!
ResponderExcluirFinalmente o Joe percebeu que a Demi é a única mulher na vida dele.
Posta mais
Olá. Sempre leio suas fic e as amo, mas quase nunca comento. Foi mal. Mas é por falta de tempo e por ler num app de feed q dificulta um pouco. Queria terminar de ler a outra fic, teria como me cadastrar lá? Nossa vc é muito talentosa, amo muito suas histórias. Parabéns!
ResponderExcluirFinalmente o joe entendeu que ele ama a Demi kkk TO AMANDO
ResponderExcluirPosta mais
Ele ta se dando bem com o aeron? Nao entendi ajbsjs so entendi q ele se ligo q ama a demi nao a demi e a maggie ajhsjsh
ResponderExcluir