14.1.15

Capitulo 1

Guys!! Sinto muito por não ter feito a  maratona, eu realmente me esqueci, era para eu preparar os capitulos ontem mas aí eu fiquei escrevendo o capitulo para o meu outro blo (A Sexóloga) e me esqueci... bom, eu deixo esse capitulo agora e mais tarde, pela tarde eu começo uma maratona. Obrigada por comentar e aproveitem o capitulo!  ♥

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Joe Jonas deixou a mãe, o pai e os irmãos no quintal de trás e entrou na casa dos pais. Só o que queria era um analgésico e alguns minutos para si mesmo. Mas, no momento em que entrou pela porta lateral, o que conseguiu foi um grito estridente que atravessou o crânio e fez com que esquecesse totalmente da dor no joelho direito.

Passando pela cozinha, ele foi em direção ao barulho, mancando para não forçar a perna machucada agora que ninguém podia vê-lo. Ele fora derrubado pelos melhores na NFL: Hawk, Sims e Lawson. Um pequeno machucado no joelho não o deixaria de fora da próxima temporada.

O som terrível vinha do antigo quarto dele. Joe abriu a porta, fazendo uma careta ao ver um berço portátil no meio do cômodo onde planejara dormir naquela noite. Ele se inclinou sobre o berço. A criança parecia bem, não havia nenhum cheiro horroroso. Ninguém a incomodava.

Ao observar a criança que se mexia, ele percebeu que pensara muito sobre bebês recentemente. E quando pensava em bebês, também pensava em amor, casamento e Maggie. Ele faria trinta anos em breve. As mulheres não eram as únicas que tinham um relógio biológico fazendo tique-taque como uma bomba-relógio.

Enquanto olhava para a criança, viu-se torcendo para que a sobrinha minúscula parasse de chorar. Não porque o som o incomodava, mas porque o assustava. Será que ela está sentindo dor?

Olhando mais de perto, ele percebeu que os bebês eram, de fato, um tanto assustadores. Eram frágeis e inquietos. Com sorte, alguém apareceria para resgatá-lo. Se ele pegasse a criança, poderia machucá-la acidentalmente.

— Uahhhhhhhhhh.

Droga.

Além de querer um analgésico, ele entrara para se afastar do irmão adotado e suposto amigo, Aaron, e da nova noiva dele, Maggie, a garota com quem Joe deveria se casar um dia — não Aaron. Maggie morara do outro lado da rua quando ele fora adolescente. Ela era vizinha dele, garota dele, futura esposa dele — não de Aaron.

Recentemente, ele descobrira que Aaron e Maggie planejavam se casar diante de um juiz de paz, o mais depressa possível. E parecia que também estavam morando juntos.

Joe achou que aguentaria essa festinha que a mãe planejara para comemorar o noivado de Aaron e Maggie, mas estava errado. Vê-los juntos o deixava tenso, fazia com que sentisse coisas que não queria sentir.

— Uahhh. Uahhhhhhhhhh.

Garret, o segundo irmão a casar até o momento, fora o primeiro a ter um filho, deixando todos envergonhados ao fazer parecer que encontrar a cara metade era fácil. Encontrar a cara metade era como procurar um diamante perdido em uma praia lotada com quarenta quilômetros de extensão. Impossível.

Muitos dos amigos dele achavam que tinham encontrado a cara metade e já estavam divorciados.

A criança continuou a chorar. O nome dela era Bailey. Podia ter sido pior. O irmão e a cunhada podiam tê-la chamado de Apple ou Saturn. Bailey estava deitada de barriga para baixo, mas isso não parecia afetar as cordas vocais. — Pronto, pronto — disse Joe ao colocar a mão dentro do berço e bater de leve nas costas dela.

Ela chorou mais alto.

— Gritona, hein? — disse ele, inclinando-se para a frente e analisando-a, tentando achar um jeito de pegá-la. Ele era o quinto de dez irmãos. Já segurara bebês antes, principalmente quando era jovem. Ele estava fora de forma, só isso.

A cabeça da menina tinha o tamanho de um pêssego enorme, ou talvez o de um melão pequeno. Tinha até uma penugem clara no topo do crânio. Ele tocou no topo da cabeça de Bailey, sentiu um buraco e puxou a mão rapidamente.

Os gritos subiram uma oitava.

— Eu só estava tentando fazê-la se sentir melhor. — Ele suspirou. — Mas não se preocupe, eu entendi... você é uma garota e é isso que garotas fazem de melhor... muito barulho.

— Muito engraçadinho — disse uma voz feminina vinda da porta.

Ele olhou por sobre o ombro, surpreso ao ver Maggie parada na porta observando-o com aqueles olhos azuis enormes. Os braços dela estavam cruzados sobre o peito, os cabelos loiros brilhantes e macios sobre os ombros. Ele a evitara o dia inteiro. E agora sabia o motivo. Olhar para ela fazia com que as entranhas dele se retorcessem e o coração doesse.

— Ela não para de chorar — disse ele para desviar a mente de outras coisas. — Qual é o problema dela?

O sorriso de Maggie se refletiu nos olhos dela.

— Tentou trocar a fralda dela? — perguntou ela.

— Quem está sendo engraçadinha agora?

Maggie caminhou até ele, inclinou-se sobre a lateral do berço e pegou Bailey como se ela não fosse tão frágil quanto parecia.

— Kris pediu que eu desse uma olhada nela. Quer segurá-la?

Ele recuou um passo. — Os ursos gostam de dançar?

— Aposto que sim — disse ela com um sorriso.

— Ursos não gostam de dançar — informou ele. — Eles gostam de comer pessoas.

— Está bem — disse ela e levou a criança até o trocador. — Ursos gostam de comer pessoas. Vai me ajudar a trocá-la ou pretende continuar com esse mau humor em vez de comemorar, como todo mundo?

— Acho que vou continuar com o mau humor, obrigado. — Ele observou Maggie por um momento, lembrando-se dos bons momentos que tinham passado juntos quando eram crianças. Ele e os irmãos costumavam jogar futebol na rua com Maggie. Ela era um dos garotos naquela época. Era difícil fazer a mente aceitar a ideia de que Aaron a pedira em casamento depois que todos tinham jurado que se manteriam afastados dela.

Votos não tinham data de expiração. Ninguém podia ter Maggie, era muito justo.

Naquela época, todos os machos em um raio de cinco quilômetros eram apaixonados por Maggie.

Joe sabia que devia parar com isso. Ele era um adulto, bem crescidinho. Deveria estar feliz pelo amigo e irmão adotado, mas não estava. Ele se sentia traído. Joe andou em direção à porta, mas não foi rápido o suficiente. A mãe apareceu e o deteve antes que pudesse escapar.

— Aí está você — disse a mãe. O olhar dela se afastou dele e concentrou-se no bebê. — Ah, aí está minha garotinha linda e preciosa.

Como ela está?

— Ela é igualzinha às tias — disse Joe. — Uma chorona.

A mãe riu e foi em direção ao bebê, mas lembrou-se de que estava com as mãos cheias. — Tome — disse ela, entregando a Joe uma pilha de correspondência.

— O que é isso?

— Toda vez que você se muda, sua correspondência lentamente volta para cá.

Joe vasculhou a pilha de cartas.

— Há uma carta da CryoCorp que chegou há meses — disse a mãe. — Achei que tinham colocado o endereço errado, escrevi "Devolver ao remetente" e coloquei o envelope de volta na caixa de correio. Mas ela voltou um dia desses.

— O que é a CryoCorp? — perguntou Maggie.

Joe encontrou o envelope, colocou o restante da correspondência de lado e abriu a carta. Ele estava ocupado demais lendo para responder à pergunta de Maggie.

Prezado Sr. Jonas,
Como você sabe, a CryoCorp é provedora líder de sêmen humano...

Sim, ele sabia, mas isso não impediu que o coração desse um salto.

Nossa equipe é composta de profissionais ansiosos em ajudar nossos clientes a atingirem metas familiares realistas por meio de uma seleção excelente de sêmens e aconselhamento pessoal confidencial.

Eu sei, eu sei. Ele pulou para o último parágrafo, tentando imaginar por que a CryoCorp entraria em contato com ele depois de tantos anos. O sêmen dele com certeza não podia mais ser usado, podia? Além do mais, anos antes, ele enviara uma carta pedindo para ser removido como doador. Ir à CryoCorp fora um passo idiota da parte dele, algo que fizera por dinheiro antes de pensar seriamente no assunto.

Aqui na CryoCorp, nós nos esforçamos para que os receptores atinjam as metas. Portanto, gostaríamos de agradecer sua doação e por ajudar a tornar sonhos realidade.

Tornar sonhos realidade? O coração saltou mais uma vez quando ele voltou para ler uma parte do texto.

A receptora do seu esperma atendeu a todos os padrões necessários.

— Isso é ridículo — disse ele em voz alta. — Há anos, mandei uma carta à CryoCorp pedindo que me removessem da lista de doadores. Até devolvi o dinheiro.

A mãe estava ocupada demais com o bebê para notar o pânico na voz dele, mas Maggie não perdeu nada e chegou ao lado dele antes que ele pudesse xingar baixinho novamente. Pegou a carta da mão dele e, quando terminou de ler, encarou-o com um olhar que ele não conseguiu decifrar. — Você doou esperma?

Joe assentiu, mas não gostou do olhar acusador no rosto dela, como se tivesse dado algo que não pertencia a ele. — Tem algum problema com relação a isso?

Ela abriu a boca, fechou-a e abriu-a novamente. — É claro que não — disse ela. — Mas, obviamente, você tem. Você doou esperma para a CryoCorp ou não?

— Talvez.

Ela fez um gesto exasperado, fazendo com que mechas de cabelos loiros voassem em torno da cabeça.

— Mamãe — disse ela por sobre o ombro. — Pode me ajudar a arrancar uma resposta direta dele?

Joe franziu a testa. — Desde quando você chama a minha mãe de mamãe?

— Desde sempre — disse ela, claramente furiosa com ele.

Eles se encararam e algum tipo de guerra de olhares estranha aconteceu até que ele deixou o olhar cair, passando pelo nariz arrebitado até chegar aos lábios perfeitos. Ele beijara aqueles lábios antes. Muito antes que qualquer voto idiota fosse feito, ele a beijara. Mas, naquele momento, ele lembrava do último beijo que tinham trocado. Não esqueceria daquele beijo pelo resto da vida.

A mãe, com o bebê nas mãos, devia ter notado a tensão no quarto, pois subitamente parou entre os dois. — Não faça isso, Joe.

Ele ergueu a mão frustrado. — O que eu fiz dessa vez?

— Está fazendo drama novamente — disse o irmão mais novo, Jake, que chegara à porta.

Joe olhou para ele com um olhar frio. — Alguém lhe perguntou alguma coisa?

— Estou parado aqui a tempo suficiente para ver que você está usando um dos seus velhos truques. Maggie pertence a Aaron, seu amigo e meu amigo... nosso irmão. Lembra-se dele? Eles estão noivos e essa é uma festa de noivado. Maggie escolheu Aaron, não você. Supere isso.

— Pare com isso — disse Maggie. Ela estendeu a carta da CryoCorp. — Joe está com um problema.

— Conte alguma coisa que seja novidade — acrescentou Jake, falando lentamente.

— Jake, por favor, chega — disse a mãe, fazendo com que Joe sorrisse maliciosamente para o irmão. Uma reação infantil, ele admitiu, mas preferiu colocar a culpa no fato de que estava novamente em casa, com todos os irmãos, sem falar em Maggie e Aaron, todos sob o mesmo teto e todos fingindo estarem perfeitamente confortáveis com a forma como as  coisas se desenrolaram. Ele não deveria ter vindo.

— O que diz a carta? — perguntou a mãe.

Maggie olhou para Joe. — Você se importa se eu ler em voz alta?

— À vontade. — Crescer em uma família grande em uma casa pequena significava que não existia privacidade. Não havia motivo para tentar manter segredos quando ele sabia muito bem que, mais cedo ou mais tarde, todos descobririam o que estava acontecendo.

— Parece — disse Maggie — que, há muitos anos, Joe doou esperma. E parece que o esperma dele foi escolhido pela receptora 3516A.

Jake riu. — Não brinca. Quanto tempo dura o esperma?

— Não há prazo de validade para esperma congelado — disse Maggie ao ler o conteúdo da carta pela segunda vez.

O queixo de Joe caiu.

Jake riu.

— Fui à CryoCorp antes de ser recrutado pelo Los Angeles Condor — explicou Joe. — Precisava desesperadamente de dinheiro. Também vendi sangue naquela época.

— Por que não pediu ajuda a nós? — perguntou a mãe.

— Você e o papai tinham os próprios problemas financeiros na época. Além disso, não se esqueça que sempre teve um zilhão de crianças correndo pela casa.

— O que o fez mudar de ideia sobre a CryoCorp? — perguntou Maggie.

Joe se lembrava perfeitamente dos motivos para ter mudado de ideia, mas não achava que precisava contar a todo mundo o que pensava sobre o futuro. A ideia de ter filhos biológicos lá fora que não o conhecessem não parecia certa. Ele chegara à conclusão de que, se um dia tivesse filhos, queria ser parte da vida deles. Nada contra famílias que precisavam de doadores. Sem doadores de esperma, muitos casais nunca transformariam em realidade o sonho de ter uma família. Mas, para Joe, não era algo que estivesse pronto a fazer. — Eu mudei de ideia — disse ele finalmente. — Só isso.

— Você tem uma cópia da carta que enviou à CryoCorp pedindo para ser removido do programa de doação? — perguntou Maggie.

— Não sei. — Joe pensou em todas as caixas empilhadas na garagem da casa dele em Malibu, a uma hora dali. A probabilidade de encontrar uma cópia da carta era de uma em um milhão. O computador que ele usava na época já nem existia mais.

— Se você tem provas de que enviou a carta — continuou Maggie —, nós temos opções.

— Nós temos?

Ela assentiu.

Joe só encontrara Maggie algumas vezes desde que ela partira para a faculdade. Ouvira dizer que ela decidira estudar direito, mas não conseguia imaginá-la como advogada. Maggie era uma bobona, o tipo de garota que subia em árvores e rolava na lama. Não tinha uma célula séria no corpo. Mas, observando-a agora — as costas eretas, os olhos determinados, a voz séria — ela tinha a palavra advogada escrita na testa.

— Vou telefonar para a CryoCorp amanhã de manhã bem cedo — disse ela. — Direi a eles que temos uma cópia da carta que você enviou e que insistimos que eles desistam de qualquer outro uso de seu esperma. — Ela mordeu o lábio inferior. — O único problema — acrescentou — será se 3516A já estiver grávida.

Jake deu uma risada e, antes que Joe pudesse empurrá-lo para fora do quarto e realmente dar a ele um motivo para rir, Aaron e três outros irmãos entraram para ver qual era o motivo da confusão.

Aaron entrou primeiro. A mão dele deslizou em torno da cintura de Maggie em um gesto protetor quando ele se virou para Joe. — O que está acontecendo?

— Parece que talvez tenhamos mais um bebê para somar ao caos — disse Jake.

O pai de Joe, Phil, foi o último a conseguir passar pela porta. — Quem terá um bebê?

Phil olhou para Maggie de cima abaixo, fazendo com que ela erguesse as mãos em rendição. — Não sou eu — disse ela ao entregar a carta a ele. — É Joe.

Todos eles ficaram em volta de Phil, que leu a carta em voz alta. Quando terminou, houve um minuto de silêncio abençoado.

E, então, a gozação chegou ao nível máximo. O bebê começou a chorar. Uma dor lancinante surgiu no joelho de Joe, fazendo-o perceber que, se não saísse de lá logo, morreria sufocado.

7 comentários:

  1. Meu Deus!! Essa fic é perfeita!!
    Amei! Amei! Amei!
    Quero saber como vai ser o primeiro encontro da Demi e do Joe.
    Eu preciso de mais!! Ansiosa para a maratona!!!

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  2. Olha, fiz uma coisa não legal... kk' Sem querer achei a história na internet (sem querer mesmo!! Tava procurando livros em pdf pra ler e meio que achei esse). Ia ignorar, mas como tava ansiosa pra história pensei "vou ler só o comecinho", mas fui lendo, fui lendo... kkk' Acabei que passei da metade da história, mas agora não mais! Vou terminar de ler aqui kkk'
    Posta logo kkk'
    Beijos~

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  3. Mari, eu to amando muito, de verdade
    E to muito ansiosa..
    E novidades, I'm back, asbnais vou ler e comentar tudinho! <3
    Posta logo, beijos.

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  4. Já percebi que essa fic vai ser do babado.... ansiosa pela maratona..... postaaaa.....

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  5. HEEEEEEEEEEY <3
    MANOLO TÔ MUITO ANSIOSA \o/
    CERTEZA QUE É A DEMI VÉI (avá sheuhsuehse)
    POSTA LOGO!

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  6. Amei esse primeiro cap.
    Será que é a Demi???

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