20.1.15

Capitulo 15 - Maratona 3.7

7 comentarios para o próximo!!!! BEIJOOOS ♡

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Demi olhou da bela placa para as duas amigas e colegas de trabalho, Sandy e Chelsey. — Revista de alimentos do ano da Up and Coming. Nós conseguimos, garotas.

As três estavam reunidas no apartamento dela, onde normalmente se encontravam a cada duas semanas, mas aquela noite era extra especial. Demi se levantou e ergueu a taça de champanhe. — Quero fazer um brinde.

Sandy e Chelsey também ergueram as taças.

— Eu quis convidá-las aqui hoje não só para celebrar o prêmio Up and Coming, mas também as horas infindáveis de trabalho para produzir a melhor edição de Culinária para Todos. Vocês duas fizeram um trabalho incrível e estou orgulhosa de ter a honra de trabalhar com pessoas tão dedicadas e talentosas.

A campainha tocou.

Demi foi até a porta e olhou pelo olho mágico antes de abri-la.

— Flores para Demi Lovato — disse o entregador.

— Sou eu mesma. — Ela assinou o papel que ele lhe entregou e pegou as flores, que tinham um perfume divino. Ela sabia quem as enviara, sabia que ele provavelmente estava observando e não queria parecer incrivelmente feliz com elas. — Obrigada — ela disse e fechou a porta.

As flores vieram em um jarro com água, poupando-a de ter que cortá-las e arrumá-las. Os outros buquês que Joe enviara nos três dias anteriores foram entregues em horários diferentes do dia e em jarros diversos. Ela colocou os lírios sobre o balcão da cozinha, perto das rosas e das tulipas, evitando se aproximar da pia, pois achou que Joe estaria olhando do apartamento dele. Nada detinha o homem.

Chelsey se juntou a ela na cozinha e respirou fundo. — Elas têm um perfume maravilhoso. Acho que nunca vi flores tão bonitas.

— Pode ficar com elas.

— É mesmo? Obrigada.

— Então, deixe-me ver se entendi isso direito — disse Chelsey. — Você está brava com Joe Jonas porque ele quer metade da guarda do filho dele?

— Não estou brava com ele. Só não confio nele nem na família dele e não o quero por perto. Não até que tudo esteja resolvido legalmente.

Chelsey olhou para Sandy. — Eu achei que você tinha dito que a família dele era incrível e que vocês se divertiram muito.

— Eles parecem pessoas ótimas — concordou Demi. — É só que eles são... — Ela parou tentando encontrar as palavras certas para explicar o que queria dizer. — Eles são muito, muito, família. Sabe o que quero dizer? A família Jonas é completamente maluca, ridiculamente atenciosa e preocupada. Eu juro que provavelmente pulariam de uma ponte, todos juntos, se isso significasse salvar um deles... — Ela se interrompeu no meio da frase ao perceber que não estava ajudando em nada a própria posição. Ela gesticulou no ar. — Deixe para lá, é difícil de explicar.

— Demi não quer ajuda alguma para criar o filho — disse Sandy. — Ela está cansada de ouvir as pessoas dizendo-lhe o que fazer e como fazer. Ela quer controlar a própria vida.

Ouvir aquilo dito daquela forma fez com que Demi percebesse como soava tolo.

— Mas tudo parecia estar indo tão bem — disse Chelsey. — O que aconteceu? Você está recusando-se a deixá-lo ver o filho porque tem medo que, mais adiante, Ryan ame o pai mais do que a você? Eu não entendo.

Demi ficou grata quando Sandy se intrometeu novamente para responder à pergunta por ela.

— Eis o problema — explicou Sandy. — Joe Jonas recebeu dinheiro para ser doador de esperma. Ele não foi pago para ser pai. Doadores assinam papéis e documentos concordando em permanecerem anônimos. As mulheres que usam doadores para terem filhos não precisam colocar um rosto no doador, a não ser que queiram.

Lexi assistia ao programa de televisão favorito no quarto, mas Demi abaixou a voz ao acrescentar: — Se o pai de Lexi entrasse por aquela porta nesse momento, você aceitaria dar a ele metade da guarda?

— Não.

— Por que não?

— Porque dar a ele metade da guarda daria a ele metade da opinião em cada decisão que eu tomar em relação ao bem-estar de Lexi.

— Exatamente — disse Demi com um sorriso. Fim de conversa.

~~~

Depois que as três chegaram a uma decisão sobre a edição do mês

seguinte de Culinária para Todos, elas foram embora e o apartamento ficou em silêncio novamente. Depois de dar a mamadeira a Ryan, Demi o colocou sobre o ombro e começou a andar pelo quarto. Ela bateu de leve nas costas dele até que ele a recompensou com um arroto. — Você é um bom garoto.

Ela notou que Chelsey se esquecera de levar as flores para casa e o perfume dos lírios encheu o apartamento. Demi estendeu a mão e pegou o cartão que saía do jarro.

Dê um beijo em Ryan por mim. Joe

Demi beijou o topo da cabeça de Ryan e sentiu o perfume do bebê. Em seguida, olhou pela janela sobre a pia. A luz da cozinha de Joe estava acesa e ela podia vê-lo andando lá dentro.

O coração dela afundou. Ela não o encontrara nas últimas setenta e duas horas e já sentia falta dele. Um homem que queria tirar dela o direito de criar o filho do jeito como achasse melhor. Um homem que se tornara doador por motivos egoístas e que invadira a vida dela sem pensar em ninguém mais além de si. Um homem que conseguira conquistá-la ao se abrir e ser um excelente ouvinte. Ele a ensinara a dançar e enfeitiçara-a com sorrisos maliciosos e piscadelas... e com flores.

Maldito.

~~~

A coluna da edição do mês seguinte manteve Demi ocupada nos dias seguintes. Quando a campainha tocou, ela deu um pulo. Novamente se esquecera de prender o sinal de "Não toque a campainha" na porta. Talvez devesse chamar um eletricista naquela tarde e pedir que a desconectasse para que as pessoas não pudessem tocá-la e acordar o bebê.

Ela abriu a porta, esperando ver o entregador com outro arranjo de flores, mas estava apenas parcialmente certa. Não era o garoto da floricultura entregando um buquê enorme de duas dúzias de rosas vermelhas. Dessa vez, era Joe em carne e osso.

— Você precisa parar com as flores — disse ela.

— Não posso.

— Por que não?

— Eu sinto falta de passar algum tempo com você e Ryan.

— Eu entendo que queira passar tempo com o seu filho, mas precisamos resolver as coisas legalmente antes que eu o deixe entrar no meu apartamento novamente.

Ele acenou com a mão entre os dois. — Eu sinto falta do tempo que

passamos juntos — disse ele.

Ela tentou não notar como a camiseta realçava o bíceps dele nem os cabelos molhados e o queixo recém-barbeado. — Você foi ao médico fazer o exame de sangue?

Ele assentiu. — Avisarei você assim que receber o resultado.

— Não precisa. Nate me avisará.

— Não faça isso — disse Joe. — Não me afaste.

— Francamente, Joe, a verdade é que não o conheço bem e não confio em você.

Ele pegou a mão dela antes que Demi pudesse impedi-lo. — Estávamos nos divertindo juntos, não estávamos?

Ela recolheu a mão. — O problema não é esse.

— Você não gosta de flores, é isso?

— Elas são muito bonitas. Mas, por favor, pare.

— Deixe-me fazer o jantar para você hoje. Depois de experimentar a minha lasanha, terá dificuldades em não escolhê-la para a capa da sua revista.

Ela olhou para o chão e balançou a cabeça.

— Eu farei qualquer coisa para mudar a situação entre nós. Qualquer coisa.

Ele não tinha ideia de como deixava as coisas difíceis. Também não fazia ideia de que ela estava apaixonando-se por ele. Deixá-lo entrar no apartamento era uma coisa, mas deixá-lo entrar no coração dela era outra bem diferente. Desculpar-se pelo beijo que trocaram fora a primeira dica de que ele não estava emocionalmente disponível. A forma como olhara para Maggie em duas ocasiões separadas fora a segunda dica. Ela não podia deixar que Joe entrasse, mesmo se quisesse. Ele representava um problema, com P maiúsculo. A última coisa com que conseguiria lidar agora era um coração partido.

Ela olhou dentro dos olhos dele. — Precisamos resolver essa questão do tribunal até o fim antes de conversarmos sobre sermos amigos. Quero dormir à noite sabendo que Ryan é meu e que ninguém, nem mesmo o pai dele, poderá tirá-lo de mim. Não posso ser sua amiga e arriscar tudo.

— Então é isso?

— Receio que sim.

— Eu sinto saudades de vocês dois — disse ele. — Vou embora, mas não vou desistir facilmente.

Ela assentiu e fechou a porta. Em seguida, desceu até o chão e chorou.

~~~

Naquela noite, Joe se viu conversando com a mãe novamente, que lhe disse que realmente precisava fazer algumas mudanças na vida. Segurando o celular contra a orelha, ele reclinou a cabeça no sofá e usou a mão livre para segurar um saco de gelo sobre o joelho.

— Quando seu pai e eu veremos Ryan de novo? — perguntou a mãe.

— Não faço a menor ideia. Eu já lhe disse, acho que você a espantou com aquele presunto. Quantas vezes precisamos dizer que aquela receita de presunto precisa ser queimada?

— A vovó Dora me deu aquela receita.

— Bem, então assim que ela pendurar as chuteiras, você precisa jogar a receita dentro do túmulo com ela.

A mãe fez um som horrorizado e depois riu. — Ela vai acertar as contas com você quando souber disso.

Joe sorriu porque sabia que a mãe tinha razão. A vovó Dora acertaria as contas. Ele e a avó implicavam um com o outro sobre coisas que a maioria das pessoas não brincava e, em alguns casos, nem mesmo falava sobre elas. Mas era isso que tornava a avó especial. Ela não era como todas as outras avós do mundo.

Ele ouviu o suspiro longo e sofrido da mãe no telefone. — Eu podia jurar que Demi se divertiu enquanto esteve aqui.

— Ela se divertiu, mamãe. Mas não é esse o problema. Maggie nunca deveria ter me dado a carta nem falado nada sobre o caso da guarda. Não era o momento nem o local.

— Maggie se sente horrível por causa daquilo. Ela estava empolgada para dar a notícia a você. Só está tentando ajudá-lo e faz isso contra a vontade de Aaron.

Joe segurou o saco de gelo para que não escorregasse do joelho machucado. — E qual é o problema com Aaron? Ele está fazendo uma confusão por nada. — Joe sabia que não era uma avaliação justa do humor recente de Aaron, mas a mãe não conhecia a história inteira e ele não pretendia contar os detalhes.

— Ele é sensível — disse ela. — Sempre se sentiu como se houvesse uma competição entre você e ele. Você deveria telefonar a ele e dizer que não há nada com que se preocupar. Diga a ele que não está apaixonado por Maggie e que nunca tentaria se intrometer entre eles. É só o que ele precisa ouvir.

Joe não tinha certeza de que algum dia conseguiria fazer aquilo. —

Ele disse isso?

— Eu sou mãe. Eu sei essas coisas.

Um cheiro de queimado e uma nuvem de fumaça fizeram com que ele se lembrasse que colocara um prato congelado no forno. — Preciso ir, mamãe. O jantar está chamando.

Ela mal teve tempo de se despedir antes que ele se levantasse apressado, deixando o saco de gelo cair no chão e jogando o telefone sobre o sofá. Ele pegou um pano, puxou o jantar queimado de dentro do forno e jogou-o dentro da pia.

A fumaça subiu e ameaçou encher a cozinha.

Ele correu para a porta da frente e abriu-a. Em seguida, esfregou os olhos e piscou algumas vezes para ter certeza de que não estava vendo coisas. Demi estava parada do lado de fora da porta, com o rosto pálido e os olhos meio arregalados, cheios de preocupação.

— Demi? O que foi?

Ela estendeu a mão e pegou o braço dele, puxando-o em direção ao apartamento dela. — É Ryan. Ele está com febre há algumas horas e não está chorando como normalmente faz. Nate não telefonou de volta e não sei o que fazer.

Deixando a porta aberta, Joe a seguiu até o apartamento dela e ao quarto de Ryan. Os olhos de Ryan estavam bem abertos. Ele mexeu as perninhas e os cantos da boca se levantaram. — Olhe para isso — disse Joe. — Ele sorriu para mim.

Ela colocou a mão sobre a lateral do berço e tocou na testa do bebê. — Ele não está sorrindo para você. Está com gases.

Joe não acreditou no que ela disse, mas não pretendia discutir. Ele inclinou a cabeça para olhar melhor para o filho. O garoto parecia igual ao de sempre. Ele colocou a mão dentro do berço e tocou na testa do filho, como Demi acabara de fazer. — Você tem razão. Ele está quente. Há quanto tempo está assim?

— Ele estava quente hoje de manhã. Não dei muita atenção até que ele não acordou para tomar a mamadeira da tarde. Foi quando decidi medir a temperatura dele. Às quatro da tarde, estava uns 37,5 e agora há pouco, quando medi novamente, estava um pouco acima disso. Foi quando resolvi telefonar para Nate.

— Você leu alguma coisa sobre temperaturas naquele livro de bebês que tem?

Ela assentiu. — Lá diz para verificar se o bebê não está coberto demais.

Cobertores em excesso ou camadas demais de roupas.

— O seu computador ainda está ligado?

Ela assentiu novamente.

— Você se importa se eu usá-lo para procurar algumas coisas?

— Está sobre a mesinha no outro quarto.

Joe foi até lá e, logo depois, Demi entrou no quarto segurando Ryan nos braços. — Achou alguma coisa?

— Diz aqui que a melhor leitura é ao medir a temperatura no reto.

— Eu usei um termômetro na orelha.

— Recomendam esperar vinte minutos se o bebê tiver tomado banho.

— É mesmo? Diz isso aí?

— Por quê? Você deu banho nele?

— Sim, e não tenho um termômetro retal.

— Eu tenho um no meu apartamento.

— Você pensou mesmo em tudo, não foi?

— As pessoas na loja onde eu fui ajudaram muito. — Ele foi até a porta, dizendo que voltaria em breve. E voltou em tempo recorde. Ele retirou o termômetro do invólucro de plástico e segurou-o no ar. — Você já fez isso antes?

— Não — respondeu Demi. — O termômetro para orelha pareceu uma opção melhor na época.

— Eu entendo você, mas é melhor cobrir todas as bases antes de entrarmos em pânico. — Ele gesticulou em direção ao quarto de Ryan. — Vamos?

Ela o seguiu até o quarto do bebê e colocou Ryan sobre o trocador.

— Precisamos tirar a fralda dele e ter cuidado para não inserir o termômetro muito fundo.

— Vá em frente e faça isso — disse Demi. — Eu o manterei distraído. — Demi beijou o rosto de Ryan e começou a conversar com ele sobre todas as coisas maravilhosas que fariam juntos um dia.

Joe não gostava da ideia de não fazer parte daquela diversão toda. Ele soltou a fralda e examinou a situação por um minuto antes de tentar fazer alguma coisa com o termômetro.

— Já terminou?

— Nem comecei ainda. Dê-me um minuto.

— Não se surpreenda se ele...

— Tarde demais. Nojento.

Ele ignorou o sorriso no rosto de Demi. O termômetro apitou e ele rapidamente o removeu. — Diz aqui 37 graus, então está tudo bem.

— Não deveria ser 36,5? — Ela entregou a ele um lenço umedecido.

— Se a temperatura retal fosse 38 ou mais, teríamos motivo para nos preocupar. Por que não esperamos para ver o que o médico tem a dizer?

Os minutos se passaram enquanto eles ficaram sentados na sala esperando que o telefone tocasse. Segurando Ryan nos braços, ele observou o garoto sugando a mamadeira. Demi estava sentada na cadeira em frente a ele, com o rosto pálido.

— Tente não se preocupar — disse ele. — Não há nada que possamos fazer até sabermos o que há de errado, se é que há algo de errado. Tive uma ideia. Por que não fazemos como a minha família faz quando tentamos não nos preocupar demais com alguma coisa?

— E o que a sua família faz?

— Conversamos sobre outras coisas. — Ele a viu brincar com os polegares no colo e morder o lábio inferior. — Diga-me como foi crescer na cidade de Nova Iorque.

— Eu não saberia nem por onde começar.

— Como você era quando pequena?

— Acho que se pode dizer que eu agradava as pessoas.

Ele ergueu a sobrancelha interrogativamente.

— Eu fazia qualquer coisa e tudo para tentar deixar meus pais orgulhosos. Não é uma coisa fácil de fazer. Era mais fácil conseguir a atenção deles fazendo algo de errado, como deixar marcas de dedos na mesa de vidro.

Joe queria afastar a mente dela de Ryan, mas viu que ela ficara agitada com as lembranças e ficou com pena.

— Conte-me mais sobre a sua irmã — pediu ele.

— Meu pai chamava Laura de Mona Lisa, perfeita em todos os aspectos. Ela sempre conseguia fazer tudo certo, o que deixava meu pai extremamente feliz. A Laura que você conheceu na semana passada não é a mesma irmã com quem eu cresci. Ela me disse que entrou para uma banda e é a cantora.

— E ela é boa?

— Não faço a menor ideia. Eu nunca ouvi a minha irmã cantando. Mas também nunca a vi tão feliz. — Ela ficou pensativa por um momento antes de dizer: — Mas os meus pais... As pessoas que conheceu são definitivamente os mesmos de sempre. — Ela colocou os pés sob o corpo.

— Acha que algum dia eles aceitarão você e a sua irmã como são?

— Do jeito deles, acho que estão tentando. — Demi suspirou. — Em resumo, meus pais são ricos, sofisticados, poderosos e têm muitos contatos, crème de la crème da sociedade de Nova Iorque. Minha mãe adora qualquer

coisa que brilhe. Ela também adora dinheiro, bolsas caras e escândalos financeiros.

— E o seu pai?

— Como você provavelmente notou, ele é um homem muito sério que adora a firma de advocacia em primeiro lugar e a minha irmã em segundo.

— Eu sinto muito.

— Não sinta. Eu os amo e cada um deles me ama do próprio jeito especial. Se não fosse pelo amor da minha mãe por cozinha sofisticada, eu nunca teria desenvolvido uma predileção por pratos elaborados de peito de frango com rabanete ou sopa de cenoura com azeite de oliva.

— Parece delicioso.

Ela sorriu do sarcasmo dele.

— Para alguém que fala sobre o amor que tem por comida como você — comentou ele —, até que não come muito.

— Eu experimentei do melhor. Sou exigente.

Ryan parou de sugar a mamadeira e Joe o ergueu até o ombro, onde já deixara uma toalha limpa. Ele bateu de leve nas costas do bebê.

— Você está ficando bom nisso.

— Estou tentando.

— Obrigada por me ajudar hoje à noite, especialmente depois da forma como eu o tratei.

— Eu entendo por que você ficou chateada. Maggie não deveria ter levado aqueles papéis naquele dia.

— Falando nisso, qual é o lance entre você e Maggie?

— Como eu disse antes, somos amigos há muito tempo.

— Não posso ser amigo de alguém que não é honesto comigo.

— É a verdade — disse ele.

Ela inclinou a cabeça. — Você entra em modo de negação quando se trata do que sente por Maggie ou acha que todo mundo à sua volta é cego?

— O que quer dizer?

— Aaron o deixou com o olho roxo e obviamente teve a ver com Maggie. Duas vezes eu vi você olhando para ela com ânsia e desejo. Seus sentimentos por Maggie também explicam por que um cara agradável e bonito como você ainda está solteiro.

— Então, acha que sou agradável e bonito?

Ele estava definitivamente em estado de negação, decidiu ela. — Acho que você tem um ego do tamanho do monte Everest. É isso o que eu acho.

~~~

Maggie seguiu Aaron até o closet do quarto de hóspedes e observou enquanto ele vasculhava entre sacos de dormir, travesseiros extras e uma pilha de doações pendentes até encontrar a mochila que procurava.

Ela colocou as mãos nos quadris. — Não acredito que esteja indo embora.

— Não acredito que você ajudou Joe na decoração do quarto e depois foi à casa da mamãe sabendo que ele estaria lá.

Ela o seguiu pelo corredor até o quarto deles, onde ele jogou a mochila sobre a cama. — Eu ajudei o seu irmão Garret com a decoração também, quando Bailey nasceu. Eu disse a você desde o início que ajudaria Joe e é isso que estava fazendo. Aquela carta da CryoCorp dará ao seu irmão a chance de ter um relacionamento com o filho dele. Isso devia significar alguma coisa para você.

O rosto de Aaron ficou vermelho quando ele espetou um dedo no ar. — É exatamente por isso que eu não queria mudar de volta para Los Angeles. Mas você insistiu. Como eu confiava e amava você, acabei concordando.

Ele riu. — A parte mais engraçada dessa história sórdida é que o voto imbecil de Joe está começando a fazer sentido depois desse tempo todo. Joe, o jogador de futebol que se preocupava mais com uma bola idiota do que deveres de casa ou notas da escola, acabou sendo o mais inteligente de todos nós. Quem diria.

Maggie suspirou. — Do que você está falando?

— O voto sobre o qual eu lhe falei. Joe fez com que todos nós furássemos o dedo com uma agulha e deixássemos cair uma gota de sangue no papel onde ele escreveu o voto que tivemos que repetir em voz alta. "Eu nunca, sob circunstância alguma, beijarei Maggie Monroe, sairei com Maggie Monroe nem terei um relacionamento com Maggie Monroe enquanto viver, porque a irmandade sempre vem primeiro". — Ele levantou o dedo novamente disse: — "Eu, Aaron William Jonas, nunca deixarei que uma mulher, mais especificamente Maggie Monroe, fique entre nós e que acabe com a ligação que tenho com os meus irmãos".

Maggie soltou uma risada nervosa, principalmente porque não podia acreditar no que estava ouvindo nem que Aaron se daria ao trabalho de mencionar o voto absurdo em um momento tão horrível.

— Vá em frente, ria, Maggie. Mas é verdade. Joe é apaixonado por você desde o começo dos tempos e devia saber que também era apaixonada por ele. Mas não queria estragar o relacionamento dele comigo e nunca foi atrás de você. Isso está claro para mim agora. Ele sabia o tempo todo o que

aconteceria se um de nós quebrasse o voto.

— E o que exatamente aconteceria, Aaron?

— Quem quebrasse o voto, no fim das contas, teria que desistir de um para ter o outro.

— Engraçado — disse ela. — A única pessoa que vejo escolhendo alguém é você.

Aaron continuou jogando roupas dentro da mochila.

— Eu não estou apaixonada por Joe — disse ela ao tocar no ombro dele e sentir os músculos se retesarem. — Eu nunca estive. Eu amo você. Nunca amei ninguém além de você. Sempre achei que soubesse disso.

Ele se afastou e desapareceu no banheiro para pegar os artigos de toalete. Quando voltou, jogou as coisas dentro da mochila juntamente com o restante. Em seguida, virou-se para ela e disse: — Foi você quem me fez escolher, Maggie. Pedi a você que não se envolvesse nos problemas de Joe, mas não me deu ouvidos. — Ele fechou a mochila. — Por causa da vida ocupada que temos, nunca tivemos tempo para ir ao cinema nem jantar fora. Mas, assim que Joe tem um problema, você subitamente está livre como um pássaro. Nada além de tempo suficiente para encontrá-lo no tribunal ou discutir os problemas dele pelo telefone. Não conseguiu dizer não para ele. Mesmo depois que ele a beijou no tribunal, provando o que acabei de dizer, ainda assim não conseguiu dizer não.

Ela seguiu Aaron pela casa até a porta da frente. — Ele é seu irmão. Já parou para pensar que a família Jonas também era a minha família? Já parou para pensar em como eu me senti, sabendo que todos vocês assinaram um pedaço de papel idiota para me manter de fora do seu clubinho bobo? Fizeram um voto imbecil para me manter fora da vida de vocês?

Aaron saiu pela porta.

Ela o seguiu até o carro. — Depois que sua mãe deixou você e o seu pai, para quem acha que ele contou todas as mágoas?

Ele não pareceu interessado enquanto jogava a mochila no porta-malas do carro.

— Foi para a minha mãe, em cujos seios pálidos seu pai enterrou a cabeça e a quem contou todas as angústias.

Aaron não disse uma palavra.

— Quando meu pai descobriu o caso amoroso deles e finalmente cansou dele, partiu sem dizer adeus para mim. Eu não o vi mais depois disso. E nem fui eu quem o traiu.

Aaron finamente olhou para ela, com os olhos repletos de choque.

— Algum de seus irmãos alguma vez se preocupou em saber como eu estava, em saber que a minha vida estava se esvaindo pelo ralo enquanto vocês se uniam e faziam votos de sangue?

— Eu não sabia.

— Porque nenhum de vocês se importava com mais ninguém além de si mesmos. E, durante o tempo todo, antes e depois, quando fui para a faculdade, eu sempre soube que você era a pessoa certa para mim e que um dia me procuraria. E isso fez com que tudo de ruim na minha vida ficasse tolerável. Porque eu sabia que era você quem me conhecia melhor e que mais me amava. — Ela cruzou os braços. — Mas você tem razão. Não deveríamos ter voltado para Los Angeles. Acabou sendo algum tipo de teste idiota. Um teste no qual não passamos. Mas não se preocupe comigo porque não preciso de você, Aaron. Fiquei sozinha durante a maior parte da minha vida. Não preciso de ninguém.

8 comentários:

  1. posta maais !!
    vaai, continuaaa..
    - liia aqui ;*

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  2. Amandooooo...... continuaaaaa.......

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  3. Achei tão fofo ele mandando flores e mais flores pra ela, tentando se desculpar de qualquer maneira mesmo que não tivesse culpa, dizendo que sentia falta deles. Vamos lá Demi , deixa ele continuar se aproximando. Posta
    Nanda

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  4. heey amoor, pode postar mais ja..
    ta tarde ja, diminue o tanto de coments
    beijoo
    to amando

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  5. Ai que lindooooooooo eu sou apaixonada pelo seu blog , posta mais , aumenta essa maratona kk'

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