4.1.15

Capitulo 36

OIII!! É a Mari aqui, eu acho que vcs nem lembram mais de mim pq já tem séculos que eu não posto aqui nesse blog hahaha Bom, eu fico muito feliz com cada comentário, em saber que vcs estão amando a fic. aproveitem!!! e não se esqueçam de comentar!!! Beijoooos <3
 

JOE

Dirigi meu carro para Ipanema e o deixei em frente ao prédio em que Matheus morava. Subi direto, os porteiros me conheciam, já que frequentava ali há muitos anos. Toquei a campainha e quando ele abriu, sonolento, entrei empurrando-o do caminho, tremendo.

- Você transou com ela?

- Tá maluco, porra? – Matheus se voltou para mim, furioso. – Fora daqui, Joe.

Eu me virei, com tanto ódio que, se encostasse nele, o mataria de tanta porrada. - Demi passou a noite aqui no domingo?

Matheus encarou-me friamente.

- Você devia saber a resposta.

- Não brinque comigo, Matheus. Eu estou por um fio!

- Foda-se!

- Ela dormiu aqui ou não? – Fechei os punhos, minha voz cortante como navalha.

- A namorada é sua e ainda não a conhece? Eu que a vi poucas vezes já saquei que não é o tipo que namora um e dorme com outro. Está cego e burro?

- Ela saiu com você.

- Eu a deixei em casa.

- Mentira. Fui lá e não estava.

- Eu a deixei em casa. – Matheus repetiu. – Em Nova Iguaçu, uma casa bem pobre. Eu a vi entrar e só então fui embora.

- Eu fui lá. A mãe dela disse que Demi não estava.

- Devia estar dormindo e não sabia.

Eu o olhei, tentando ver se mentia. Matheus sempre foi péssimo mentiroso. Mas me encarava de volta, irritado. E Demi havia dito a mesma coisa.

Então me dei conta do que já sabia o tempo todo. É claro que ela não tinha dormido com Matheus e mais ninguém. Só comigo.

Senti a culpa me rasgar por dentro ao lembrar do que fiz, do modo que a tratei, como ficou quando desprezei a gravidez, a acusei de dar um golpe e ainda pior, quando viu Juliane no quarto e soube de tudo. A única coisa ali da qual eu era inocente era a acusação de ter transado com Juliane.

Passei a mão pelo rosto e sentei no sofá, nervoso. Suas lágrimas, o modo arrasado como saiu do meu apartamento, seu olhar ... Não saíam da minha cabeça. Eu não conseguia mais pensar ou ver nada na frente. Estava agoniado, nervoso, culpado.

- Que merda você fez agora? Além de levar a menina no clube? – Matheus foi até o bar e preparou duas doses de uísque. Me entregou uma. Eu precisava mesmo. Tomei de um gole. Ele sentou em outro sofá, me observando.

- Fui um babaca.

- Até aí, novidade nenhuma.

Eu o encarei.

- Fiquei com ciúme dela com você. Meti na cabeça que é uma interesseira, mesmo nunca me dando motivos de pensar nisso.

- Você está confundindo Demi com essas putas que vive pegando.

- É, foi isso mesmo. Mas o negócio é mais complicado.

- Vá atrás dela e peça desculpas.

- Não dá. A cagada foi grande demais. – Encarei-o. – Na madrugada de domingo fui para uma orgia e ela descobriu tudo. Viu fotos.

- Que merda ... – Balançou a cabeça.

- Hoje pegou a irmã no meu quarto.

Matheus franziu o cenho, sério.

- E descobriu que fiz um acordo com a irmã, pra chegar perto de Demi com mais facilidade, pois estava fazendo jogo duro. Eu queria tirar a virgindade dela. - Ela era virgem e você ainda achou que estava dormindo comigo?

- Sei lá, fiquei cego.

- Não, Joe, você vê os outros pela maneira que você mesmo age. Tá acostumado a ser um piranha, a viver em orgias e esperou o mesmo dela.

- Porra, eu só fiz burrada. – Esfreguei o rosto.

- Agora aguenta. Eu não sei, mas Demi me pareceu uma moça centrada, séria, honesta. Se não viu isso, não pode acusá-la de nada.

- Já acusei de tudo.

- Fica difícil perdoar tanta coisa. – Deu de ombros.

- Mas está esperando um filho meu.

Matheus ficou imóvel, me olhando. Indagou baixo:

- Ela está grávida?

- Está. Acabei de saber.

- E o que fez?

Eu me levantei, tenso.

- O que eu fiz? Eu disse que foi um golpe porque sou rico. Depois mandei fazer um aborto e então perguntei se o filho era seu.

- Meu? Puta merda, você é incrível! De onde sai essas ideias? Só pode ser de uma cabeça suja. – Falou, irritado. – Merece que ela nunca mais olhe na sua cara, grávida ou não.

- O jeito que ficou ... – Sacudi a cabeça, nervoso, não aguentando nem lembrar dela de pé no quarto, pálida, as lágrimas pingando nas fotos. E como me olhou.

- Eu sou seu amigo e estou com vontade de te dar uma surra. Imagino ela.

- Eu vou reverter isso. – Olhei-o, decidido. – Sei que errei feio, mas estava confuso, me deixei levar pelo ciúme. Porra, nem tava a fim de transar com outras mulheres!

- E por que transou?

- Fiquei com medo de me envolver demais com Demi. Nem eu mesmo me entendo.

- Não me leva a mal, Joe, mas você não merece essa mulher.

Apesar de saber que era verdade, eu o olhei com raiva.

- E quem é que merece? Você?

- Se eu a tivesse visto primeiro, nem deixaria você chegar perto dela. – Levantou-se, sua expressão fechada. – E com certeza não a faria sofrer desse jeito.

- Só falta me dizer que está apaixonado.

Quando ele não respondeu, eu cerrei os olhos, fitando-o com dureza.

- Você mal a conhece.

- Mas gostei do que vi.

- Que porra é essa, Matheus? Demi é minha.

- Depois disso tudo? Ela não é sua. E digo mais, gravidez não obriga uma mulher a aturar

um cara safado, que a trai com a primeira que aparece. Não fique se garantindo que vai tê-la na mão por que vai ter um filho seu.

- Vamos ver. – Falei seco. E ameacei, irritado: - Só um aviso: fique fora do caminho. Essa história não é sua.

- Você não me dá ordens. Respeitei você e Demi enquanto estavam juntos. Desde o momento que estão separados, não devo nada a ninguém.

Minha vontade era a de cair na porrada com ele. O clima entre nós ficou tenso, pesado. E seu olhar dizia que falava sério. Estava a fim de Demi.

- Que seja. – Disse puto. - Mas ela me ama e vai ficar comigo.

- Se isso acontecer, espero que deixe de ser esse babaca presunçoso e dê o valor que ela merece.

- Meta-se com a sua vida. – Fui em direção à porta, antes que o clima entre nós piorasse. Saí puto, sem me despedir.

Fui parar na mansão da minha avó, sem conseguir parar de pensar em Demi e me sentir culpado. Minha cabeça girava, meu peito doía. Estava sem rumo, perdido como uma criança, sem saber dar os primeiros passos.

Ela já estava em seu quarto, recolhida para dormir. Mas me recebeu preocupada, enquanto nos sentávamos na beira da cama.

- O que houve, Joe?

- Demi está grávida.

Ficou muda, empalidecendo.

- O quê?

- Teve um dia que bebi demais e não usei preservativo.

- Joe!

- Eu sei. Foi uma burrada. Mas agora está feito.

- Não acredito. Eu te falei tanto para tomar cuidado! – Estava lívida. – E tem certeza que o filho é seu?

- Tenho. – Falei cansado. Não conseguia parar de pensar, sem ter paz, minha consciência pesando.

- Mesmo assim, precisa de um teste de DNA. – Balançou a cabeça, desolada. – Eu não falei que ela estava só esperando para dar um golpe?

Eu a fitei. Percebi sua preocupação, entendia seus motivos. Passou a vida se lamentando por não ter impedido meu pai de se matar, sabendo que a culpa era da minha mãe. E agora tinha medo que uma mulher tentasse fazer o mesmo comigo. Mas não concordei com ela.

- Não foi um golpe, vó.

- Claro que foi! Ela é esperta. O que você fez quando contou da gravidez?

Estava tão cansado, tão perturbado com tudo aquilo, que caí para trás sobre a cama e fiquei lá. Minha avó, como se soubesse que eu precisava de mais do que críticas, acariciou com carinho o meu cabelo. Disse baixinho:

- Quando você era garoto, achava que tinha fantasmas aqui. Aparecia de madrugada e vinha se deitar na minha cama. Lembra disso?

- Lembro. E a senhora sempre me deixava ficar.

- Claro que sim. Era tão pequeno ainda e só tinha a mim. Aí acabava fazendo as suas vontades. – Seus dedos levemente tortos pela artrose continuavam em meu cabelo. – Nunca gostei que sofresse e acho que por isso dificilmente eu lhe dizia não para alguma coisa.

Era verdade. Eu era o reizinho da casa. Cresci mimado, acostumado a ter as coisas a minha maneira. Para mim nada era impossível. Sempre dei meu jeito de conseguir o que eu

queria e com Demi não tinha sido diferente. Eu consegui tudo, para jogar tudo fora.

- Está apaixonado por ela? – Dantela perguntou de repente.

Eu não queria saber da resposta. Sabia que sim, mas ao mesmo tempo era algo contra o qual sempre lutei. E agora eu não entendia como fui fazer tanta besteira junta. - Eu gosto de Demi.

- Gosta ou ama?

Minha garganta estava travada.

- Gosto. – Não admiti que era mais do que isso.

- O que pretende fazer?

- Tenho que sentar com ela e conversar.

- Vocês ainda estão juntos?

- Não.

- Que surpresa! É que você está parecendo triste. Aconteceu mais alguma coisa?

E então eu desabafei. Contei tudo que tinha acontecido, desde a festa de casamento no sábado até aquela noite. Ela ficou quieta, escutando. Por fim, continuei deitado, um pouco mais aliviado por ter extravasado a minha culpa.

- Você estava se protegendo. Não sabe ao certo como essa menina é.

- Não, eu peguei pesado demais. E sei que ela não merecia. – Fechei os olhos, com um aperto horrível no peito. A imagem de Demi lá no quarto, arrasada, seus olhos desolados e chocados, não saía da minha mente. A culpa era tanta que meu peito doía.

- Ainda acho que engravidou de propósito. – Minha avó desceu a mão do meu cabelo até meu rosto. – Mas não fique assim. Agora não adianta chorar sobre o leite derramado.

Era verdade. Eu não podia voltar atrás em tudo que tinha feito e isso era o pior, o remorso me corroendo, saber que a tinha magoado de propósito. Sentei na cama, suspirando, minha mente trabalhando o tempo todo, buscando uma maneira de diminuir os danos.

- Escute, Joe. – Minha avó começou e me virei para ela. Fitava-me, séria. – As pessoas não entendem, muitas acham que somos frios. Mas quando temos muito dinheiro, temos que ser desconfiados. Por que muitos se aproximam de nós só por interesse. É difícil saber quem gosta realmente da gente.

- Eu sei disso.

Ela acenou com a cabeça.

- O que você fez foi isso. Não sabia quem ela era. Não agiu errado.

- Vó, eu transei com tantas mulheres naquela festa que nem sei quantas. E com outras, no clube e em casa. E já estava sério com Demi. Com nenhuma delas eu quis realmente ficar. Dispensaria cada uma por ela. Não fui levado nem pelo desejo nem pela paixão. Fui quase que me obrigando. Sabe por quê?

- Por insegurança?

- É. Por medo de estar sendo um bobo apaixonado, medo de me entregar e ficar nas mãos dela. Como meu pai. Só pensei em mim, não no que eu queria, pois nenhuma daquelas mulheres me fez falta. E não foi só isso. Usei meu ciúme e minha desconfiança como arma. Fiz tudo de propósito.

- É o que estou dizendo. Fica difícil saber quem nos ama de verdade e quem só se aproxima por interesse. – Ela balançou a cabeça. – O pior que fez aí foi o acordo com a irmã dela.

- Eu nem sei. – Levantei, passando as mãos pelo cabelo. Inclinei-me e beijei seu rosto, muito perturbado, precisando de uma coisa que eu não conseguia: paz. Em seu lugar só a ulpa me remoendo. – Vou para casa.

- Por que não dorme aqui hoje?

- Não. Prefiro ir. Cuide-se, vó. E obrigada por me ouvir.

- Venha sempre que precisar. Mas meu filho ...Não se sinta tão culpado. Afinal, ainda acho que ela pode ser sim uma interesseira. Faça o teste de DNA e fique de olhos abertos.

Eu estava cansado. Não aguentava mais falar sobre aquilo.

Quando saí de casa, dirigi pelas ruas quase desertas com Demi na minha frente.

Estava preocupado, imaginando como ela deveria estar, como tinha chegado em casa. E como ficaria lá, sob o mesmo teto que a irmã, depois de tudo. Seus olhos não saíam da minha mente. Sem a vida e aquele brilho todo de antes. Não parecia mais ela. Era como se tivesse deixado uma parte sua morta naquele quarto. E eu me sentia um assassino.

Apertei o volante com força, emoções fortes me corroendo, coisas que nunca senti antes me golpeando. Percebi o quão baixo eu havia chegado, finalmente conseguido o que tanto quis: afastar a ameaça que Demi era para mim. Agora eu não precisava mais ter medo de ficar nas mãos dela. Tinha estragado tudo.

Queria vê-la tão desesperadamente que doía. Queria dizer que lamentava e pedir perdão. Mas ao mesmo tempo me sentia ainda prisioneiro de mim mesmo, dos meus medos e do meu orgulho. Sem as desculpas esfarrapadas que arranjei para meu comportamento, eu me via a olho nu e me envergonhava de quem era.

Revia e revia toda a cena desde que Demi chegara ao meu apartamento, sem conseguir impedir. E a cada vez a culpa aumentava, eu pensava no seu sofrimento e me preocupava de como estaria.

Seu sorriso tão aberto e os olhos apaixonados para mim eram um lembrete de como tinha sido e de como era ao sair do meu apartamento, destruída. Algo parecia rasgar meu peito e dei uma porrada no volante, com ódio. - Porra!

Respirei irregularmente, tanta dor e culpa vindo fundo que não sabia mais o que fazer para aliviar aquilo. Eu tinha que procurar Demi, tentar reverter um pouco daquele mal, mesmo sabendo o quão grande tinha sido o estrago.

Mas naquela noite seria em vão. Então fui para minha casa e tentei dormir. Tentei, pois tudo o que fiz foi rolar nos lençóis pensando nela, agoniado, desespero martelando no fundo de mim.
 

17 comentários:

  1. Posta logo por favorrrrr.

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  2. Joseph tá merecendo sofrer só mais um pouquinho!!
    Preciso saber como a Demi está, o que ela vai fazer e como vai ser as coisas de agora em diante!
    Posta logo por favor!!!

    - Camilla.

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  3. CARA, PERFEITO!!!
    PRECISO DE MAIS PRECISO DE MAIS!!!!
    TENHO QUE SABER O QUE VAI ACONTECER A AGORA!! O QUE A DEMI VAI FAZER?? E O JOE VAI FAZER O QUE PARA REVERTER ESSA SITUAÇÃO???
    POSTAAAAAAAAAAA

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  4. O Joe vai ter que mover céus e terra para fazer Demi perdoa-lo...... o Matheus vai com tudo pra cima dela..... continua logo por favor......

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  5. Verdade a o Joe vai ter que mover céus e terras para ter a Demi de volta!!
    E tenho certeza que enquanto ela não perdoa ele o Matheus vai tentar se aproximar dela.
    Quero ver o dia em que a avó do Joe vai perceber que a Demi não é interesseira.
    Posta logooooo

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  6. Joe tem que ir atrás do que perdeu!! E o Matheus tem que ficar quietinho no canto dele e não atrapalhar!
    Posta logo!

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  7. Saudade mariiiiiiiiiii, stay with usssssss
    Ta demaissss, postem logo ❤️❤️

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  8. Posta logo por favor, Mari! Ta prft!!!!

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  9. Posta logo Bruna ou Mari, por favorrrrr!!!!

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