29.1.15

Sem Limites - Capitulo 15

Oi xuxus ♥ Tudo bom? Aqui está o segundo que prometi! Ia postar antes, mas as visualizações estavam muito baixas (apesar dos comentários) e eu queria q tivessem mais, p n atrapalhar a leitura de ngm... Mas enfim, aqui está! Comentem para o próximo! Bjs, amo vcs ♥
Bruna

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Joe não estava mentindo quando disse que queria me vestir: recolocou o meu sutiã e me deu um beijinho no ombro antes de enfiar a blusa pela minha cabeça.

– Prefiro que você que aqui enquanto vou procurar a Bethy. Com esse ar satisfeito na cara, está para lá de sexy. Não quero acabar brigando com alguém.

Mais elogios. Não sabia se algum dia iria me acostumar com aquilo vindo dele.

– Eu vim aqui com a Bethy porque estava tentando incentivar a minha amiga a não transar com caras que nunca iriam considerá-la mais do que uma diversão. Aí você veio junto e olhe eu aqui no banco de trás do seu carro. Sinto que devo uma explicação a ela.

Joe demorou para responder. Passou algum tempo me estudando, mas no escuro não consegui ler muito bem a expressão do seu rosto.

– Estou tentando entender se a sua intenção é dizer que estava fazendo aquilo que a incentivou a não fazer. – Joe tornou a se inclinar por cima de mim e enfiou a mão nos meus cabelos. – Porque agora que eu provei não vou querer dividir. Isto aqui não é só diversão. Acho que estou ficando viciado.

Meu coração deu um pinote dentro do peito e eu respirei fundo. Nossa. Então tá. Ai, meu Deus. Joe abaixou a cabeça e me deu um selinho antes de passar a língua pelo meu lábio inferior.

– Hummm, é. Fique aqui. Vou pedir para a Bethy vir falar com você.

Balancei a cabeça. Ele se afastou de mim e, antes de eu conseguir recuperar o fôlego, já tinha saído pela porta e caminhava em direção ao bar.

Ele podia até pensar que estivesse viciado, mas não tinha ideia das sensações que havia provocado em mim. Pelo menos ele conseguia andar. Eu jamais teria sido capaz de me levantar assim tão cedo.

Eu me sentei, vesti a minha saia e escorreguei até junto da porta. Tinha que sair e passar para a frente, mas ainda não confiava plenamente nas minhas pernas. Será que aquilo era normal? Um cara podia fazer você se sentir daquele jeito? Talvez houvesse algo de errado comigo. Eu não deveria estar reagindo assim a Joe... deveria?

Estava tendo um daqueles momentos em que realmente precisava de uma amiga mulher. A única que tinha era Bethy e estava quase certa de que ela não era a melhor pessoa para dar conselhos em matéria de homens. Eu precisava da minha mãe.

A dor que sempre surgia quando eu me lembrava dela voltou. Fechei os olhos para espantá-la. Não podia deixar aquela tristeza me dominar agora.

A porta se abriu e deparei com Bethy sorrindo para mim.

– Ora, ora, olha só para você... Se atracando com o maior gostosão de Rosemary no banco de trás do Range Rover dele. E eu achando que você queria um trabalhador.

Sua voz estava meio arrastada.

– Entre, Bethy, antes de cair de bunda no chão aqui fora – disse Joe atrás dela.

Olhei por cima do ombro da minha amiga. Ele estava com uma cara irritada.

– Eu não quero ir embora. Gostei do Earl. Ou será que o nome dele era Kevin? Não, espera, o que aconteceu com o Nash? Eu o perdi... acho que perdi... – Bethy não parou de tagarelar enquanto se acomodava no banco de trás.

– Quem são Earl e Kevin? – perguntei enquanto ela segurava o encosto de cabeça e, em seguida, se deixava cair no banco.

– Earl é casado. Disse que não era, mas é. Dá para ver. Os casados têm todos os mesmo cheiro.

Que papo era aquele?

A porta de Bethy se fechou e eu estava começando a fazer algumas perguntas para ela quando a do meu lado se abriu. Quando me virei, vi Joe ali em pé com a mão estendida para eu pegar.

– Não tente entender nada do que ela diz. Eu a encontrei no bar entornando uma rodada de seis doses de tequila que o Earl casado pagou para ela. Está loucaça.

Não era exatamente assim que eu tinha imaginado aquela noite. Pensara que os rapazes normais de uma cidade pequena fossem diferentes. Que talvez a tratassem com respeito. Mas, anal, ela estava usando um short minúsculo de couro vermelho. Pus a mão dentro da de Joe e ele apertou a minha.

– Não precisa explicar nada hoje. Amanhã de manhã ela não vai nem lembrar.

Ele devia ter razão. Saltei do carro e ele me puxou em direção ao peito antes de fechar a porta atrás de mim.

– Quero uma provinha desses doces lábios, mas vou me segurar. Temos que levar Bethy para casa antes que ela passe mal – disse ele com um sussurro grave e rouco.

Concordei. Também queria que ele me beijasse, mas precisávamos levar Bethy para casa logo. Comecei a me afastar dele, mas os seus braços me apertaram com mais força.

– Estava falando sério quando disse aquilo mais cedo. Quero você na minha cama hoje à noite.

Mais uma vez, tudo o que consegui fazer foi assentir. Eu também queria estar na cama dele. No m das contas, quando o assunto era homem, eu podia ser tão estúpida quanto Bethy. Joe me conduziu até o lado do carona e abriu a porta para mim.

– Foda-se aquela história de amigo – resmungou, segurando-me pela cintura para me ajudar a subir.

Sorrindo, observei-o dar a volta outra vez na frente do Range Rover e subir. – Está sorrindo por quê? – perguntou ele depois de se acomodar ao volante.

Dei de ombros.

– “Foda-se aquela história de amigo.” Achei engraçado.

Ele deu uma risadinha e balançou a cabeça antes de dar a partida no carro e sair do estacionamento agora lotado.

– Eu sei uma coisa que você não sabe. Sei, sim. Sei, sim – cantarolou Bethy.

Eu me virei para encará-la. Ela não estava sorrindo; seu rosto exibia uma expressão que se pretendia séria.

– Eu sei uma coisa – falou ela bem alto.

– Já escutei – respondi e olhei de relance para Joe, que não parecia estar achando a menor graça. Ele não era fã da Bethy embriagada.

– Um segredo grande. Enorme... e eu sei. Não era para saber, mas sei. Sei uma coisa que você não sabe. Você não sabe. Não sabe – recomeçou ela.

Perguntei o que ela sabia, mas Joe falou primeiro.

– Chega, Bethy.

Seu alerta foi claro. A frieza da sua voz chegou a me causar um arrepio.

Bethy uniu os lábios e fez o gesto de quem gira uma chave e depois joga fora.

Tornei a me virar para a frente pensando se ela saberia alguma coisa que eu devesse saber. Joe certamente estava agindo como se fosse o caso; parecia prestes a parar o carro e jogá-la para fora.

Como ele começou a mexer no rádio para tentar encontrar uma música, resolvi ficar quieta. Ele estava chateado porque Bethy sabia alguma coisa que não deveria saber.

Joe tinha muitos mistérios. Havia coisas das quais se recusava a falar. Nós sentíamos atração um pelo outro, mas nem por isso ele precisava me contar todos os seus segredos. Ou será que precisava? Não! É claro que não. Mas perguntei-me outra vez se estava disposta a dar uma parte de mim mesma a alguém que não conhecia de verdade. Ele era tão fechado. Será que eu conseguiria fazer aquilo com ele sem me envolver? Não tinha certeza.

Ele cobriu a minha mão com a sua. Quando me virei, vi que estava de olho na estrada, mas perdido em pensamentos. Tive vontade de perguntar, mas não estávamos nesse ponto ainda. Talvez nunca chegássemos lá. Será que eu deveria entregar a minha virgindade a um cara que, pouco tempo depois, sairia da minha vida sem qualquer esperança de algo mais?

– Essa vez foi a melhor de todas. Adoro trabalhadores. Eles são tão divertidos – disse Bethy do banco de trás com a voz arrastada. – Você deveria ter procurado mais, Demi. Teria sido mais inteligente. Joe não é uma boa ideia... porque sempre haverá Nan.

Nan? Eu me virei para olhar para Bethy. Minha amiga estava de olhos fechados e boca aberta. Roncou suavemente e entendi que nessa noite não teria nenhuma explicação para o seu comentário. Pelo menos não dada por ela.

Tornei a me virar para Joe, que havia largado a minha mão e agora segurava com firmeza o volante. Tinha também o maxilar contraído. Qual era a questão com a sua irmã? Nan era a sua irmã, não era?

– Nan é a sua irmã? – perguntei, observando-o em busca de alguma reação.

Joe apenas meneou a cabeça, sem dizer mais nada. Era a mesma reação da última vez em que eu a havia mencionado: ele se fechou por completo.

– Então o que a Bethy quis dizer? Em que o fato de a gente transar afetaria Nan?

O corpo inteiro de Joe estava tenso, mas ele não parecia querer dizer nada. Senti um peso no coração. Aquele segredo, fosse qual fosse, nos impediria de fazer qualquer outra coisa. Era importante demais para ele e, portanto, um alerta vermelho para mim. Se ele era incapaz de me contar algo que até mesmo Bethy sabia, nós tínhamos um problema.

– Nan é a minha irmã mais nova. Eu não... não posso falar sobre ela com você.

O jeito como ele disse “você” fez o meu estômago se revirar. Havia algum problema ali. Quis fazer mais perguntas, mas a tristeza e o sentimento de perda que se apoderaram de mim quando entendi que não iria dormir na cama dele nessa noite nem em qualquer outra me impediram. Aquele assunto não me deixaria chegar perto demais de Joe. Jamais deveria ter deixado ele me tocar como zera mais cedo. Não quando ele podia me descartar com tanta facilidade.

Ficamos em silêncio até chegarmos à sede administrativa do clube. Joe saltou do Range Rover sem dizer nada e acordou Bethy. Em seguida, ajudou-a a entrar. A porta estava trancada, mas Bethy tinha a chave. Havia resmungado alguma coisa sobre passar a noite ali, senão o seu pai iria matá-la. Não fui ajudá-la; não tinha energia. Só queria ir para a cama – minha caminha debaixo da escada, não para a cama nova que me aguardava.

Ao voltar para o carro, Joe continuou calado. Tentei entender por que ele se fechava daquele jeito sempre que o assunto era Nan e o que o comentário de Bethy poderia significar, mas nada fez sentido. Poucos minutos mais tarde, entramos na garagem de quatro carros. Assim que ele pôs a alavanca na posição de estacionar, desci. Não o esperei e fui até a porta, mas como estava trancada tive que aguardar ele vir destrancá-la.

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