31.12.14

Capitulo 27


DEMI

Na terça-feira cheguei em casa pouco depois das onze da noite, depois de um dia cheio de trabalho e em que praticamente me arrastei para a faculdade. Estava exausta, morta, caindo de sono. Muito também graças a noite anterior em que passei no apartamento de Joe e em que fizemos tudo, menos dormir.

Só de lembrar meu coração disparava. Ele era tão intenso em tudo! O modo como chegou à Universidade sem avisar e ficou com ciúmes do meu amigo Frank, como me pegou e saiu louco com o carro, quase me matando do coração e depois ... o desejo me dominava só de pensar em tudo que fizemos depois. Dentro do carro e continuando em seu apartamento.

Tinha acordado naquela manhã e encontrado um buquê de flores ao meu lado na cama, lindas, frescas, rosadas, com caules longos. Fiquei maravilhada, emocionada.

Levantei abraçada ao meu buquê e vi na poltrona ao lado uma caixa retangular. Quando abri, era um conjunto de blusa e saia de linho cinza pérola, lindo e de ótima qualidade.

Joe tinha comprado para mim, pois rasgara minha roupa na noite anterior e naquela manhã eu ia direto para o trabalho. Entrou no quarto vindo do banheiro, seus cabelos úmidos, usando uma toalha no quadril e outra no pescoço.

Eu deixei a caixa e as flores na poltrona e corri para ele, pulando em seu colo.

Riu surpreso e me segurou embaixo das pernas, que envolvi em sua cintura, enquanto beijava sua boca com paixão, sem me importar por estar toda descabelada, com cara de sono e usando apenas uma camisa dele.

Retribuiu o beijo e então afastei um pouco o rosto, acariciando a sua barba cerrada, dizendo com amor:

- Obrigada. Adorei acordar com as flores.

Ele apenas sorriu, caminhando comigo até a cama, seus dedos passando em minhas coxas nuas e bunda.

- Gostou? – Indagou rouco. – Que tal me mostrar como?

- Seu doido, temos que trabalhar!

- Dá tempo. Não pega no escritório às oito? Ainda são seis horas. E te levo de carro.

Eu sorri e me ocorreu algo, enquanto se sentava na beira da cama e eu ainda em seu colo:

- Como comprou as flores e a roupa a uma hora dessas?

- Bastou um telefonema. – Deu de ombros.

Meu sorriso se ampliou, pensando na simplicidade da resposta dele. No meu mundo as coisas eram mais complicadas.

- Agora vamos ao que interessa ...

- É, ao trabalho. Já namoramos demais durante a noite. – Provoquei, pulando fora de seu colo e me levantando.

- Aonde você vai? – Puxou-me com força e ri ao cair sentada na beira da cama à sua frente. Mas logo minha risada foi interrompida quando colou minhas costas em seu peito e sua mão se fechou em minha garganta, erguendo minha cabeça para trás em seu ombro e dizendo rouco: - Não me provoque.

- Ou o quê? – Arquejei, já bombardeada pelo desejo.

- Ou dou umas palmadas na sua bunda. E te ponho de castigo, amarrada ao pé da mesa para eu te foder à vontade.

- Não ... Você não faria isso ...

- Vou fazer. E é uma promessa. – Sua voz era rascante e me segurava firme. Eu tremia de tanto desejo. – Agora abra a camisa. Quero acariciar seus seios.

- Joe, eu ... Eu não posso faltar o trabalho. – Murmurei, mas já obedecia, tirando os botões das casas.

- Vou cumprir a promessa depois. Agora vou só te foder.

E quando a camisa ficou toda aberta, continuou segurando firme minha garganta e mordeu o pescoço, cravando seus dentes e depois percorrendo a língua. Sua outra mão já agarrava com força meu seio esquerdo, apertando-o, massageando-o. Estremeci, arrebatada, excitada ao extremo.

Girei a cabeça mais para trás e gemi, me encostando toda nele, que acariciou um seio de cada vez e depois desceu a mão por minha barriga, até chegar aos pelos púbicos. Ordenou:

- Abra as pernas. – E enquanto eu o fazia, esfregava os dedos em meu clitóris, fazendo-me estremecer e sentir ondas e mais ondas de tesão percorrendo meu corpo. – Isso, menina obediente. É assim que eu gosto. Mas isso não vai livrar você da surra na bunda, na próxima vez que nos encontrarmos.

- Ai ... – Mordi os lábios, agitada, agarrando seu pulso grosso quando enfiou dois dedos na minha vulva molhada e palpitante. Arreganhei mais as coxas, facilitando seu acesso, gemendo abafado quando subiu dois dedos da mãos em minha garganta e enfiou em minha boca.

- Chupe, menina gulosa ... – Lambeu o lóbulo da minha orelha.

Fiquei fora de mim, excitada ao extremo, enquanto me fodia com dois dedos na boceta e

dois na boca, seu corpo forte contra o meu por trás, sua língua me torturando. Pensei que fosse morrer de tanto tesão, o gozo já bem perto.

- Ainda não. – E puxou os dedos.

Senti-me abandonada, respirando irregularmente enquanto me fazia levantar e virara para ele. Ainda sentado, despiu a toalha e seu corpo nu e musculoso, com aquele pau grande e pesado, terminou de me impactar de vez. Luxúria e amor gritaram forte dentro de mim e me livrei da camisa. Gemi baixinho quando agarrou um punhado do meu cabelo na nuca e me forçou lentamente para baixo.

- Fique de joelhos e chupe meu pau, Demi.

Caí ajoelhada no tapete, entre suas coxas, já agarrando seu pênis com as duas mãos. Segurando brutalmente meu cabelo, e trouxe meu rosto para perto. Lambi a cabeça do pau, cheia de lascívia, ansiosa. E então abri a boca e deslizei sobre seu comprimento.

- Isso, minha putinha, chupa ... – Estava muito duro, pornográfico, suas palavras contribuindo com tudo mais para me enlouquecer. Esfomeada, eu o masturbava da metade para baixo com as duas mãos e chupava gulosamente a metade de cima até a cabeça. – Porra, que boca gostosa ...

Eu me deliciei com seu pau. Joe era todo uma tentação e eu estava completamente apaixonada por ele, de quatro, encantada, maravilhada, cheia de tesão. Fartei-me com ele, até que me puxou para o alto. Reclamei quando me obrigou a afastar a boca do seu pau e me jogou deitada na cama.

Mas logo gritava quando erguia e abria meus joelhos, sua cabeça entre eles até chupara duramente minha vulva com a boca aberta. Todo meu corpo latejou e ardeu, joguei a cabeça para trás gemendo e agarrei meus seios, acariciando os mamilos pontudos que doíam.

- Ai ... Ai, que gostoso ... – Dizia fora de mim, ondulando, despejando rios de lubrificação que ele pegava com a língua e com a boca aberta, se fartando, chupando, sugando. Comecei a suplicar: - Por favor, Joe ... Por favor, me fode ...

Ele ergueu a cabeça, lambendo os lábios. Levantou-se, alto e grande, moreno, seus cabelos negros em desalinho, seus olhos negros cheios de fogo, aqueles ombros largos, peito musculoso e pau gigantesco deixando-o como um macho alfa de primeira, pronto para tomar sua fêmea da maneira que lhe aprouvesse. Fiquei hipnotizada olhando-o, doida para lamber aquela pequena tatuagem em seu púbis, meter seu pau na boca, mas ao mesmo tempo tê-lo dentro da vulva que escaldava. Eu o queria todo, em todo lugar, me devorando. Estava doida de tanto tesão, ansiosa, tremendo.

- Quer que eu foda você? – Seu olhar era devasso, luxurioso. Pegou o preservativo na mesinha de cabeceira e já o colocou. Quando voltou à cama, eu abri as pernas, oferecida, mordendo os lábios. Ele sorriu e veio para cima de mim.

Olhava meus olhos, apoiando-se nos braços musculosos, acomodando o quadril entre minhas coxas. Perdi o ar quando seu pau buscou a minha entrada e me penetrou de uma vez, esticando-me, enchendo-me com aquela carne toda, arrebatando-me.

Agarrei sua bunda, apoiei os pés na cama e levantei os quadris para sentir suas arremetidas no mais fundo dentro de mim, em estocadas brutais e bárbaras, que chegavam a doer por ser tão grande e grosso, mas tão condenadamente gostoso que eu nem queria saber e me remexia, ansiosa por mais.

- Ser fodida assim é bom? – Exigiu saber, seus olhos queimando como uma fogueira negra.

- Muito ... Ah ...

- Gosta de um pouco de violência. Eu também, Demi. – Sua voz era pecado puro. Deitou-se mais sobre mim, apoiando o peso nos cotovelos, sem parar de dar as estocadas firmes,

uma de suas mãos se enfiando sob as minhas costas e imobilizando-me pela nuca. A mão direita ficou livre e disse baixo: - Vou te dar um pouco mais. Vire um pouco o rosto.

Olhei-o, sem entender, mas perdida demais no tesão para negar alguma coisa. Ofereci minha face e sua mão grande a acariciou. Então a ergueu um pouco e, sem que eu esperasse, me deu uma leve bofetada. Arregalei os olhos e seu pau se enterrou todo dentro de mim, seguido de mais outro tapa, que esquentou meu rosto.

O tesão veio ainda mais avassalador, junto om o susto e um certo medo. Nunca imaginei que deixaria um homem bater na minha cara, mas ali, naquele momento, sendo tão duramente fodida, senti como se fosse dele, submissa, para usar, comer e bater à vontade. Minha vagina entrou em combustão e convulsionou em seu pau, minha respiração ficou agitada, o coração batendo descompassado. Tomei outro tapa e gemi, fechando os olhos, pecaminosamente perto de gozar.

- Dê-me o outro lado. – Ordenou e virei o rosto, obediente, enquanto tomava uma bofetada apenas forte o bastante para esquentar, sem realmente machucar, mas o suficiente para ser decadente e cheia de tesão. – Isso, boa menina.

E me comeu com força, levou-me a patamares elevados de um prazer infinito, parando para acariciar meus seios, beliscar um mamilo e depois me dar outro tapa. Eu nunca sabia o que vinha. E então comecei a chorar, lágrimas desceram pelos cantos dos olhos, pois era tão grandioso que ficava difícil aguentar. Gozei forte, suplicando, sendo fodida sem descanso até estalar e girar, e me quebrar em diversos pedacinhos, desabando na cama.

Joe então me manteve firme embaixo dele e abriu minha vulva várias e incontáveis vezes com seu pau, até se enterrar todo e grunhir rouco, grosso, tendo um orgasmo poderoso.

Bem depois, quando estávamos arrumados e eu usava minha roupa nova, com um coque, bem arrumada em seu carro, fitei-me no espelhinho da bolsa e não consegui acreditar que era a mesma mulher suada, descabelada que deixava Joe fazer tudo o que quisesse e ainda pedia mais.

Minha vagina estava dolorida, inchada, cremosa. Até andar me excitava, me lembrava do motivo de estar assim. Quando parou em frente ao prédio em que eu trabalhava, virou-se para me olhar, elegante em seu terno cinzento, parecendo muito controlado e frio. Mas eu sabia bem do que era capaz.

- Vem para minha casa hoje, depois da aula?

- Joe, preciso passar em casa, dormir ...

- Pode dormir comigo.

- Até parece! – Ri e acariciei sua barba. Adorava aquela textura macia. – Você está acabando comigo. Vou ficar toda assada. E preciso mesmo ir em casa. Mal parei lá desde sexta-feira.

- Então isso é um não. – Resmungou.

- Vamos fazer assim. Amanhã você me pega na faculdade e passo a noite com você.

Certo?

- Que jeito, né? Poderia largar o trabalho e a faculdade e vir ser minha escrava sexual. – Disse na maior cara limpa.

- Claro! Você ia adorar. – Acabei rindo de novo.

- Se ia. Olha, não esqueça do casamento do Antônio no sábado. Eu vou ser um dos padrinhos, mas quero que vá comigo.

- Vou, sim.

- Já tem roupa? – Olhou-me com atenção.

- Não. Mas vou tirar um dia desses na hora do almoço para ver uma.

- Eu compro para você.

- Não, obrigada.

- Demi ...

- Não se preocupe, não vou envergonhar você. – Sorri, abrindo a porta do carro. Mas segurou meu pulso, sério.

- Eu não disse isso. Mas não tem necessidade de gastar com um vestido e ...

- Eu sei, talvez nunca mais usar. Mas eu quero. Fique tranquilo, tá? Agora preciso ir. – Beijei-o rapidamente e saí, antes que não resistisse e pedisse para me levar de volta para sua cama.

Agora, chegando em casa à noite, só podia estar cansada e dolorida. E morta de sono. Minha mãe já tinha se deitado, mas encontrei Juliane sentada à mesa da cozinha, de banho recém tomado, fazendo um lanche.

- Oi. – Cumprimentei-a. – Chegou agora também?

- Sim, ainda há pouco. – Olhou-me de cima em baixo, um tanto fria. – Consegui um papel em uma comercial de sandálias e gravei hoje. Levantei uma boa grana. Vai dar para pagar o Joe de uma vez.

- Que bom, Ju! – Sorri, apoiando a mão no encosto de uma cadeira.

- Falando nele, a coisa entre vocês parece séria mesmo. Nem dormiu em casa. Passou outro final de semana fora.

Fiquei um tanto corada.

- É, nós estamos namorando.

- Sei. Quem diria! – Sorriu com ironia e tomou um gole do seu suco.

- O que quer dizer? – Observei-a.

- Ah, Demi, Joe é um safado, você sabe. – Deu de ombros.

- Um safado?

- É, mulherengo.

- Mas ...

- Não estou dizendo agora, que estão juntos. Falo antes. Sabe que transamos, né. Umas vezes.

Fiquei quieta, muito incomodada. Ela continuou, cortando seu sanduiche:

- E o encontrava por aí. Estava sempre com uma mulher diferente. Às vezes mais de uma.

Arregalei um pouco os olhos e Juliane riu.

- Ah, querida, você é tão inocente! Mas o que tem demais? É solteiro, lindo, rico. As mulheres caem matando mesmo. E vamos confessar, com aquele corpo e aquele pau, quem pode culpá-lo?

Eu estava sem voz, sentindo uma agonia estranha dentro de mim. Tudo o que tivemos, o sexo gostoso e intenso, pareceu só algo a mais para ele, acostumado a ter tantas mulheres e até orgias.

- Até a Luna ele traçou. – Deu uma risada. - A Luana?

- Hum, hum ... Mas como eu disse, Joe estava sozinho. Por isso acho legal vocês estarem se dando tão bem, né? Com certeza ele sossegou. Mas por favor, não vai dizer a ele que disse isso. Senão fica chateado comigo. – Sorriu docemente. – Quer um sanduiche?

- Não. – Parecia que algo travava em minha garganta. Dei uns passos para trás. – Eu ... Vou deitar.

- Certo. Boa noite.

- Boa noite.

Fui para meu quarto e encostei na porta fechada, agoniada. Joe era tão safado assim?

Tinha saído com Juliane e com Luana. As duas só saíam juntas. Teria ele ficado com ambas?

Ao mesmo tempo? E agora eu só era mais uma pra sua coleção?

Fechei os olhos, magoada, cheia de dúvidas. A pergunta principal era: estaria saindo só comigo agora ou teria outras? Só de pensar naquilo, eu sentia minhas forças me abandonarem.

Mesmo exausta, soube que seria difícil dormir naquela noite. Eu sentia um medo abissal do que poderia descobrir.

~

Olá miguxas! Feliz Ano Novo p vcs, amei ter começado a postar aqui e conhecido todas! Que venha 2015, hehe' Comentem ♥ N vou postar mais um pq vou p casa da minha vó agr, ok? Beijos, amo vcs! Aproveitem bastante ♥
Bruna

30.12.14

Capitulo 26

Oi amores! Tudo bem? Puxa, vcs estão gostando msm! Aqui está o 26.. N postei antes poraue as visualizações estavam baixas e eu sei q se for postando tudo de uma vez, algumas pessoas desistem de ler... eu spu uma dessas hehe' Enfim, comentem! Beijos, amo vcs ♡ 
Bruna.

~

JOE

Só levei Demi para casa no domingo. Na volta, fui almoçar com a minha avó, a quem não visitava já há um bom tempo, sentindo-me culpado. Era a pessoa que eu mais amava no mundo e não gostava de me afastar tanto. E se fosse sincero, não me sentia preparado para suas indagações. No entanto, não dava para fugir.

Eu a encontrei nos jardins dos fundos da mansão, onde almoçaríamos sobre uma impecável mesa de ferro branca, com vidro temperado em cima. Era bem antiga e lembro que minha avó gostava que fizéssemos algumas refeições ali, principalmente em dias especiais.

- Vovó ... – Eu a abracei com carinho e fui logo me desculpando: - Fiquei atolado esses dias. Pode me perdoar?

- E quando não perdoei você? – Sorriu. Usava uma bela blusa branca, cordão e brincos de pérolas, elegante como sempre, seus curtos cabelos brancos bem penteados. Observou-me sentar na cadeira a seu lado. – Como vão as coisas?

- Bem. E com a senhora?

- Tudo na mesma. Na minha idade, já não há tantas novidades. – Bateu de leve sobre a minha mão na mesa. Havia algo como desânimo em sua postura naquele dia e segurei sua mão com as minhas, acariciando-a um pouco preocupado.

- O que houve? Parece triste.

- Triste? Não. Já tive muito tempo para me conformar. Essa semana completa 26 anos da morte de seu pai. Você irá até a capela comigo? - Claro que sim.

Mesmo sendo durona, ela nunca esquecia e eu compreendia. Ele tinha sido seu filho único. Sorriu e mudou de assunto:

- Agora me diga: como ficou a história com a garota da Baixada Fluminense? Conseguiu o que queria?

Eu não tinha nenhuma vontade de falar de Demi. Mas era minha avó e nunca escondi nada dela. Optei por ser o mais superficial possível.

- Sim, eu consegui.

- Não tinha nenhuma dívida disso. Já está de olho em outra, não é? – Sorriu.

- Nós ... Ainda estou com ela.

- Está? – Pareceu realmente surpresa, analisando-me com o olhar. – Que cara é essa, Joe?

- Como assim? – Eu a fitei e encontrei seus olhos negros fixos em mim.

- Tenta esconder alguma coisa de mim?

- Claro que não, vó.

- Então me explique. Está gostando dessa moça?

- Gosto dela. Nos damos bem. – Dei de ombros. – Nada impede que eu fique com ela um pouco mais.

- Um pouco mais? Quando ficou quase dois meses com uma mulher?

- Ela é diferente.

- Sim, imagino. Está apaixonado por ela?

- Claro que não!

- Tem certeza disso?

Fiquei um tanto irritado, soltando sua mão e me recostando na cadeira.

- Não estou apaixonado por ninguém, vó. Só saindo com Demi um tempo.

- Sem traição?

- Eu andei com outras também, mas ... Não ultimamente.

Ela suspirou e olhou para o jardim. Fiquei quieto, com raiva de mim mesmo por estar tão ligado em Demi. E de repente minha avó disse:

- Essas boazinhas demais são as mais perigosas, meu reizinho. Sabe qual o maior golpe delas? Deixam os caras tão doidos, impondo dificuldades, tentando, que quando conseguem algo acabam perdendo a cabeça. E então vem o resultado: uma gravidez. Tudo o que planejaram desde o início. Mesmo que não consigam um pedido de casamento, o filho já garante a elas uma vida confortável e de luxo.

Eu fiquei imóvel, sentindo que empalidecia. Mesmo sem saber de nada sobre o que tinha acontecido na noite que dormi na casa de Demi, ela descrevia um grande risco que havia mesmo de uma gravidez.

Seria eu tão idiota ao ponto de estar sendo manipulado? Como aquele jeito honesto e puro de Demi podia ser mentira?

- Foi assim com seu Teodoro. Era esperto, vivido, mas sua mãe o deixou de quatro, tão inocente, virgem, inalcançável. Parece que ainda o vejo, dizendo para mim apaixonado o quanto Joana era diferente. – Riu, sem vontade. – Realmente diferente. Pior do que a maioria. Deu um golpe tão bem dado que não roubou apenas o coração dele e um pedido de casamento, mas sua alma.

Era uma história bem conhecida para mim. Lembro de quando era pequeno e via meu pai pelos cantos, sem ânimo para nada. E ficava me perguntando por que minha mãe nos deixou. Uma vez quis saber da minha avó se a culpa foi minha, se fiz algo que a irritou e a fez ir embora.

Dantela havia me abraçado e garantido que não. Foi a primeira vez que me explicou que na vida havia dois tipos de pessoas: as que dominavam e as que se deixavam dominar. E que eu tinha que ser forte e ter o mundo aos meus pés, para nunca ser um dominado como seu filho.

Não entendi nada na época. Mas foi algo que martelou enquanto eu crescia, principalmente depois que meu pai se matou. Eu me tornei um dominador nato, para seu orgulho. Mas agora, ali, ouvindo tudo aquilo, sentia um aperto no peito e uma sensação extremamente perturbadora.

Na primeira oportunidade tinha perdido o controle. E a desconfiança que sempre tive de todas as mulheres veio mais forte do que nunca, direcionada a Demi. Por mais que fosse difícil acreditar, ela poderia ser mais esperta do que aparentava. E eu, a sua isca. O pato perfeito para dar a ela uma vida de luxo. Afinal, foi criada para isso. Sabia que seria assediada por homens ricos, com a aparência que tinha. Era só uma questão de tempo até escolher seu alvo e investir, exatamente como minha mãe havia feito.

- Tempos depois de Teodoro ter casado com sua mãe, soube que na mesma época que eles haviam se conhecido, outro ricaço estava de olho nela. Cozinhou a ambos em banho-Maria, até poder se decidir e escolher. – Continuou minha avó e então me olhou, seu semblante fechado. – Só quero que tome cuidado, Joe.

- Eu sei.

- Fique desconfiado e não transe sem preservativo de modo algum. – Suas palavras pareciam direcionadas a mim, deixando-me a cada minuto mais preocupado. – Se observá-la

bem, verá os sinais. É impossível esconder tudo. Talvez note que dá entrada a outros homens ricos também. Depois que deixa de ser virgem, mesmo se concentrando em pegar você, ela pode dar mole a outros homens para garantir uma segunda opção. Só observe.

Estava perturbado, mais desconfiado do que nunca. O que minha avó dizia, poderia facilmente acontecer. E eu me surpreendia pelo fato dela falar aquilo quando eu ainda não engolia aquela história de transar sem camisinha. Tinha estado tão bêbado que até sambei! E tão doido por Demi a ponto de dormir naquele barraco que ela chamava de casa. Literalmente tinha perdido a cabeça em meio ao álcool e ao tesão. Mas e ela?

Demi tinha me dado sua virgindade e depois me deixou quatro dias de molho, para que só pensasse naquilo. Depois me levou para sair, me deu cerveja. Me levou para sua cama. Ela, sempre tão responsável e centrada, não estava bêbada. Por que não lembrou do preservativo, ainda mais sabendo que não usava outro método contraceptivo? Afinal de contas, parecia bem racional.

As dúvidas me assaltavam sem descanso. Analisando friamente e comparando com o que minha avó dizia, parecia tudo armação. Mas quando lembrava de Demi, seu sorriso doce, seu olhar apaixonado e puro, sua entrega, ficava difícil imaginar que pudesse ser tão fria.

E tudo aquilo só me deixava mais nervoso por que me afetava. Não era uma mulher qualquer. Por algum motivo, estava me dominando mesmo contra minha vontade. E podia estar me cegando também. Fazendo-me cair na maior armadilha da minha vida.

- Meu reizinho ... – Minha avó se inclinou para frente, preocupada, segurando de novo a minha mão. Eu entrelacei meus dedos aos dela e ouvi, ligado. – Fique atento com essa mulher. Pode surpreender você. E outra coisa, se olhar bem a sua volta, vai achar outros a quem ela tenta usar. No final das contas, são espertas mas sempre deixam rastros.

- E se Demi for mesmo diferente?

- Bom para você. – Sorriu, triste. – Mas quer arriscar?

- Não.

- O que mais me preocupa, é que nunca vi você assim.

- Não estou apaixonado, vó.

- Não mesmo? Pois acho que está envolvido. Se fosse uma moça da nossa classe social, eu ficaria mais tranquila. Mas sendo uma pobretona, as chances de querer dar um golpe são grandes. Apenas fique atento. Mal não vai fazer.

Depois daquela conversa, eu passei o resto do dia perturbado. Em alguns momentos me enchia de desconfianças, em outros lembrava de Demi e achava impossível que houvesse qualquer coisa falsa nela. O problema era aquele lance da camisinha. Isso é que eu não conseguia digerir.

Ao mesmo tempo, as palavras da minha avó martelaram em minha cabeça: “Pois acho que está envolvido”, deixando-me agoniado, com uma sensação de que estava sem controle de mim mesmo, dos meus sentimentos e pensamentos. Queria me livrar daquela obsessão, me convencer de que ela não era importante, ainda mais agora, mais desconfiado ainda.

O problema era a forma como eu me sentia perto de Demi. Eu a desejava furiosamente. Gostava de olhar para ela, ver ser sorriso, sentir o seu olhar. Gostava da sua companhia. Era muito mais do que já senti por outra mulher. Sentimentos que não conhecia e que poderiam me dominar, se não fosse cuidadoso.

Saí da casa da minha avó como se tivesse ganhado um escudo, decidido a observar e me guardar, a me proteger acima de tudo. Pois uma coisa eu sabia, mulher nenhuma me teria nas mãos.

Na segunda-feira, apareci de repente na Uerj. Deixei meu carro no estacionamento do

Campus e fiquei dentro dele, de olho na entrada da Universidade, esperando Demi sair. Não disse a ela que a buscaria. Mas passei o dia bem perturbado, como dúvidas me remoendo. Eu precisava vê-la.

E então, ela saiu, rindo e conversando com um rapaz. Era alto, bem apessoado e olhava para ela como se estivesse apaixonado. Dava para perceber que era pelo menos de classe média alta e mexia nas chaves do carro. Pararam perto do estacionamento e ela ouvia atentamente o que ele dizia. Por fim, despediram-se com beijinhos no rosto.

Demi acenou e já se virava, quando o rapaz a chamou e segurou sua mão. Disse algo daquele jeito melado quando um homem queria convencer uma mulher a pular em sua cama, fitando-a como se fosse engoli-la viva. Delicadamente ela puxou a mão, sorriu, disse algo. Ele caiu na gargalhada.

Falaram mais um pouco, por fim Demi se despediu e se afastou. O cara ficou parado, olhando pra bunda dela com ar de tarado. Então foi para o outro lado.

Eu estava furioso. Possesso com a ceninha de risos, mãos dadas, charminhos. Saí do carro puto, sem entender a cólera que me envolvia, meus olhos fixos na figura dela que se afastava. Apertei o passo, rangendo o maxilar, meu coração batendo tão forte que quase o ouvia. Antes que saísse do campus eu a alcancei. Agarrei seu braço e a virei para mim.

Demi tomou um susto e arregalou os olhos. Ao me ver, sorriu e levou a mão ao peito.

- Joe! Quer me matar? – Seu sorriso se ampliou, os olhos claros e límpidos brilharam. – O que está fazendo aqui?

- Por que eu viria aqui, Demi? – Meu tom seco, de raiva contida a custo, ou meu olhar duro, a alertaram.

Observou-me com o cenho franzido, o sorriso diminuindo.

- Aconteceu alguma coisa?

- Quem era aquele cara?

- Cara? Ah, o Frank? Meu amigo. Por quê?

- Amigo?

Eu a olhava ainda ferozmente, minha mão em seu braço trazendo-a para mais perto. Mordeu o lábio, fitando-me.

- Sim, meu amigo. O que você tem, Joe? Está com ciúmes? – E ao dizer isso, sorriu de novo.

- Não é ciúme. – Meu tom era frio, desmentindo minha ira, minhas desconfianças. – Só quero saber com quem estou me metendo.

- Como assim? – Demi puxou o braço, se irritando. – Você está maluco?

- Você estava dando mole pro cara. – Afirmei e não a deixei escapar. Segurei seus dois braços e a trouxe para bem perto, meus olhos consumindo os dela.

- Eu?! Quer me largar, por favor?

- Quero que fale o que estavam combinando.

- Combinando? Eu só estava me despedindo dele! Me ofereceu uma carona, mas recusei.

Foi só isso! Veio aqui para me espionar? – Acusou, bem séria.

- Vim aqui buscar você. Mas não gostei da ceninha que vi.

Demi ficou quieta, olhando para mim irritada. Então seu olhar percorreu meu rosto colérico, meu olhar de matar um e acabou sorrindo. Aproximou-se mais, colando o corpo ao meu, dizendo perto da minha boca:

- Você fica ainda mais lindo assim, cheio de ciúme.

Raiva e desejo me atingiram. Fiquei imóvel, não querendo ser distraído por sua beleza ou pela luxúria que despertava em mim. Ainda sorrindo, beijou suavemente meu queixo e tentou se

soltar. Eu deixei. Então se colou toda em mim, abraçando-me pelo pescoço, deslizando os lábios arte minha orelha e sussurrando:

- Seu bobo ... Acha que posso olhar para qualquer outro homem tendo você comigo? Durmo e acordo pensando em você, Joe. Vive comigo o tempo todo.

Não a abracei. Fiquei lá, imóvel, enquanto dizia aquelas coisas e espalhava beijinhos perto do meu ouvido. Parte da minha raiva se converteu em um desejo pesado, quente, que incendiou meu corpo. Mas consegui manter algo de racional funcionando.

O que era aquilo? Queria me seduzir para me cegar? Ou estava sendo sincera?

Antes que eu cedesse como um carneirinho, agarrei de novo seu braço e levei-a comigo em direção ao meu carro, dizendo entredentes:

- Vamos sair daqui.

Demi foi, calada. Somente quando pus o Porsche na rua, dirigindo rápido, ela falou:

- Pare de bobeira, Joe. Não fiz nada demais, só conversei com um amigo.

Eu a ignorei. Estava difícil controlar a irritação que me consumia e não era só por ter ficado possesso dela estar conversando e trocando beijinhos com o rapaz que queria comê-la. Era por tudo. Pelas palavras da minha avó, que martelavam em minha cabeça. E pelo medo que Demi fosse falsa como minha mãe, que estivesse querendo me enganar com sua aparente falta de interesse.

Já era quase onze horas da noite e as ruas estavam com pouco trânsito. Peguei um via expressa e acelerei. O Porsche rugiu e ganhou velocidade rapidamente, como um carro de corrida. Na mesma hora Demi me olhou.

- Joe ...

Acelerei ainda mais. As luzes da cidade passavam por nós como flashes. Ela se assustou:

- Está correndo demais. Pare com isso, Joe.

Eu a ignorei. Passei batido por outro carro, contornei um ônibus e deixei todos para trás, seguindo como uma bala.

- Não estou achando graça. – Olhava para mim fixamente. – Vá devagar!

- Isso é um Porsche. Foi feito para correr. Alcança 277 quilômetros por hora.

- Nem quero saber! Pare esse carro!

- O que é, Demi? Preferia estar num fusquinha à 60 km/h? – Sorri com cinismo e ironia, a raiva me impulsionando.

- Preferia mil vezes! Ao menos estaria segura. Joe, pare! Eu quero descer! – Aumentou o tom de voz, com um misto de raiva e temor.

Reduzi apenas para virar em outra rua, mais deserta, cortando caminho. E meti o pé no acelerador. 150 km/h. 160. 170. 180.

- Pare! – Demi gritou, nervosa. – Joe! Joe!

Algo no tom dela, um desespero pungente, me despertou da raiva. Percebi que estava realmente exagerando e comecei a reduzir. Ela se recostou no banco, respirando fundo e lancei lhe um olhar. Estava pálida, lívida, agarrando sua bolsa com força.

Virei o carro em uma rua menor, deserta e joguei pro acostamento, puxando o freio de mão. Um desejo violento, misturado à raiva, ao ciúme e ao arrependimento, vieram latentes dentro de mim. Arranquei o meu cinto e o dela. Naquele momento, como se esperasse o ponto certo, uma música começou a tocar. ( Kiss of life, Sade).

Demi me olhou furiosa e lutou quando a puxei para mim.

- Me largue! Não toque em mim, seu ... Seu maluco!

- Vem aqui e cale a boca ... – Disse rude, segurando-a firme e sentando-a em meu colo.

Demi me empurrou, realmente fora de si, brava.

- Quero ir pra minha casa! Joe, eu ...

Se debateu e eu a virei sob mim, deitando-a meio no banco, meio encostada na porta. Fui para cima dela, bem mais forte, imobilizando sua cabeça pelos cabelos na nuca, saqueando a sua boca com fúria e paixão. Bateu em meus ombros, cerrou os lábios, fez jogo duro. Puxei sua blusa com força e os botões pularam fora. Ela gritou e foi o que eu precisava para enfiar a língua em sua boca e baixar bruscamente o sutiã, apertando seu seio nu, trazendo-a para mim de modo que estava com as pernas abertas, a saia levantada, enquanto eu pressionava meu pau duro através da roupa em sua vulva coberta pela calcinha.

Senti como o desejo a quebrou, como estremeceu e ainda tentou impedir, mas era arrebatada por ele. Então a beijei com tudo, beliscando seu mamilo, ficando louco pelo tesão. Sua boca se moveu na minha e então gemeu, as mãos que me empurravam me segurando com força.

Comecei a despi-la, rasgando sua blusa, arrancando o sutiã, puxando a saia para baixo com a calcinha, enterrando dois dedos bem fundo em sua bocetinha toda molhada enquanto sugava sua língua. Meu corpo incendiava, febril, meu coração galopava como louco no peito. Era um desespero tão grande e premente que todo o resto ficava ofuscado.

Demi também parecia fora de si de tanto tesão. Arrancou minha camisa, abriu minha calça, desceu-a com cueca e tudo. Ficamos nus entre ofegos, afagos, beijos incendiários. Rasguei um preservativo e coloquei às pressas, mal acabando e já entrando nela, que se abriu toda jogando a cabeça para trás e arquejando, eu enfiando as mãos sob seu corpo e a trazendo para mim, movendo os quadris e fodendo-a com meu pau inchado e em seu tamanho máximo, duro ao extremo.

Ela gritou e cravou as unhas em minhas costas, sua boceta mamando convulsivamente meu pau, seu quadril movendo-se contra o meu vertiginosamente enquanto eu devorava sua boca e empurrava dentro e fundo, naquele prazer agonizante. Demi gemeu e começou a gozar forte, ondulando. Eu fui logo depois, totalmente entregue e impetuoso, descontrolado.

Foi longo e gostoso, cheio de lascívia descomedida, de paixão liberada, de tesão. Demi ficou quietinha embaixo de mim, sua vulva ainda embainhando meu pau, tão deliciosa que eu não tinha coragem de sair dali. E mordi de leve seu queixo, roçando meu nariz em sua face, deliciando-me com seu cheiro e om a sensação de tê-la para mim. Senti suas mãos nas costas e só com muito sacrifício ergui os olhos e a fitei.

Estava corada, olhos brilhando como prata no carro escuro, rosto marcado por uma expressão lânguida. Inclinei a cabeça e beijei de novo sua boca, minha língua buscando a dela, querendo algo que latejava dentro de mim e me deixava inseguro, sem saber o que era.

A paixão tinha cedido espaço ao carinho. Mesmo assim o desejo continuava lá, tão forte que doía. Penetrei-a mais um pouco e engoli seus gemidos baixinhos. Suas mãos enterraram-se em meu cabelo, beijando-me com emoção e entrega, deixando que a fodesse o quanto eu quisesse. E eu queria muito. Assim comecei em estocadas longas e lentas, mas logo meu pau a arreganhava toda e se tornava mais voraz, comendo-a duro.

Puxei-a sobre mim e sentei em meu banco. Montada de pernas abertas, Demi me cavalgou e se inclinou para trás, sobre o volante, quando desci a cabeça em seu peito e lambi seus seios. Tremeu, arfou, despenteou-me todo. E moveu a bocetinha, engolindo meu membro enquanto eu enterrava os dedos em sua bunda e a trazia mais para mim, capturando um mamilo na boca e sugando fortemente o biquinho.

Ele se movia intensamente, pingando, suando, gemendo, seus cabelos se espalhando sobre o volante, sua boca aberta. E eu erguia os quadris, estocando fundo e forte, grunhindo como um animal.

Um farol alto incidiu sobre nós, de um carro que vinha de trás e passou ao nosso lado. Demi se assustou, me agarrou, mas nenhum de nós dois parou, muito além de qualquer controle para conseguir. O carro se foi e continuamos, agora nos olhando enquanto eu a comia, com a boca perto de seus lábios. Disse seco, agressivo:

- A quem você pertence?

Ela estremeceu, como que hipnotizada. Enterrei o pau todo, meus dedos escorregando para o rego de sua bunda e forçando seu ânus, deixando-a ainda mais tensa e excitada. - A você ... – Disse baixinho.

- Diga de novo.

- A você, Joe.

- Nunca esqueça isso. Você é minha, Demi, só minha.

- Sim ... – Moveu-se, fora de si, agarrando meu rosto com as duas mãos, seu olhar consumido pelo meu, seu corpo febril.

- Somente eu vou entrar na sua bocetinha. – Agarrei seu cabelo com força e imobilizei sua cabeça, bem enterrado dentro dela, meu dedo do meio entrando em seu cuzinho, minha boca a milímetros da sua. – Só eu vou comer seu cu e sua boca. Por que é minha, minha.

- Ah, meu Deus ... – Ela perdeu o controle de vez. E quando meu dedo entrou todo, choramingou e explodiu em um novo orgasmo, ondulando, sem poder deixar de me olhar.

E eu não perdi nada do seu gozo, deixando-a se mover livremente, convulsionar, arquejar, apertar meu pau com seus espasmos. Só então fui também, rouco, prazer quente e perverso me dobrando, me enlouquecendo. Esporrei dentro da camisinha com força e Demi beijou minha boca, sendo a sua vez de engolir meus gemidos.

Ficamos lá, até que outro carro passando na rua nos acordou para a loucura de tudo aquilo. Sem dizer nada, nos soltamos e me livrei do preservativo. Nos vestimos e ela murmurou:

- Minha blusa está toda rasgada. Como vou chegar em casa assim?

- Quem disse que você vai para casa? – Indaguei baixo, fechando minha calça. Demi ficou corada. E não disse nada.

Capitulo 25

Miguxas! Tudo bem? Se n me engano, falta muito pouco p coisa começar a desandar... Se preparem!  Comentem e eu posto mais um hj! Beijos, amo vcs! Bruna.

~

DEMI

Eu perdi as contas das vezes em que Joe me pegou aquela noite. Não comemos até estar de madrugada, exaustos de tanto foder. Estava dolorida, alquebrada, abandonada na cama, sem poder me mover. Parecia insaciável e era só me tocar para que eu me tornasse também.

Estava largada entre os lençóis amarfanhados quando veio com uma bandeja com queijos, frutas, pão e suco. Devorei tudo com ele, até não sobrar nada. E então me recostei nos travesseiros olhando-o, com vontade de chorar.

- Não quero mais ficar aqui. – Falei baixo.

Sentado na beira da cama, nu, ele deixou a bandeja de lado e me encarou. Seus cabelos negros e abundantes estavam despenteados. A barba parecia mais densa, talvez não a tivesse aparado naquele dia. Os olhos negros mantinham aquela reserva que não havia antes.

- Por quê? – Indagou seco. – Pelo que estou vendo, está gostando tanto quanto eu.

- Do sexo, sim. Não da maneira como está me olhando.

- E que maneira é essa?

Engoli em seco. De repente me senti mal. Cansada de ser julgada por um erro que não era só meu. Saí pelo outro lado da cama, meus músculos trêmulos após tantos esforços, buscando minhas roupas. Joe se levantou e se aproximou.

- Aonde pensa que vai?

- Vou embora.

- Não. – Segurou meus braços, quando já ia seguir para a sala para pegar minhas coisas.

Nós nos olhamos e desabei:

- Eu sabia desde o início que não ia dar certo, Joe. Fui teimosa em insistir. Você tem seu mundo e eu o meu. Não me conhece, não sabe quem sou, não é obrigado a confiar em mim. Já disse e repito, não quero estar grávida. Não me lembrei da camisinha. Não armei para você. Se Deus quiser, não vai acontecer nada. Mas ao menos serviu pra gente ver que isso não vai dar certo. Então, me deixe ir embora. Agora.

Ele me olhava duro, sério, como se quisesse ler a minha alma. Eu sabia que sofreria horrores, que não o esqueceria jamais.

Apesar de estarmos juntos há pouco tempo, tinha certeza que o amava com todas as minhas forças, com tudo de mim. Duvidava que outro homem pudesse me fazer sentir assim. Mas nada disso me faria me humilhar e suplicar, ou ficar ali sabendo que podia estar pensando as piores coisas a meu respeito, que eu era a mulher que minha mãe me criou para ser.

E então, em meio a tudo, àquela dor voraz que já me consumia e ao desespero latente, algo nele aliviou. Pareceu acreditar em mim e aquela desconfiança feneceu, abrandou.

Sua mão veio ao meu rosto e me acariciou. Sua voz saiu baixa:

- Tenho tanta culpa e responsabilidade quanto você, Demi.

- Eu sei. Mas estava bêbado. Eu deveria ter estado mais alerta. Minha culpa foi maior.

- Não. Estamos agindo como se a gravidez já fosse fato, e não é. – Suspirou. – Não vai ser. Vamos esquecer isso por enquanto.

- Como? – Indaguei agoniada.

- Vivendo. Seguindo em frente. Até termos uma resposta.

- E vamos conseguir?

- Vamos tentar.

- Você jura? Jura, Joe?

- Sim.

Eu o abracei forte, apoiando minha cabeça de lado em seu ombro e fechando os olhos. Fiz

de tudo para acreditar.

Ele acariciou minhas costas nuas, deslizou a mão em meus cabelos, a ternura presente nesses gestos. Então ergueu meu queixo e quando fitei seus olhos, aquela coisa ruim tinha saído. Suspirei, aliviada. E o beijei na boca com sofreguidão.

Foi gostoso, apaixonado, terno. Depois me pegou no colo e me levou para o banheiro enorme. Estávamos pegajosos de suor e gozo, de tanto tesão pelos poros.

Não paramos de nos beijar, de pés no box imenso, sob o jato da água morna do chuveiro. Estava toda dolorida, mas o desejo era tanto que nem me importava, só queria mais, como um vício, uma necessidade, uma prioridade.

Apertou minha bunda e me colou contra si, saqueando minha boca. Segurei seu pau com as duas mãos e o masturbei, girando meus dedos molhados a sua volta, apertando suas bolas, querendo-o tanto que doía.

Sua barba me arranhava e isso só excitava mais. As mãos percorreram meu corpo, lavando, acariciando, tocando. Caí de joelhos a seus pés, metendo seu pau na boca, chupando com volúpia enquanto a água escorria por minha cabeça.

Joe gemeu rouco, apoiando uma das mãos no azulejo, a outra firme em minha nuca enquanto eu o tomava esfomeada. Ordenou baixo:

- Chupe meu saco, Demi ...

E o fiz. Sabia que gostava daquilo, já tinha me ensinado. Eu o masturbava enquanto descia a boca e enfiava dentro um dos testículos, chupando firme. Depois fazia o mesmo com o outro. Ficava louco, o pau como uma barra de ferro. Então voltava a chupar seu membro, revezando, enlouquecendo-o.

- Assim ... – Sua voz era carregada, estava agora com as duas mãos enterradas em meu cabelo, movendo os quadris, enterrando-se tanto até minha goela que eu prendia o ar para não engasgar. – Chupe até eu gozar ...

Estava excitada, água pingando do meu corpo, minhas mãos firmes em suas coxas musculosas. Quando sentiu que ia gozar, me soltou. Mas não saí. Aí é que chupei mais forte e seu pau ondulou, espirrou o esperma grosso e quente em minha língua e garganta. Era doce e amargo ai mesmo tempo, diferente de tudo que já provei um dia. Suguei esfomeada e Joe gemeu, tremendo enquanto eu engolia cada gota dele.

Quando acabou, eu o lambi e lavei sob a água do chuveiro. Ergue-me bruscamente e me encostou no azulejo, seu olhar me consumindo, me dominando. Sorri, por que eu o havia dominado também, tomado seu prazer.

Mas logo o sorriso sumia e era substituído por um gemido entrecortado enquanto abria minhas pernas e meus lábios vaginais com os dedos, lambendo duramente meu clitóris. Minhas pernas ficaram bambas, espalmei as mãos viradas para baixo no azulejo, arquejando.

Foi muito sedutor e em poucos segundos eu tinha virado uma massa trêmula de sensações delirantes. Sua língua me saboreou em toda parte, abriu a boca e sugou forte, enquanto um dedo deslizava dentro de mim. E foi assim que gozei, muito, até me sentir aniquilada de tanto prazer.

Depois ficamos lá, nos lavando e beijando, sem pressa.

No sábado havia um clima mais ameno entre nós. Tomamos café juntos e fiquei no terraço, maravilhada com a visão dos melhores pontos turísticos do Rio, como o Cristo Redentor e o Morro Dois Irmãos. Joe perguntou se eu queria sair e disse que queria ir à praia, mas não tinha trazido biquíni. O que não foi problema.

Levou protetor solar e comprou um biquíni para mim em uma loja quase ao lado do prédio em que morava. E fomos para a praia. Ficamos em frente a um quiosque e alugamos nele

duas cadeiras de praia e um guarda-sol.

Sentamos bem juntinhos e o abracei pelo pescoço, dizendo baixinho: - Obrigada.

- Por quê?

- Por ter me trazido à praia. Eu adoro, mas quase nunca venho.

- Eu costumo vir de vez em quando, mais para correr. Quer entrar na água?

- Quero sim.

Prendi meu cabelo em um coque e esperei que tirasse a roupa, admirando-o em uma sunga sexy, que deixava muito pouco à imaginação em seu corpo perfeito. Sorrimos um para o outro e fomos para o mar de mãos dadas.

A água estava super gelada. Joe disse um palavrão quando ri e espirrei um pouco de água nele. Olhou-me de cara feia, o que só me fez rir mais. Então correu em minha direção e mergulhei correndo. É claro que não escapei. Agarrou meu pé e logo me puxava para si pela cintura. Eu ria muito, mas contive a respiração correndo quando afundou junto comigo.

Agarrei-o forte, pelos ombros. Quando nos levantou, era ele que ria. E já me puxava para beijar minha boca. Nos saboreamos sem pressa, agarrados, o desejo logo se fazendo presente. Senti seu membro enrijecer e afastei um pouco a cabeça, fitando seus olhos e dizendo baixinho:

- Como pode isso? Estamos parecendo coelhos.

Sua boca se ergueu em um sorriso lento.

- Por mim voltávamos ao apartamento para continuarmos de onde paramos.

- Você vai acabar comigo. Daqui a pouco não consigo nem mais andar. – Brinquei.

- Você gosta. – Seu olhar era pesado, sensual.

- Gosto muito.

Sorrimos e nos beijamos de novo.

Voltamos às nossas cadeiras. Conversamos um pouco e Joe foi ao quiosque comprar água de coco. Eu estava fitando o mar, pensando em minha felicidade avassaladora, quando ouvi uma voz máscula ao meu lado:

- Demi?

Virei para olhar e me deparei com os olhos verdes de um homem lindo, alto e forte, sem camisa e de bermudas, parado ao meu lado. O vento despenteava seu cabelo de um louro escuro. Reconheci-o na hora.

- Matheus?

- Oi. Lembrou de mim. – Sorriu.

- Claro. – Sorri também, enquanto se inclinava e me dava um beijo no rosto. Fiquei um pouco sem graça quando seu olhar passou por meu corpo, não de maneira ostensiva, mas como se fosse um mero reflexo masculino.

Ele tinha um modo intenso de olhar para mim, como se visse até a minha alma. Confesso que ficava um pouco encabulada, embora estivesse acostumada a receber olhares das pessoas.

- Está sozinha? – Fitou a cadeira a meu lado.

- Não, Joe foi ao quiosque. – Expliquei.

Pareceu um tanto surpreso.

- Você e Joe ainda estão juntos?

- Por que a surpresa? – Era a voz grossa de Joe, chegando até nós com dois cocos na mão. Matheus virou-se para olhá-lo e sorriu.

- Você ainda pergunta, camarada?

- Somos namorados. Assim, pode recolher as suas garras. – Avisou, me entregando um coco.

Matheus apenas ergueu uma sobrancelha e olhou-o com certa ironia. Eu resolvi brincar para desanuviar o ambiente cheio de testosterona:

- Pensei que fossem amigos.

- E somos. – Afirmou Joe, sentando-se em sua cadeira.

- É que ele é um nojo mesmo. Sou um cara paciente, já tenho meu lugar reservado no céu por aturar esse cara desde a época da escola. – Resmungou Matheus, mas sorriu para mim e piscou um olho.

- Pare de paquerar a Demi. – Disse Joe entredentes.

- Não falei? – Provocou Matheus.

Eu estava um pouco sem graça, pois tinha sentido também o interesse do belo rapaz por mim. Mas nunca tinha me desrespeitado ou ao amigo. Assim, Joe estava exagerando em sua possessividade.

- Ia me oferecer para fazer um pouco mais de companhia, mas já vi que tem alguém aqui se roendo de ciúmes. Outra novidade. – Se sorriso para mim era amplo, lindo. – Você é mesmo especial, Demi. Esse cara nunca fica mais do que uma semana com uma garota. E nunca apresenta como namorada.

- Sério? – Olhei dele para Joe, curiosa. Este fez cara feia para o amigo, que na hora ergueu as duas mãos.

- Tá certo, não falo mais nada. Bom, Demi, foi legal te reencontrar. Vamos nos ver por aí mais vezes, agora que você é NAMORADA desse alguém aí. – Fez questão de frisar e acenou. – Até mais.

- Tchau, Matheus. – Sorri.

Joe resmungou um tchau. Eu o fitei, achando graça de seu ciúme.

- Deixa de ser bobo.

- Ele está de olho em você.

- Que isso, é seu amigo.

- É. Nunca deu em cima de minhas mulheres. Mas vi o modo como te olha. – Seu olhar encontrou o meu. – E como posso acusá-lo? É linda mesmo.

Fiquei corada.

- É verdade que nunca para com uma mulher?

- É.

- Por quê?

- Nunca senti vontade. – Deu de ombros.

Tomei um gole da água de coco, feliz por estar comigo. Joe mudou de assunto:

- Ver Matheus me lembrou de uma coisa. – Fitou-me. – Lembra do meu amigo Antônio e da noiva dele, Ludmila?

- Lembro sim.

- Eles se casam no sábado, no Copacabana Palace. Quer ir comigo?

A felicidade me engolfou. Depois do estresse que rolou entre nós devido ao lance da camisinha e agora ter sabido que não tinha namoradas, ele querer me levar ao casamento do amigo era uma grande coisa. Sorri e acariciei seu braço.

- Eu quero sim.

Seu semblante se suavizou um pouco mais. E passamos uma manhã deliciosa

29.12.14

Capitulo 24

Aquiiii! Uma hora, sete comentarios! Vcs merecem esse, hehe' Comentem, ta? Beijos, amo vcs! Bruna.

~

JOE

Passei uma sexta-feira infernal. A dor de cabeça da ressaca tomou proporções

gigantescas e só aliviou depois de dois comprimidos. Tentei trabalhar normalmente, mas foi difícil. Estava puto, furioso e dividido. Precisava pensar e não queria. Pois tinha medo das minhas conclusões.

Fui um irresponsável, um maluco. Beber daquele jeito e sambar já tinha sido uma loucura. Dormir na casa de Demi, naquele quarto apertado, na cama minúscula, piorou. Mas transar sem camisinha? Puta merda, que vacilo gigantesco!

Eu só tinha pensado em comer Demi, como um tarado filho da puta! Não pensei em mais nada, só com a cabeça de baixo. Meter nela, como quis a cada dia daquela semana, só isso. O resto, foda-se! E agora? Dor de cabeça era pouco pra mim.

E Demi? Foi como eu, levada pelo tesão e pelo álcool? Sua culpa era como a minha, a pura irresponsabilidade? Ou tinha algo mais atrás disso tudo e era mais esperta do que aparentava? Eu poderia ser a isca que vinha esperando para abocanhar e prender com uma virgindade e uma gravidez?

Cresci ouvindo de minha avó como minha mãe destruiu meu pai. Como o enganou com uma falsa ingenuidade e tirou tudo dele, até sua vida, em nome da riqueza. Jurei nunca ser como ele. Nenhuma mulher que encontrei no caminho me mostrou que era possível confiar. Até Demi. Estava começando a acreditar que ela era diferente. E agora acontecia isso.

Pensei sobre o assunto o dia todo. Queria que tudo fosse mais fácil, que não estivesse tão ligado nela. Aquela paixão fora de hora estava me desequilibrando e perturbando, afetando meu discernimento. Eu mal me reconhecia naquele homem. E isso, mais do que tudo, me enraivecia.

Analisei os vários pontos daquela questão. Se fosse realmente esperta e quisesse me dar o golpe, por que teria me contado que não usei camisinha, quando viu que eu nem me lembrava? Contando, me deixava alerta para as próximas vezes. Poderia simplesmente esperar, dar uma de inocente e só me avisar quando o fato se concretizasse. E se não engravidasse, teria outras oportunidades.

Ao mesmo tempo, como alguém tão responsável como ela, que cresceu sendo criada para dar em cima de milionários, não estando bêbada como eu, dava um furo daqueles? Tudo bem que era inexperiente, mas não era burra. Estaria tão apaixonada assim por mim a ponto de perder a cabeça?

Foi realmente um dia daqueles, mas ao final dele, tudo o que eu conseguia pensar era em seu olhar parecendo tão sincero ao afirmar que não planejara nada e depois sua mágoa aparente, a tristeza que tentava disfarçar. Seria tão boa atriz assim? Era dessa maneira que homens espertos e experientes se tornavam fantoches de piranhas, caindo no canto de serei de falsas ingênuas?

Voltei para casa perturbado, disposto a passar um tempo longe de Demi, até pôr minha cabeça no lugar e tirar algumas conclusões. Mas em meu apartamento vazio, me senti muito sozinho. Evitei minha avó, sabia o que diria. Não queria ser influenciado. Queria pensar por mim mesmo.

A dor de cabeça tinha sumido, mas as dúvidas não. No entanto, me vi recordando a noite anterior, como nos divertimos e dançamos juntos, os olhares de amor e Demi para mim, seu jeitinho carinhoso e provocante. Fui engolfado por uma onda de saudade e de medo. Medo dela ser realmente uma pessoa boa, a que eu aprendi a admirar, e de afastá-la de mim antes que estivesse preparado.

Tomei uma decisão que poderia ser a mais errada, mas que foi a única que eu poderia tomar. Peguei as chaves do meu carro e saí.

Não demorei muito para chegar à Tijuca e dali à Uerj. De lá liguei para o celular de Demi,

lembrando que ela havia dito que na sexta só tinha duas aulas.

- Oi, Joe. – Disse baixo, num tom difícil de discernir.

- Oi, Demi. Já saiu da faculdade?

- Acabei de sair.

- Estou esperando você na saída.

- Está aqui? – Indagou em um sussurro surpreso.

- Sim.

- Tá, eu ... Eu já estou indo.

Não demorou muito e a vi nos portões de saída, olhando em volta. Então veio em direção ao carro, parado no acostamento.

Saí e nos olhamos. Havia uma gama de sentimentos ali, mas a fitei bem compenetrado. Podia sentir seu nervosismo, seu olhar ansioso, a preocupação deixando-a tensa. Mas também uma alegria contida, como se não tivesse esperado me ver tão cedo.

- Tudo bem? – Indaguei.

Fez apenas que sim com a cabeça. Percebi que queria beijá-la, abraçá-la forte. Mas ainda me contive. Contornei o carro e abri a porta para ela. Veio quieta, sem me olhar. E entrou.

Fui para meu lugar. Pus o carro em movimento. Enquanto seguíamos pelas ruas da Tijuca, calados, uma música começava a tocar. Era de Jason Walker, chamada Down. O ritmo lento e triste parecia pano de fundo para como nos sentíamos.

Seguimos em frente e pelo menos naquela noite eu queria parar de pensar. Queria esquecer o que me preocupava e simplesmente ficar com ela. Mas estava acostumado demais para perder o costume, talvez quando precisava ser realmente mais frio e analítico.

Via as luzes da cidade à noite passando do lado de fora e sentia Demi ali, muito quieta, olhando pela janela. E se fosse verdade? E se tivesse engravidado? O que seria de nossas vidas? Eu tinha entrado naquela loucura com o único intuito de levá-la para a cama. Em que momento as coisas se complicaram tanto?

Segui em direção à Zona Sul, ao Alto Leblon. Ao meu apartamento. Por que apesar de tudo, de todas as dúvidas e desconfianças, eu precisava dela naquele momento. Ainda não estava preparado para mandá-la ir. Eu o faria, disse a mim mesmo. Mas não agora.

Ficou muito quieta, mesmo quando estacionei na garagem do prédio em que morava. Eu também não queria conversar. Não havia mais muito a ser dito. Saí do carro e abri a porta pra ela. Saiu, olhando-me. Nos fitamos por um momento, sérios. Então indiquei o elevador e me seguiu até ele. Subimos. Entramos e a sala estava fracamente iluminada. Parecia meio perdida ali.

Sua beleza me comoveu. Seu olhar para mim, como se suplicasse que confiasse nela, me dobrou. O desejo fez o resto. Fui até ela e Demi deixou a bolsa cair no chão. Seus olhos estavam com lágrimas quando a agarrei forte e a beijei. Retribuiu do mesmo jeito, me apertando quase que com desespero, sua língua na minha, seu corpo gritando que era meu.

Mantive sua cabeça imóvel, meus dedos bem enterrados em seu cabelo na nuca, minha boca comendo a sua, devorando-a, enquanto a outra mão se espalmava em suas costas e a trazia para mim. Era uma necessidade que eu não entendia e odiava, mas que estava lá presente, me deixando enlouquecido, dominado por sensações desconhecidas e viciantes com a droga mais potente.

Demi passou as mãos por mim, segurou meu rosto com as duas mãos, tão entregue e apaixonada, tão minha, que parte das minhas dúvidas se foram. Algumas coisas se mostravam mais sentindo do que falando. E parei de lutar. Senti.

Não deixei de beijá-la enquanto arrancava sua blusa e seu sutiã, ou quando baixei sua calça

com a calcinha. Demi terminou de tirar, pisando em cima, livrando-se dos sapatos com os pés. Ficou lá, nua em meus braços, enquanto eu estava totalmente vestido em meu terno escuro. Começou a desfazer o nó da gravata e não conseguiu, gemendo impaciente. Foi quando parei de beijá-la e a olhei.

O tesão era maior do que tudo e tão violento que me espezinhava, ardendo, queimando. Segurei-a firme pelos quadris e a tirei do chão, seus seios ficando a poucos centímetros do meu rosto. Na mesma hora apoiou as mãos em meus ombros e foi assim que a levei para meu quarto.

Olhava-me, em um misto de desejo e amor, tão cristalino que brilhava. Não quis pensar. Deitei-a na cama e vendo-a ali, tão nua e bela, soube que a teria como tivesse vontade. Eu a faria minha à minha maneira, até a exaustão, até saber que nada mais importava.

Tirei o cinto da minha calça em um movimento brusco. Não sei se pensou que bateria nela, pois arregalou os olhos, assustada. - Erga os braços. – Disse baixo.

Não recuou. E quando obedeceu, prendi seus pulsos juntos, bem firme. Então levei-os à cabeceira, onde terminei de prender. Com uma das mãos segurei as dela, sem meios de fuga.

A outra corri em sua cintura fina e na barriga, deixando que meu olhar a apreciasse.

Demi tremia. Lambeu os lábios, em expectativa, vendo-me ali vestido, ajoelhado a seu lado. Mas não fiz nada, simplesmente me levantei e andei pelo quarto até um aparador, onde havia um barzinho. Peguei dois cubos de gelo do frigobar e pus em copo, seguido pelo uísque. Sentia seus olhos em mim.

Deixei o copo na bancada e tirei minha gravata, seguida pelo paletó. Larguei-os no encosto da poltrona, onde sentei com calma. Comecei a abrir os botões da camisa, fitando-a, encontrando seu olhar temeroso, ansioso, vendo seus lábios entreabertos, seu corpo lindo e nu ali preso, esperando por mim.

Inclinei-me, tirando os sapatos e as meias. E me desfiz da camisa aberta. Só então me ergui e foi a vez de tirar a calça e a cueca boxer branca. Estava nu e ereto. Peguei o copo de uísque e tomei um gole. E voltei a andar pelo quarto, enquanto me acompanhava. Deixei o copo na mesinha de cabeceira ao lado da cama. Abri a gaveta, peguei alguns preservativos e deixei ali também. Só então voltei a me ajoelhar na cama a seu lado e Demi respirava irregularmente.

Minha cabeça foi em seu seio, naqueles mamilos rubros e bicudos, tentadores, uma perdição. Abocanhei um e mordi.

- Ah ... – Tremeu incontrolavelmente, sacudindo-se na cama. Prendi entre os dentes e suguei com força. Arquejou: - Joe ...

Chupei bem firme, sem parar a sucção que devia estar causando um misto de dor e prazer. Demi puxou os braços, que continuaram presos. Torceu as costas, tirando-as da cama, favorecendo minha boca, que puxou mais forte ainda. Choramingou, agoniada, apertando uma coxa contra a outra, respiração entrecortada.

Eu a torturei só no mamilo direito, mas todo seu corpo reagiu, se bateu, ondulou. Gemeu e ronronou. Ficou fora de si. Então me ergui, vendo como aquele brotinho estava mais bicudo e vermelho que o outro, esticado em seu limite. Fitou-me suplicante, com pálpebras pesadas, aquele ar meio de bêbada que ficava quando sentia tesão. Mas tudo o que fiz foi dar-lhe as costas e ir ao banheiro. Quando voltei, olhou rapidamente o que pus ao lado do copo e das camisinhas. Uma vela branca quadrada e perfumada, um isqueiro, um tubo de gel lubrificante. Para completar tudo, tirei uma venda preta da gaveta e larguei perto de tudo.

- Joe ... – Começou, rouca.

- Não diga nada. – Avisei sério, sem admitir recusas.

Arregalou um pouco os olhos tornando-se mais ansiosa.

Peguei o copo e tomei um grande gole do uísque, até deixar apenas as pedras de gelo. Engoli e então pus o gelo na boca. Rolei-o um pouco no interior, então a prendi entre os dentes e me aproximei de sua boca. Quando encostei o gelo em seus lábios, abriu-os, muito quieta, somente seus olhos vibrando. Como a me provocar, pôs a língua pra fora e lambeu meus lábios e depois o gelo.

Deixei-o em sua boca. Chupou-o, enquanto eu a fitava bem de perto. Então encostei meus lábios e devolveu o gelo, como se soubesse que era o que eu queria. E era.

Mantive-o preso entre os dentes e desci a cabeça até o mamilo esquerdo, o que eu não tinha chupado. Passei a ponta do gelo ali e Demi gemeu e estremeceu. Esfreguei no brotinho, até intumescê-lo todo e o gelo derreter, escorrendo em sua pele.

- Ai ... Ai, meu Deus ... – Arfou, muito excitada.

Torturei-a assim, fazendo-a se mexer, gemer, olhando-me como que hipnotizada. E o gelo não ser mais que uma pequena pedrinha. Pus na boa, onde terminou de se desfazer. Sentado na cama, peguei e acendi a vela.

- O quê? Joe, o que você ...

- Já disse para ficar em silêncio, Demi. – Fui bem seco.

O medo a fazia querer se rebelar. Deixei a vela acesa sobre a cômoda e peguei a venda. Vi que queria pedir, suplicar, tensa, nervosa. Mas não o fez. E seu olhar foi escondido de mim quando amarrei a venda atrás de sua cabeça. Respirava pesadamente.

Eu sabia que logo estaria falando de novo e era o que eu queria. Mais um motivo para poder castigá-la.

Peguei a vela. Dei uma distância segura, ao ponto em que a parafina ao derreter fosse esfriando um pouco mais até gotejar a acertar o alvo. O objetivo não era queimá-la ou causar muita dor. Mas esquentar, em algo suportável, que junto com outros estímulos trariam uma sobrecarga de prazer.

Mirei no mamilo da esquerda, que eu havia chupado primeiro até ficar bem esticado. Quando a parafina pingou ali, Demi gritou e se debateu em suas amarras.

Na mesma hora pus a vela na cômoda e fui ao outro mamilo, ainda bem gelado. Era frio e calor. Enfiei-o na boca e chupei com força, esquentando-o, saboreando-o com rudeza.

- Por favor ... – Suplicou chorosa, o brotinho direito coberto pela parafina que havia esfriado e endurecido. Sem deixar de sugar o esquerdo, abri suas pernas e meti dois dedos dentro de sua bocetinha. Entrou fácil, tão melada estava. Gritou de novo, se sacudindo, agoniada, no ápice da lascívia. E passei a fodê-la duramente com ambos os dedos.

- Ahhhhhhhhhhhhhhhh ...

Chupei e meti. Ficou louca, alucinada. Então parei, tirando os dedos cheios de seus sucos, forçando-os em sua boca, obrigando-a a chupar os dois, com seu próprio gosto. Isso a deixou mais arfante, lambendo-os, sugando-os com força.

Meu pau latejou, o desejo em patamares elevados também para mim. Mas lutei, cerrei os dentes, peguei a vela de novo. Quando despejei a parafina no mamilo livre, que eu tinha acabado de chupar, Demi gritou abafado com os dedos enterrados na boca. Apaguei a vela e a deixei de lado.

Bruto, cheio de luxúria, abri suas coxas. Tirei os dedos de sua boca e voltei a enfiar em sua bocetinha. Agarrei seus cabelos e virei a cabeça para mim, dizendo rouco, quase gruindo:

- Mama o meu pau. – E o forcei em sua boca, ajoelhado perto de seu rosto.

Estava tão desesperada, tão esfomeada, que abriu os lábios em volta do meu membro e

chupou com força, movendo a cabeça, tomando tanto quanto conseguia. Era uma delícia, sua boca quente e úmida, bem macia, deslizando em mim.

Passei meus olhos por ela, seu corpo nu e amarrado, os mamilos com parafina endurecida, a pele corada pelo tesão, as pernas abertas e a bocetinha brilhando com seus líquidos enquanto eu metia meus dedos. Fitei seu rosto e puxei a venda, querendo ver seus olhos enquanto tinha meu pau dentro da boca.

Quase ejaculei pelo prazer delicioso e intenso. Olhou-me com uma entrega tão grande, uma luxúria tão enternecedora, que tive que conter o ar e sair de seus lábios antes que fosse tarde demais. Meu coração disparava loucamente. Precisava de mais, antes que perdesse de vez o controle.

Puxei os dedos e fui para cima dela, já colocando um preservativo. Tão logo terminei, abri as coxas para o lado e desci a boca em sua bocetinha, chupando-a com força. Demi gritou, as pernas tremendo sem controle, gemidos entrecortados cortando o silêncio do quarto. Tomei o clitóris todo, sugando com força, deixando-a devassamente delirante, desconexa, despejando mel na bocetinha.

Passei os dedos naquele líquido todo, esfregando-o em seu cuzinho, espalhando. Estremeceu, alucinada, desvairada, ainda mais quando forcei um dedo ali, até penetrá-lo bem fundo e passar a estocar dentro dela. O ondular do seu corpo e seus choramingos denunciaram o orgasmo que se aproximava.

Ergui-me, puxando o dedo fora, encostando seus joelhos bem abertos no colchão enquanto deitava sobre seu corpo e metia meu pau em sua bocetinha. Na mesma hora Demi perdeu o resto do controle e enquanto meu pau a penetrava, gozou fortemente, latejando, convulsionando, apertando. Fechei minha mão firme em volta da sua garganta e a comi com fúria cega, fitando seus olhos, rosnando.

Algo como medo passou por seu rosto, mas isso apenas aumentou o seu prazer. Gritou rouca, de novo e apertei um pouco mais, só o suficiente para sentir que eu tinha poder sobre ela, que estava ali completamente submissa, dependente da minha vontade. Eu quase gozava também, mas lutava, tentava manter um controle que aprendi a ter com anos de prática, embora fodê-la fosse muito melhor do que tudo que já fiz até então.

- Goze mais. – Ordenei, uma raiva impressionante se misturando a todo o resto, ao desejo descontrolado, aos sentimentos que eu não queria ter, mas tinha, à desconfiança que me espezinhava.

Empurrei mais firme em sua boceta e ela pingava e puxava meu pau para dentro, seu quadril me buscando desesperadamente, o orgasmo se estendendo e estalando, deixando-a abismada, entregue. Eu a fodi duro. Tirei o pau todo e larguei sua garganta. Meti até me enterrar todo, saí e entrei diversas vezes, a penetração fazendo sons no quarto.

Por fim Demi desabou exausta, toda aberta e corada, olhos pesados. Mas não tive pena. Continuei a comer sua boceta, arrepios de prazer vindo violentos, minha mente dominando o corpo, mesmo que parecesse impossível. Mas não durei muito também. Senti que quebrava e estalava e enterrei todo o meu pau, que ondulou enquanto o gozo saía em jatos fortes dentro da camisinha, agasalhado no mais fundo do seu corpo. Rosnei e o tempo todo ela me olhou, como que hipnotizada. E eu olhei de volta, até que não restava mais nada para sair.

Fiquei parado, ainda ereto, meus braços com músculos sobressaltados pelo esforço. Percebi que só uma pequena parte da necessidade tinha sido satisfeita. Eu queria e precisava de mais.

Ajoelhei na cama entre suas pernas abertas e saí de sua bocetinha, fazendo-a estremecer.

Tirei o preservativo, dei um nó e o larguei no chão. Estendi a mão, peguei mais um e o tubo de

lubrificante. Demi lambeu os lábios, respirando irregularmente. Balbuciou:

- Me solte, Joe ... Vamos conversar.

- Chega de conversa. – Cortei, já colocando o preservativo no pau bem duro. Quando espirrei o óleo nos dedos e espalhei-os em seu ânus, voltou a pedir:

- Estou cansada ... Não aguento mais ...

Eu a ignorei. Quando meti dois dedos em seu cuzinho apertado e os girei, disse brusco:

- Vai aguentar e vai gostar, gozando de novo.

Algo em mim a deixava nervosa. Talvez saber que ainda desconfiava dela. Sentia sua agonia, seu desejo de me convencer, ao mesmo tempo que também parecia se magoar com tudo. Era muita coisa entre a gente e eu nem podia acusá-la, pois iniciei tudo aquilo quando me decidi a usá-la, a tê-la sob qualquer circunstância. Mesmo com ela eu a traí e não me mostrei. Como podia agora exigir algo em troca? Mas eu exigia.

- Ai ... – Choramingou, quando enfiei três dedos e a deixei bem lubrificada. Lágrimas vieram a seus olhos quando, ainda ajoelhado, abri suas pernas e as ergui um pouco, o bastante para mirar meu pau em seu cuzinho. E então forcei, abrindo-o, entrando. – Ai, não ... Joe!

Deslizei até o fundo, tão apertado que minhas bolas doíam, contraídas. Parei então, bem fundo, fitando seus olhos. Ordenei baixo:

- Mexa os quadris. Faça meu pau deslizar no seu cuzinho. Agora.

Parecia amedrontada, mas também fora de si, arquejando. Devagarinho, moveu a bunda e senti a carne macia e apertada passando em volta do meu pau. Gemeu, tremendo, movendo de novo e de novo. Percebi o exato momento que o prazer foi maior do que tudo e a golpeou. Seus olhos semicerraram, seus lábios entreabriram em busca de ar, as faces se tingiram de vermelho. Então rebolou, descomedida, forçando, querendo, tomando. Parecia massagear meu membro, apertando-o dolorosamente, gostosamente. Fiquei louco de tanto tesão, algo pareceu se romper dentro de mim.

Segurei sua perna esquerda e a ergui até meu ombro, bem aberta enquanto me deitava sobre seu corpo e passava a comer seu cuzinho com força. Demi estalou e lágrimas pularam de seus olhos, sem controle. Fitava seus olhos enquanto estendia a mão e soltava o cinto que prendia seus pulsos. Tão logo se viu livre, ela me abraçou cheia de desejo.

Era difícil me controlar. Eu não queria só sexo, queria aquele algo mais que me puxava irremediavelmente para ela. Assim me acomodei em seu corpo e busquei sua boca com sofreguidão. Demi gemeu e me beijou com amor e paixão, com luxúria e pecado, agarrando-me, sendo toda minha.

Sentimos a conexão única, mais do que química e lascívia, aquele algo muito maior que esteve presente o tempo todo entre nós. Eu a fodia e queria, desejava e precisava. Nunca me tornei tão refém de uma mulher, tão desesperado para lutar contra e continuar mesmo assim querendo mais. A verdade, que me enfurecia, é que eu estava ficando cada vez mais doido por Demi.

Sua língua se fundiu na minha. Suas unhas se cravaram em minhas costas e nos músculos da bunda, como se precisasse de ainda mais e assim a fodi bruto, violando seu cuzinho com meu pau tão grande e grosso para ela, machucando-a e adorando-a ao mesmo tempo. E isso a fez gritar em minha boca e estalar em uma novo orgasmo, fora de si.

Quis aproveitar, continuar, sugar tudo que havia ali. Mas também foi mais forte do que eu. Gozei em jatos violentos, estremecendo entre seus braços, me dando mais do que já tinha me dado.

Capitulo 23

Morzinhas, eu tive q sair e voltei só agr... Mas aqui está, vcs merecem! 10 comentarios?! Muito obrigada! Se comentarem bastante, posto mais um hj! Beijos, amo vcs! Bruna.

~

DEMI

Eu acordei quentinha, enrodilhada em um corpo gostoso. Minhas pernas estavam sobre umas outras musculosas, com pelos. Estava doída, acho que devido ao fato de passar a noite em uma posição só. Abri os olhos e fitei Joe, que dormia pesadamente ao meu lado.

Ainda um pouco tonta, sorri bobamente ao lembrar e como nos divertimos e depois nos amamos, com pressa, tesão e paixão. Mesmo cansada, fiquei lá, parada, olhando para ele. Ainda não dava para acreditar que estava vivendo tudo aquilo, sendo tão infinitamente feliz. Minha vontade era não sair dali, mas a realidade se fez presente. Era sexta-feira e ainda ia trabalhar.

Levantei devagar, dando um beijinho no ombro dele, com cuidado para não acordá-lo. Peguei o celular dentro da saia no chão e vi que era 5:23 da manhã. Às cinco e meia ia despertar. Desliguei o despertador e andei nua pelo quarto, silenciosa, abrindo o guarda-roupa e pegando minhas coisas para depois do banho. Lancei um olhar para Joe antes de sair e partir para o banheiro.

Estava embaixo do chuveiro, lavando meu cabelo, quando algo me ocorreu. Parei, imobilizada. E imagens da noite anterior vieram vívidas na minha mente. Principalmente a parte em que Joe fez amor comigo. E nem eu e nem ele, na febre do momento e dispersos pelo álcool, nos preocupamos com camisinha.

A água escorria por minha cabeça e eu tinha os olhos bem abertos, enquanto me dava conta de tamanha burrada. Eu era virgem até poucos dias atrás, não tomava anticoncepcional. Tinha ficado menstruada há dez dias. O que isso significava? Estava em meu período fértil? E se tivesse engravidado?

Outra coisa me ocorreu. Por mais que gostasse de Joe, nosso relacionamento era recente. Com certeza teve muitas mulheres. E se tivesse algum risco de AIDS ou doença sexualmente transmissível? O que nós fomos fazer?

- Meu Deus ... – Fechei a torneira do chuveiro, assustada com aquela vacilada. Eu cansava de falar para Juliane tomar cuidado, para não engravidar e não pegar doenças, sempre me achando centrada para não fazer isso e agora ... Tinha sido tão fácil perder o controle e a razão!

Enxuguei-me nervosa, sem saber o que fazer. O que Joe diria? Afinal, foi tão irresponsável quanto eu. Como tínhamos dado um furo daqueles! Mal começamos a nos relacionar, eu pouco sabia de sua vida e de sua família, não conhecia sua vó e já pensou ... Correr o risco de ficar grávida? Ou até pegar uma doença?

Vesti a calça e a camisa de botões mecanicamente. Penteei o cabelo. Olhei-me no espelho e encontrei olhos assustados. Xinguei a mim mesma, com raiva. Burra, burra, burra!

Voltei ao quarto e ele continuava do mesmo jeito, ferrado no sono, nu. Mordi os lábios e sentei na beira da cama, passando a mão em seu cabelo desarrumado.

- Joe ... – Disse baixinho. – Joe ...

Abriu os olhos, um pouco assustado. Fixou-os em mim, como se estivesse perdido. Ainda parecia um pouco tonto quando sentou na cama, correndo os dedos entre os cabelos, olhando em volta, até fixar os olhos em mim.

- Demi?

- Não sei que horas você precisa sair. Eu vou trabalhar.

- Agora? – Lambeu os lábios e franziu o cenho. – Que sede ...

- Vou pegar uma água pra você.

- Posso tomar um banho, para tirar o álcool de vez? Aí te levo pro trabalho e vou para casa, antes de seguir para o meu.

- Claro, vou pegar uma toalha seca.

E assim fizemos. Enquanto Joe tomava banho, preparei um café na cozinha, tensa, nervosa, tremendo. Disse a mim mesma que havia muita chance de que nada tivesse acontecido. E serviria só como experiência para tomarmos cuidado depois. Mas e o medo da porcentagem de que algo sim acontecesse?

- Minha cabeça parece que tem chumbo. – Joe entrou na cozinha arrumado, de banho tomado e com os cabelos úmidos. – Ontem até que aquela cerveja parecia boa, mas hoje ...

Ou melhor, hoje mais cedo ela parecia boa.

Sorriu, fazendo uma careta. Tentei sorrir também, mas estava muito nervosa. Apontei para uma cadeira e despejei café puro em uma xícara para ele e outra para mim.

- Quer umas torradas?

- Não, só café. – Não sentou. Na cozinha pequena e antiga, se aproximou de mim com a xícara na mão e me deu um beijinho nos lábios. Então ergueu o meu queixo e fitou meus olhos. – Aconteceu alguma coisa?

Percebi que não sabia ou não se deu conta ainda do fato. Pensei em falar logo, mas fui engolfada pelo medo. E se achasse que foi armação minha? Afinal, quantas vezes ouvi conselhos da minha mãe que a melhor maneira de uma mulher se dar bem era arrumando filho de homem rico?

Olhei-o, preocupada. É claro que, Joe gostando ou não, eu tinha que contar. Precisava saber também se tinha costume de não usar camisinha com outras mulheres. E se por acaso eu tivesse engravidado, como ia acreditar se eu ficasse quieta esse tempo todo?

No entanto, estava na hora de ir para o trabalho e apenas sacudi negativamente a cabeça.

- Está em condições de dirigir? – Mudei de assunto.

- Estou. A tontura passou com o banho. – Tomou um gole do café quente. – E isso vai me levantar.

Naquele momento, ouvimos barulho na entrada da cozinha e Juliane parou ali, com cara de sono, usando um pijaminha de short e camiseta curtos. Olhou para Joe, surpresa.

- Dormiu aqui?

Ele não disse nada, um tanto sério. Fiquei um pouco sem graça e expliquei:

- Chegamos tarde da Beija-Flor e tínhamos bebido demais.

O olhar da minha irmã era estranho. Parecia irritada. Talvez estivesse um pouco enciumada, apesar de tudo. Ou com raiva, pensando algo como: “Minha irmã é boa no discurso, mas traz homem para dormir dentro de casa”. Disse em tom um tanto irônico, olhando para ele:

- Quem diria, o rico e independente Joe Adam indo para uma escola de Samba na Baixada e depois dormindo nessa humilde casa. Isso tudo é amor?

- Juliane ... – Falei baixo, mais sem graça ainda.

Joe continuou sério, calado. Terminou seu café e me fitou:

- Podemos ir?

- Sim. Vou pegar minha bolsa.

Juliane saiu do meu caminho e me deixou passar. Não quis deixar os dois sozinhos, um pouco enciumada, sem entender aquele olhar e a ironia da minha irmã. Fui ao quarto

rapidamente, deixando a porta aberta, pegando minha bolsa. Quando voltei, indaguei:

- O que deu em você para acordar cedo hoje?

- Tenho uma entrevista cedo. – Sorriu. – Um grande amigo meu arranjou uma entrevista para que eu faça teste para um comercial de sandálias. Não é ótimo? Reze por mim. Vai entrar uma boa grana. – Virou-se para Joe. – Aí então vou poder devolver o dinheiro que me emprestou do implante.

- Não se preocupe com isso. – Disse seco, vindo até mim. – Está pronta?

- Sim. Tchau, Juliane. Boa sorte.

- Obrigada, maninha. Tchau, Joe?

- Adeus.

Saímos. Quando o carro seguia pela estrada, continuei quieta, um tanto perturbada. Queria dizer a Joe sobre o fato de não ter usado preservativo, mas estava sem coragem. Mesmo sabendo que a culpa foi de nós dois.

- O que você tem, Demi?

Eu o olhei de imediato, tentando falar de uma vez. Lançou-me um olhar e voltou a se concentrar na direção. Falei atropeladamente:

- Você não usou camisinha ontem.

Seu cenho franziu. Continuou a olhar para frente, concentrado. Parecia rever as cenas da noite anterior na mente. Só então sua expressão fechou. Deu uma porrada no volante.

- Porra!

Mordi o lábio, sem poder deixar de olhar para ele.

- Que merda!

- Eu sei. – Murmurei.

Fitou-me rapidamente, com um olhar esquisito, antes de voltar a fitar a estrada à sua frente.

- Estava cheio de tesão e bêbado, nem me dei conta. Tenho 31 anos e nem quando era adolescente fiz um besteira dessas! Que merda! – Respirou fundo. – Tem chances de estar grávida? Está no período fértil?

- Eu ... Eu não sei. Menstruei tem dez dias. Quer dizer que sempre usa camisinha?

- Sempre. Risco de doenças você não corre. Mas puta que pariu, Demi ... Caralho!

- Pare de xingar!

- Eu to puto! – Fitou-me acusadoramente. – Por que não me parou? Você não estava bêbada.

Fiquei irritada.

- Eu não estava bêbada, mas também tinha sido afetada pelo álcool. E quando começamos eu ... eu perdi a cabeça, nem me dei conta. Só hoje.

O clima ficou pesado no carro. Olhei para a frente, com raiva de mim mesma e dele. Como eu tinha pensado, estava desconfiado agora. Mas eu não tinha feito tudo sozinha, bêbado ou não.

- Tome a pílula do dia seguinte.

Sua voz penetrou meu pensamento. Olhei-o na hora, revoltada.

- Não vou fazer isso. É aborto!

- Então acha que está grávida mesmo.

- Eu? Claro que não! Espero que não, Joe. Começamos a nos relacionar agora! Tenho meu trabalho, minha faculdade, minha vida. Sou jovem demais para ser mãe. Mas não tomo esse negócio. Não faria isso.

- Também não quero um filho.

- Eu entendo, mas ...

Joe jogou o carro para o acostamento e ligou o alerta. Virou-se para mim, fitando meus olhos com dureza.

- Diga para mim que realmente não planejou isso, Demi.

Encarei-o, sentindo raiva e nervosismo.

- Não planejei nada disso. Você está me ofendendo!

Ficamos nos olhando. Senti um desespero por dentro e lutei para não chorar. Tive medo de que aquilo nos separasse e estava tão doida por ele que achei que não aguentaria. Mas me mantive firme. Por fim, algo em mim pareceu acalmá-lo. Passou a mão pelo cabelo, dizendo: - Vamos tomar cuidado daqui para a frente, Demi.

- Mas e ...

- Fique atenta e qualquer coisa fale comigo. Vamos esperar um pouco e você faz um exame. Mas tenho certeza que não aconteceu nada.

- Eu quero pensar assim também, mas estou com medo.

- Deixaremos o assunto de lado. Não vai adiantar nada desespero agora. Daqui a alguns dias, depois do exame, voltamos a falar sobre isso.

- Tudo bem.

Eu sabia que nunca conseguiria deixar a assunto de lado e não me preocupar, mas enquanto Joe colocava o carro em movimento, pensei que ele estava certo. Se remoêssemos demais o assunto, acabaríamos nos desentendendo e sofrendo por antecedência.

Fomos quietos o resto da viagem. Não passou despercebido a mim que se tornou mais distante. E eu nem poderia culpá-lo. Eu o entendia. Eu sabia que não fiz de propósito, foi realmente irresponsabilidade. Assim com a dele. Mas que isso nos deixou abalados era um fato.

Deixou-me no centro do Rio, em frente ao prédio em que eu trabalhava. Olhou-me um tanto frio e meu coração se apertou, mas tentei me manter firme.

- Obrigada pela carona.

- Tudo bem.

Não havia muito mais o que fazer. Se não fosse agora aquela nuvem negra pairando sobre nós, estaríamos rindo, nos despedindo com beijos, lembrando a noite passada. Mas acenei com a cabeça e me virei para sair.

Joe segurou o meu braço e eu o olhei de imediato, com o coração disparando. Disse baixo:

- Só me dá um tempo para digerir isso tudo.

- Tá. Eu também preciso de um. Mas Joe, eu juro, foi uma bobeira. Eu nem me lembrei na hora.

Não sei se acreditou. Por um momento, pareceu que sim. Achei que me puxaria e beijaria. Mas então me soltou.

- Depois a gente conversa melhor.

Eu acabaria chorando se ficasse ali. Assim abri a porta e saí. Enquanto me dirigia ao prédio, ouvi o ronco do motor do seu carro se afastando. Não olhei para trás. Mas o aperto no meu peito me avisou que seria um dia daqueles.

Capitulo 22

Aqui está! Mais p vcs... To muuuuuuuito feliz com os comentarios! Comentem para o próximo! Beikos, amo vcs ♡
Bruna.

~

DEMI

Joe estava tão bêbado que foi esbarrando nas coisas até que o levei para meu quarto minúsculo, onde só cabia uma cama de solteiro e um guarda-roupa. Fechei a porta, fazendo o possível para não acordar minha mãe e irmã, já ligando o ventilador de teto. Ele olhou em volta e piscou.

- Não vou caber nessa caminha.

- Vai, sim. – Puxei-o, sem poder deixar de sorrir. Nunca imaginei que o veria assim, se acabando daquele jeito. Além de sambar, tinha até rebolado! Eu ri com a cena. Bem que tinha que avisado que era duro e desengonçado. Parecia um bonecão, batendo os braços compridos. Ri de novo, sem aguentar.

- Tá rindo de quê? – Joe caiu sentado na beira da cama. – De mim?

Fitei-o. Era lindo demais, másculo e eu o amava tanto que doía. Fui para o meio de suas pernas e acariciei seu cabelo, beijando suavemente seus lábios.

- Nunca de você. Para você. Por que estou feliz, Joe.

- É? – Esfregou o rosto na minha barriga, suas mãos subindo até o alto da blusa tomara-que-caia e descendo-a até minha cintura. Fitou meus seios nus, seu semblante carregado, dizendo perto de um mamilo: - Quis fazer isso a noite toda.

Eu arfei, muito excitada, quando meteu um mamilo na boca e chupou com vontade, duramente. Agarrei seu cabelo, gemendo baixinho. Joe já tirava minha blusa com saia e tudo, puxando também a calcinha para baixo. Eu o ajudei, livrando-me da sandália até ficar nua. E então arranquei sua camisa.

Suas mãos e sua boca estavam em mim, sôfregas, quentes. Murmurou rouco:

- Estou louco por você, Demi ...

- E eu por você. – Abri sua calça, puxei-a. Ele me ajudou, ainda bem tonto, mas excitado.

Tirei também a cueca, maravilhada com sua beleza e virilidade, cheia de saudade e tesão.

Inclinei-me sobre ele, beijando seu peito, sua barriga, segurando com firmeza aquele pau grande e lindo, acariciando-o enquanto era consumida pela lascívia. Joe desceu a mão por minha bunda, abrindo-a, seus dedos acariciando minha vulva molhada, gemendo rouco ao sentir que já estava preparada para ele.

- Porra, queria te chupar todinha, mas não vai dar ... Preciso meter em você, Demi ...

Eu sentia a mesma urgência e desespero. Quando me pegou e jogou na cama de bruços, eu gemi ao senti-lo já atrás de mim, lambendo minhas costas, subindo até minha nuca, seu pau duro e grosso esfregando em minha bunda.

- Não posso esperar ... – Disse agitado, seu pau abrindo caminho até meus lábios vaginais inchados e latejantes. Eu também arfava, fora de mim, tremendo de ansiedade.

- Vem, Joe ... – Supliquei.

E então ele me penetrou duro, com força, entrando apertado em minha vulva melada. Mordi os lábios para não gritar de tanto tesão, enquanto se apoiava nos braços musculosos e me

fodia violentamente.

- Ah, que gostosa ... Meu Deus, Demi ... – Meteu mais, tirando e entrando, seu pau me deixando toda cheia, enquanto eu me sacudia e me empinava para ter todo ele, alucinada, perdida na luxúria.

Joe deitou-se em cima de mim, estocando duro, mordiscando minha orelha e sussurrando rouco:

- Você é a única mulher que eu quero ... A única. Vai ser minha pra sempre. Minha.

- Sim ... Ah, meu amor ... Que delícia ...

Parecia ainda mais intenso, descontrolado. Eu o sentia com perfeição deslizando, entrando, empurrando meu útero, se agasalhando em meu ventre. Choraminguei, sabendo que não aguentaria muito, meu clitóris duro e inchado roçando na cama, seu pau sem piedade me fodendo devassamente.

- Joe, eu ... Eu vou gozar ...

- Goze.

E explodi num orgasmo longo e ardente, que pareceu me suspender, girar e derrubar, ondulando, gemendo, me entregando. Ele gemeu rouco também, fora de si, inundando-me por dentro com seu esperma quente, se tornando mais e mais potente, mordendo meu ombro, dizendo palavras desconexas. Até que ambos desabamos, satisfeitos, saciados, suados.

Mesmo a cama sendo de solteiro, me virei e o abracei. Joe me puxou para seus braços. Ficamos quietos, até que pegamos em um sono profundo, dopados pelo álcool, pelo prazer e pela felicidade.