A Historia de Joe e Demi - Capitulo 13

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 Joe decidiu acabar com isso no almoço que teriam naquele dia. Ele e Demi estavam sentados em um banco do parque, onde haviam acabado de devorar três sanduíches e cinco biscoitos que ela tinha feito especialmente para ele, mesmo que seus sanduíches não tivessem um sabor tão bom, só o fato de saber que ela fez apenas para ele, de alguma forma melhorava o sabor dos alimentos.

 Ele limpou a garganta e passou o dedo sobre a parte traseira de sua mão. 

 - Eu preciso te contar uma coisa.

 Demi ouviu o tom sério que corria na voz de Joe e seu olhar se levantou de onde seus dedos estavam entrelaçados. 

 - O que foi?

 - Eu não quero que você se sinta mal, porque sou eu que está lhe dizendo isto, ok?

 Uma grande confusão, misturada com uma leve sensação de pânico tornou a sua respiração superficial. 

 - Tudo bem.

 - Selena está com medo de te dizer e não sei o porquê exatamente, acho que talvez ela não queira deixar você para baixo, sendo você a melhor amiga dela e a mais amada por ela.

 Agora um pânico extremo agarrava todos os músculos de Demi. 

 - O que há de errado com Selena?

 - Minha vida...

 - Diga-me logo, Joe!

 - Ela está grávida.

 Uma bomba de choque explodiu na mente de Demi, imediatamente seguido por uma carga de dor pela sua amiga.

 - Há quanto tempo você sabe?

 - Nick me disse esta manhã e me pediu para lhe dizer, pois Selena quer que você saiba, porém não teve coragem de te falar pessoalmente.

 Demi levantou imediatamente de sua posição sentada no banco. 

 - Eu tenho que ir até ela.

 Joe agarrou a sua mão e a puxou para ele. 

 - Espere.

 - O que é? - Perguntou Demi.

 A expressão de Joe estava perturbada. 

 - Eu não sei como estão às coisas na casa dela, também não sei se o Tyj á sabe disso. Seus pais querem que ela dê o bebê para adoção, Selena e Nick não querem fazer isso e eles não estão dando permissão para ela se casar.

 Abruptamente a gravidade da situação atingiu Demi, sentiu seu choque inicial recuando, para a necessidade de uma cabeça clara tomar o seu lugar. 

 - Ok, terei muito cuidado e não vou falar nada até que estejamos sozinhas.

 Joe abriu suas coxas e a puxou entre as suas pernas. Suas mãos pousaram em seus ombros e seus olhos verdes escuros olhavam fixamente para ela. 

 - Isso não pode acontecer com você, Demi. Você não pode ficar grávida.

 Demi respirou fundo e assentiu. - Eu concordo.

 Sua mão pousou em seu quadril e esfregou através de círculos suaves sobre o material do seu short. 

 - Nós não podemos deixar que nada saia do nosso controle.

 - Eu sei e você está certo.

 - Isso não significa que isso não vai me matar.

 Um lado de sua boca se levantou. 

 - Isso não vai matar você.

 Seus olhos se fecharam e ele respirou fundo. 

 - Eu posso suportar a espera, se você puder suportar também.

 Demi sorriu e colocou os braços ao redor dele, pois poderia suportar qualquer coisa, desde que Joe pertencesse a ela.

****

 Uma hora depois, Demi estava rodeando Selena com seus braços enquanto sua amiga chorava muito. Ninguém estava em casa, seus pais estavam no trabalho, assim como Kevin que havia conseguido um emprego de verão na loja de material de madeira. As meninas estavam trancafiadas no quarto de Selena, onde ela permanecia chorando a mais de 20 minutos. 

 Demi estava começando a ficar preocupado com ela. 

 - Shhh. 

 Ela acariciava as costas de Selena com as mãos, num padrão circular calmante. 

 - Você vai ficar doente deste jeito. Tente parar de chorar.

 Selena deu um suspiro trêmulo e suas lágrimas finalmente começaram a diminuir, saindo do abraço de Demi, começou a esfregar o rosto com as mãos. 

 - Eu sinto muito.

 - Está tudo bem.

 Selena pigarreou enquanto se levantava da cama para se sentar na cadeira da sua penteadeira e quando fez isso soltou um grande suspiro. 

 - Me desculpe, por não ter lhe contado pessoalmente o que estava acontecendo.

 - Não se preocupe com isso. Sei que não estava de forma alguma me mantendo no escuro.

 - Eu sei, mas ainda assim, você é a minha melhor amiga e eu deveria ter....

 Suas palavras pararam quando a sua voz foi estrangulada por lágrimas novamente.

 - Selena, está tudo bem. Isto não é sobre mim.

 Demi estudava pausadamente todas as características de Selena. 

 - Estou aqui para você. Para ouvi-la, se você quiser falar sobre isso ou para levá-la às compras, ou apenas ficarmos sentadas em silêncio. Na verdade o que você quiser.

 - Obrigada.

 O rosto de Selena começou a desmoronar de novo, mas com um olhar e uma atitude de pura determinação, ela começou a respirar de forma constante e colocar tudo sob controle. 

 - Vamos falar sobre isso, ok?

 - Claro.

 - Meus pais querem que eu dê meu bebe para adoção.

 Demi sentiu seu coração quebrar em dois diante daquelas palavras angustiadas de Selena. 

 - E o que você pretende fazer?

 - Manter o bebê comigo, me casar com Nick e vivermos felizes para sempre. Esse é o meu plano.

 Demi sorriu para a simplicidade excessivamente exagerada da explicação. 

 - Está tudo resolvido, então. Não há nenhuma dúvida em minha mente que Nick se casaria com você esta tarde.

 - Sim, ele faria isso e o principal, ele quer fazer exatamente isso.

 - Eu sei, Joe me contou.

 - Ele lhe disse que meus pais não permitiram que eu me casasse?

 - Sim, mas eles não podem obrigar a você mandar o seu bebê para longe, podem?

 - Não, mas se não agir como eles querem, não vão me deixaram ver Nick novamente.

 - Como é que eles vão impedir isso?

 - Merda, não sei exatamente, mas acho que tornarão a minha vida miserável e se recusarão a me deixar visitar o Kevin na faculdade quando forem visitá-lo.

 - Então, Nick já decidiu ir embora na próxima semana?

 - Ele diz que não sabe ainda, mas confia em mim ele tem que ir, nem que eu tenha que leva-lo até lá.

 - Ele provavelmente está muito confuso agora, sei que nunca esteve muito ansioso para deixá-la, pois Joe sempre me falava isso, agora com você grávida, aposto que piorou tudo.

 - Com certeza. - Selena concordou.

 - Então, vocês definitivamente querem ficar com o bebê, certo?

 - Com certeza. Eu não vou dar o meu bebê. Foda-se. Nós vamos nos casar algum dia, sabe? Você pode imaginar como nos sentiríamos todos os dias da nossa vida, sabendo que o nosso primeiro bebê está lá fora em algum lugar?

 - Oh, Deus, eu sinto muito.

 - Não é culpa sua. Basta não ser estúpida ou agir como uma, portanto não se sinta culpada por nada.

 - Sim, está bem.

 - Sério, Demi. Eu sei que você já está namorando Joe há quase um ano e não foi legal descobrir toda essa merda antes de tecnicamente estarem dormindo juntos. Um conselho, continuem fazendo o que estão fazendo e não transem ainda, pois muitas coisas podem dar errado, como esquecer de usar o preservativo... Não se adaptar com a pílula... Não conseguir mais fazer o outro feliz se não for com sexo. Você sabe que tenho certeza de que já descobriu do que Joe gosta e que o sexo real pode esperar mais um pouco. - Selena exalou um suspiro cansado. - Ok, o sermão acabou.

 Demi se moveu em seu lugar na cama e sorriu distraidamente enquanto as palavras de Selena afundavam na sua mente.

 Que outras coisas? 

 Eles não estavam fazendo nada demais e a sua melhor amiga estava achando que faziam um monte de coisa. Ela nunca disse a Selena que Joe mal a tocava, mesmo agora, quase um ano após eles começaram a namorar, afinal tinha a meta de aguardar seus dezessete anos pendurada em sua cabeça e Demi jamais havia empurrado ele para o abismo, as poucas vezes que tentou algo, acabou descobrindo imediatamente que não havia nenhuma maneira no inferno de que Joe iria perder o controle. 

 Agora que havia decidido ser policial, só havia solidificado ainda mais a decisão de esperarem. Embora a sua motivação fosse honesta e sua integridade sem possibilidade de ser questionada, estava deixando Demi cada vez mais louca. 

Ela ainda era quase tão intocável como havia sido a primeira vez que ele a beijou e agora com Selena grávida, Joe já havia decido e  avisado que precisariam tomar mais cuidado.

 Merda. 

 Será que iria morrer virgem?

 Selena começou a chorar novamente e trouxe os pensamentos de Demi de volta ao seu foco. 

 Precisava tirar aqueles pensamentos para fora de sua cabeça e ser grata por Joe ser do jeito que era. 

 Isso poderia facilmente ter acontecido com ela. Apenas mais uma adolescente grávida.

 Merda.

 Demi voltou a sua atenção para Selena e tentou dar todo o conforto que podia.

****

 Nick foi para A & M, no Texas, cinco dias depois. Selena sabia que Joe queria ajudá-lo na mudança, mas não podia ficar longe da fazenda e do seu trabalho. Os pais de Nick foram com ele, para ajudá-lo a se estabelecer nesta nova vida. 

 Os pais de Selena não permitiram que fosse acompanhar seu irmão, o que a deixou muito chateada, então Demi preferiu ficar com ela o dia inteiro.

 À medida que os dias passavam apareciam várias situações nada fáceis para Demi. Sua escola começou e ela podia sentir fisicamente a ausência de Joe no prédio, mesmo que não tivesse lhe visto muito no ano anterior.

 Selena estava infeliz porque havia perdido Nick e porque não estava tendo uma gravidez fácil, isso estava deixando Demi ainda mais miserável. 

 Todas as vezes que sentia alguma culpa por ainda ser virgem, tentava socar alguma coisa, mas quando ficava em torno de Selena e via exatamente o que a amiga estava passando, Demi sabia com certeza absoluta de que Joe estava certo e que eles não podiam arriscar uma gravidez.

 Não era nada fácil, as noites que Joe a deixava em casa e sempre terminavam seus encontros ambos cheios de frustração, mais para ele do que para ela. 

 Demi não achava aquilo justo para ele e sempre pediu para ensiná-la qualquer coisa para que ela pudesse aliviá-lo do jeito que ele a aliviava.

 Mas seu aniversário de dezessete anos estava muito próximo agora e ela planejava fazer um movimento para algo a mais entre eles. Joe tinha uma visão louca das coisas e a sua honra e integridade eram muito importantes, Demi sabia que ele apenas queria que ela fosse madura o suficiente para ser capaz de tomar certas decisões.

 Ela estava pronta. Se ele ainda estava muito preocupado em ter relações sexuais com ela não significava que teriam que continuar a recuar nas outras coisas que ela ansiava de seu relacionamento. Era hora de um progresso e como a data de seu aniversário de dezessete anos estava se aproximando no calendário.

 Joe estava sempre na loja de ração e gastava cada hora a luz do dia extra trabalhando na fazenda. Estudava tarde da noite e Demi sabia que estaria pronto para se juntar à força policial, tão logo atingisse o seu vigésimo primeiro aniversário. 

 Era só uma questão de tempo.

 Miley foi para a faculdade algumas semanas depois de Nick. Ela havia conseguido uma bolsa de estudos incrível para a Universidade do Texas em Arlington, que ficava perto o suficiente de Redwood Falls, o que permitia que ela voltasse para casa uma vez por mês. Felizmente para Demi, pois aqueles fins de semana geralmente coincidiam quando seus pais iam para Shreveport ver a sua avó e Miley geralmente passava pelo menos uma das noites com ela. Mesmo que Demi estivesse vendo Miley apenas uma vez por mês, as duas meninas estavam ficando mais próxima do que nunca.

 Jesse Whitaker não se formou com a sua classe, como as suas notas eram ruins e a sua idade avançada, o tornavam inelegível para jogar futebol na escola este ano.

 Joe era extremamente preocupado com isso e Demi sempre tinha o cuidado extra de não ficar no mesmo local com ele, adotava um comportamento de constante vigilância, sempre ficando longe de Jesse, mas sempre que o via no corredor ele estava com uma carranca perpétua em seu rosto. O cara não estava feliz e Demi sabia que ele era, provavelmente, ainda mais perigoso do que antes.

 Rebecca Sutty estava no último ano e embora não incomodasse mais Demi há muito tempo, não havia nenhum amor perdido entre as meninas. Quando Rebecca começou a namorar Jesse, apenas não conseguiu acreditar, pois quase todo mundo na escola tinha ouvido rumores sobre Jesse, e Demi sabia que Rebecca não era uma das exceções, por isso sempre se preocupava ao ver os dois juntos, mesmo que não gostasse da Rebecca. 

 Mas, com o passar das semanas, Demi percebia que talvez os dois fossem adequados um para o outro e acabou esquecendo completamente este fato.

 A vida continuou e com o passar dos dias, Demi ficou ciente de que estava deixando a infância para trás e que a idade adulta a esperava tão intimamente que ela quase podia tocá-la.

****

O aniversário de dezessete anos de Demi veio e se foi sem muito alarde de sua família, essa era exatamente a maneira que Demi queria. 

 Joe a levou para a lanchonete para comer e deu-lhe um novo pingente de prata para a sua pulseira. Ela brincava com a peça de joia em seu braço a cada momento, mas após algum tempo os olhares entre eles tornavam-se cada vez mais aquecidos.

 - Vai ser ainda mais difícil agora. - Ele declarou do outro lado da mesa, com a voz tensa e as narinas dilatadas.

 Demi sabia exatamente ao que ele estava se referindo, mas tinha a intenção de facilitar as coisas para ele, começando naquela mesma noite. 

 - Você acha que pode ficar ainda mais difícil? - Brincou ela.

 Ele não sorriu e sua expressão tornou-se cheia de autoridade. 

 - Estou falando completamente sério aqui, Demi, teremos que ter muito cuidado a partir de agora, pois você ter dezessete anos é como um gatilho para mim, posso sentir isso e afirmo que é preciso ter um cuidado especial a partir de agora.

 - Quanto mais cuidado podemos ter? Você mal me toca.

 Seus olhos prenderam os dela e um chiar elétrico preencheu o ar ao redor deles enquanto se encaravam naquele momento. 

 - Você quer permanecer no colégio, grávida como a sua melhor amiga?

 - Não. - Ela pegou a sua comida, porem havia perdido a fome. 

 - Você acha que devo começar a tomar pílula?

 - Não, realmente não. Já pensei sobre isso, mas acho que tornaria a espera ainda pior, pois se soubesse que você estava tomando pílula, eu definitivamente não seria capaz de me controlar próximo a você.

 - Seria tão ruim assim? Você sempre falou que iria esperar até eu completar dezessete anos. Agora tenho dezessete anos.

 Seu olhar tornou-se grave e Demi sabia que cara ele ficaria quando estivesse diante de um criminoso. 

 Ela não tinha ideia de quanto tempo ele iria fazê-los esperar agora. 

 Fodam-se Selena e Nick .

 - Você acha que isso tem sido fácil para mim? - Ele questionou duramente.

 - Não, eu sei que não foi, mas você é sempre tão disciplinado como se fosse um santo.

 Um santo. Certo. 

 O seu olhar se tornou quente quando olhou para sua camiseta.

 Ela lambeu os lábios e colocou o guardanapo em cima do seu prato.

 - Você está pronta? - Ele perguntou com uma voz rouca.

 - Sim.

 - Vamos sair daqui, pois quero ver o quão disciplinado posso ser.

 Ele agarrou a mão dela e entrelaçou os dedos possessivamente enquanto a levava para fora do restaurante.

****

 O inverno estava chegando e lá fora do ar estava frio e úmido, mas dentro dos limites do caminhão de Joe estava totalmente quente e abafado. As janelas estavam embaçadas e seus braços estavam entrelaçados enquanto se beijavam deitados lado a lado no banco. 

 A camisa de Joe estava totalmente desabotoada e solta ao lado do seu corpo, com o peito nu de Demi pressionado contra ele. Joe estava lutando contra a sua ereção, enquanto tentava ignorar o latejar em suas calças, se concentrava apenas em Demi. 

 Os dedos de uma mão passeavam através dos seus cabelos, enquanto a sua outra mão fechava sobre um dos seios. Ele arrastava o polegar para trás e para frente no seu mamilo endurecido, enquanto olhava apenas dentro dos olhos dela. 

 - Eu amo esta pequena coisa que você tem bem aqui. - Brincou ele em voz baixa.

 Um relâmpago de prazer lhe atravessou enquanto ela empurrava seus quadris contra os dele. 

 - Mmmmm. 

 A resposta dela foi sufocada quando ele mordeu seu lábio inferior e o puxou entre os dentes. Ela soltou um pequeno gemido e o mamilo sob seu polegar endureceu ainda mais. Ele sentia todos aqueles impactos como se tivesse uma conexão direta com a sua virilha.

 Ele levantou a boca da dela e tentou controlar a respiração quando todas as regras que havia estabelecido para si mesmo iam se dissolvendo como se nunca tivesse existido. 

 - Você tem dezessete anos agora.

 Ele não podia acreditar que havia dito isso, como se estivesse prestes a tentar convencê-la a fazer alguma coisa. 

 Merda.

 - Sim. Ela ofegava enquanto mordia o seu queixo, tentando trazer sua boca de volta para a dela.

 - Velha o suficiente para tomar as suas próprias decisões.

 - Sim. - Ela beijou seu caminho até chegar ao seu ouvido onde prendeu seus lábios pequenos e quentes em torno do seu lóbulo.

 - Eu acho que é hora, Demi. Quero fazer amor com você. Estou morrendo aqui sem você.

 Filho da puta! Será que realmente havia dito aquilo?

 Ela levantou a cabeça e olhou para ele, enquanto sua mão serpenteava por entre eles e começava a acariciá-lo sobre o zíper da calça jeans. 

 - Não.

 - Não? - Ele perguntou com um gemido, nunca esperando essa resposta ao mesmo tempo em que sentia a sensação de sua mão prestes a levá-lo a loucura.

 - Nós não podemos. Você disse que tínhamos que ter cuidado a menos de meia hora.

- Disse ela através de beijos.

 - Eu tenho preservativos.

 - Você tem preservativos desde a primeira vez que me beijou.

 - Sim, mas agora quero realmente usá-los.

 - Não podemos. - Ela sussurrou, mesmo quando se abaixou e começou a retirar as suas calças.

 - Por que não?

 - Porque você realmente não quer. Você quer esperar, eu sei que é isso que deseja.

 - Eu não acho que consigo esperar ainda mais.

 Seus olhos verdes brilharam para ela, no escuro da noite. 

 - Te falei que ficar desta forma seria muito perigoso.

 - Eu vou te ajudar a esperar.

 - Bem, vamos começar então pelas calças.

 Ele vaiou enquanto suas mãos se abaixaram para puxar para cima seus jeans e a mão dela bateu nas suas.

 - Pare. Nós vamos tirar suas calças. - Disse ela.

 - Demi, meu amor...

 O botão em sua braguilha abriu e ela deslizou o zíper para baixo. Joe não tinha mais força de vontade e levantou os quadris a ajudando a empurrar a sua calça jeans e sua cueca para baixo. 

 - Precisamos manter as minhas calças no lugar para que isso funcione, meu amor.  - Ele brincou.  Eu sei que te mantive inocente sobre alguns fatos, mas percebo que você já tem alguns tipos de conhecimento.

 - Nós não estamos fazendo nada demais.

 Sua mão se pressionou contra o ‘v’ entre as pernas dela e nesse mesmo instante, o calor úmido que sentia através de sua roupa quase o levou ao limite. 

 - Por favor, baby.

 Merda. Agora ele estava implorando.

 - Shhh. Você vai ficar bem.

 A mão dela passou em volta do seu pau e depois o segurou com força, fazendo com que Joe visse estrelas. 

 - Eu quero fazer isso por você.

 Merda. Ele não iria mais lutar contra ela, embora realmente não estivesse lutando contra ela, apenas tentando evitar maiores danos. Mas agora ele não faria mais isso. Ela tinha dezessete anos e se ela queria agrada-lo, quem era ele para lhe dizer não?

 Ele colocou a mão sobre a dela e lhe mostrou o movimento que ele precisava, enquanto seus olhos rolavam para a parte de trás de sua cabeça. Ele estava totalmente vidrado, após um instante teve que abrir seus olhos para poder assistir aquela mão em cima dele. 

 - Deus, isso é muito bom, baby.

 - Sim, é muito bom e você é tão quente, Joe.

 - Você é demais, eu amo você, Demi.

 Ela levantou a cabeça e o beijou suavemente, sem parar o movimento da mão. 

 - Eu também te amo.

 - Você será minha para sempre.

 - Por favor, seja meu para sempre também.

 Joe recebeu aquelas palavras com amor e percebeu que estava a poucos segundos de explodir em sua mão. 

 - Da próxima vez, vamos nos fazer gozar ao mesmo tempo. Eu prometo.

 - Sim. 

 Seus lábios voltaram para os seus, quando ela enfiou a língua dentro da sua boca seu universo explodiu e tudo o que restava era Demi. 

 Um grande prazer o engolfou fazendo com que gozasse quente e duro, naquele pequeno punho apertado que estava tornando o seu mundo perfeito.

****

 Várias semanas se passaram e Joe queria se dar um chute no traseiro. 

 Por que diabos ele tinha esperado tanto tempo para fazer o que eles estavam fazendo agora? 

 Bem, ele sabia o porquê, e supôs que estava mais que feliz por terem esperado todo aquele tempo, mas caramba, era muito bom. As coisas entre eles estavam excelentes. As coisas que ela fazia com ele, transportava-o para o céu. 

 Sim, era bom que tivessem esperado, mas agora que ela tinha dezessete anos tudo estava tão perto da perfeição, algo que Joe jamais poderia ter sonhado.

 Joe sentiu a euforia lentamente diminuir e um sentimento de contentamento total penetrar o seu ser. Ele abraçou com força Demi, que se inclinou e beijou o topo do seu cabelo. Seus dedos agora estavam entrelaçados e ele gentilmente tocou a sua pele mais macia com os dedos.

 O que ele sentia por ela era tão forte que se sentia perturbado diante da intensidade dos seus sentimentos. Sua felicidade parecia girar em torno dela, e vagamente se perguntou se isso era uma emoção totalmente saudável, mas diante de tudo o que ocorreu naquele momento, acabou empurrando seus pensamentos inquietos de lado e se recusou a se debruçar sobre eles. 

 Sentia que se alguma coisa acontecesse com Demi, seria um verdadeiro inferno, sua vida provavelmente se tornaria uma merda absoluta até o dia em que morresse, mas de alguma forma, ele sabia que conseguiria sobreviver, afinal até aquele instante havia sobrevivido a tudo o que a vida tinha jogado sobre ele.

 Tudo o que queria era que pudesse ficar junto com ela o resto da vida e com a saciedade correndo em suas veias não conseguiu impedir de dizer o quanto precisava dela. 

 - Eu quero me casar com você, Demi. Você sabe disso, né? Assim que você terminar a faculdade iremos nos casar.

 Joe sabia que o que estava dizendo a ela não era nada novo, afinal já o ouviu dizer exatamente as mesmas palavras antes, então não tinha como surpreendê-la naquele instante. Então, quando a sua cabeça lentamente se levantou do seu peito e revelou algumas linhas de incerteza, passou por ele um mau pressentimento. 

 Joe conseguia ler todas às nuances de expressão de Demi e quando uma grande inquietação abrangeu as suas feições, ele sabia que algo estava errado. Um forte olhar de culpa estava estampado em seus olhos, isso enviou instantaneamente sensações de enjoos até seu estômago, onde se estabeleceu como uma bola de leite coalhado. 

 - O que há de errado?

 Seus olhos caíram do seu rosto e pousaram em algum lugar abaixo do seu queixo. Ela tentou falar várias vezes antes de conseguir verbalizar algo. 

 - Eu preciso te dizer uma coisa. - Disse ela em voz baixa.

 Seu tom de voz mostrava algo que Joe não gostou, gerando em seu rosto uma careta de reação. 

 - O que foi?

 - Realmente não é grande coisa... Não deve ser considerado um grande negócio.

 Ela respirou fundo e seus olhos ficaram focados num ponto abaixo do seu rosto. 

 - É uma espécie de um segredo, sabe? Eu nunca te disse antes, por que...

 Quando ela parou de falar o coração de Joe acelerou com um medo súbito. 

 - O que foi?

 - É que as coisas estão ficando realmente sérias entre nós e acho que você deveria saber.

 Ela começou sacudindo a cabeça para trás e para frente. 

 - Na verdade, não é nada mal... Quer dizer, ninguém pensaria que é algo muito ruim.

 Ele cerrou os dentes com impaciência diante da implicação de que ele era diferente de todos os outros. O que diabos ela queria dizer com isso? 

 - O...Que... Está... Acontecendo?

 Seus punhos se fecharam em seus braços.

 - É uma grande bobagem, na verdade. Eu não sei por que estou tão preocupada por te falar isso, acredito que você não vai se importar, na verdade sei que você não vai se importar.

 As palavras de Demi soavam como se ela estivesse tentando convencer a si mesma, em vez dele e os nervos de Joe mais uma vez foram sacudidos num grau maior. 

 - O que está acontecendo?

 Ela inalou profundamente. 

 - Eu tenho um fundo de garantia.

 - Um fundo fiduciário?

 Ele não sabia por que estava tão chocado, mas estava, então tentou de todas as forma que isso transparecesse em seu tom.

 - Sim.

 Um traço de dor e decepção lhe acertou em cheio, ele teve que levanta-la pelos braços, até que estivesse pendurada em seu peito e ele pudesse olhar dentro dos seus olhos. 

 - Que tipo de fundo fiduciário?

 - Dinheiro.

 - Dinheiro.

 Seu tom de voz era plano agora, afinal não havia absolutamente nada que ele pudesse fazer a este respeito.

 - Sim.

 - Quanto?

 Seus olhos se fecharam momentaneamente antes de se abrirem para encara-lo novamente. 

 - Três milhões de dólares.

 Joe engasgou e a empurrou para longe enquanto ele sentava em linha reta. Seu mundo estava tão perfeito há cinco minutos. Que diabos havia acontecido? 

 Demi foi para a janela do passageiro, ficando de costas para ele, enquanto Joe empurrava os dedos pelo seu cabelo tentando fazer com que suas emoções entrassem em ordem. 

 Merda. Três milhões. Três porra de milhões. 

 Ele achava que não podia lidar com isso agora. Lembrou de quando ela ganhou aquele seu maldito carro, ele o odiava tanto, que raramente andava nele, mas sempre imaginava que um dia, o carro iria ficar velho e se aposentar, então todo esse sentimento passaria. Mas três milhões? Essa merda jamais iria embora. Oh inferno, jamais. Mesmo que jamais tocassem naquele dinheiro, o que era o certo, ele apenas continuaria crescendo e crescendo, sempre estaria lá, dividindo-os, colocando um muro na desigualdade entre eles. 

 Ela tinha três milhões de dólares e ele tinha... Nada.

 Nada além de Demi, que para ele valia mais do que todo o dinheiro do mundo. 

 Ele precisava se lembrar disso sempre e manter o foco em seu objetivo, mas de agora em diante isso seria mais difícil do que qualquer coisa que já havia feito na vida.

 Uma pedra se alojou em seu esôfago e caiu em seu intestino, não sem antes virar fogo ainda na sua garganta. Uma grande sensação de miséria sangrava em suas veias quando percebeu que pelo resto da sua maldita vida, o povo de Redwood Falls olharia para ele como se fosse exatamente como o seu pai, apenas um bilhete grátis por toda a vida.

 Após alguns momentos, se deu conta de que esteve parado por um bom momento olhando sem ver realmente nada a sua frente, mas agora que conseguia focar seu olhar sobre Demi, percebia que ela estava branca como um fantasma e percebeu que ela tinha razão para se preocupar de como seria a sua reação. Tentou duramente não culpa-la por nada, já que era tudo culpa sua, desde o início, nunca foi capaz de ficar longe dela. E deveria saber que isso ia acontecer, afinal sempre houve muito dinheiro na família Lovato para que fosse de outra forma, apenas estava mentindo para si mesmo, fingindo que ela não era uma parte dessa família maldita, quando isso era tão longe da verdade.

 E ela estava se rebaixando para ficar com ele. Por ele. 

 Ele não queria que ela fizesse isso consigo. 

 Foda-se. Como ele poderia lidar com isso? 

 Uma ideia floresceu em seu cérebro. Poderia sugerir a ela doar o seu dinheiro, não poderia? Havia instituições de caridade e outros locais que poderiam levar todo esse dinheiro para fora de suas mãos, certo? Salvar várias crianças no mundo? 

 Merda. Ele não poderia fazê-la doar o seu dinheiro. 

 Arquivando isso num lado da sua cabeça resolveu apenas se preocupar com o momento imediato.

 Suas mãos se apertaram em torno do volante. 

 - Quando? - Foi à única palavra que conseguiu gerenciar.

 - Quando recebo o dinheiro?

 - Sim.

 - No meu vigésimo quinto aniversário.

 Isso não era tão ruim. Certamente ninguém pensaria que ele a queria apenas pelo seu dinheiro? Merda. Olhe para ela. Ela era linda. E que cara no seu juízo perfeito iria esperar oito anos para botar a mão naquele dinheiro? Se o mundo pensava que ela era um alvo fácil, ele jamais iria esperar oito anos para dar o bote, certo? 

 Seus batimentos cardíacos começaram a se acalmar. 

 - É apenas isso, certo?

 - O que... o que você quer dizer?

 - Só há o dinheiro? Três milhões de dólares de merda ou há outras surpresas?

 Seus olhos deixaram os seus, revelando o improvável, seu rosto tornou-se ainda mais pálido. Suas vísceras se apertaram na rejeição de tudo o que estava colocando aquele olhar doente em seu rosto. 

 - Demi? - Ele perguntou, mas com medo de saber a resposta.

 Seus olhos se voltaram para ele inundados de lágrimas. 

 - Por favor, Joe. Realmente tudo isso não importa. Eu te amo. Você me ama, eu sei que você é verdadeiro e isso é tudo o que importa.

 A sua dor apertou em torno do seu coração e ele sabia o que estava por vir. Sua frequência cardíaca disparou para a estratosfera quando sentiu todo o mundo desmoronar ao seu redor. 

 Um homem tinha que ter algum orgulho e se não tivesse nenhum, que razão haveria para existir? 

 Ele sentiu como se quisesse enterrar-se debaixo de uma pedra, apenas se esconder e nunca mais enfrentar o que estava vendo naquele rosto amado. 

 Ele se encolheu dentro da sua própria covardia e tentou manter as suas emoções sob controle. 

 - Diga-me, Demi.

 Ela balançou a cabeça para trás e para frente. 

 - Eu amo você, Joe.

 - Eu sei que sim, minha querida.

 Ele tentou manter as palavras suaves, porque sentia que o seu olhar a estava perfurando intensamente.

 - Joe...

 - Diga, aliás acho que já sei de qualquer maneira.

 Ela respirou fundo e seus lábios tremeram. 

 - Eventualmente... No futuro... Vou herdar metade das terras.

 Nesse momento, quando confirmou o seu pior medo, Joe soube sem nenhum pedaço de dúvida em sua mente que ele amava Demi e só a Demi. Ele a amava acima de qualquer coisa no mundo e ela era tudo o que ele sempre quis. 

 E agora sabia por que ele odiava tanto aquela terra... odiava a sua grande herança... E odiava aquele dinheiro... Na verdade odiava tudo isso como se fosse uma grande vingança sua. 

 Apareceu do nada uma visão difusa em sua cabeça de como seria se ela fosse igual a ele, sem nada, apenas com a roupa do corpo, se tanto. Uma visão de quão perfeito seria entre eles, que se fundiram num devaneio que teria que cuidar dela, proporcionar tudo para ela, dando-lhe os bebês que iria completar a sua família. Eles se uniriam e lutariam contra o mundo juntos. Eles cuidariam da sua família e ganhariam dinheiro juntos, para assim poderem enfrentar o que o mundo atirasse contra eles. Juntos.

 Mas agora, ele não podia ter esse sonho de uma vida normal. Ele nunca teria a sensação de satisfação de ter ganhado dinheiro suficiente para lhe dar algo que ela realmente queria ou precisasse como um bracelete de diamantes, um novo conjunto de mobiliário ou até mesmo uma boa casa. Tanto faz. 

 Ele nunca teria está satisfação, porque ela seria capaz de comprar o que quisesse e sempre que quisesse. 

 Ela era rica além de sua compreensão e ele odiava aquele fato.

 Ela tinha tudo e ela não precisava dele para... Nada.

 E aquele conhecimento era uma agonia na sua alma.

 Sem pensar no que estava fazendo deslizou seus dedos para a ignição e ligou o caminhão. Ele começou a se afastar da ponte através de uma névoa de tristeza. Sim, isso era exatamente o que ele estava sentindo. Luto. 

 Ele se sentia como se tivesse acabado de perder alguma coisa, algo que significava mais para ele do que qualquer coisa na vida.

 - O que você está fazendo? Para onde vamos?

 - Aperte o cinto. - Respondeu ele bruscamente.

 - Joe...

 - Aperte o seu maldito cinto. - As palavras saíram estranguladas pela sua garganta. 

 Ele só precisava de um tempo sozinho para entrar em acordo com tudo aquilo. Isto era tudo. Apenas um tempo sozinho para descobrir uma forma de engolir toda aquela merda.

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Hey... To postando agr só por conta das meninas q comentaram no outro... Os comentários diminuíram assim, de uma hora p outra! Vcs n estão gostando? Por favor, me respondam... Comentem para o próximo!

Beijos, amo vcs!

Bruna