DEMI
Eu estava preocupada. Joe tinha ficado dois dias
sem me procurar, depois de termos nos falado e visto praticamente
todos os dias. Naquela semana, retomei as aulas na faculdade e voltei
à minha sina de só ter tempo no final de semana. Nos falamos apenas
por telefone e ele me convidou para sair no sábado.
Fiquei com medo que estivesse se desinteressando
de mim. Racionalmente sabia que, se fosse só sexo que procurava, ia
se afastar e seria melhor assim. Mas emocionalmente, eu me
desesperava, sem conseguir me concentrar mais em nada. Percebi o
quanto estava gostando de Joe e o quanto sentia a sua falta. E que
passaria um inferno se parasse de me procurar.
Tentei seguir em frente, esperando ansiosamente o
fim de semana para poder vê-lo e saber como ficaríamos, se estava
frio ou não, qual era a dele. Mas foi uma tortura. Joe tinha tomado
para si uma parte minha que eu não sabia mais como recuperar.
Quando me ligou na sexta-feira à noite, eu estava
no trem, voltando da faculdade, doida para chegar logo em casa.
Sentada em um canto, atendi com o coração disparado, ansiosa. - Oi,
Demi.
- Oi.
- Está em casa?
- Não, quase chegando. – Falei baixinho, minha
mente preenchida por imagens dele, a saudade quase me corroendo. –
Tudo bem com você?
- Não. – Disse rouco.
- Não? – Meu nervosismo aumentou.
- Passei uma semana infernal longe de você.
O alívio me inundou. Mordi os lábios, tentando
me acalmar, até poder falar normalmente. - Jura? – Murmurei.
- Juro. Posso te ver amanhã?
- Pode.
- O que quer fazer?
- À noite?
- De preferência o dia todo. – Havia certo riso
em sua voz. – Vai me compensar por toda saudade que me fez sentir.
Eu sorri sozinha, como uma boba.
- Não te convido para vir ao meu apartamento nem
passar o fim de semana fora, pois sei que não aceitaria. Assim, está
em suas mãos. Escolha o que quer fazer.
Eu pensei, mas não soube o que poderia ser. Então
Joe falou: - Quer ir para Itaipava comigo?
- Itaipava?
- É, em Petrópolis. Podemos ir cedo, passear,
almoçar por lá e voltar à tarde.
- Deve ser ótimo. Não conheço Itaipava.
- Então, estamos combinados. Não esqueça de
levar um biquíni. Tem piscinas e quedas d’água para visitar. –
Havia um tom jocoso em sua voz. – Vai ser a melhor parte do dia.
Ver você de biquíni, Demi.
Fiquei vermelha ao me dar conta daquilo.
- Passo aí bem cedinho para te pegar.
- Certo, então.
- Mas me conte, como foi sua semana?
“Horrível sem você”, pensei, mas não falei.
Ficamos um tempão no telefone, em uma conversa leve, divertida,
gostosa. Todas as minhas dúvidas foram por água abaixo e me enchi
de novo de alegria e esperança.
Na manhã seguinte, fiquei com biquíni embaixo da
roupa, que se tratava de uma bermuda branca com uma camiseta
estampadinha e sandálias baixas. Saí levando minha bolsa e deixei
um recado, avisando que sairia com Joe e passaria o dia fora de casa.
Estava ansiosa, me roendo de vontade de vê-lo e
fiquei sentada no murinho da varanda, só esperando-o. Quando vi seu
carro parar em frente à minha casa, levantei de um pulo, o coração
disparado, meu corpo todo reagindo, ardendo e tremendo ao mesmo
tempo.
Praticamente corri para o portão enquanto Joe
saía do carro de óculos escuros e foi só eu vê-lo para que uma
alegria embriagante se espalhasse dentro de mim. Sentimentos
intensos, rodopiantes e nunca antes sentidos me envolveram como um
manto e por um momento me dei conta do que eram. Paixão, felicidade,
atração, tesão e mais. Amor.
Admitir aquilo, tão de repente, não me assustou.
Pois me dei conta que era algo que sempre quis e que vinha agora sem
nenhum esforço, extravasando de dentro de mim. Eu o amava. Amava com
todas as minhas forças.
Saí para a calçada e me joguei nos braços dele,
emocionada, feliz, apaixonada. Joe não esperava, mas me abraçou na
hora, apertando-me contra seu corpo, seus lábios em meu cabelo.
Fechei os olhos, saboreando seu cheiro, seu corpo musculoso contra o
meu, o fato dele existir. E de estar ali comigo.
- Demi ... Isso tudo é saudade? – Murmurou,
seus lábios deslizando suavemente em minha têmpora, suas mãos nas
minhas costas, acariciando-me.
- Muita. – Admiti. Ergui a cabeça e o fitei,
seu rosto tão perto, seus olhos velados pelos óculos escuros,
aquela boca carnuda e bem feita me tentando. Não resisti e beijei
seus lábios suavemente, mordiscando o inferior, murmurando: -
Saudade dos seus beijos ...
E deslizei minha língua em sua boca. Na mesma
hora ele me puxou mais para si e retribuiu, sua língua envolvendo a
minha, lambendo-a sem pressa. Minhas pernas ficaram bambas, meu corpo
estremeceu, meu coração só faltou sair pela boca.
E ali, naquela manhã de sábado, na rua vazia,
nós nos beijamos com doçura e paixão, como se fôssemos os únicos
habitantes do planeta. Sua mão foi em minha nuca, firme em meu
cabelo. Aquele seu jeito dominante de me segurar para aprofundar o
beijo me deixava doida, muito excitada, fora de mim. Prazer corria em
cada parte de mim, misturado em meu sangue, em minha essência.
Joe deu leve beijinhos e levantou os óculos
escuros para o alto da cabeça, seus olhos negros penetrantes, me
consumindo, pesados. Disse baixinho:
- Do que mais sentiu saudade, Demi?
- Do seu cheiro ... – E aproximei o nariz do seu
pescoço moreno, respirando fundo, me embriagando com o perfume
delicioso dele, misturado à essência máscula de sua pele. Mordi
ali devagar, sentindo-o enrijecer, seu membro muito duro e grosso
contra meu ventre. Minha vagina estava quente, úmida, palpitante. –
Do seu gosto ... Do seu toque ...
Joe deslizou a mão em meu cabelo na nuca, virando
o rosto e roçando a barba macia e cerrada em minha face,
arrepiando-me toda.
- E o que mais?
- Senti saudade de tudo. Mas principalmente de
estar em sua presença. – Passei minha mão em seu maxilar
anguloso, até enterrar os dedos nos cabelos de um negro brilhante e
abundante, meu coração muito acelerado, o amor e a paixão me
dobrando. – E você? Sentiu minha falta?
Ergui os olhos até os dele, fitando aqueles lagos
tão negros e profundos, tão lindos. Joe ficou um momento quieto,
imobilizado, apenas me fitando. Nem piscava. Vi uma emoção passar
em seu rosto, algo que o suavizou e por um momento ficou lá, livre
para mim. Mas então algo mais duro veio, mais sensual, espalhando um
sorriso lento e predador em sua boca.
- Você nem imagina quanto, Demi. Mas acho que vou
ficar mais uns dias afastado. A recepção está valendo a pena.
Sorri também. Continuamos ali de pé na calçada,
agarrados, apenas nos olhando, seus dedos massageando suavemente a
minha nuca. E eu perguntei:
- Por que ficou sem me procurar esses dias?
- Muito trabalho. E também ...
Calou-se. Insisti:
- Também o quê?
- Eu precisava ficar um pouco longe, Demi, para me
acalmar. Esses beijos todos e amassos dentro do carro estavam me
deixando doido.
- E adiantou?
- Não. – Seu sorriso expunha os dentes brancos,
perfeitos. – Foi só abraçar você e voltou tudo.
Sorri também. Seus dedos percorreram minha face
em uma leve carícia e beijou suavemente meus lábios.
- Vamos. Quero chegar cedo em Itaipava, para
aproveitarmos bastante.
- Tá.
Entramos no carro e seguimos viagem. Uma música
suave começou a tocar e relaxei, tão feliz que parecia estar
flutuando em uma bolha. Começamos a conversar sobre a nossa semana,
de maneira descontraída. Saber que estava tudo bem entre nós,
deixou-me radiante, somente aproveitando cada segundo da sua
presença.
Itaipava ficava na Serra e era um distrito de
Petrópolis. Tinha uma grande riqueza histórica e natural, cercada
por belos morros verdejantes, um clima ameno, sendo refúgio de
celebridades e da alta sociedade do Rio de Janeiro, principalmente no
inverno.
Subimos vários e vários quilômetros de uma
belíssima Serra, a estrada cercada de ambos os lados por frondosas
árvores. Era uma paisagem relaxante e espetacular e eu me indaguei o
que poderia ser mais perfeito que aquilo, estar ali com Joe, ouvindo
a música gostosa, naquele lugar belíssimo.
Passamos perto de centro histórico de Petrópolis,
que eu já visitara algumas vezes e, como historiadora, adorava
admirar os Palácios, e Joe disse que, se desse tempo, voltaríamos
ali. Mas seguiu para Itaipava, onde eu nunca tinha ido, cercada por
morros, o bairro agradável e bonito, cheio de vida e acolhedor, com
lojas charmosas, tudo bem tratado e limpo. As construções tinham
telhados inclinados e era uma graça, a natureza servindo como
moldura para tudo.
Ele seguiu até um belo hotel cheio de chalés
charmosos e de bom gosto, cercado por morros.
Deixou o carro no estacionamento e comentou:
- Aqui tem um excelente café da manhã. Vamos
comer e depois saímos para explorar a região.
- Tá.
Saímos de mãos dadas e entramos no lindo e
elegante hotel, onde madeira e telhas de barro davam um diferencial a
mais, com verde para todo lado. Ficamos em uma mesa com vista para
uma grande piscina de água natural, onde um morro verde servia como
pano de fundo.
Realmente o café era excelente e comemos
conversando, relaxados, comentando sobre o lugar. Então Joe indagou:
- O que prefere fazer? Um passeio ecológico, um
Jeep tour pelas redondezas, um rafting? O hotel oferece várias
opções e podemos deixar o carro aqui e escolher uma delas.
- Como é o rafting?
- É uma canoagem no Rio Paraibuna. Pegamos um
transporte até ele e descemos algumas das 22 corredeiras. A paisagem
é belíssima e muitas são históricas, já que vamos percorrer uma
região que foi um grande entreposto comercial no século XIX.
- São sítios arqueológicos do antigo Caminho do
Ouro Imperial, entre Rio de Janeiro e Minas Gerais? – Meus olhos
brilhavam. Sempre tinha querido conhecer aquele caminho, que só
estudara nos livros.
- Exatamente. Esqueci que estava falando com uma
futura historiadora. – Joe sorriu. – Por sua expressão, já vi
que prefere esse passeio.
- Sem dúvida!
- Não vai ficar com medo das corredeiras?
- Não, nem um pouco.
- Certo. Depois podemos voltar para cá, almoçar,
ficar na piscina ou dar uma caminhada nas trilhas. Aqui pode escolher
entre comida italiana, normanda, espanhola e portuguesa e os vinhos
são excelentes.
- Está ótimo! – Concordei, toda animada.
Nos informamos do passeio e saímos com mais um
grupo de mais dúzia de hóspedes do hotel em uma van, que nos
levaria até o rio. Conversávamos animados, de mãos dadas o tempo
todo, enquanto Joe me explicava várias das belezas naturais,
arquitetônicas e gastronômicas da região. Disse que estava
pensando em comprar uma casa ali, pois era um local do qual gostava
muito.
Embora ele não fosse de ficar enaltecendo seus
bens, devia ser bem rico e ter casas em vários outros locais. Pensei
que, mesmo eu tendo evitado a minha vida inteira os homens ricos, com
raiva das coisas que minha mãe dizia, fui acabar me apaixonando por
um deles. Era irônico e eu sabia o quanto isso a alegrava, como
sabia também que aquilo não importava. Se Joe fosse um estivador ou
um mecânico, eu sentiria o mesmo por ele.
Chegamos no início do passeio em Levy Gasparian,
onde se iniciaria a descida. Os guias turísticos e especialistas em
rafting e canoagem nos deram algumas dicas de segurança, de como
remar, explicando que passaríamos em partes do rio alternando
remansos e corredeiras.
Colocamos coletes salva-vidas, capacetes e fomos
para os botes, que comportavam seis pessoas. Dois instrutores foram
no nosso grupo, contando comigo, Joe e mais um casal por volta dos
quarenta anos, que logo puxou assunto com a gente e disse que estava
ali comemorando quinze anos de casamento. Pareciam felizes, o tempo
todo de mãos dadas, chamando-se de “querido” e “querida”. Eu
os admirei em silêncio e lancei um olhar a Joe, pensando o quanto
seria bom ter um casamento assim.
O passeio foi uma delícia. Fiquei ao lado dele o
tempo todo, que murmurou em meu ouvido que me protegeria e me fez
sorrir. Começou tranquilo, deslizando pelas águas do rio,
descendo. Mas logo nós nos sacudíamos e
pulávamos ao passar em pequenas quedas e algumas corredeiras. Os
instrutores avisavam quando se aproximava um ponto mais perigoso e
davam dicas.
Foi delicioso. Rimos e ficamos encharcados,
cercados por uma vista magnífica, todo o tempo eu e Joe trocando
sorrisos e brincadeiras. Quando o passeio terminou, pulamos do bote
animados, falando sobre o percurso. Minha roupa estava molhada e a
dele também. Nos deram toalhas, bebemos água e voltamos para a van,
que nos esperava. Isso já passava das duas da tarde e Joe comentou,
enquanto voltávamos ao hotel: - Estou faminto!
- E eu!
Chegando lá, ainda um pouco úmidos, escolhemos
uma deliciosa comida portuguesa com bacalhau e muito azeite, tomando
um vinho do Porto maravilhoso, no terraço, com vista para os morros.
Brinquei com ele:
- Oh, vida boa!
- Melhor impossível. – Concordou, ainda mais
lindo do que eu podia imaginar. Estava tão feliz que sorria para ele
como uma boba, não querendo que aquele dia acabasse.
Demos uma volta em torno do hotel, em trilhas
próximas, sentamos em banquinhos, conversamos e aproveitamos a
paisagem e o clima delicioso. Depois voltamos e entendi que Joe tinha
pago nossas diárias para aproveitar os confortos dali. Em nenhum
momento falou em passarmos a noite, mas sabia que uma diária incluía
isso.
Fomos para a piscina com vista linda, vazia àquela
hora. E enquanto o olhava, imaginei como seria passar a noite com
ele. Deixar qualquer dúvida que houvesse de lado e me entregar. Por
que agora, que sabia o quanto o amava, parte do meu medo tinha ido
embora, substituído pelo desejo voraz, presente em um simples toque.
Quando Joe tirou a blusa pela cabeça, eu prendi a
respiração diante da beleza estonteante dele. Ombros largos, peito
liso e musculoso, barriga dura, ondulada de músculos, assim como
seus bíceps. Havia uma tatuagem de coroa no braço esquerdo dele e,
quando tirou a bermuda, ficando apenas de sunga, vi a ponta de outra
tatuagem em seu quadril, descendo pelo V bem modelado da sua barriga.
Não deu para saber o que era. Ainda mais quando me distraí com o
volume grande do seu sexo.
Estava sem ar, nervosa, quase arquejando. Lambi os
lábios, admirando-o cheia de lascívia, que mal podia controlar.
Passei os olhos em suas pernas longas e musculosas, as coxas duras,
os pelos escuros cobrindo-as. Virou-se para deixar a roupa sobre uma
espreguiçadeira e tinha as costas largas, a pele morena e uma bunda
linda, dura e bem feita. Era completamente másculo, viril, lindo,
perfeito. Fiquei completamente abalada.
Sorriu para mim e ergueu uma das sobrancelhas
negras, brincando:
- O que houve? Vergonha de ficar de biquíni?
- N ... Não. – Murmurei, conseguindo desviar os
olhos, tentando controlar meu coração enlouquecido.
Joe sentou-se em uma espreguiçadeira e se
estendeu sobre ela, moreno, grande, musculoso, sedutor. Seus cabelos
negros despenteados, os olhos atentos em mim, um sorriso levemente
cínico nos lábios. Sabia como tinha mexido comigo.
Um pouco sem graça, tirei a camiseta sobre a
cabeça e as sandálias. Ele me olhava, de maneira penetrante. Minha
pele ficou mais quente, o sangue correndo mais rápido, de repente me
dando conta que me desejava do mesmo jeito que eu a ele. Senti seu
olhar quente descendo por meus seios cobertos apenas pelo biquíni
cortininha preto. E então me senti admirada, desejada, parte de
minha timidez se desfazendo.
Sorri, gostando de ter aquele poder sobre um homem
com Joe, um prazer gostoso se espalhando por meu corpo. Abri a
bermuda devagar e a desci pelas pernas, até ficar apenas de biquíni
pequeno. Imaginei se estava gostando do que via tanto quanto gostei
de vê-lo só de sunga. E , para provoca-lo mais, fiz como tinha
feito. Virei para pôr minha roupa na espreguiçadeira ao meu lado,
dando-lhe uma visão de minhas costas e bunda.
Não era metida nem usava minha beleza para abrir
portas, mas depois de anos ouvindo sobre o quanto era bonita, também
tinha minha vaidade. Ser admirada pelo homem que eu amava e desejava
mais do que tudo foi como um afrodisíaco poderoso, que me fez bem.
Quando me voltei para ele, no entanto, dei com seu olhar tão intenso
e cheio de luxúria, que por um momento perdi o ar.
- Vem aqui, Demi. – Sua voz era rouca,
engrossada pelo desejo que ele não tentava disfarçar.
E eu fui. Caminhei até a espreguiçadeira ao lado
da que ele estava, mas Joe não me deixou sentar. Puxou-me para a
dele, chegando para o lado, de forma que sentei perto de seu quadril.
Na mesma hora sua mão foi em meu cabelo, enterrando-se nele,
trazendo meu rosto até parar a centímetros do seu rosto, enquanto
fitava meus olhos e dizia bem baixo:
- Você está brincando com fogo.
- Estou? – Sussurrei de volta, muito excitada.
- Quer comprovar?
- Como? – Consegui sorrir, apesar do desejo
quente que se revolvia dentro de mim. Passei meu olhar do dele, com
cenho franzido e carregado, para seus lábios carnudos, o queixo
firme naquela barba escura, o pescoço moreno e o peito nu.
- Desça mais os olhos e vai ver. – Desafiou-me,
tenso pelo tesão.
Estremeci. Quase recuei. Mas algo mais forte, mais
potente, me fez descer os olhos, passando pela barriga musculosa até
a sunga preta que o cobria. Prendi o ar, abalada ao me deparar com o
contorno bem marcado do seu membro, que subia em uma coluna grossa e
longa, estufando e muito o tecido.
Por um momento, fiquei sem ar e sem ação. Então
o sangue bombeou violentamente, meu coração bateu contra as
costelas e arrepios percorreram minha coluna, de desejo puro mesclado
a tudo mais que me fazia sentir. Ergui os olhos rapidamente até
encontrar aqueles poços negros. Joe sorriu bem devagar.
- É isso que você quer, Demi?
Eu não sabia. Estava perturbada demais para
conseguir pensar com clareza. Minha vontade era a de me jogar nos
braços dele, beijá-lo e abaixar aquela sunga, conferir se ele era
tão lindo quanto parecia, implorar para que fizesse tudo que queria
comigo. E que me deixasse fazer tudo o que tinha vontade com ele.
Tive ânsia de ser dele, de descobrir como me
sentiria sendo sua mulher, tendo-o dentro de mim. Minha barriga
convulsionou de tanto desejo, mas havia tanta coisa envolvida, tantos
sentimentos e um certo medo de não ser correspondida. Já tinha
certeza que o amava. Mas o que sentia de fato por mim? E se fosse só
algo físico, que poderia acabar a qualquer momento?
- Eu quero mergulhar na piscina. – Desconversei,
recuando, precisando de um pouco mais de tempo. Então me levantei e
Joe me soltou. Na mesma hora dei um mergulho na água fria, buscando
respostas que talvez não pudesse encontrar tão cedo.
Nadei de uma ponta a outra, até cansar. E quando
Joe mergulhou, covardemente subi as escadinhas e me sentei na beira,
apenas minhas pernas dentro da água. Observei como cortava a água
em braçadas perfeitas, virando-se de cabeça para baixo ao chegar na
ponta e
voltando. Admirei-o, perturbada, excitada além do
normal.
Finalmente parou perto de onde eu estava,
sacudindo o cabelo molhado, fitando-me. E então, com o rosto ainda
sério, um pouco conturbado, impulsionando o corpo para fora da
piscina apoiando-se nos braços musculosos. Olhei-o, devorando cada
linha masculina do seu corpo, com água na boca.
Joe ficou de pé e veio até mim. Pensei que se
sentaria ao meu lado, mas me surpreendi quando me forçou para trás,
inclinando seu tronco em cima do meu. Deitei sobre o azulejo e acabei
rindo, sem esperar, enquanto ele abria a boca sobre meu queixo e o
mordia devagarinho.
A risada virou um leve gemido e o fitei, abalada,
seus lábios subindo, seus olhos duros nos meus. Quando beijou minha
boca, eu me entreguei, totalmente dominada, minhas mãos que tinham
ficado largadas ao meu lado subindo para se enterrar em seus cabelos,
beijando-o com a mesma fome estarrecedora.
Estávamos cheios de luxúria, queimando um pelo
outro. Somente seu peito pesava sobre meus seios, a parte inferior
longe do meu. Caso contrário acho que perderíamos o controle ali
mesmo. Como se temesse isso, Joe interrompeu o beijo e suspirou,
deitando-se no chão ao meu lado e fechando os olhos.
- Acho que não foi uma boa ideia ficarmos aqui só
com roupa de banho. – Disse, um tanto seco.
Na mesma hora levantou e deu outro mergulho.
Eu me sentei, tremendo. O desejo era avassalador,
voraz, enlouquecedor. E não consegui pensar em nenhum motivo para
sofrer tanto, quando o queria tão desesperadamente. Eu me sentia
viva, pulsante, feminina. Eu ardia e latejava. Eu o amava. Então,
por que lutar contra? Por que me privar de algo que ambos queríamos
tanto?
Observei Joe ir até os degraus dentro da piscina,
feitos de azulejos e se deitar ao longo de um deles, apoiando os
cotovelos nos de cima, suas pernas e quadril dentro da água. Ergueu
o rosto para o sol e ficou lá, de olhos fechados, como se precisasse
de um tempo para se acalmar.
Um estranha calma me envolveu quando enfim entendi
o que eu queria. Não importava mais nada. Estava louca por ele, de
amor e de desejo. E pela primeira vez na vida disposta a arriscar
tudo, a confiar em alguém e me entregar. Não só meu corpo e meu
desejo, mas também o meu amor.
Ergui-me, dei a volta na piscina, desci os degraus
até ficar com água na cintura. Joe abriu os olhos e me fitou,
compenetrado. Eu voltei pelos degraus, ajoelhando-me no último e
subindo de gatinhas entre as pernas dele. Percebi que não esperava
isso e ficou bem quieto, apenas seus olhos alertas, brilhando como
ônix. Parei, minhas mãos apoiadas sobre o degrau ao lado de seu
corpo, meu rosto próximo do dele.
- Sabe o que me dei conta, Joe? – Murmurei,
rouca.
- Não.
- Que nunca me queimo. Nunca brinco com fogo. –
Ergui as mãos e apoiei em seu peito, passando-as sobre os músculos
duros, sentindo-me uma mulher de verdade, cheia de lascívia e
vontade de ser feminina, agradada.
- E isso é ruim? – Sua voz saiu rascante.
- Às vezes é muito monótono ser tão precavida.
Hoje ... senti vontade de me arriscar.
Saber até que ponto posso me queimar. O que me
sugere?
Escorreguei as mãos para baixo, por sua barriga
dura, meus olhos se deliciando em seu corpo. Tive vontade de
acariciar suas coxas grossas, seus testículos cheios, seu membro
robusto. Saber o que era sentir um homem e não
qualquer um. Joe.
Fitei seus olhos negros e perturbadores. Nunca o
tinha visto tão sério, tão carregado de testosterona e poder
masculino, que só serviu para me arrebatar mais.
- Tenho apenas uma sugestão, Demi. Que venha
comigo para um dos chalés. E me deixe mostrar o quanto as coisas
podem esquentar.
- Ainda mais?
- Muito mais.
Estava gostando daquele jogo de sedução, daquela
sensação prazerosa de desejar e ser desejada com tanta intensidade.
- E o que faria comigo no chalé? – Nem
acreditava que estava tão desavergonhada.
- Por que não entra e vê com seus próprios
olhos? – A voz dele era rascante. Subiu uma das mãos pelo meu
braço, em uma carícia que só me fez arder ainda mais.
- Mas ... E se eu não gostar?
- Garanto que vai gostar. E querer repetir, muitas
vezes.
- Me dê uma dica. Vai me beijar?
- Cada pedacinho seu. – Espalmou os dedos em
minha nuca e me trouxe mais perto, dizendo baixo, perto da minha
boca: - E depois que eu beijar e chupar você, vou querer que faça o
mesmo comigo.
- Hum ... Parece bom ...
- Nem imagina. – Mordeu de leve meu lábio
inferior. – Mas vou querer mais, Demi, muito mais.
- Como o quê?
- Vou querer você fazendo tudo o que eu mandar. –
Deslizou a boca até minha orelha e mordiscou o lóbulo, sua mão
escorregando em minhas costas nuas, fazendo-me estremecer. Murmurou
Baixinho em meu ouvido: - Ficando toda abertinha enquanto enfio meu
pau em sua bocetinha, depois de tê-la chupado até doer e metido meu
dedo. Vai gozar. E quando acabar, vou te virar de bruços e bater na
sua bunda.
Eu tremia violentamente. Quando comecei com toda
aquela provocação, não imaginei que poderia ficar ainda mais
excitada. Mas agora estava fora de mim, quase desabando em cima dele,
meu coração alucinado, minha respiração entrecortada. A vagina
palpitava, quente e cremosa, todo meu corpo parecia prestes a
incendiar, de tanto que ardia. Suas palavras mexeram com tudo dentro
de mim. Consegui murmurar:
- Me bater?
- Sim. Por me fazer esperar esse tempo todo. Pelas
vezes que quase me fez gozar nas calças. Por me provocar agora. Não
se preocupe, vai gostar de sentir minha mão. Por que depois vou
abrir sua bunda e lamber seu cuzinho. E se ainda me aguentar, vou
meter meu pau nele também.
- Não ... – Arquejei, com medo e um tesão
aterrador.
- Sim. Vai gostar tanto que vai querer mais. O
tempo todo.
Estava quase gozando só com as palavras dele.
Mesmo sendo virgem, não tendo feito com meus poucos namorados mais
do que tirar uns sarros e carícias mais ousadas, eu me masturbava em
minha cama quando sentia falta de carinho, quando meus hormônios se
tornavam mais exigentes. E sabia quais eram os sintomas. Estava no
ponto e tudo que Joe precisou fazer foi me falar aquelas depravações
ao pé do ouvido e acariciar minhas costas.
Ele faria aquilo mesmo? Eu deixaria que batesse em
mim? Que fizesse sexo anal? Mas era tudo tão novo, tão assustador
para uma pessoa inexperiente como eu. E ao mesmo tempo, tão sedutor!
Ansiei por tudo, por coisas que nem imaginava, por uma nova realidade
em minha
vida.
- Chega de conversa. – Disse decidido.
Não opus resistência quando me fez levantar e se
ergueu, levando-me pela mão. A decisão tinha sido mais do que
tomada. E eu não voltaria atrás por nada do mundo.
Posta o 10/10 !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirContinua logo pelo amor de Deus..... perfeitooo.......
ResponderExcluirVc vai posta hj
ResponderExcluircontinua continua pf