26.12.14

Capitulo 5


JOE JONAS

E tinha terminado de tomar banho quando o interfone tocou.

A empregada já tinha ido embora e, impaciente, ainda me enxugando, saí do banheiro e fui para o quarto, atendendo lá.

- Sr. Adam – Disse um dos porteiros, em tom respeitoso. – Há uma senhorita aqui querendo falar com o senhor.

Eu suspirei, irritado. Não convidei ninguém e ia sair em meia hora. Pensei nas mulheres chatas e insistentes que não gostaria de ver e indaguei com frieza:

- Qual o nome dela?

- Demi Devonne.

- Não conheço. – Devia ser alguma das beldades das quais eu tinha esquecido. – Não posso receber ninguém no momento.

- Sim, senhor. Uma boa noite.

Desliguei, irritado. Fui para meu closet, vesti uma cueca, uma calça preta feita sob medida e estava colocando uma camisa branca quando o interfone tocou de novo.

Eu franzi o cenho, mais colérico. Descalço e com a camisa aberta, voltei ao quarto e atendi.

- Senhor Adam, desculpe incomodar de novo, mas a moça é insistente. Disse que não sai daqui sem falar com o senhor. Ameacei chamar a polícia e ela disse que seria melhor, que ela mesma faria isso. Achei melhor avisar o senhor.

- Ela disse qual assunto quer comigo?

- É algo sobre a irmã dela.

- Quem é a irmã dela?

- Acho que é ... Juliana. Não, Juliane.

Eu suspirei de novo. Aquela garota chatinha. Tinha dado a ela joias, para me livrar de sua insistência como cavalheiro e para que sumisse o quanto antes. Mesmo assim a putinha ainda tinha aparecido ali na noite anterior, tentando me seduzir de maneira amadora. E agora vinha a irmã dela. Para quê?

- Não tenho nada a tratar com essa mulher nem com a irmã dela. – Falei secamente.

- Sim, senhor. Vou chamar a segurança. Avisei, pois ela podia ficar do lado de fora e o perturbar quando saísse de carro.

Eu já ia desligar, mas fiquei intrigado. O que a tal mulher poderia querer comigo? Por que falou que era melhor chamar a polícia?

- Espere. Ela está sozinha?

- Sim.

- Mande-a subir.

- Sim, senhor.

Eu terminei de me vestir. Por pura precaução, enfiei minha pequena arma automática no cinto da calça, nas costas. Nunca se sabia com que tipo de louco poderia estar lidando. Então fui para a sala e me servi de um copo de uísque no bar do canto.

Quando a campainha da porta tocou, eu engoli o resto do uísque e deixei o copo vazio sobre o bar. A campainha tocou de novo, insistente. Com calma, caminhei até a pesada porta de madeira maciça e a abri.

Uma mulher lindíssima já estava com o dedo erguido para tocar a campainha novamente. Fiquei agradavelmente surpreso com a beleza dela. Por um momento apenas a olhei, admirado.

Conhecera muitas mulheres bonitas, lindas mesmo. E aquela ali, apesar de não estar arrumada ou maquiada, ganhava longe de todas elas.

Era exuberante. Extremamente linda. Alta, tinha naturalmente um porte altivo e uma suavidade aparente. A pele era sedosa, macia, clara, perfeita como a de uma criança. O rosto se destacaria entre milhares, pelos traços delicados e o contorno bem feito. Sua estrutura óssea era bem feita, com nariz maravilhosamente afilado, boca carnuda, olhos grandes, sombreados por cílios longos e castanhos. Eram de uma cor que parecia um lago gelado, de um cinza reluzente, glacial, prateado, puro. Sobrancelhas curvas e castanhas faziam um grande contraste com cabelos fartos, sedosos, de um louro claríssimo. O corpo era perfeito, cheio de curvas que fariam um homem perder a cabeça. Parecia uma deusa nórdica.

Fiquei um momento imobilizado por tanta beleza. E satisfeito por ter concordado em recebê-la.

Ela baixou o dedo lentamente e ergueu o queixo. Só então fui me dar conta que cerrava o maxilar e me olhava com raiva. Franzi um pouco o cenho. Comecei devagar:

- Sou Joe Adam. Não recordo o seu nome.

- Demi. – A voz era baixa e rouca, mas bem feminina como ela. Parecia trêmula, respirando com certa dificuldade.

- Entre, Demi. – Escancarei a porta, pensando em seu nome diferente e bonito.

Ela me encarou, tensa, antes de passar por mim. Intrigado, fechei a porta e a segui.

- Sente-se.

Demi parou no meio da sala e se voltou para mim. Nunca tinha sido alvo de tanta raiva.

Por um momento apenas nos olhamos e ela parecia medir forças comigo. Resolvi descobrir o que estava acontecendo.

- Aconteceu algo com Juliane?

- Você não sabe? – Apesar de ser uma pergunta, soava como uma acusação. Franzi o cenho, sem perder um detalhe dela.

- Pode ser mais clara? Por que está aqui?

- Eu sempre soube que pessoas do seu tipo são cínicas e até tentei avisar a minha irmã. Pena que ela não escutou. – Estava com os punhos cerrados ao lado do corpo, pálida, lívida.

– Vai negar que Juliane veio para cá ontem?

- Não, não vou negar. – Eu cruzei os braços sobre o peito, fitando-a fixamente.

- Ela enfureceu você? Foi insistente?

- Você veio aqui tomar satisfações porque a sua irmã tomou um fora?

Ela riu, com raiva e desprezo. Eu semicerrei os olhos, ficando bem irritado.

- Estou em meu apartamento, você entra como uma fera, me chama de cínico e não explica o motivo de sua vinda. Pode me informar agora ou a charada vai continuar?

O ódio ela explodiu:

- Eu só não trouxe a polícia, por que eu queria ter certeza que o covarde que bate em mulheres é você! Mas não pense que isso vai ficar sem punição! Juliane tem família. E nem todo seu poder ou o seu dinheiro vai livrar você de um processo. Eu só queria poder quebrar a sua cara!

A raiva dela era tanta que seus olhos encheram-se de lágrimas sem que percebesse. Como se estivesse a ponto de me agredir, ela caminhou rápido em direção à porta.

Antes de passar por mim, meti-me em sua frente e barrei a passagem.

- Ei, espere aí! Eu nunca agredi a sua irmã.

- Diga isso à polícia! Eu quero sair!

- Acalme-se, moça. – Ergui as mãos num gesto de calma, mas Demi pulou para trás, furiosa. Fiquei com raiva das acusações injustas. – Você não vai sair daqui sem me escutar!

- Ou o quê? Vai me trancar aqui? Me bater também?

- Eu já disse que não bati nela. – Minha voz saiu baixa, ameaçadora. – Embora agora eu me sinta tentado. Preste atenção: Juliane apareceu ontem aqui, mesmo depois de estarmos separados, quando eu recebia uns amigos.

Ela escutava, trêmula, raivosa. Não pude deixar de notar como parecia ainda mais estonteante.

- Se fui bruto, com certeza foi com palavras. Sem que os outros percebessem, convidei-a a se retirar. Ela não gostou nada, mas não teve outra opção. Foi a última vez que a vi.

Demi vacilou um pouco, em dúvida. Olhava-me fixamente, como a achar que eu mentia. Eu sustentei seu olhar, bem sério.

- Eu sei que ela veio aqui.

- E saiu incólume. A única coisa ferida era o seu orgulho. Todos os meus convidados podem confirmar que fiquei a noite toda aqui.

- Mas ...

- O que aconteceu exatamente com ela?

- Foi muito agredida. Espancada. – Seus olhos grandes e prateados pareciam incertos. – Não foi você?

- Não. Como ela pode ter me acusado?

- Ela não fez isso. Estava desacordada. Sua amiga, Luana, que me falou que Juliane tinha vindo aqui ontem, atrás de você. Achei que tivesse ficado furioso e ... – Passou a mão pelo

rosto, exausta emocionalmente.

- Quando ela acordar, vai confirmar as minhas palavras, Demi. E vai dizer o nome do verdadeiro culpado.

Por algum motivo, pareceu acreditar. A explosão de raiva havia passado. Só lhe restava um cansaço evidente, um olhar perdido e magoado e uma clara indecisão. Baixou os olhos.

- Deus do céu, a Luana pediu que eu esperasse, mas ... Fiquei com tanta raiva! Não devia ter vindo e invadido seu apartamento desse jeito. – Fitou-me de novo, transtornada. – Por favor, esqueça tudo o que eu disse. E me desculpe.

Minha raiva também passou e senti um baque por dentro com aquele olhar. Remeti o fato ao desejo e à sua beleza fora de série.

- Eu compreendo.

- Fui precipitada. Eu nem sei o que dizer.

- Esqueça. Você não parece bem. Quer sentar?

- Não, preciso ir. Luana está me esperando no carro. – Estava muito constrangida e mordeu o lábio carnudo. Uma onda de pura lascívia percorreu meu corpo. – De qualquer forma, me desculpo de novo.

Tive vontade de me aproximar mais dela. Movi meus dedos, pensando se sua pele seria tão macia quanto parecia. Mas continuei no mesmo lugar, aparentemente inalterado.

- Se Juliane precisar de algo, estarei à disposição.

- Obrigada. – Foi em direção à porta e eu a abri, embora sentisse um estranho desejo que ela ficasse.

Parecia envergonhada e sem saber o que dizer. Lançou-me um olhar, acenou com a cabeça e saiu. Eu a segui até o hall, enquanto entrava no elevador. Não tinha mais nada a dizer, apertou o botão para descer e me olhou.

Eu a observei até as portas se fecharem, então voltei ao meu apartamento, decidido. Aquela mulher seria minha.

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 Migasssssss! Tudo bom cm vcs? Enfim, to pensando... Capítulos de duas em duas horas, 10... Pra n acabar mt tarde, decodi por postar 5 amanhã e cinco depois de amanhã... Topam? Mas tem q comentar, amores, sem comentarios interrompo a maratona.
Comentem, ok?
Beijos, amo vcs!
Bruna

5 comentários:

  1. Adorei saber sobre a maratona.... adorei esse encontro.... continua, posta mais hj por favor...

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  2. Posta posta posta posta posta

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  3. Sera que vc poderia divulgar meu blog? Se quiser olhar :)
    jemieternamentejemi97.blogspot.com

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  4. Estava desatualizada das suas fica, sem tempo p/ ler, mas agr tô de férias e voltei com tudo, posta mais, amando a história

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