29.12.14

Capitulo 23

Morzinhas, eu tive q sair e voltei só agr... Mas aqui está, vcs merecem! 10 comentarios?! Muito obrigada! Se comentarem bastante, posto mais um hj! Beijos, amo vcs! Bruna.

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DEMI

Eu acordei quentinha, enrodilhada em um corpo gostoso. Minhas pernas estavam sobre umas outras musculosas, com pelos. Estava doída, acho que devido ao fato de passar a noite em uma posição só. Abri os olhos e fitei Joe, que dormia pesadamente ao meu lado.

Ainda um pouco tonta, sorri bobamente ao lembrar e como nos divertimos e depois nos amamos, com pressa, tesão e paixão. Mesmo cansada, fiquei lá, parada, olhando para ele. Ainda não dava para acreditar que estava vivendo tudo aquilo, sendo tão infinitamente feliz. Minha vontade era não sair dali, mas a realidade se fez presente. Era sexta-feira e ainda ia trabalhar.

Levantei devagar, dando um beijinho no ombro dele, com cuidado para não acordá-lo. Peguei o celular dentro da saia no chão e vi que era 5:23 da manhã. Às cinco e meia ia despertar. Desliguei o despertador e andei nua pelo quarto, silenciosa, abrindo o guarda-roupa e pegando minhas coisas para depois do banho. Lancei um olhar para Joe antes de sair e partir para o banheiro.

Estava embaixo do chuveiro, lavando meu cabelo, quando algo me ocorreu. Parei, imobilizada. E imagens da noite anterior vieram vívidas na minha mente. Principalmente a parte em que Joe fez amor comigo. E nem eu e nem ele, na febre do momento e dispersos pelo álcool, nos preocupamos com camisinha.

A água escorria por minha cabeça e eu tinha os olhos bem abertos, enquanto me dava conta de tamanha burrada. Eu era virgem até poucos dias atrás, não tomava anticoncepcional. Tinha ficado menstruada há dez dias. O que isso significava? Estava em meu período fértil? E se tivesse engravidado?

Outra coisa me ocorreu. Por mais que gostasse de Joe, nosso relacionamento era recente. Com certeza teve muitas mulheres. E se tivesse algum risco de AIDS ou doença sexualmente transmissível? O que nós fomos fazer?

- Meu Deus ... – Fechei a torneira do chuveiro, assustada com aquela vacilada. Eu cansava de falar para Juliane tomar cuidado, para não engravidar e não pegar doenças, sempre me achando centrada para não fazer isso e agora ... Tinha sido tão fácil perder o controle e a razão!

Enxuguei-me nervosa, sem saber o que fazer. O que Joe diria? Afinal, foi tão irresponsável quanto eu. Como tínhamos dado um furo daqueles! Mal começamos a nos relacionar, eu pouco sabia de sua vida e de sua família, não conhecia sua vó e já pensou ... Correr o risco de ficar grávida? Ou até pegar uma doença?

Vesti a calça e a camisa de botões mecanicamente. Penteei o cabelo. Olhei-me no espelho e encontrei olhos assustados. Xinguei a mim mesma, com raiva. Burra, burra, burra!

Voltei ao quarto e ele continuava do mesmo jeito, ferrado no sono, nu. Mordi os lábios e sentei na beira da cama, passando a mão em seu cabelo desarrumado.

- Joe ... – Disse baixinho. – Joe ...

Abriu os olhos, um pouco assustado. Fixou-os em mim, como se estivesse perdido. Ainda parecia um pouco tonto quando sentou na cama, correndo os dedos entre os cabelos, olhando em volta, até fixar os olhos em mim.

- Demi?

- Não sei que horas você precisa sair. Eu vou trabalhar.

- Agora? – Lambeu os lábios e franziu o cenho. – Que sede ...

- Vou pegar uma água pra você.

- Posso tomar um banho, para tirar o álcool de vez? Aí te levo pro trabalho e vou para casa, antes de seguir para o meu.

- Claro, vou pegar uma toalha seca.

E assim fizemos. Enquanto Joe tomava banho, preparei um café na cozinha, tensa, nervosa, tremendo. Disse a mim mesma que havia muita chance de que nada tivesse acontecido. E serviria só como experiência para tomarmos cuidado depois. Mas e o medo da porcentagem de que algo sim acontecesse?

- Minha cabeça parece que tem chumbo. – Joe entrou na cozinha arrumado, de banho tomado e com os cabelos úmidos. – Ontem até que aquela cerveja parecia boa, mas hoje ...

Ou melhor, hoje mais cedo ela parecia boa.

Sorriu, fazendo uma careta. Tentei sorrir também, mas estava muito nervosa. Apontei para uma cadeira e despejei café puro em uma xícara para ele e outra para mim.

- Quer umas torradas?

- Não, só café. – Não sentou. Na cozinha pequena e antiga, se aproximou de mim com a xícara na mão e me deu um beijinho nos lábios. Então ergueu o meu queixo e fitou meus olhos. – Aconteceu alguma coisa?

Percebi que não sabia ou não se deu conta ainda do fato. Pensei em falar logo, mas fui engolfada pelo medo. E se achasse que foi armação minha? Afinal, quantas vezes ouvi conselhos da minha mãe que a melhor maneira de uma mulher se dar bem era arrumando filho de homem rico?

Olhei-o, preocupada. É claro que, Joe gostando ou não, eu tinha que contar. Precisava saber também se tinha costume de não usar camisinha com outras mulheres. E se por acaso eu tivesse engravidado, como ia acreditar se eu ficasse quieta esse tempo todo?

No entanto, estava na hora de ir para o trabalho e apenas sacudi negativamente a cabeça.

- Está em condições de dirigir? – Mudei de assunto.

- Estou. A tontura passou com o banho. – Tomou um gole do café quente. – E isso vai me levantar.

Naquele momento, ouvimos barulho na entrada da cozinha e Juliane parou ali, com cara de sono, usando um pijaminha de short e camiseta curtos. Olhou para Joe, surpresa.

- Dormiu aqui?

Ele não disse nada, um tanto sério. Fiquei um pouco sem graça e expliquei:

- Chegamos tarde da Beija-Flor e tínhamos bebido demais.

O olhar da minha irmã era estranho. Parecia irritada. Talvez estivesse um pouco enciumada, apesar de tudo. Ou com raiva, pensando algo como: “Minha irmã é boa no discurso, mas traz homem para dormir dentro de casa”. Disse em tom um tanto irônico, olhando para ele:

- Quem diria, o rico e independente Joe Adam indo para uma escola de Samba na Baixada e depois dormindo nessa humilde casa. Isso tudo é amor?

- Juliane ... – Falei baixo, mais sem graça ainda.

Joe continuou sério, calado. Terminou seu café e me fitou:

- Podemos ir?

- Sim. Vou pegar minha bolsa.

Juliane saiu do meu caminho e me deixou passar. Não quis deixar os dois sozinhos, um pouco enciumada, sem entender aquele olhar e a ironia da minha irmã. Fui ao quarto

rapidamente, deixando a porta aberta, pegando minha bolsa. Quando voltei, indaguei:

- O que deu em você para acordar cedo hoje?

- Tenho uma entrevista cedo. – Sorriu. – Um grande amigo meu arranjou uma entrevista para que eu faça teste para um comercial de sandálias. Não é ótimo? Reze por mim. Vai entrar uma boa grana. – Virou-se para Joe. – Aí então vou poder devolver o dinheiro que me emprestou do implante.

- Não se preocupe com isso. – Disse seco, vindo até mim. – Está pronta?

- Sim. Tchau, Juliane. Boa sorte.

- Obrigada, maninha. Tchau, Joe?

- Adeus.

Saímos. Quando o carro seguia pela estrada, continuei quieta, um tanto perturbada. Queria dizer a Joe sobre o fato de não ter usado preservativo, mas estava sem coragem. Mesmo sabendo que a culpa foi de nós dois.

- O que você tem, Demi?

Eu o olhei de imediato, tentando falar de uma vez. Lançou-me um olhar e voltou a se concentrar na direção. Falei atropeladamente:

- Você não usou camisinha ontem.

Seu cenho franziu. Continuou a olhar para frente, concentrado. Parecia rever as cenas da noite anterior na mente. Só então sua expressão fechou. Deu uma porrada no volante.

- Porra!

Mordi o lábio, sem poder deixar de olhar para ele.

- Que merda!

- Eu sei. – Murmurei.

Fitou-me rapidamente, com um olhar esquisito, antes de voltar a fitar a estrada à sua frente.

- Estava cheio de tesão e bêbado, nem me dei conta. Tenho 31 anos e nem quando era adolescente fiz um besteira dessas! Que merda! – Respirou fundo. – Tem chances de estar grávida? Está no período fértil?

- Eu ... Eu não sei. Menstruei tem dez dias. Quer dizer que sempre usa camisinha?

- Sempre. Risco de doenças você não corre. Mas puta que pariu, Demi ... Caralho!

- Pare de xingar!

- Eu to puto! – Fitou-me acusadoramente. – Por que não me parou? Você não estava bêbada.

Fiquei irritada.

- Eu não estava bêbada, mas também tinha sido afetada pelo álcool. E quando começamos eu ... eu perdi a cabeça, nem me dei conta. Só hoje.

O clima ficou pesado no carro. Olhei para a frente, com raiva de mim mesma e dele. Como eu tinha pensado, estava desconfiado agora. Mas eu não tinha feito tudo sozinha, bêbado ou não.

- Tome a pílula do dia seguinte.

Sua voz penetrou meu pensamento. Olhei-o na hora, revoltada.

- Não vou fazer isso. É aborto!

- Então acha que está grávida mesmo.

- Eu? Claro que não! Espero que não, Joe. Começamos a nos relacionar agora! Tenho meu trabalho, minha faculdade, minha vida. Sou jovem demais para ser mãe. Mas não tomo esse negócio. Não faria isso.

- Também não quero um filho.

- Eu entendo, mas ...

Joe jogou o carro para o acostamento e ligou o alerta. Virou-se para mim, fitando meus olhos com dureza.

- Diga para mim que realmente não planejou isso, Demi.

Encarei-o, sentindo raiva e nervosismo.

- Não planejei nada disso. Você está me ofendendo!

Ficamos nos olhando. Senti um desespero por dentro e lutei para não chorar. Tive medo de que aquilo nos separasse e estava tão doida por ele que achei que não aguentaria. Mas me mantive firme. Por fim, algo em mim pareceu acalmá-lo. Passou a mão pelo cabelo, dizendo: - Vamos tomar cuidado daqui para a frente, Demi.

- Mas e ...

- Fique atenta e qualquer coisa fale comigo. Vamos esperar um pouco e você faz um exame. Mas tenho certeza que não aconteceu nada.

- Eu quero pensar assim também, mas estou com medo.

- Deixaremos o assunto de lado. Não vai adiantar nada desespero agora. Daqui a alguns dias, depois do exame, voltamos a falar sobre isso.

- Tudo bem.

Eu sabia que nunca conseguiria deixar a assunto de lado e não me preocupar, mas enquanto Joe colocava o carro em movimento, pensei que ele estava certo. Se remoêssemos demais o assunto, acabaríamos nos desentendendo e sofrendo por antecedência.

Fomos quietos o resto da viagem. Não passou despercebido a mim que se tornou mais distante. E eu nem poderia culpá-lo. Eu o entendia. Eu sabia que não fiz de propósito, foi realmente irresponsabilidade. Assim com a dele. Mas que isso nos deixou abalados era um fato.

Deixou-me no centro do Rio, em frente ao prédio em que eu trabalhava. Olhou-me um tanto frio e meu coração se apertou, mas tentei me manter firme.

- Obrigada pela carona.

- Tudo bem.

Não havia muito mais o que fazer. Se não fosse agora aquela nuvem negra pairando sobre nós, estaríamos rindo, nos despedindo com beijos, lembrando a noite passada. Mas acenei com a cabeça e me virei para sair.

Joe segurou o meu braço e eu o olhei de imediato, com o coração disparando. Disse baixo:

- Só me dá um tempo para digerir isso tudo.

- Tá. Eu também preciso de um. Mas Joe, eu juro, foi uma bobeira. Eu nem me lembrei na hora.

Não sei se acreditou. Por um momento, pareceu que sim. Achei que me puxaria e beijaria. Mas então me soltou.

- Depois a gente conversa melhor.

Eu acabaria chorando se ficasse ali. Assim abri a porta e saí. Enquanto me dirigia ao prédio, ouvi o ronco do motor do seu carro se afastando. Não olhei para trás. Mas o aperto no meu peito me avisou que seria um dia daqueles.

9 comentários:

  1. Continuaaaaa..... posta logooooo.......

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  2. Vou jogar na mega da virada! kkkkkkkkk
    Posta mais, pura mor de Deus!
    xoxo

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  3. CARA TA MUITO FODA... CONTINUA, to precisando de mais...

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  4. Ta mtp fodaa !!
    Posta mais capitulos please

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  5. Que capitulo foi esse?
    Caramba, nem sei o que falar! Posta logooo

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  6. Sabia que ele ia duvidar dela
    Posta maaaaaaaaaaaaaaaaais

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  7. Posta mais pelo amor de deus mulher !!!!!!

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  8. Pelo a amor de Deus !!
    Eu preciso de mais.
    O Joe meio frio nesse capítulo, mas ele fez a coisa certa pelo menos, graças a Deus ele fez a coisa certa, eu achei que ele iria surtar.
    Posta logo!!

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