8.12.14

A Historia De Joe e Demi - Capitulo 8


~

Na sexta-feira à noite, Joe estava sentado ao lado de seu tio David, na sala de espera do escritório do xerife Thompson. 

 Seus cotovelos descansavam sobre os joelhos e sua cabeça estava enterrada em suas mãos. Tudo o que queria naquele momento era se esconder, não só dos olhares que estava recebendo, mas do sentimento feio e gelado que havia se instalado em seu intestino. 

 O seu pai naquele momento estava preso dentro de uma das celas e Joe nem sequer tentava mais contar quantas vezes isso ocorria ou como se sentia sobre este fato.

 Seu tio tinha desistido de resgatar Chris Jonas para fora da prisão há vários anos antes e agora só veio porque o xerife havia lhe ligado pessoalmente para dizer que o seu pai havia sido detido mais uma vez. 

 Normalmente era preso devido à embriaguez e desordem, mas hoje a prisão ocorreu por dirigir embriagado e resistência à prisão.

 Se não fosse por seu tio David insistir em vir aqui, Joe nunca mais entraria neste lugar, nas outras vezes seu tio nunca havia esperado por Joe para acompanhá-lo e se fosse por ele, seu pai poderia apodrecer na cadeia por tudo que ele se importava, mas ao completar dezoito anos, Joe sentiu que precisava amadurecer e pelo menos ficar ao lado de seu tio quando ele fosse ver o xerife. 

 Geralmente a única coisa que o seu tio fazia era pedir desculpas pelo que Chris havia feito de errado e então ele apertava a mão do xerife e ouvia com vergonha o homem da lei lhes dizer, mais uma vez, que não era culpa deles o comportamento de Cris.

 Joe passou a mão sobre a testa de novo. Ele estava tendo uma semana do inferno, agora para fechar com chave de ouro, isso. 

 Quanto pior poderia se transformar a sua vida? 

 Tudo o que ele queria fazer era ir para casa, se fechar dentro do seu quarto e dormir por um período de 24 horas. Talvez o sono pudesse fazer escapar do inferno puro que está semana havia se transformado.

 Primeiro, havia descoberto que a Miley ainda estava tendo pesadelos sobre o estupro que sofreu. Ela não queria falar com a tia sobre isso, não queria ver o conselheiro da escola, e inferno, ela também não queria sequer falar com ele sobre isso. Ainda doía saber que só havia descoberto aquilo por um acaso, quando havia se levantado no meio da noite para usar o banheiro e ouviu o seu choro abafado por trás da porta do seu quarto, quando ele bateu na porta e perguntou-lhe porque estava chorando, ela havia entrado em pânico, lhe contou o que aconteceu, para logo após lhe fazer prometer que jamais contaria a seus pais ou para qualquer pessoa. 

 Merda.

 E então, ontem na escola, Joe tinha ouvido rumores sobre o presente de aniversário de Demi. Ele se sentiu muito culpado por ter uma reação tão exagerada por causa de um carro quando Miley estava passando por um trauma muito real, mas era só mais uma coisa que fazia a sua vida ser uma droga. 

 Demi tinha um novo maldito carro. Um carro zero. Um Audi vermelho. Um Audi, pelo amor de Deus. 

 Então, agora, a garota que ele queria estava dirigindo um carro de cinquenta mil dólares, enquanto ele estava dirigindo um caminhão de quinhentos dólares. 

 Sim, o lance entre eles iria funcionar, com certeza.

 Joe bateu o punho contra a boca de frustração quando o sarcasmo amargo inundou o seu cérebro. 

 Nossa ele tinha tanta coisa para oferecer a Demi. Merda, afinal de contas a sua família possuía uma seção inteira de terra. Na verdade eles possuíam seiscentos e quarenta acres. Simplesmente incrível. Compare essa merda com os sessenta mil acres que o pai dela possuía, que de acordo com as fofocas da cidade eram livre de hipoteca ou algo assim. Realmente ele e Demi eram quase idênticos, certo.

 E Joe com certeza não poderia esquecer a impressionante beleza de Demi. Ele nunca havia visto uma garota mais bonita do que ela e ao olhar para ele...Só havia merda ao olhar para ele. 

 Havia inúmeras cicatrizes. Cicatrizes de cigarros lhe marcavam tanto seu rosto como o seu corpo. Sim, talvez pudesse haver uma chance em algum momento da sua vida em que poderia adquirir uma boa aparência, mas seu maravilhoso pai tinha lhe roubado isso ao pressionar várias vezes seus cigarros aceso em seu rosto até marcá-lo.

 E por que não comparar o pai de Demi com o seu quando o havia visitado naquele dia? 

 O pai de Demi... O homem mais rico e influente do município. E o seu pai... O mais bêbado da cidade que sempre estava dentro de uma cela na cadeia, como agora.

 Inferno, mais que porra. Será que tinha chances da sua vida ficar pior?

 Claro que podia, afinal, havia recebido uma ordem de Selena e se ele não aparecesse na casa dos Gomez, amanhã à noite, para a festa de aniversário surpresa de Demi, então ele seria simplesmente linchado perante toda a cidade. Ela deixou bem claro ainda por cima que iria mandar seu irmão procura-lo por toda a cidade até encontrá-lo e Selena ainda por cima havia deixado claro que Kevin jamais se negaria a fazer esse favor para ela, porque ela sabia de todas as sujeiras dele e que poderia usa-las a qualquer momento e como Joe sabia que tipo de merda Kevin sempre estava envolvido, ele bem que podia imaginar o quanto ele estava nas mãos de Selena.

 Então, Joe tinha que ir à festa, mas o pior de tudo era que ele queria ir, realmente queria muito. No fundo ele sabia que queria ver Demi, não importava como e onde. 

 Ela era tão perfeita, muito doce aos seus dezesseis anos e completamente limpa e ele não era nada disso, apesar de querê-la mais que tudo, sem dúvida, sabia que não a merecia. 

 Se apenas... Se ela apenas viesse de uma família normal, tudo seria mais fácil. Mesmo sendo uma família como os Gomez, Joe provavelmente conseguiria se garantir. 

 Mas Cristo, os Lovato? 

 Que diabos ele estava pensando? 

 Ela estava tão fora de seu alcance que não era nem mesmo engraçado e isso, junto com as demais coisas, estavam tornando o seu pensamento completamente doente. 

 Poderia sua vida maldita ficar pior?

 Joe teve a resposta para essa pergunta cerca de dez minutos depois, quando o seu tio tinha acabado de falar com o xerife. 

 Seu tio estava pronto para sair, quando ele ficou de pé para fazer o mesmo, o delegado solicitou um minuto de seu tempo a Joe. 

 Seu tio fez uma pausa e deu ao xerife um olhar pensativo. 

 - Posso lhe perguntar para quê?

 - Nada demais, fique tranquilo porque o Joe não está em apuros, longe disso. Minha menina Mandy é uma sênior este ano e eu gostaria de utilizar o seu cérebro tão bem desenvolvido por um ou dois minutos.

 Joe e seu tio trocaram olhares cúmplices, logo após Joe inclinou a cabeça ligeiramente para deixar o seu tio saber que ficaria bem se ele o deixasse sozinho com o xerife.

 - Tudo bem, então. Vou ver meu irmão agora, mas estarei de volta com vocês em alguns minutos.

 David Jonas deu ao xerife um olhar estreito. 

 - Será que isso vai ser tempo suficiente com meu sobrinho?

 As palavras foram ditas com um profundo sotaque do Texas e uma profundidade suficiente para deixar bem claro para o xerife que aquele seria todo o tempo que ele ia ficar com Joe.

 - Obrigado, será o suficiente.

 O tio de Joe deu ao xerife mais um olhar duro, em seguida virou-se e saiu do escritório, fechando a porta atrás de si.

 Joe olhou para o xerife com uma pergunta em seus olhos que não podia conter. 

 Que diabos era isso? O que diabos ele tinha feito agora? 

 Ele tinha sido tão cuidadoso, sempre respeitoso, sempre tentando mudar aquela imagem de seu pai que outras pessoas sobrepunham nas suas feições quando olhavam para ele. 

 Então o que diabos poderia o xerife querer com ele? Porque ele não acreditou nem por um segundo que isso tinha algo a ver com Mandy.

 O xerife não perdeu tempo e falou para ele. 

 - Jeff Lovato me visitou há algumas semanas e me falou sobre Jesse Whitaker. Ele foi evasivo, mas consegui entender pelo teor da conversa que você sabe de algum problema com Whitaker. Isso é verdade?

 Um momento de alívio bateu sobre Joe quando percebeu que não era com relação a ele, mas sim, sobre Jesse Whitaker. 

 - Sim, senhor.

 - Se importa de me contar o que Jesse fez?

 O Sr. Lovato já não lhe disse o que aconteceu?

 - Não...  Apenas disse que estava preocupado com a Demi e que ela não estava segura ao redor do menino Whitaker.

 - Ela não está realmente segura em torno dele, - Joe mordeu fora.

 - Isso se estende para todas as meninas? A minha garota Mandy também está em perigo? Todas as meninas estão em perigo?

 Uma expressão amarga passou sobre as feições de Joe. 

 - Sim, senhor. Eu não confiaria no meu cão próximo a ele, pois é um predador sexual, somente após ele estar preso e fora da sociedade é que irei me sentir melhor.

 O xerife começou a balançar a cabeça como se isso fosse a confirmação que ele estava procurando. 

 - Isso é o que eu imaginei. Você tem a liberdade de me dizer o que aconteceu e a quem ele machucou?

 - Não, eu não tenho, mas o senhor consegue somar dois mais dois. Eu não deveria falar muito sobre isso, mas o senhor precisa saber e ficar ciente que será melhor sempre observá-lo.

 - Obrigado, meu filho. Essa informação não irá sair daqui, eu te prometo isso. Você pode informar para aquela garota que se precisar de ajuda estamos à disposição, mas devo acrescentar que ela tem sorte de ter você na família. Felizmente ela vai ficar forte e em breve prestar queixa contra ele, pois esse menino precisa ser punido e as meninas por aqui precisam estar seguras.

 O delegado fez uma pausa e estudou Joe como se ele tivesse alguma coisa para dizer, mas não sabia como continuar, depois continuou com uma voz baixa e rouca. 

 - Você teve um início de vida muito ruim... Um início muito ruim, mas você conseguiu vencer este jogo e se tornou um bom garoto, Joe. Sua tia e tio são boas pessoas, você é uma testemunha viva de que não é de onde uma pessoa vem e sim o que faz que a torna o que ele é. Um homem escolhe como quer viver a sua própria vida e é bastante óbvio para todos que você escolheu o caminho certo. Você é um excelente garoto. - Reiterou o delegado.

Joe ficou sentado, olhando para o xerife em silêncio e atordoado por alguns segundos, como se as palavras do xerife penetrasse através de uma névoa em seu cérebro. 

 Ele sentiu um momento de prazer e satisfação pelo xerife não estar lhe comparando com o seu pai, em seguida, um pensamento e um só pensamento surgiu em sua cabeça e ele o expressou antes que pudesse se conter. 

 - Bom o suficiente para Demi Lovato?

 O xerife pareceu surpreso por um momento e depois soltou um latido de diversão muito leve. 

 - O que você está realmente me perguntando, meu filho?

 - O senhor irá me prender se me ver andando com ela por aí?

 - Por que eu faria isso? Você está pensando em machucá-la de alguma forma?

 - Nunca.

 O xerife Thompson o estudou por alguns segundo e percebeu que Joe parecia torturado com aquela pergunta. 

 - Então por que seria da minha conta se Demi é uma amiga sua?

 - Seu pai não vai gostar. Na verdade ninguém da sua família.

 - Você sabe meu filho, que os homens podem ser particularmente ciumentos com as suas meninas. Sei por experiência própria, por ter uma filha adolescente que o primeiro menino que uma menina traz para casa é o mais difícil de engolir e não vou adoçar isso para você, Jeffrey Lovato é um homem duro e ele ama a sua filha, mas também é um homem justo e se você tratá-la com respeito, sempre a devolver a sua casa quando ele lhe disser e fizer tudo o que ele determinar, então acho que tudo vai ficar bem.

 - O senhor não vai ficar me seguindo, esperando o momento de jogar a minha bunda na cadeia ao lado do meu pai, não é?

 - Não se você me prometer que não irá quebrar nenhuma lei. - O xerife olhou pensativo para Joe e depois lentamente lhe perguntou: - Você sabe o que o estatuto do Texas diz, certo?

 Joe sabia exatamente o que o xerife estava perguntando. - Sim, senhor.

 - Só para ter certeza de que estamos na mesma página aqui e garantindo que você não irá entrar em apuros, A lei diz... - O delegado fez uma pausa como se não estivesse exatamente acreditando que estava tendo aquela conversa e respirou fundo.

 Joe decidiu ter piedade do homem mais velho e inseriu rapidamente.

 - Sexo apenas após os dezessete anos.

 - Isso é certo. Até então, você irá manter isso em mente como eu disse e ser respeitoso... Ninguém vai criar nenhum problema com uma amizade entre você e a garota Lovato. É meu entendimento que ela agora tem dezesseis anos e que Jeff não pode mantê-la trancada para sempre, de qualquer maneira.

 Joe teve um momento em que se sentiu como se um torno tivesse largado do seu coração. 

 Ele respirou fundo e pôs-se de pé. 

 - Obrigado, senhor.

 - Não tem problema, meu filho. Agradeço a sua ajuda e também apreciaria muito se você me deixasse saber de alguma coisa sobre Jesse, que eu tenha que intervir.

 - Pode deixar.

 Joe apertou a mão do xerife e com uma leveza que não sentia há semanas virou-se e saiu do escritório. 

 Evidentemente a sua vida não era tão mal como havia pensado há vinte minutos.

****

 Na tarde de sábado, seguinte ao seu aniversário, Selena alertou a Demi que deveria caprichar no seu look antes de vir passar a noite na sua casa, assim, logo de cara Demi percebeu que algo a mais estava acontecendo e como tinha apenas uma vaga ideia do que poderia ser, redobrou o seu cuidado habitual com os cabelos e a maquiagem. 

 Ela estava usando um jeans de cintura baixa, bem apertado, com um casaquinho rendado rosa brilhante e uma blusinha de manga curta branca por baixo dela. Deixou os botões superiores desabotoados para dar um efeito mais adulto e completou o seu look com sandálias de salto altas a fim de adicionar mais alguns centímetros a sua altura. Para finalizar ajeitou o cabelo sem muito exagero. 

 Selena já tinha visto e amado o seu carro novo, o mesmo que Demi estava estacionando na entrada da garagem. Assim que desceu do carro subiu o caminho que conduzia para a porta da frente da casa dos Gomez. 

 Seus nervos estavam descontrolados e tinha que ficar repetindo a todo instante que nada humilhante iria lhe acontecer, afinal estava caminhando para a casa de amigos muito queridos. 

 Ela deslizou a mão pelo seu cabelo como forma de aliviar a tensão ao mesmo tempo em que dava um último retoque, em seguida bateu na porta. 

 Selena atendeu rapidamente, porem só foi abraça-la após ela ter andado todo o caminho até o centro da sala, onde logo em seguida foi cercado por pessoas que gritavam em alto e bom som 'Surpresa!'. 

 Ela olhou em volta e começou a corar profusamente, pois estavam todos lá. Ela viu o Kevin, o Nick e claro a Selena. Os pais de Selena estavam no portal que conduzia à cozinha, sorrindo para ela, também notou o Steven, seu parceiro de estudo de matemática e outros dois garotos da sua classe de trigonometria. Kayla também estava lá, de pé perto de Kevin e para a sua surpresa estava conversando com Miley Jonas. 

 Miley estava sorrindo para ela e Demi sorriu de volta, logo após seus olhos se moviam lentamente ao redor da sala enquanto todos começaram a gritar e a rir ao mesmo tempo. Ela olhou ao redor, mas não conseguia ver a única pessoa que estava desesperada para encontrar. 

 E então lá estava ele, vindo do corredor, olhando diretamente para ela com olhos quentes e ferozes. 

 O coração de Demi vibrou, seus joelhos viraram geleia, mas ela foi arrancada para fora daquele estado por uma Selena rindo, que a levava bruscamente em direção à sala de jantar para lhe mostrar uma pilha de cartões, seus presentes, a decoração do local, um bolo de aniversário e vários cup cakes. 

 Era óbvio que Selena e a sua mãe tiveram um montão de trabalho para realizar aquela festa e naquele momento ocorreu a Demi que não importava quantos amigos uma pessoa tivesse, desde que houvesse alguns amigos verdadeiros, então, era tudo o que realmente importava. 

 Sua festa de aniversário começou com um estrondo e depois de alguns minutos a música tocava alto e todos comiam o bolo. Parecia que todo mundo já havia falado com ela, desejando-lhe um feliz aniversário, ou rindo, ou brincando. Todo mundo falava com ela, exceto a pessoa que ela queria. 

 Embora não tivesse vindo falar com ela, era como se seus olhos nunca a tivessem deixado por um só segundo. Ele estava um pouco afastado, grudado a parede conversando com Kevin, Nick, Miley, ou quem quer que passasse e parasse ao seu lado. 

 Mas o tempo todo ele estava ali... Apenas assistindo a tudo o que ela fazia. 

 Passou pela sua cabeça que ele estava apenas esperando que ela fosse falar com ele primeiramente, talvez para lhe agradecer por ter vindo, mas quando estava prestes a fazer isso Steven e seus amigos se aproximaram dela fazendo várias brincadeiras ao mesmo tempo e Demi começou verdadeiramente a se divertir naquela festa. 

 Os amigos de Steven sempre eram muito estudiosos e calados na classe de trigonometria, o que não havia realmente possibilitado conhecê-los melhor, porém, estava descobrindo naquele instante que tinham muito em comum e, que como ela, eles estavam estudando em várias classes de aceleração. 

 O tempo passou rapidamente enquanto todos se levantavam e falavam ao mesmo tempo, durante aqueles cinco segundos de confraternização ela realmente se esqueceu de Joe completamente. 

 E foi durante esses cinco segundos que ela olhou para cima e encontrou Joe de pé sobre ela. Sua mão deslizou por trás das suas costas e a puxou para si de uma forma totalmente possessiva. O calor dilacerava as suas entranhas, porem continuou a olhar para ele perguntando com seus olhos o que estava fazendo. Mas ele se negava a lhe dar a sua atenção, apesar do seu braço estar envolta dela como um torno, seu olhar continuava focado nos três rapazes que a cercavam. 

 Os seus olhos e a sua atenção percorria de um cara para o outro sem parar até que o silêncio desceu sobre o pequeno grupo e Steven pigarreou. 

 - Bem, feliz aniversário, Demi. Nós temos que ir agora, pois temos que levantar amanhã bem cedo para praticar nosso debate. 

 - Oh, que pena. - Ela disse suavemente, mas por dentro estava mais que horrorizada por Joe ter mais uma vez tratado Steven tão mau. 

 - Obrigada por terem vindo. Vejo vocês segunda-feira.

 Ela se afastou de Joe para poder abraçar a cada um deles e enquanto fazia isso sentiu uma inabalável tensão tomar conta dele até que os três rapazes haviam deixado o local. 

 O braço de Joe mais uma vez serpenteou em volta dela, ele ainda puxou o seu queixo com uma mão e olhando dentro dos seus olhos falou. - Feliz aniversário - disse com uma voz baixa. 

 Demi lhe deu o seu melhor olhar de raiva enquanto tentava assimilar o fato de que ele tinha acabado de expulsar da sua festa os seus únicos amigos. 

 - Eu não posso acreditar que você fez isso - ela sussurrou baixinho, para que ninguém mais ouvisse. 

 - Fez o quê? - Ele perguntou, franzindo a testa, embora Demi estivesse absolutamente certa de que ele sabia exatamente o que havia feito. 

 - Eu não posso acreditar que você me ignorou por vários dias e logo que no primeiro segundo que um cara tentou falar comigo, apareceu do nada agindo como se eu pertencesse a você. 

 Seus dedos apertaram ainda mais a sua cintura, as suas sobrancelhas se juntaram numa expressão de fúria e a aparência agradável que havia em seu rosto desapareceu completamente. Ele não lhe respondeu durante vários segundos, mas quando o fez simplesmente desenhou cada palavra... Pronunciou cada sílaba. 

 - Eu não corri para cá no exato segundo em que começaram a falar com você. Mordi o meu lábio maldito até me encher do gosto de sangue e juro que esperei o máximo que consegui... E saiba que você pertence a mim.

 Suas palavras induziram outra rodada de calor dentro do seu sistema, mas já havia o visto agir dessa maneira antes, sem ter verdadeiras intenções junto a ela, então, não se permitiu de forma alguma ficar muito animada com aquele comentário. 

 - Isto é uma coisa entre homens? 

 - Coisa entre homens? - Ele repetiu. 

 - Sim, tipo assim, algo que você deve contar a seus amigos por códigos, mostrar para eles que não podem me ter, como naquele dia na lanchonete com Kevin, que logo após aquela cena você se virou para mim e falou que aquela briga não significava nada. Porque eu tenho que lhe dizer Joe, você não pode continuar fazendo isso, pois um ano é muito tempo e caso você não tenha percebido não tenho muitos amigos de sobra, você não pode continuar correndo com os poucos que conquistei a todo o momento! - Ela terminou com raiva. 

 Seus olhos caíram sobre os seus lábios. - Não, isso não é uma coisa entre homens. 

 Ela ficou sob seu feitiço e a sensação de ter os seus dedos sobre ela era tão requintada que ficava enviando uma necessidade sedutora por sua espinha. 

 - E então? 

 Joe levantou a cabeça e olhou em volta. Ele não queria nada mais do que ir embora daqui com Demi. 

 A Sra. Gomez estava limpando a sala, Selena e Nick tinham desaparecido, pois não estavam mais a vista, Kevin e Kayla estavam sentados no sofá conversando e  Miley estava recolhendo as coisas espalhadas ajudando a Sra. Gomez limpar aquela bagunça. 

 Era óbvio que a festa estava acabando, só lhe restou tomar uma decisão rápida, então começou a colocar em pratica a sua ideia. 

 - Então, quer dizer que você tem um carro novo? 

 Percebeu quando ela formou uma linda carranca com a mudança de assunto. 

 - Sim - ela disse simplesmente. 

 - Você irá mostrá-lo para mim? 

 - Claro... Eu acho. 

 - Nós vamos ter que primeiramente levar a Miley para a casa e depois podemos sair para um passeio, ok? 

 - Tudo bem. 

****

 Meia hora depois, Demi se afastava da casa de Joe, depois de deixar Miley na entrada. Parou apenas quando chegou à caixa de correio que se erguia como uma sentinela solitária, na estrada de terra. 

 - Para onde você quer ir? 

 - A que horas você tem que estar em casa? 
 - Irei passar a noite na casa de Selena, mas com certeza nem ela e nem o Nick irão perceber que não estou lá, provavelmente por um bom tempo. 

 Ele lhe deu um sorriso torto. 

 - Ok... Que bom... Acredito que não será possível estacionar este seu belo carro aonde quero ir. Porque não dirigimos o meu caminhão até a ponte velha de madeira e ficamos parados em frente ao Tanner? 

 Demi tinha vivido nesta cidade desde que conseguia se lembrar e não tinha ideia de que lugar ele estava falando. Ela sabia que estava olhando para ele como se estivesse falando uma língua estrangeira e apenas o pensamento de estar indo para um lugar escuro com Joe, era um tanto intimidante como emocionante. 

 - Hum, tudo bem. Qual é o caminho? 

 - Você não sabe? 

 Ela balançou a cabeça. 

 - Vire à esquerda. 

 Demi virou e cuidadosamente colocou o seu carro em movimento. Joe continuou a lhe dar várias indicações e cerca de vinte minutos depois eles se encontravam debaixo de uma ponte de madeira velha, no meio do nada. 

 Ela entrou com o carro num parque e o colocou em ponto morto. Estava escuro como breu ali e seus nervos gravemente abalados. Se Joe não estivesse ali com ela, não seria capaz de encontrar o caminho de casa, afinal, ele havia lhe conduzido por várias estradas de terra e todas pareciam tão iguais a anterior que havia dificultado a ela memorizar todas, antes de parar naquele lugar. 

 - Desligue o motor - disse ele. 

 Demi deixou escapar um suspiro e fez o que ele falou. Ela se virou para ele e levantou os olhos quando a sua mão disparou e ele afundou os dedos pelos seus cabelos e lhe segurou o rosto para o dele. 

 Seus olhos se estreitaram e ele não perdeu tempo ao voltar para o assunto que tinham deixado pendurado quando estavam conversando na casa dos Gomez. 

 - Você me pertence, Demi. Sem perguntas... Sem debate. Você entende isso? 

 Um frisson de excitação e pânico passou pela espinha de Demi e caiu na boca do estômago. 

Algo havia mudado nele. 

 - Eu não pertenço a você... Por que... Porque você disse... Você mesmo disse que eu tinha que ter dezessete anos para isso. 

 Quando ela notou a sua expressão de raiva, sua boca tensa e aquela mandíbula rígida em linhas de implacabilidade, nervosamente passou a sua língua sobre os seus lábios secos, foi quando notou seus olhos caírem novamente para a sua boca e suas narinas se dilatarem. 

 - Eu mudei de ideia. 

****

 Quando Joe deixou cair a sua boca sobre a dela, tudo o que podia pensar era empurra-la no banco de trás e tentar algo com ela que não deveria, mas que seria muito gostoso para eles. Mas esse movimento seria totalmente tolo e incrivelmente perigoso para ambos. 

 Assim, ele se conformou em apenas beijá-la. 

 Beijá-la do jeito que havia sonhado desde aquela incrível noite que passaram juntos, quando os pais de Kevin estavam fora da cidade, com este pensamento abriu os seus lábios e enfiou a sua língua dentro daquela boca, saboreando da única maneira que iria se permitir, pelo menos por enquanto, foi quando sentiu um tremor percorrer ao seu corpo. 

 Ele estendeu a sua outra mão e segurou o seu rosto entre as suas palmas. Inclinou a sua cabeça para um ajuste melhor e a beijou como se fosse um sonho.  Suas mãos se estenderam se enrolando ao redor dos seus pulsos e através de um zumbido em seu cérebro registrou vagamente que ela estava com aquele gesto segurando a sua preciosa vida. 

 Com apenas uma ligeira garantia que o xerife havia lhe dado, Joe sentia naquele momento um pouco de paz correndo através da sua corrente sanguínea, junto com o desejo que sempre sentia quando Demi estava próxima a ele. Mesmo sabendo que teria que aprender a controlar a sua necessidade até ela ficar mais velha, por agora, uma satisfação dura e intensa lhe varria ao perceber que ela era apenas dele. No fundo de sua mente sabia que em algum momento seus pais teriam que ficar sabendo sobre eles, mas apenas por aquele momento não queria olhar para o que teria que enfrentar amanhã, por agora, tudo o que ele conseguia pensar era o fato de que ninguém jamais teria Demi, apenas ele.   Ele teria todos os seus beijos... Seria o cara que a levaria para passear... Que a manteria sempre ao seu lado... E seria o único que finalmente tiraria a sua virgindade. 

 Ah, sim... Essa merda era muito doce. 

 Apenas o conhecimento de que o seu futuro seria ao lado de Demi era o suficiente para mantê-lo de molho por um longo, longo tempo. E por enquanto, seria o único que a protegeria e faria tudo por ela... Seria o único que teria direitos exclusivos sobre ela. Talvez ainda o incomodasse o fato de que provavelmente não merecesse alguém tão perfeita como Demi, mas tinha que superar aquilo, porque ela era dele, e ele não ia desistir dela só porque sua família era melhor do que a sua. 

 E se ela descobriu que ele era malditamente louco por ela e que estava quase obcecado com isso? 

 Bem... Ele tentaria esconder isso dela, afinal ela não precisava saber o que havia se passado com ele nas últimas semanas, quando pensava que não poderia tê-la... Esteve todo esse período quase espumando pela boca de dor e frustração. 

 Ele empurrou mais uma vez seus pensamentos preocupantes para o lado e se concentrou apenas naquela pele suave sob seus dedos e continuou a beijá-la desesperadamente, empurrando a sua língua profundamente e degustando cada centímetro que conseguia alcançar.  

 Quando ela virou a cabeça procurando por oxigênio, descansou a sua testa contra o lado do seu rosto e seguindo seu exemplo tomou várias respirações profundas e ao mesmo tempo calmantes. 

 Lentamente ela se virou e olhou para ele, mesmo estando um breu lá fora a sua visão já havia se ajustado a escuridão, desta forma ele pôde ver a angústia profunda na sua expressão. 

 Pânico passou por ele quando percebeu que ela ainda não havia concordado com a sua demanda, apesar de saber que não havia realmente dado tempo para se acostumar com o fato ou ao menos uma escolha, de repente sentiu uma necessidade de que teria que ouvi-la concordar com aquele relacionamento. 

 - O que há de errado? 

 Ela balançou a cabeça. - Nada. 

 A ruga entre as suas sobrancelhas se intensificaram. 

 - Você parece muito preocupada. Você quer isso, certo? Você quer ser a minha namorada? 

 Ela começou a balançar sua cabeça com movimentos curtos e rápidos, o que acabou lhe apaziguando um pouco, mas o perigo ainda estava lá, visível em seus olhos. 

 - Então, o que há de errado? Você está preocupada com....Em ter que fazer sexo comigo? 

 Quando seus olhos se arregalaram e ela não respondeu, ele tentou acalmá-la.  

 - Nós não vamos fazer sexo bebê, tudo bem? Não se preocupe com isso, até mesmo porque, este assunto está fora de cogitação até que você complete dezessete anos, mesmo assim você tem que estar afim ok? Isto não tem nada a ver com sexo. Trata-se apenas de você e eu. Trata-se apenas de que ninguém mais irá pensar que pode tocar em você, ok? Isso é tudo o que realmente me importa neste momento, certificar-me de que ninguém nunca mais irá tocar em você. 

 Seus olhos se tornaram ainda mais intensos e Joe percebeu que estava fodendo com a sua cabeça além de qualquer reparo, mas mesmo assim continuou tentando fazê-la entender. 

 - É só que... Eu não aguento ter que esperar mais um ano e de forma alguma posso arriscar você andando por aí sozinha durante este tempo. 

 Ele tentou fazer com que seus pensamentos ficassem em ordem passando os dedos pelos cabelos com pura frustração. 

 Era tão difícil ter que explicar o que realmente ela significava para ele com palavras. 

 - Olha, você já quis algo de uma forma que pensou que ficaria louca se não pudesse ter? Não sei... Talvez um certo par de botas que todas meninas queriam, mas era o único disponível na loja? Ou uma pontuação perfeita em matemática? Algo que tomaria cada pensamento da sua cabeça... A única coisa que pudesse se concentrar... Então você percebe que alguém pode comprar aquelas botas malditas antes de você... Ou talvez você não se saia tão bem no teste de matemática para marcar um 10... - Ele estudava o rosto dela enquanto ela o observava atentamente.

 - Essa é a maneira que me sinto por você, Demi. Você é a única coisa que preciso e tenho que ter. Você é a coisa que estou aterrorizado por alguém chegar e tomar antes que eu tenha uma oportunidade. - Ele começou a abanar a cabeça como se simplesmente não suportasse aquela ideia. 

 - Eu não posso correr esse risco. Pensei que podia esperar até você completar seus dezessete anos, mas simplesmente não posso. Você tem que ser minha agora, entende? 

 Ela assentiu com a cabeça e abriu a boca para falar, mas em seguida, tornou a fechá-la. 

 Seus olhos se estreitaram. - O que foi? Diga-me. 

 Ela respirou fundo e começou lentamente. 

 - Eu quero muito ser a sua namorada, mas estou muito preocupada com tudo isso. Você diz que não vai... - Suas palavras se paralisaram devido a sua indecisão de abordar com ele aquele assunto, porem decidiu se abrir com ele.  - Você diz que não vamos transar, mas sei algumas coisas sobre você, Joe. Se você pensa que é ou não é, se você se importa ou não com isso, não muda o fato de você ser o cara mais popular da escola. Houve um monte de fofocas sobre você, sabia? - Ela fez uma pausa, e quando ele não disse nada, ela continuou. 

 - Eu sei que você é...

 Sua voz foi sumindo e Joe ficou frustrado. 

 - Eu sou o quê? 

 Ela baixou os olhos. 

 - Eu sei que você está acostumado a ter relações sexuais. Portanto, isso será apenas uma daquelas coisas em que você vai dizer por aí que estamos juntos, mas depois... 

 Quando sua voz caiu de novo Joe começou a entender aonde ela queria chegar e após aquele entendimento, ele não conseguia se decidir se ficava chateado ou se ria pra caramba.  

 Cristo, se ela soubesse como ele se sentia sobre ela. Talvez fosse melhor ela não saber exatamente o quão apaixonado estava. 

 A risada sem humor deixou a sua garganta quando ele lhe segurou seu queixo e inclinou o rosto na sua direção. 

 - Você está me perguntando se irei continuar a ter relações sexuais com outras garotas? 

 Ela se encolheu diante daquela pergunta e apenas conseguiu acenar com a cabeça, até mesmo porque ele havia intensificado o aperto em seu queixo. 

 Ele respondeu com palavras curtas e firmes. 

 - Eu não quero fazer sexo com mais ninguém. 

 Seu rosto se inflamou e a sua respiração tornou-se mais rápida, mas mesmo assim ela não lhe respondeu. 

 - Você acha que procurei por sexo ultimamente...  Ou que eu precise fazer isso o tempo todo? - Perguntou ele. 

 Seus olhos se fecharam e era óbvio para ele que isso era exatamente o que ela pensava. 

 - Abra os olhos. 

 Lentamente ela levantou as pálpebras e ocorreu-lhe mais uma vez que ela era a garota mais bonita que ele já havia visto na vida. Talvez não para o resto do mundo, mas para ele, ela era a garota mais bonita. 

 Ele abaixou seus olhos até que ficaram olho no olho, de modo que não havia nenhuma maneira de que ela pudesse entender mal, o que ele estava prestes a lhe dizer. 

 - Eu não preciso e não quero fazer sexo com ninguém além de você, Demi. E eu estou disposto a esperar o tempo que for necessário.

 Seu polegar esfregou sobre a sua pele suave quando seu cheiro suave começou a esquentar a espinha. 

 - Eu não toquei em outra menina desde a primeira vez que eu te beijei. 

 Seus olhos queimavam de tão intensos, o que a fez engasgar. 

 Ele a observava absolutamente imóvel quando lágrimas começaram a encher seus olhos. 

 - Você não tem feito sexo desde aquele dia? 

 - Não. Você está de brincadeira comigo?

 Joe tentou moderar a sua voz, pois sabia que as emoções de Demi eram verdadeiras, mas ainda assim, era quase inacreditável para ele que ela podia sequer imaginar que iria querer outra garota depois de ter beijado ela. 

 - Sério? – Ela perguntou. 

 - Verdade. - Ele passou o dedo pelo seu rosto enquanto a estudava. - Por que eu iria fazer isso? O que ganharia com isso? Você está se preocupando por nada. Confie em mim, isso não vai acontecer e essa é a menor das nossas preocupações. 

 Seus olhos se estreitaram. 

 - O que você quer dizer com isso? 

 - Seus pais vão ter que saber sobre nós e não há como contornar este fato. 

 - E o que tem isso? 

 Não entendia o seu medo, pois era óbvio que seus pais não iriam colocar a culpa sobre ele por algo que não fez. 

 - E eles não vão gostar nada disso. Há porcarias que você ainda não sabe sobre mim. 

 - Eu acho que já sei de tudo sobre você, Joe. - respondeu ela numa voz baixa. 

 - O que você acha que sabe? 

 Ela apertou os lábios com indecisão. 

 - Sei que o casamento do meu irmão não vai nada bem, pois a sua esposa está tendo um caso...

 - Você sabe com quem? - Ele exigiu saber. 

 - Sim. 

 Ele balançou a cabeça quando a vergonha percorreu a sua espinha. Sofria naquele momento por algo que não era culpa dele. 

 - Quem te disse? 

 A fisionomia de Demi suavizou enquanto ela o estudava e via a preocupação em seus olhos.

 - Minha mãe. 

 Sua mãe? Por que sua mãe falou sobre este assunto com Demi, de repente? Não podia ser uma coincidência.

 - Por que ela de repente lhe falou sobre isso? 

 - Por que... Ela me falou depois que você foi ver o meu pai. 

 - Cristo... Simples assim... No dia em que havia falado com o pai de Demi... 

 Joe agora sabia que o seu pai tinha lido as suas verdadeiras intenções nas entrelinhas e em seguida, falou com a sua esposa, que então, deve ter falado com Demi. 

 - Eu não acho que... Nós dois... Juntos... Será afinal um choque para os meus pais. 

 - Talvez não, mas isso não significa dizer que eles vão gostar da ideia. 

 - Eles vão ter que se acostumar com isso, certo? 

 De repente, sentiu que se não houvesse certeza da sua decisão até agora, tudo estava mais que decidido. 

 - Sim, eles vão ter que se acostumar, porque não irei para longe de você nunca mais. 

 Sua expressão relaxou quando um leve sorriso iluminou o seu rosto. - Em quanto tempo você acha que devemos dizer a eles? 

 - Em breve. Que tal amanhã?

~

Comentem... Só posto o próximo amanhã! Beijos, amo vcs!
Para quem reclamou da verificação de palavras, ela só aparece para anônimos e ainda n há como retirá-las... Eu sei cmo é ruim, principalmente pelo celular que as letras saem tds cortadas! Mas eu ainda n sei cmo retirar. A verificação de quem tem o perfil no blogger já foi retirada acho q desde a criação do blog. Antigamente, qd se retirava, funcionava para quem tinha ou n conta, ok? Me desculpem por isso!

5 comentários:

  1. Que fofo os dois juntos.... Posta logoooooooooooooooooooooooo pleaseeeeee

    ResponderExcluir
  2. Nova seguidoraaaaa
    Posta logoo, estou adorando a história, seu blog é lindo.
    Pode divulgar pra mim?
    http://demiejoeforever.blogspot.com.br/2014/12/a-sobrinha-cap-2.html
    A Sobrinha.
    A nova hist. que estou escrevendo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Adoooreeeiiiii as fotos que vc está postando... que sauudaaadeeee.
      Da até vontade de chorar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Excluir
  3. Posta maaaaais !woun tao lindos

    ResponderExcluir
  4. Ainda bem que ele esta se sentindo mais confiante pra falar com o pai dela..... tomara que dê tudo certo...... posta mais....,

    ResponderExcluir