16.12.14

A Historia de Joe e Demi - Capitulo 15

Desculpem a demora, pra recompensar vou postar mais outro. Aproveitem, boa leitura!


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   Demi estava fora há quase uma semana quando Joe foi parado por ninguém mais, ninguém menos, que Rebecca Sutty depois que havia deixado à loja de ração para a sua pausa de almoço. 

 Ele deu um olhar depreciativo a ela, antes que ela pudesse abrir a boca ele falou abruptamente.

 - Estou com Demi. Deixe-me em paz.

 Ela olhou primeiramente ao redor com os olhos cheios de medo e então olhou para Joe novamente. 

 - Eu sei disso, mas preciso muito falar com você. 

 Ela olhou ao redor novamente e Joe quase podia sentir o seu medo.

 - Você vai virar em breve um policial, certo?

 - Sim.  - Ele disse com uma leve pergunta na voz.

 - Eu preciso falar com você sobre Jesse.

 Apenas seu nome induziu a mesma fúria que Joe sentia todas às vezes ao ouvi-lo. Não havia absolutamente nenhuma dúvida em sua mente que Jesse tinha feito algo para colocar todo aquele medo nos olhos de Rebecca, embora não tivesse nem um pingo de respeito por Rebecca e não gostasse dela como pessoa, ele sabia que ninguém merecia o tipo de tratamento que Jesse oferecia por aí. 

 Ele apontou para um banco, em um terreno baldio entre dois prédios, que oferecia uma privacidade apenas parcialmente. 

 O conselho da cidade estava tentando embelezar a cidade, sempre que uma propriedade era construída plantavam flores e colocavam bancos para melhorar o ambiente, esses eram os ‘minis parques’ que pontilhavam toda a cidade nos dias atuais.

 Sentaram-se, seu medo permaneceu evidente enquanto ela derramava a sua história para ele. Ela afastou as lágrimas e Joe ficou chocado, enquanto sentia preocupação por uma pessoa que não gostava de forma alguma.  

 - Ele transformou nosso relacionamento em atos seguidos de estupros e não vai permitir de forma alguma que termine com ele. Eu não sei mais o que fazer, estou morrendo de medo, pois ele fica mais violento a cada dia.

 - Você nunca mais irá vê-lo de boa vontade e vamos sair daqui neste momento direto para a delegacia, isso é o que você vai fazer.

 Ela respirou fundo. 

 - Estou tão assustada com tudo e todos. Você vai comigo?

 - Sim.

****

 Foi uma coincidência incrível que Miley tivesse dirigido para a cidade devido a recesso na faculdade naquela tarde. 

 Depois do trabalho, Joe a encurralou em seu quarto e disse a ela o que havia acontecido. 

 - Chega de besteira, Miley. Alguém vai acabar morto se você não for até o xerife amanhã e fizer uma declaração, entendeu? Eu vou com você, posso segurar a sua mão o tempo todo se quiser, mas não posso permitir o que está acontecendo. Juro por Deus que irá me agradecer depois que tudo isso acabar, afinal você quer que o estupro de uma garota ou até mesmo a morte dela fique em sua consciência por ter se comportado como uma covarde?

 O rosto de Miley perdeu toda a cor durante o seu relato. 

 - Não, não quero.

 Joe detestava causar tamanha dor na sua prima, mas ela tinha que fazer isso. 

 - Vai ficar tudo bem, prometo.

 - Você vai comigo e promete ficar ao meu lado durante a declaração?

 - Sim.

 Miley lhe deu um olhar determinado.

 - Ok, vamos fazer isso amanhã.

****

 O funeral foi miserável, a sua avó tinha literalmente falecido no dia do seu próprio aniversário e tão próximo do feriado de Natal que havia tornado tudo ainda mais triste. Demi não podia acreditar que as datas na lápide de sua avó eram exatamente a mesma, exceto pelo ano. 

 Quem já ouviu falar de uma pessoa que morre em seu próprio aniversário? 

 Mas, evidentemente, não deveria ser tão incomum assim, afinal as mulheres, especialmente, eram conhecidas por ter um jeito único de viver, até mesmo ser um grande marco para a humanidade, após todas essas reflexões calmamente deixou tudo isso ir embora da sua mente, afinal esperava apenas que sua avó houvesse morrido em paz.

 A sua volta para casa foi agridoce. Zach havia acompanhado todo o funeral, ficou com eles na casa de sua avó, em Shreveport, o que também era uma razão de tristeza para todos, mas Demi havia apreciado aquele pequeno tempo com seu irmão e odiou muito quando teve que lhe dizer adeus porque tinha que voltar para Dallas. Notou que ele ainda estava amargo devido à tragédia que havia acontecido e também percebeu que o fato de ter que ir novamente a um funeral, havia acabado com ele.

 Demi sentiu muita saudade de Joe e sempre que tinha um tempo livre pensava sobre ele, mas felizmente, tinha estado tão ocupada ajudando a sua mãe passar aquela infeliz semana que não teve muito tempo para se debruçar sobre a briga que tiveram. Mas no minuto em que voltou para casa, tudo voltou com força total, seu estômago imediatamente ficou amarrado em nós de tanta preocupação.

 Ela percebeu que havia sido dura com ele, mesmo sabendo que ele havia agido da mesma forma com ela. Discutia consigo que deveria ter empurrado, gritado e atacado furiosamente Kevin quando havia beijado ela, mas como não havia feito nada na ocasião, isso tudo era apenas perda de tempo.

 Assim que chegou à sua casa mandou uma mensagem tanto para Joe como para Selena, sinalizando que estava em casa.

 Joe não respondeu de imediato o que lhe gerou uma grande preocupação, mas Selena ligou de imediato e Demi lhe atendeu no primeiro toque. 

 - Olá.

 - Demi. Estou tão feliz que você voltou.

 - Sim, eu também. - Respondeu Demi. - Você está bem?

 - Sim, estou bem, mas preciso te contar uma coisa. 

 A voz de Selena parecia tensa e Demi sentiu um mau pressentimento dentro de si.

 - O que está acontecendo?

 - Você falou com Joe ultimamente?

 - Não muito nos últimos dias, apenas trocamos uma mensagem alguns dias atrás, mas algo bem rápido. Ele me perguntou como estava, eu disse que 'bem'. É algo sobre ele?

 - Bem, provavelmente não é nada, mas como sou sua amiga irei te dizer o que vi. 

 O tom de Selena estava cheio de determinação e a garganta de Demi quase se fechou inteiramente com a trepidação que sentiu.

 - Tudo bem. O que você viu?

 - Eu o vi conversando com Rebecca Sutty na cidade ontem.

 Uma grande angústia batia dentro de Demi se recusando a ir embora. 

 - Onde eles estavam?

 - Estavam sentados em um banco do parque, perto da loja de ração.

 Demi tentou acalmar os nervos antes de falar. - Conte-me tudo o que sabe.

 - Isso é tudo o que sei. Não tenho como saber por quanto tempo eles estavam lá, porque não podia ficar ali o dia todo e espioná-los. Poderia ter sido apenas dois minutos ou poderia ter sido uma hora. Mas ele tinha o braço em volta dela.

 - O quê? Não há uma maneira de isso acontecer.  - Disse Demi, incrédula.

 - Estou lhe dizendo que o vi com o braço em volta dela, parecia altamente suspeito, especialmente após a briga que vocês tiveram.

 Demi conteve uma explosão e tentou pensar sobre isso razoavelmente. 

 - Ele não iria me trair desta forma, sem chances, nem mesmo em vingança por aquele beijo estúpido que o seu irmão me deu. Além disso, Joe odeia Rebecca. Não, tem que haver uma explicação razoável, antes de tudo irei lhe dar uma chance de se explicar.

 - Ufa. Graças a Deus que você se sente assim, não acho que ele iria traí-la desta forma também, mas eu tinha que te dizer.

 - Sim, eu sei. Então você acha que tem alguma coisa a ver com Jesse?

 - Merda. Aposto que sim. - Selena respondeu rapidamente.

 - O que você acha que ele fez agora?- Perguntou Demi.

 - Desde que Joe estava com o braço em torno de Rebecca, tenho certeza de que isso significa que ela estava chateada com alguma coisa.

 - Sim, é isso, ela está com medo de Jesse e não sabe o que fazer.

 - Merda... Vocês estão bem, Demi.

 Demi soltou uma risada curta.

 - Sim, estamos bem. Ou isso ou Joe está me traindo e ele não faria isso comigo, tenho certeza.

 - Eu concordo. Então, o que você irá fazer agora?

 - Por enquanto não vou dizer a ele o que você me contou, afinal, o terreno entre nós já está bastante rochoso ultimamente.

 - Sim, tudo bem. Você quer vir pra cá?

 Demi sabia que Selena estava sozinha, mas ela não podia ir até lá, não hoje. 

 - Eu prometi ao Steven que assim que voltasse iria trabalhar com ele no nosso projeto de física.

 - Aquela coisa de barco estúpido?

 - Sim. A escola está aberta e ele disse que o barco está definitivamente pronto para flutuar neste momento.

 - Boa sorte com isso.

 - Obrigada. É melhor flutuar mesmo, porque se isso não acontecer, irei reprovar a classe toda.

 - Vejo você amanhã, então.

 - Sim, adeus.

****

 Uma hora mais tarde, Joe ainda não havia respondido a mensagem de texto de Demi e um pouquinho de ansiedade negativa se estabeleceu em seu coração. Enquanto entrava no estacionamento da escola quase deserto, olhou para os carros espalhados. Era sábado e restava apenas uma semana de aula antes das férias de Natal, por isso notava que a maioria dos carros ali pertenciam aos professores, Demi imaginou que deveriam estar tentando finalizar tudo antes do previsto, para finalizar o semestre agora em vez de mais tarde.

 Ela saiu de seu carro, guardou ambas as chaves e seu telefone celular na bolsa enquanto caminhava até a entrada lateral, na direção do ginásio e das portas duplas da sala de bilhar. Ela não via Steven em nenhum lugar, mas seus dois melhores amigos Brett e Matt estavam lá e já haviam começado a colocar protótipo do seu barco para flutuar. 

 Demi sorriu com admiração e caminhou até eles. 

 - Olá pessoal, isso é tão legal. Quanto tempo demorou para que ele comece a flutuar?

 Matt apenas corou, mas Brett respondeu.

 - Não muito.

 - Ok, isso é maravilhoso. Como você fez isso?- Perguntou Demi.

 Brett sorriu de orelha a orelha. 

 - Você está familiarizada com o princípio de Arquimedes?

 - Claro, diz que um objeto colocado sobre um líquido é sustentado pela sua força.

Demi respondeu distraidamente enquanto estudava o seu barco de papelão.

  - Sim, a flutuabilidade ou a força tem uma magnitude do peso do líquido deslocado pelo objeto...

 - A água está sendo deslocada pelo barco de papelão? - Demi notou alguns aparatos encaixados passando por dentro do seu barco.

 - Certo, sabemos também que o volume de água deslocada tem um peso igual ao do barco para dar certo.

 - Tudo bem. Então você colocou um fundo chato, porque se várias pessoas tem que estar nele no dia do julgamento isso o tornará mais pesado do que se estivesse em forma de V?

 - Exatamente. Mais peso equivale a mais de água deslocada. Fizemos isso longo e plano como uma barca, de modo que seria mais fácil de distribuir uniformemente o peso em toda a sua área de superfície.

 Matt tinha puxado o barco da água enquanto Demi inspecionava de perto o projeto. 

 - Isso é realmente brilhante, pessoal. Isso faz com que seja extremamente estável também, não é?

 - Sim. Mais estável e mais dinâmico. - Disse Brett enquanto a observava.

 - Bem, isso é incrível e vocês acertaram em cheio, agora, espero que eu e Steven possamos fazer a metade tão bem como vocês.

 - Vocês irão, tenho certeza.

 Demi se sentou na borda da piscina, tirou seus tênis e meias fora a fim de mergulhou seus pés na água fria enquanto esperava por Steven chegar. 

 Brett e Matt caíram num silêncio tímido, exceto pela pequena ondulação da água que fazia com os pés, o prédio estava em completo silêncio. Como suas calças de brim estavam apertadas, ela puxou as chaves e seu celular do bolso e os colocou ao seu lado. Notou quando os caras terminaram o que estavam fazendo e começaram a recolher as suas coisas juntos.

 - Vocês já estão indo embora?

 Ela não estava com medo de ficar sozinha naquela parte da escola, apenas nunca foi sozinha ali antes, isso era tudo.

 - Sim, nós temos que ir, pois estamos fazendo um pouco de paisagismo ao longo do campo de futebol para conseguir crédito extra.

 - Mas vocês não precisam de crédito extra?

 Brett sorriu. - Não mesmo, mas como é fácil, vale dez pontos e alguém tem de fazê-lo.

 Demi riu. - Vejo vocês mais tarde.

 Eles saíram levando seu barco entre eles, Demi pegou o telefone celular apenas para confirmar que não havia perdido alguma mensagem de Joe. 

 Quando as portas duplas se fecharam atrás dos meninos o som ecoou pela sala vazia. Não havia nenhuma mensagem de Joe, mas quando ia recolocando o telefone ao seu lado percebeu uma mensagem vinda de Steven. 

Sinto muito. Não posso ir até aí hoje.

O gato da histérica da minha mãe morreu.

 Demi respondeu:

Não tem problemas.

Sinto muito sobre o gato.

 Ele acrescentou:

   Ela tinha 17 anos, cego e surdo.

 Demi respondeu: 

Ok. Irei me encontrar com Joe agora.

 Demi colocou seu celular ao lado das suas chaves mais uma vez, se pôs de pé limpando ao mesmo tempo a sujeira da parte de trás da calça jeans. Alguém limpou a garganta atrás dela, com um suspiro enquanto se virava, deu de cara com Jesse Whitaker.

 Enquanto congelava a um pé de distância dele sentiu que ele olhava para ela com olhos frios e vazios. 

 Com um único chute do seu pé empurrou suas duas chaves e seu telefone celular para dentro da água.

****

 Joe não podia acreditar que havia deixado à bateria do seu celular morrer. Havia acabado de passar por uma hora muito difícil no departamento do xerife com Miley, tudo o que queria fazer desesperadamente era falar com Demi. Sabia que ela havia retornado para a sua casa hoje e tudo o que mais queria na vida era abraçá-la novamente.

 Ele teve uma semana excepcionalmente áspera, sempre que tinha algum tempo de sobra pensava em como havia agido mal com ela, as suas emoções oscilavam entre estar chateado com ele mesmo e se preocupar se ela seria ainda capaz de perdoá-lo.

 Ele era um idiota, puro e simples. A mesma coisa que a fez tão impopular com as meninas na escola era a mesma coisa que o fez quase morrer de raiva e  não havia nenhuma dúvida sobre isso. 

 Ele tinha que aprender a conviver com o seu dinheiro, até mesmo porque para ele seu dinheiro não importava, apenas o amor de Demi, isso era tudo o que ele queria, ela vinha com toda aquela bagagem, bem, então que assim seja. Ele aprenderia a viver com ele, até mesmo porque ele não tinha outra opção.

 Como ainda estava na cidade, ele dirigiu até a casa dos Gomez para ver se o carro dela estava lá, mas não estava, assim foi até a loja de conveniência para pegar uma Coca-Cola, foi quando viu o garoto Steven que era poucos anos mais novo que ele, olhando para os medicamentos de dor de cabeça enquanto Joe caminhava na direção da geladeira. 

 - Olá. - Ele disse enquanto passava próximo a ele.

 - Olá.

 Joe pegou sua bebida e quando refazia seu caminho, Steven o parou. 

 - Onde está Demi?

 - Eu não sei, não consegui falar com ela desde que voltou.

 - Ela falou que ia se encontrar com você.  - Disse Steven, com uma carranca no rosto.

 - Quando ela te disse isso?

 - Há uns trinta minutos atrás, talvez? Tínhamos combinado de nos encontrarmos para fazer o trabalho do barco na escola, mas eu não consegui ir, então presumi que neste momento ela estaria com você.

 Joe sabia tudo sobre aquele seu projeto do barco e odiava cada segundo do tempo que ela gastava com esse garoto, mas não havia nada que pudesse fazer sobre isso e ele sabia que o seu ciúme só iria colocá-lo em apuros, se não aprendesse a controlá-lo. 

 - Ela estava na escola? Na sala de bilhar?

 - Sim.

 - Sozinha?

 - Eu acho que sim.

 Uma onda fria de medo deslizou pela espinha de Joe quando lembrou que o xerife ainda não havia prendido o Jesse. 

 Não querendo perder tempo para pagar a sua bebida, Joe empurrou sua Coca-Cola no peito de Steven.

 - Ponha isso de volta no lugar para mim, ok?

 - Sim, com certeza.

 Joe entrou em seu caminhão e bateu a porta com apenas uma coisa em sua mente. 

 A coisa mais importante no seu mundo.

****

 Joe conectou seu telefone no acendedor de cigarros e rezou para ter energia suficiente dentro de cinco minutos, que era o tempo que levaria para chegar à escola. 

 Ele bateu seus dedos impacientemente no volante e quase se assustou quando viu uma maldita vaca no meio da única rua que levava à escola. Sim, eles viviam em uma cidade rural. Colocou sua mão na buzina até que finalmente a vaca saiu vagarosamente, em direção ao campo do qual havia escapado.

 Assim que entrou no estacionamento, viu o carro de Demi imediatamente. Uma nova onda de pânico atravessou seu corpo quando reconheceu o veículo de Jesse a três espaços depois do dela, no estacionamento quase vazio. 

 Ele respirou fundo para se estabilizar e pegou seu celular. Dez por cento de carga, o suficiente para fazer uma chamada. 

 Ele puxou o ar mais uma vez e ligou para o xerife enquanto fechava ruidosamente a porta do seu veículo. Começou a correr na direção do prédio em que a piscina estava localizada. 

 - É Joe Jonas. Demi está sozinha neste momento no prédio da piscina da escola e acho que Jesse a encurralou lá. É melhor o senhor chegar aqui o mais rápido possível, senão irei matá-lo antes disso.

 - Calma filho.

 Joe abriu a porta que dava para o ginásio.

 - Isso é impossível senhor. Por favor, venha rápido. 

 Ele desligou o telefone guardando em seu bolso enquanto olhava em volta. Ficou parado por um momento enquanto tentava diminuir seu batimento cardíaco e a intensidade da sua fúria para poder usar o seu cérebro. 

 A última coisa que ele queria fazer naquele momento era parar, mas tinha que fazer o movimento certo ou colocaria a vida de Demi em mais perigo do que já estava.

 Ele pegou seu telefone novamente, discou o número dela, mas foi atendido pela secretaria eletrônica e soube de alguma forma que ela foi separada do seu celular. 

 Guardou o telefone de novo e caminhou com passos silenciosos até à porta do ginásio onde a piscina interior estava localizada, assim que chegou colocou seu ouvido contra ela, mas não ouvi nada. 

 Começou a abrir lentamente a porta e quase teve um ataque cardíaco quando a viu sendo empurrada contra a parede por Jesse que estava segurando uma faca na mão. Jesse estava falando com ela, mas Joe não conseguia ouvir o que ele estava dizendo. 

 O lunático estava apontando ao redor do espaço com a faca como se estivesse tentando fazer um ponto, enquanto Demi ficava assentindo com a cabeça, o que era óbvio para Joe que estava tentando acalmá-lo, concordando com o que ele falava. Mas Joe podia ver o medo estampado em seus olhos, se não fosse pela faca na mão de Jesse, Joe já teria matado o outro cara.

 Demi olhou para longe de Jesse por apenas um segundo, foi quando seus olhos brilharam ao ver Joe. Um lampejo de alívio se mostrou dentro do seu olhar, Joe rapidamente levou seu dedo à boca, numa indicação de que ela permanecesse em silêncio. Seus olhos silenciosamente concordaram antes de olhar de volta para Jesse.

 Joe começou a rastejar por atrás de Jesse com toda a intenção de derruba-lo. Ele não duvidou nem por um segundo que seria capaz de ganhar uma luta com Jesse com ou sem a faca, mas seu único medo era que Demi se machucasse durante o processo, por isso precisava ter cuidado.

 Como uma cobra silenciosa, ele fechou o espaço entre eles e se lançou nas costas de Jesse, derrubando-o para longe de Demi. 

 Ela se afastou rapidamente, saindo do caminho enquanto eles caíam no chão, cada um tentando tirar uma vantagem. Jesse tinha a faca e Joe tinha que ter cuidado com isso.

 Joe estava prestes a prendê-lo debaixo dele quando Jesse levantou a faca para atacar. Ele estava descendo a faca na sua direção quando um tiro ecoou e Jesse caiu para trás largando a faca no processo.

 Joe olhou primeiro para Demi para ver se ela estava a salvo, depois para a porta onde o xerife Thompson estava em pé, com a arma na mão.

 Jesse estava gemendo no chão, segurando seu braço sangrando e vomitando uma série de obscenidades.

 Quando o xerife prendeu Jesse e o levou sob custódia, Joe ficou de pé e passou os braços completamente em torno de Demi, a segurando forte contra ele. 

 - Eu te amo tanto. - Disse ele, sem se importar com que o ouviria naquele momento.

 O corpo de Demi tremia contra o seu. 

 - Eu também te amo.

 O delegado algemou Jesse e falou. - Vocês vão ficar bem?

 - Sim, senhor. - Joe respondeu com firmeza.

 - Você também senhorita? Ele não te machucou?

 - Estou bem, obrigada.

 O xerife assentiu com a cabeça, satisfeito. 

 - Você vai precisar ir até a delegacia para prestar depoimento. Ele será preso agora e provavelmente por toda a sua vida.

 - Ela vai te procurar em breve, não se preocupe.

 O xerife deu um aceno rápido e arrastou Jesse para fora.

****

 Naquela noite, depois que os pais de Demi ficaram sabendo o que havia acontecido e todas as declarações efetuadas, Joe e Demi se sentaram no seu carro, que estava parado em frente à casa de Demi. 

 Joe podia ver que seus pais estavam muito assustados com o que tinha acontecido, por isso garantiu que eles não sairiam para qualquer lugar naquela noite. Ele tinha visto um olhar aliviado em seus rostos e agora segurava firme a mão dela com a sua, enquanto ela permanecia amassada ao seu lado.

 - Eu não posso imaginar o quão ruim deve ter sido tudo aquilo para Miley. Eu estava tão assustada, Joe. Ele ficava me ameaçando com todos os tipos de coisas, delirando sobre o fato de Rebecca ter terminado com ele.

 - Eu lhe falei para não conversar com ele novamente, mas acho que ela não me ouviu.

 - Estou feliz que acabou. Quer dizer, sei que haverá um julgamento e tudo mais, mas com tantas de nós se juntando para testemunhar contra ele, acredito que terá finalmente o que merece, não é?

 - Sim, isso não será nunca mais um problema e nós todos vamos passar por isso triunfantes.

 Demi soltou um suspiro profundo, descansou a cabeça contra seu peito enquanto seus dedos faziam círculos sobre a mão que segurava a dela. 

 - Eu sinto muito por aquele beijo estúpido.

 - Nada disso nunca mais vai acontecer, não é?

 Ela soltou um suspiro de acordo. - Não, nunca mais.

 - Você gostou?

 - Eca, foi horrível. Porque você ainda pergunta isso? Eu me sentia tão triste por ele, que fui pega de surpresa quando tudo aconteceu, sabia?

 - Não foi o mesmo que eu te beijar?

 - Oh meu Deus, nem de longe.

 - Isso é bom.

 - Acho que foi bom isso ter acontecido, sabia?

 - Como assim?

 - Não conheço uma viva alma que tenha sido feliz com a única pessoa que já beijou.

 Joe lembrou que foi exatamente o que Kevin havia lhe dito. 

 - Então, isso é bom?

 - Sim, acho que sim. Quer dizer, vai ser uma coisa que você será sempre o único na minha vida e jamais terei que pensar em como seria com outra pessoa, entende?

 Seu braço se apertou firmemente em torno dela. 

 - Agora sei.

 - Então, eu sinto muito sobre o dinheiro, também.

 - Não é culpa sua e isso não importa mais, me desculpe por ser um grande idiota.

 - Você não é um idiota.

 - Sim, eu sou.

 - Você é o meu grande idiota. - Ela disse suavemente.

 - Sim e completamente apaixonado por você.

 - Eu também sou completamente apaixonado por você.

Ela levantou a cabeça e olhou para ele.- Então, estamos bem novamente?

 Ele falou com uma pitada de riso. - Sim, agora estamos mais que bem.

 Seu suspiro soou como satisfação total e ele não pôde negar que adorou aquilo.

****

 Os meses seguintes passaram rapidamente para o alívio de todos e o julgamento ocorreu muito rápido, o caso contra Jesse era certeiro e sem defesa, ele foi condenado à prisão perpétua por um júri e a liberdade condicional era altamente duvidosa por causa da faca que havia usado contra Demi, isso tratava de uma arma mortal e foi levada junto às acusações contra ele.

 Após o julgamento, Demi se recuperou rapidamente, até mesmo porque Jesse não teve tempo suficiente a sós com ela para causar qualquer dano permanente, isso graças a Joe que havia chegado ao local muito rápido. Seus pais estavam justificadamente chateados com tudo e se sentaram ao seu lado durante todo o calvário do julgamento. Joe sabia que Zachary estava no Oriente Médio fazendo negócios e que provavelmente nem sabia o que havia acontecido com ela.

 Joe continuou a se preocupar com Miley. Sua tia e seu tio ficaram de coração partido ao ficarem sabendo do estrupo, quando colocaram tudo em pratos limpos e descobriram o porquê de Miley de repente ficar o tempo todo dentro de casa, eles tentaram de todas as formas que ela concordasse em ir para o aconselhamento, mas ela não quis.

 Fora isso, a vida lentamente voltou ao normal.

 Joe terminou seus cursos on-line recebendo todos os diploma com méritos, agora tudo o que tinha a fazer era esperar pelo seu vigésimo primeiro aniversário e se tornaria oficialmente parte do policiamento em Redwood Falls. 

 Demi estava muito feliz e tão animada por ele, que o agradava bastante.

 Miley estava resolvida pelo menos em relação à faculdade, parecia estar se dando muito bem, apesar de continuar a voltar para casa e visitar a família todos os fins de semana livres. Joe duvidava seriamente que estivesse namorando ainda, por isso continuava a se preocupar que sua prima jamais fosse capaz de se curar completamente.

 Kevin decolou para Dakota do Norte para trabalhar em algum campo petrolífero e fazer parte de uma daquelas cidades próspera. Tinha certeza de que ele iria fazer algum dinheiro muito rápido.

 Nick e Selena, quando Joe pensava sobre Nick e Selena, não tinha nada o que fazer, mas sentia muito por eles que haviam passado por tanta coisa e que sofriam tanto separados, que Joe não sabia se o relacionamento sobreviveria mais um dia.

 Ele e Demi estavam muito bem. Seu último ano tinha começado e Joe sabia que ela estava tão ansiosa pelo fim daquela espera quanto ele. Ela parecia marcar os dias no calendário, sabia que ela estava muito ansiosa para que o seu futuro começasse ao lado dele.

****

 O aniversário de dezoito anos de Demi caiu em um sábado, Joe estava tão feliz com isso, pois seus pais haviam retirado completamente aquele seu ridículo toque de recolher, mas mantiveram a condição de que continuaria a ser responsável e não tirar proveito do fato.

 Joe estava lutando contra seu desejo por Demi a mais de dois anos, mas agora a espera acabou, ele não ia mais lutar, na verdade, não tinha mais forças, também sabia que ela não gostaria de esperar mais nem um segundo.

 Ele parou seu caminhão na frente de sua casa para buscá-la, estava prestes a sair para ir pegá-la, quando ela apareceu antes mesmo que ele pudesse abrir a porta do seu caminhão, então restou para ele apenas ficar sentado e esperar enquanto a estudava caminhar em sua direção.

 Era absolutamente incrível o que uma diferença de dois anos poderia fazer com uma pessoa. Ela sempre foi bonita, como um delicado anjinho de fadas que ele queria segurar e proteger. Agora, dois anos após, ela estava impressionante, apesar de continuar pequena e delicada, suas feições estavam numa nova dimensão que a transportava para belíssima. A dondeza que havia deixado seu rosto tornou suas maçãs ainda mais definidas, seus lábios estavam cheios e muito tentadores.

 Ele deslizou do caminhão apenas para segurar a porta aberta para ela, quando ela se aproximou colocou a mão em sua bunda e a ergueu. Seus dedos afundaram em sua carne apenas momentaneamente, mas foi o suficiente para deixa-lo com fogo na virilha.

 Ele ficou ao lado dela e foi embora, mas quando chegaram à caixa de correio, cerca de meia milha de distância da casa e para além de quaisquer olhos que poderia vê-los, ele freou o carro e se virou para ela. 

 - Feliz aniversário.

 Seus olhos queimaram quando viu o tesão nos seus e sorriu quase timidamente, a forma como costumava fazer quando saíram naqueles primeiros dias. Uma dor de amor se formou na região de seu coração.

 - Obrigada.

 Ele se inclinou e lhe roubou um beijo rápido, então dirigiu para o lugar preferido deles, debaixo da ponte de madeira. A noite já havia caído, mas havia uma lua cheia, o luar deixava iluminado o interior do veículo o suficiente para que eles fossem capazes de ver um ao outro.

 Joe desligou o motor, se virou para Demi, tomando-a completamente em seus braços. Beijou-a do jeito que ele estava morrendo de vontade durante os últimos dois anos. Seus braços passaram ao redor de seu pescoço, ela o beijou de volta e as suas línguas começaram a duelar. 

 Beijou-a até que não aguentou mais e teve que coloca-la um pouco longe dele para conseguir levar oxigênio aos seus pulmões. 

 Eles haviam conversado sobre isso com bastante frequência, ambos sabiam que iam começar a fazer amor quando ela completasse seus dezoito anos, mas Joe realmente não queria que sua primeira vez fosse dentro da cabine da sua velha pick-up.

 Claro que estava preparado se alguma coisa saísse do seu controle, mas até aí nada de novo. Ele estava sempre preparado desde o momento em que começaram a namorar, pois a saúde de Demi, bem como a sua felicidade e o seu futuro não eram coisas que ele estava preparado para arriscar se estivesse em uma situação onde ele perdesse o seu controle.

 Então, ele estava sempre preparado.

 Ele respirou fundo. 

 - Você acha que pode sair no próximo fim de semana?

 - Para longe? Onde e por quê?

 - Eu não sei onde, no entanto espero encontrar um algum lugar que possamos ter um pouco de privacidade e uma cama. Um hotel ou algo assim.

 Sua expressão era calma enquanto seus dedos voaram para o topo do botão de sua camisa e começou a desabotoa-la, de uma forma eficiente e rápida. Quando ela terminou, empurrou para o lado o material e afundou as suas mãos em seu peito. 

 - Temos muita privacidade bem aqui.

 - Mas precisamos de uma cama, Demi.

 - Por quê?

 - Porque é a sua primeira vez, você merece isso.

 Seus dentes se afundaram sobre o seu mamilo, quando ela o puxou entre os dentes a sua ereção cresceu ainda mais e ele gemeu. Sua língua lambeu sobre o seu mamilo uma vez e continuou a tortura-lo. 

 - Isso é tão doce da sua parte, Joe.

 Ela suspirou quando suas mãos foram para as sua calça jeans e ela começou a puxar o seu zíper.

 - Jesus, Demi. Pare de fazer isso. Eu não vou ser capaz de encontrar o controle para parar.

 - Você sempre consegue parar.

 Ele segurou as suas mãos, mas elas se soltaram e voltaram para descer o seu zíper por todo o caminho. 

 - Eu quero dizer realmente que pare agora mesmo com isso. É como se... Agora que você tem dezoito anos, não haja nada dentro de mim que será capaz de me fazer parar... Acho que nunca mais serei capaz de parar... - Reiterou.

 - Você não tem que parar, principalmente porque não quero que pare nunca mais.

 Ela empurrou sua calça jeans e fez com que ele levantasse seus quadris apenas o suficiente para que pudesse arrasta-la para baixo poucos centímetros, até que a sua ereção foi libertada e pulsava entre eles.

 Sua pequena e quente mão rodeou o seu pau enquanto começava a lhe acariciar ao mesmo tempo em que ela colocava a sua boca sobre a dele novamente. Ambos começaram a ofegar acaloradamente, seus lábios se levantaram apenas o suficiente para lhe dizer.

 - Eu não quero parar, também não quero mais esperar por um quarto de hotel. Este é o nosso lugar, essa é a memória que eu quero ter da nossa primeira vez para sempre.

 Merda. Não acreditava que estava cedendo para ela tão fácil assim.

 Ele enfiou os dedos em seus cabelos e a manteve cativa diante do seu rosto enquanto lhe estudava. 

 - Tem certeza?  - Ele perguntou com uma voz profunda e rouca.

 - Sim. Tenho certeza disso há muito tempo.

 Qualquer hesitação que ainda lhe restava foi embora quando ela respondeu rapidamente.

 - Eu te amo muito Joe.

 - Deus, eu também te amo tanto. - Seus dedos apertaram ainda mais o seu couro cabeludo.  Muito.

 Demi era um desejo que nunca ia embora, com cada molécula do seu corpo sabia que jamais iria embora, mesmo depois que ele a tivesse plenamente, o que era exatamente o que pretendia fazer com ela hoje à noite. 

 Ela tinha um magnetismo que o atraía, não podia e nem queria mais lutar contra isso. Ela lhe lançou um feitiço ao longo de dois anos antes, desta forma sentia o aumento do seu efeito em seu sangue, quando percebeu que estava prestes a satisfazer o seu desejo mais profundo.

 Demi estava se sentindo um pouco apreensiva, mas principalmente feliz e animada, pois estava prestes a mergulhar num precipício que era a vida adulta plena e nem sequer queria parar por um instante para considerar suas ações. 

 Tudo que ansiava naquele instante era ter por completo Joe Jonas, era o que iria acontecer a qualquer momento. Jamais teve interesse em outros caras, por isso sentia que já havia passado da hora. Ela desesperadamente queria perder a sua virgindade, estava mais que contente que estava prestes a acontecer com o seu amor, Joe.

 Seus quadris se encontraram, seus corpos balançaram juntos quando a cabeça escura de Joe abaixou sobre a dela, com seus braços a cercando de forma possessiva. Eles se beijaram por vários momentos, mas logo em seguida ele levantou a cabeça.

 - Demi, realmente não temos que fazer isso. É o suficiente para mim apenas conseguir abraça-la e beija-la. Jesus . Eu quero segurar você para sempre.

 Ele abaixou sua boca para a dela novamente, sem lhe dar tempo para uma resposta.

 Ao oposto do que tinha acabado de oferecer, ele se abaixou e levantou a camiseta de Demi sobre sua cabeça, para logo após se desfazer da sua e começou a empurrá-la para baixo de si no banco.

 A perturbação emocional que tomava conta de Demi era forte demais, estava enviando seu batimento cardíaco a uma escalada jamais sentida por ela. Quando conseguiu tirar a sua boca para longe da dele, tentou desesperadamente recuperar o fôlego. Seu corpo esguio era flexível em seus braços, então tomou várias respirações fortes enquanto Joe se movia pelo seu corpo e apertou a boca sobre o ligeiro inchaço dos seus seios acima do sutiã.

 Quando começou a chupar a suavidade acima da renda, sua mão escorregou para o outro seio e tirou a taça do sutiã. Sua palma cercou a sua carne quente, seus dedos encontraram ao seu mamilo rosa.

 Uma vibração profunda veio do fundo de sua garganta, seu corpo se apertou contra o dela, enquanto as suas mãos apertavam a sua carne cada vez mais. 

 Com uma voz rouca ele falou. 

 - Ah, Jesus Cristo, você é tão linda. Sempre tão linda.

 Quando Joe tocou o seu mamilo, o coração de Demi ficou confuso, ela sentiu uma nova onda de desejo percorrer ao seu corpo, era tudo tão diferente agora que sabia que isso ia acabar de forma diferente. Maravilhosamente nova. 

 Sua respiração tornou-se ofegante e se misturou com as suas inspirações profundas, quando uma emoção linda se construía entre eles.

 Joe levantou a cabeça e moveu a mão para retirar o fechamento frontal do seu sutiã, quando seus seios pequenos, perfeitos, redondos estavam completamente nus, ele cerrou os dentes e levantou os olhos para os dela.

 Ele limpou a garganta para que conseguisse falar, mesmo assim suas palavras saíram ásperas. 

 - Apenas para o registro, você quer realmente fazer isso?

 O corpo dele estava apertado sobre o dela devido à tensão que o enchia, enquanto esperava pela sua resposta.

 - Sim.

 Uma intensa satisfação enchia seu corpo e ele continuou a segurou seu olhar enquanto esfregava seu polegar sobre o seu mamilo duro como uma pedra rosa. 

 Chamas lambiam o interior de Demi com o toque de seus dedos no seu mamilo, aquilo estava prestes a fazer a sua mente explodir. Sentia que uma seta de excitação ligava o seu peito diretamente para um lugar localizado entre as suas pernas. Moveu seu corpo tentando encontrar algum alívio. 

 Ela colocou as mãos ao redor de seus bíceps e respondeu a sua pergunta novamente.   - Sim.

 Joe fechou seus olhos por alguns instantes, para logo após mirar aquele seu olhar intenso e verde sobre ela. Sua boca se apertou mais uma vez sobre a dela e Demi foi inundado por um sentimento que não sabia controlar. 

 Tudo o que ela queria era ele e o queria há tanto tempo... Há muito tempo.

 Suas línguas rodaram juntos, até que Joe ergueu a boca da dela. Estendendo a sua mão desabotoou a sua calça jeans e a puxou pelo seu corpo. Suas mãos agiam como se estivessem em uma missão, naquele momento não mostrava nenhuma delicadeza enquanto tirava seus jeans e a calcinha do seu corpo ao mesmo tempo. 

 Ele tinha um só objetivo, que era tê-la nua o mais rápido possível.

 Ficou deitada debaixo dele com seu sutiã aberto e nada mais, enquanto Joe se afastava um pouco e remexia nos bolsos do seu jeans. 

 Seus olhos permaneceram presos ao dela quando puxou um pacote pequeno e quadrado do bolso, enquanto retirava totalmente a sua calça jeans.

 A respiração de Demi acelerou, ela começou a hiperventilar ao vê-lo colocar o pequeno quadrado na boca e rasgá-lo com os dentes. Ele rapidamente rolou o preservativo na sua carne inchada, sem conseguir mais se segurar ela fechou seus olhos. 

 De alguma forma, aquilo tudo era tão real. Mesmo que já tivessem feito tudo o que duas pessoas poderiam fazer juntas, exceto este último ato, ele parecia por si só o auge do seu mundo.

 E estava acontecendo neste momento. Isso era real. Joe estava nu e tão intenso, ela era a única coisa que mantinha a sua atenção. Ela era o centro do seu mundo naquele instante, até podia sentir a sua intensidade queimando tão furiosamente, que por um segundo quase ficou com medo.

 Mas logo em seguida Joe estava falando, se movendo na sua direção novamente e tudo ao mesmo tempo, fazendo com que seu sangue gritasse de volta para ela tudo o que sentia por ele. Seus sentimentos passavam através do seu sangue, acordando a tudo que era feminino dentro dela. 

 Ela queria isso, a sua emoção superou o seu medo cem vezes mais.

 - Demi, não conseguirei ir devagar de forma alguma.

 Suas palavras eram ásperas, estranguladas, apologéticas, quando ele colocou o joelho no banco e tirou o sutiã emaranhado do seu corpo. 

 - Vou tentar não te machucar, mas acho que é o melhor que podemos esperar desta primeira vez.

 Ele empurrou as suas pernas para mantê-las abertas e se postou entre elas. Descansou a sua grossa ereção em seu estômago quando pegou o rosto dela entre suas mãos e começou a beijá-la com toda a emoção reprimida que estava em suas veias.

 Ela começou a ficar ofegante contra ele em questão de segundos.

 Ele abaixou a cabeça ainda mais, provou o nirvana que era aquele seu mamilo quando chupava para dentro da sua boca, ao mesmo tempo descia uma mão entre eles, capturando a doçura entre suas coxas. Quando pressionou sua mão sobre seu clitóris ela começou a se desfazer contra ele imediatamente, fazendo chover fogo líquido em sua mão enquanto deslizava um dedo dentro dela.

 Ele sentiu a membrana quase que imediatamente apesar dela já estar completamente molhada, se empurrando contra sua mão, mas aquilo nunca o impediria de entrar dentro dela até o fim, era apenas um grande milagre nunca tê-lo rompido antes, com tudo o que já havia feito para ela. Porém, sempre foi muito cuidadoso, neste momento estava mais que feliz por ter tomado esse cuidado com ela.

 Ela estava ofegante contra a sua boca, o seu calor úmido estava intoxicando-o, deixando-o fora de controle. Apesar de não querer apressá-la ou machucá-la nem agora e nem nunca, sentiu que a sua disciplina estava praticamente desaparecida.

 Ele ergueu a mão dela, mudando de posição enquanto agarrava a sua cabeça. 

 - Abra os olhos Demi.

 Demi ergueu seus cílios e quando seus olhos ficaram fixos aos seus, falou com uma vibração gutural que vinha das profundezas do seu peito.

 - Você é minha. Eu esperei... E esperei... E esperei... Para que você pudesse crescer o suficiente para ser apenas minha. Agora você pertence a mim... Só a mim. Você entendeu? 

 Seus olhos estavam completamente verdes. 

 - Sim. - Ela sussurrou.

 Ele entrou nela com um impulso firme.

 Joe ouviu seu suspiro, sabia que ela teve um momento de dor. Sentia como se tivesse um cetim apertado sobre ele e esperava como o inferno que a dor fosse embora logo. 

 Ele se acalmou dentro dela, abaixou sua boca para a dela e enfiou a língua em sua boca. Ele deu-lhe três segundos para se ajustar a ele, para logo em seguida, começar a balançar contra ela em uma agonia de necessidade.

 Ele empurrou seu corpo contra ela duramente. Ela era sua. Ele saiu completamente e bombeou para dentro dela mais uma vez. Ela era finalmente sua. Ele repetiu o movimento, cinco, seis, sete vezes, se derramou dentro dela com um gemido de satisfação e um sentimento de posse feroz que ele sabia naquele momento, jamais iria embora.

 Ela era sua... Finalmente.

****

 Demi estava sob Joe, com seu batimento cardíaco enlouquecido. Eles tinham feito amor. Eles realmente tinham feito amor. Ainda podia senti-lo dentro de si, cheio, quente e pesado a esticando. Sua respiração estava finalmente diminuindo, quando ele levantou a cabeça ela sabia que ele estava olhando para ela fixamente.

 Ela abriu os olhos lentamente e encontrou um olhar primitivo de total satisfação que enviava outro rio de emoção em cascata para baixo da sua coluna vertebral. 

 Ele deve ter sentido o seu calor molhado, pois as suas narinas dilataram na hora.

 - Você está bem?

 Ela tentou falar, mas suas cordas vocais não estavam funcionando ainda, então, só restou lhe assentir com a cabeça em seu lugar.

 Seus olhos se estreitaram e ele afundou as suas mãos em seu cabelo. 

 - Tem certeza?

 Ela limpou a garganta. - Sim.

 Seu olhar caiu sobre seus lábios. 

 - Sei que não foi bom para você.

 Fogo ardia em seus olhos e ela imaginou que ele pudesse ver o desejo crescendo cada vez mais nos seus.

 - Foi muito bom.

 - Doeu?

 - Só por um segundo.

 - Tem certeza?

 O olhar em seus olhos era cheio de preocupação. 

 - Eu não quero te machucar.

 - Estou muito bem.

 - Realmente bem?

 Quando ele fez essa pergunta, Demi sentiu ele se empurrar contra ela fazendo com que surgisse uma nova chama dentro dela.

 Uma grande excitação batia através do seu corpo, quando uma nova onda de borboletas decolavam em seu estômago. 

 - Realmente bem.  - Ela disse suavemente.

 Joe levantou-se dela com cuidado, rapidamente se limpou antes de rolar um novo preservativo no seu pau. 

 Com braços fortes, ele a levantou colocando-a em cima dele, enquanto se sentava no meio do assento.

 Empurrando seu cabelo para trás, sobre seus ombros ,ajustou as suas pernas, até que ela ficasse montada sobre ele.

 - Nós vamos fazer certo desta vez.

 As mãos de Demi caíram sobre seus ombros. 

 - Pensei que havíamos feito da forma certa da primeira vez.

 Ela respirou fundo quando seus dedos pousaram em seu clitóris e começaram a beliscá-la suavemente, do jeito que sempre fazia elevar o seu desejo a um nível maior. 

 Ele passou o outro braço em volta da sua cintura, a trouxe para mais perto num aperto que exigia que ela abandonasse todo o controle. Ela de bom grado entregou-se a ele quando se inclinou contra ele.

 Seus lábios voaram para o seu ouvido. 

 - Foi bom para mim, mas não para você, isso não vai acontecer novamente, a partir de agora, todas às vezes que fizermos amor, você vem em primeiro lugar.

 Demi tentou responder, mas não conseguia encontrar sua voz enquanto seu dedo brincava com ela, para logo depois afundar para dentro por todo o caminho. 

 Ela gemeu quando uma onda de prazer deslizou sobre ela, quando várias correntes de sensações ondulavam ao longo de sua espinha, estava vagamente consciente do florescimento de uma umidade entre as suas pernas e o gemido que vinha de dentro do seu peito.

 - É isso aí Demi. Quero de novo, meu amor. 

 Ele não esperou por uma resposta, apenas deslizou a mão sobre a sua bunda, levantando-a até que estivesse pairando sobre a sua ereção. 

 Quando o sentiu na sua entrada, ela olhou para cima, encontrou aqueles olhos verdes e quentes sobre ela. 

 - Você é minha. 

 Sua voz era áspera enquanto se empurrava dentro dela até estira-la completamente, durante todo esse processo seus olhos jamais deixaram os seus. 

 - Só minha Demi e ninguém jamais vai ter isso.

 Ele deslizou mais um centímetro e a sua respiração falhou. 

 - Você me deu isso e agora é meu. Para toda a eternidade.

 Demi tentou recuperar o fôlego, mas era impossível, pois Joe metia todo o comprimento do seu pau dentro dela até que ficava completamente empalada. 

 Quando sentiu seguir todo o caminho até o seu ventre, uma vibração quente deslizou sob o ponto de contato dos seus seios até seu ventre, enchendo-a com um calor que nunca havia sentido antes, sem conseguir resistir ela fechou os olhos.

 Ela se apertou contra ele, levantou um pouquinho, voltando para baixo com um suspiro de alegria. Cristo, isso era tão bom. Tudo o que havia feito antes havia sido bom, mas isso era simplesmente incrível. Isso era como um chocolate líquido, como um sucesso, um puro êxtase, tudo em seu sistema de uma só vez.

 - Você gosta disso, princesa?

 - Hmmmm. 

 Demi não conseguia formar nenhuma palavra com as mãos de Joe caindo para seus quadris e começando a guiá-la até encontrar um ritmo que rapidamente assumia todos os seus sentidos.

 Ele se empurrou para cima enquanto ela se empurrava para baixo, nada nunca havia feito mais sentido em toda a sua vida. Seus músculos estavam cerrados, rígidos sob as suas mãos, seu coração batia em seus ouvidos quando o vínculo entre eles crescia ainda mais forte.

 Ela se balançou contra ele em busca do seu próprio orgasmo, sentiu que o dele estava bem próximo, facilmente atingível, desta forma deixou o delírio lavar sobre ela, enquanto sentiu o prazer transbordar entre eles.

 Sua respiração estava curta, seus dedos afundaram ainda mais em sua pele, aquilo tudo foi como um nirvana doce para Demi. Ela sentiu uma forte onda de calor ofuscante e logo em seguida o êxtase tomar conta do seu corpo da forma mais intensa, mais doce do que qualquer coisa que ele já havia feito sentir antes.

 Enquanto cavalgava a sua onda de prazer, estrelas explodiam em sua cabeça, ela o sentiu crescer ainda mais dentro dela, manter o seu corpo ainda mais apertado e ela sabia que ele estava vindo com ela.

 Ela o ordenhou forte, amando cada último arrepio que corria entre ele, quando tudo acabou, apenas afundou sobre todo o seu comprimento e colocou os braços em volta de seu pescoço. 

 As mãos dele deslizaram para baixo por sua coluna vertebral e pousou em suas nádegas.

 Ficaram assim até que suas respirações voltaram ao normal.

 Ela estava quase dormindo em seus braços quando ouviu um sussurro de voz suave em seu ouvido.

 - Você é o meu mundo.

Um comentário:

  1. Finalmente aconteceu!!! A espera acabou
    Se fudeu Jesse
    -Nathalia-

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