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Redwood Falls, Texas
Joe Jonas inclinou-se contra o muro que ficava em volta das arquibancadas escolares e observou todo o movimento em torno dele. Ele sabia que para um observador casual, pareceria apenas extremamente entediado e esta era exatamente a atitude que ele tentava transmitir... E sim, isso era parcialmente verdadeiro.
A noite de sexta era o dia escolhido para jogos de futebol escolares e isso era o maior pico de emoção que ele poderia encontrar nesta cidade esquecida por Deus.
Ele sabia que deveria estar relaxado quando passou por cima do muro e observou a multidão que estava amontoada nas arquibancadas. Mas ele não estava relaxado, ao contrário, estava no limite.
Mas ele estava sempre no limite e sabia que o motivo pelo qual não conseguia relaxar era porque tinha um grande problema de confiança e era um grande problema de confiança com toda a raça humana. Inferno, isso era muito complicado para ele, principalmente porque ele tinha sido abusado fisicamente e mentalmente nos primeiros 13 anos de sua vida por seu pai, a única pessoa na vida, que esperava tê-lo protegido a todo custo.
Quando se encostou à cerca, Joe ficou esperando o início do jogo, mas, isso era apenas uma desculpa, pois estava ali para que pudesse se encontrar com Kevin e Nick, que eram seus amigos e estavam naquele momento no time de futebol, assim, convenceram Joe a ir assistir ao jogo para que logo depois da partida todos pudessem sair juntos.
Quando olhou em volta, Joe podia sentir a barreira invisível que sempre parecia estar entre ele e todos os outros e quando encarava de uma pessoa para a outra percebia que a sua vida doméstica passada lhe tinha dado um tipo de notoriedade entre o povo de Redwood Falls, não que ele particularmente gostasse dessa distinção, mas não havia absolutamente nada que ele pudesse fazer a este respeito.
Cerca de metade dos adultos na cidade olhava para ele como se ele estivesse prestes a roubar alguma coisa, principalmente porque deduziam que ele era igual ao lixo tóxico do seu pai, sem ao menos conhecê-lo. Isso era chato, mas não tão ruim quanto o resto das pessoas que sentiam pena dele e sempre lhe encaravam com piedade, esses daí, tinham pena dele por causa de quem era seu pai e porque nunca teve uma mãe. Mas aquilo só acontecia com os adultos, às crianças sempre o enxergavam de uma forma diferente.
Joe sabia que com aquelas cicatrizes que seu pai tinha lhe infligido tanto em seu rosto como no seu corpo, ele não se parecia mais com um adolescente normal e as crianças pareciam sempre estar muito ciente desse fato. Os meninos olhavam para ele com respeito e a maioria deles não conseguia parar de lhe encarar. E as meninas, também... As meninas apenas o olhavam com admiração.
Joe mudou o seu foco para o grupo de meninas que estavam ao invés do jogo, estavam assistindo a ele agora. Algumas delas coraram e/ou desviaram o olhar quando seus olhos caíram sobre elas, outras corajosamente sustentaram o olhar.
Ele apenas manteve seu olhar uma a uma, seus olhos lentamente rastreando tudo o que era possível de uma para a outra.
Apesar de não ter ferrado nenhuma delas ainda e provavelmente não iria fazer isso em momento algum, tinha dentro de si uma maldita certeza, que não tinha nada na vida sem a qual ele não poderia viver.
Ele normalmente dirigia o caminhão da exploração agrícola para a próxima cidade, nos fins de semana e percorria de cima a baixo da rua principal, até que encontrasse uma menina disponível. A sua reputação, justificada ou não, tinha se espalhado e apesar de ter que percorrer quase trinta quilômetros de distância até chegar lá, era sempre recompensado, pois havia várias meninas na próxima cidade que estavam sempre dispostas a entrar no caminhão com ele.
Não tinha um tipo favorito, nunca catalogou suas saídas, mas sabia que já havia batido a maioria delas mais de uma vez, o que o tornava muito feliz já que como sempre tinha meninas ali disponíveis, poderia ficar longe das meninas de Redwood Falls.
Ele não queria que qualquer fofoca chegasse até a sua tia e pudesse perturbá-la, e com certeza não queria nenhuma daquelas meninas mexendo com a sua prima Miley por causa de algo que ele poderia ter feito.
As meninas com quem ele dormia nada significavam para ele, o que lhe importava até agora era o fato de que tinha sido ridiculamente fácil pegar qualquer uma.
Ele pode ter sido gerado a partir de uma semente ruim, mas, evidentemente, de acordo com a reação das meninas, ele tinha muito boa aparência. Hoje estava com mais de 1,80 de altura, seu cabelo escuro era quase preto e os seus olhos eram totalmente verdes. As cicatrizes em seu rosto, que ele lutava todos os dias para ignorar, só pareciam adicionar ainda mais fascínio sobre ele, apesar dele não entender o por quê. Sempre foi um garoto magro, mas agora, depois de ajudar seu tio na fazenda por anos, estava com a constituição alta e musculosa a qual era necessária muitas vezes durante uma exposição ou quando saia correndo à noite.
Havia uma trilha que dava em torno do campo de futebol da escola e as meninas começaram de uma hora para a outra a aparecer à noite, sempre em dupla e ele sabia, sem nenhum tipo de presunção, que era por sua causa. Ele nunca teve tempo para esportes de equipe ou atividades extracurriculares, como os seus amigos, pois estava sempre muito ocupado trabalhando, seja na loja de alimentação ou lado a lado com seu tio, numa tentativa de conquistar uma vida decente a partir da pequena fazenda que seu tio e seu pai tinham herdado, mas mesmo não tendo tempo para o futebol, ele era um atleta condicionado e amava o treinamento de força ou especialmente a corrida.
Isso o fazia se sentir forte... Isso o fazia se sentir no controle...
E o controle era agora uma necessidade básica que ele não poderia perder.
Devido a sua dedicação a esses treinos ganhou muita resistência e músculos de aço, apenas uma garantia para si de que ninguém nunca mais ousaria foder com ele... Nunca mais.
E as meninas eram apenas um bônus.
Ele olhou ao seu redor mais uma vez e pela milionésima vez desejou sentir algo diferente do que tédio em sua vida.
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Demi Smith-Lovato olhava em volta das arquibancadas lotadas, com um arrepio de excitação a lhe percorrer o corpo, afinal este era o primeiro jogo em casa do seu grupo do segundo ano. O primeiro jogo de futebol que assistiria sem os seus pais a reboque, afinal ela estava finalmente no colégio.
Um colégio de verdade.
Ninguém podia contar os anos anteriores do ensino médio em Redwood Falls, porque o distrito escolar mantinha os calouros separados em campus menores. Então, agora que ela estava, finalmente, numa escola de verdade se sentia incrível, completamente livre.
Seus pais eram ridiculamente protetores e em vez de arrastá-los em todos os lugares com ela, que tinha sido a única opção que havia lhe dado até agora, Demi tinha escolhido ficar em casa a maior parte do tempo. Mas agora ela estava finalmente aqui e achava simplesmente que a liberdade era incrível. Com certeza, não tinha um monte de amigos para se divertir, mas realmente não precisava disso, pois tinha a sua melhor amiga Selena e isso era o suficiente.
Os pais de Demi havia finalmente saído uma semana antes, graças a Deus, então hoje ela ajeitou o cabelo e experimentou um pouco mais de maquiagem do que normalmente usava, porque pela primeira vez teria uma chance de se misturar com as pessoas mais velhas... Talvez até mesmo ser notada, ela achava que a sua aparência era razoavelmente boa e agora que a sua prisão tão odiada tinha ido embora, talvez pudesse fazer alguns amigos ou realmente falar com alguns dos caras da escola.
Ela e Selena assistiram ao primeiro tempo do jogo e em seguida começaram lentamente a descer os degraus em direção às lanchonetes, parando um pouco apenas para olhar ao seu redor, olhar para todos aqueles adolescentes. Todo mundo sabia que todos estavam na cidade, mas ela rapidamente aprendeu que as crianças eram muitas vezes bem mais espontâneas para reconhecer esse fato.
Seus olhos foram atraídos imediatamente sobre Joe Jonas, quando ele se inclinou contra o muro há uma pequena distância da multidão, mas rapidamente seu olhar deslizou para longe.
Seu pulso e batimento cardíaco aceleraram imediatamente apenas com aquela simples proximidade. Ele era a única pessoa capaz de fazê-la tremer simplesmente ao vê-lo e sempre foi assim. Desde que tinha cerca de treze anos e o viu pela primeira vez, seus joelhos ficaram fracos e seu coração começou a bater fora de compasso.
Ele era de longe o cara mais bonito que Demi já tinha visto, até mesmo considerando os caras da televisão ou do cinema. Ele era alto e seu corpo estava repleto de músculos que direcionavam seus olhos para ele como um imã. Ele não tinha um grama de gordura sobre ele e ela sabia por que tinha tido a sorte de vê-lo no trator de seu tio, sem camisa, aquela sua pele estava sempre bronzeada, tinha um lindo cabelo marrom escuro e seus olhos eram brilhantes e de um verde escuro penetrante.
Ele quase podia ser chamado de perfeito, só que tinha várias cicatrizes no rosto que atrapalhavam a obra e não eram cicatrizes de acne. Não, estas eram intrigantes marcas que por alguma razão não deveria estar lá. Uma de suas sobrancelhas tinha uma linha irregular que corria por ela, separando-a e arrastando-a para baixo ate próximo da sua pálpebra, dando-lhe um olhar permanentemente ameaçador e também o seu lábio superior era marcado com uma coloração pálida que parecia nunca ir embora, o seu nariz, provavelmente, tinha sido quebrado antes, porque ele era um pouco torto no rosto.
Provavelmente tinha várias outras marcas, mas seriam marcas que Demi não poderia jamais identificar.
Nada disso dissuadia a sua beleza. Na mente de Demi as cicatrizes só a aumentavam, fazendo dele a pessoa que ele era não que ela realmente o conhecia como pessoa. Não, as cicatrizes não tiravam nada da sua boa aparência e por alguma razão, elas faziam Demi querer colocar seus braços em volta dele e abraçá-lo. Aquelas marcas eram incrivelmente convincentes e faziam com que sentisse coisas por ele que não podia explicar para si mesma.
Sentia muita necessidade de mantê-lo perto dela, uma grande necessidade de ser a sua amiga.
Ele era um par de anos mais velho que ela e estava apenas parado ali em silêncio, com a mente longe, mas ao mesmo tempo percebia que ele via e sabia tudo o que acontecia ao seu redor. Sua família, que vivia da terra, eram seus vizinhos ao norte da área plantada pelos seus pais.
Desta forma, sempre o tinha visto em torno de toda a sua vida, mas nunca tinha falado com ele. Não que ela não quisesse. Ela nunca teve uma razão, além disso, ele estava fora da sua “turma” e também não era um segredo na escola que toda garota queria sair com ele.
Quando Demi olhou ao redor, viu o grupo de meninas populares, principalmente XI e XII, que estavam do outro lado do posto de concessão. As meninas estavam tão perto de Joe que até poderiam agir como se não estivessem tentando atrair sua atenção, o que tão obviamente elas estavam.
Selena estava num período de alta de açúcar e queria muito outra Coca-Cola, o que levou a ela e Demi se aproximarem dos outros e a entrar na fila atrás de um grupo de estudantes do ensino médio júnior. Enquanto esperavam, Demi percebeu que as meninas mais velhas olhavam diretamente para elas, com desprezo.
Seu estômago se apertou de apreensão e pânico.
Porque todo mundo me odeia? O que eu fiz contra elas?
Selena pagou a sua Coca-Cola e quando se virou para sair Rebecca Sutty, que era a garota mais alta e mais bonita do grupo, olhou para Demi com desprezo e em seguida chamou.
- Selena, por que você não sai com a gente hoje à noite?
Os nervos de Demi se apertaram e ela sentiu uma reviravolta no estômago.
Porcaria.
Será que Selena estava prestes a cair fora e deixá-la em pé ali sozinha?
Por alguma razão, Rebecca estava tentando tornar a vida de Demi miserável naqueles últimos par de anos. Demi sabia que a menina mais velha continuaria a antagonizá-la até que ela se formasse e talvez depois disso Demi fosse deixada em paz.
Rebecca era rancorosa e ciumenta e Demi não tinha idéia do que fazer com ela, além de suportar e tentar ignorá-la.
Demi sabia que Rebecca vinha de um lar desfeito e ela provavelmente pensava que Demi tinha tudo o que ela não tinha. Demi tinha dois pais amorosos, um irmão mais velho que a adorava, mais terras da família e dinheiro do que ela poderia precisar. Não importava o fato de que seu pai era apenas seu pai adotivo e seu irmão não estava relacionado a ela pelo sangue. Mesmo que as pessoas da cidade ainda se lembrassem da mãe de Demi, como uma jovem mãe solteira, que veio para a região com sua filha de seis meses de idade e logo chamou a atenção do jovem rico, viúvo e elegível, isso não importava mais, porque também muitos anos se passaram.
Demi e sua mãe estavam em Redwood Falls por tantos anos que agora estavam totalmente entrincheiradas na família Lovato. E do lado de fora, olhando para dentro, Demi sabia que devia parecer que ela tinha tudo. E quando chegasse o momento para a faculdade, com as suas boas notas e o dinheiro da sua família, ela provavelmente começaria a escolher a universidade que queria participar.
Sim, Rebecca Sutty era rancorosa e Demi sabia com uma sensação de afundamento que ela estava prestes a ser ferida e humilhada bem onde estava.
Demi viu a expressão melancólica no rosto de Selena e ela não culpou a amiga por querer sair com as garotas populares.
Ela se recusou a culpar Selena por isso, pois ela era a única e verdadeira amiga de Demi e sempre esteve lá para Demi quando queria ou precisava falar sobre tudo e qualquer coisa.
Demi decidiu ali mesmo que perdoaria Selena, mesmo se ela se afastasse dela agora.
Demi só queria que a humilhação que estava prestes a experimentar ficasse por trás dela, então ela se virou e sussurrou:
- Vá em frente, Selena. Que vou ficar bem.
Selena deu a Demi um olhar interrogativo e hesitou por um momento, sua expressão era dilacerada enquanto olhava entre Demi e as outras meninas e como Demi queria que ela se divertisse, ela disse novamente:
- Está tudo bem.
Selena deu a Demi um último olhar, mas em seguida virou-se lentamente e se afastou da amiga.
Sozinha agora e com um sentimento de afundamento na boca do estômago, Demi olhou para longe do grupo de meninas e mais uma vez o seu olhar colidiu violentamente com o de Joe Jonas.
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Joe vagamente reconheceu a garota loira, mas não se recordava de onde, tinha certeza que a menina que tinha acabado de se afastar dela era Selena Gomez, a irmã mais nova de Kevin, a tinha visto na casa de Kevin ao longo dos anos e chegou ate mesmo a conhecê-la um pouco, desta forma ficou mais que um pouco surpreso por ela ter se afastado da sua amiga daquela forma. Não, esta não era uma atitude de Selena e ele sabia que também, deveria ignorar toda aquela situação, já que não conhecia muito bem a outra menina.
Mas ele não conseguia identificar onde tinha visto aquela menina loira, que não fosse da escola... Talvez. Mas isso não era tudo, sentia que a conhecia de algum outro lugar.
Ela estava sozinha agora e totalmente sem jeito, mesmo que fosse excepcionalmente bonita.
Sua mente começou a assinalar através das pessoas da cidade, enquanto tentava descobrir quem ela era.
Ele continuou pensando até que de repente, uma lembrança de uma menina pequena com tranças pulando na parte traseira do caminhão de seu pai para obter o seu e-mail bateu no cérebro.
Demi Lovato.
Merda! Mesmo sendo tecnicamente a sua vizinha, pois mais de uma milha separavam as suas casas, ele não a tinha visto em anos e ficou totalmente surpreso por ela já estar no ensino médio e como sempre foi tão pequena, naquele momento dava a impressão de ser ainda mais jovem do que realmente era.
Demi Lovato era a princesinha da cidade, que tinha tudo.
Tudo, menos amigos.
Ele ouviu aquela vagabunda da Rebecca há poucos minutos lhe roubando o que parecia ser a sua única amiga e isso o irritou muito.
Demi estava sozinha e obviamente chateada, foi quando um instinto de proteção que não sabia que possuía correu através dele, parou um pouco apenas para observar mais profundamente à beleza loira do seu cabelo, a estatura de seu pequeno corpo, a pureza saudável em seu rosto, mais uma vez um forte desejo de defendê-la alimentou o sangue em suas veias.
Rebecca tinha vindo ate ele há meses se oferecendo em cima de uma travessa, tentando levá-lo para o banco traseiro do carro de sua mãe a todo custo, mas ele se recusou por achá-la barata e vulgar. Agora reconheceu num piscar de olhos que ela estava apenas tentando ferir e humilhar Demi, para mostrar para ele do que era capaz.
Como se ele pensasse que humilhar outro ser humano fosse algo muito legal.
Rebecca era um nada para ele, mas ao mesmo tempo para os demais era uma cadela destrutiva e manipuladora, com uma forte onda de testosterona Joe se empurrou por cima do muro em toda a sua altura e preparou-se para proteger a menina mais nova de mais dor e humilhação.
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Demi ficou parada, tentando recuperar forças o suficiente para virar e ir embora, quando viu Joe pular por cima do muro e começar a andar na sua direção. Engoliu em seco e apenas o observou passar pelo grupo de meninas, agora com a Selena incluída, sem um olhar, apenas continuando a andar na sua direção.
Ela esqueceu tudo sobre as outras meninas quando subitamente seu mundo imediatamente se estreitou em Joe Jonas. Ela olhou ao redor para ver se ele realmente estava vindo na sua direção, para se certificar de que não era apenas sua imaginação excessivamente otimista.
Não, não era.
Quando estava a apenas três metros dela, falou com uma voz alta o suficiente para que todos pudessem ouvir, mas baixo o suficiente para que pudesse ser apenas para ela.
- Oi, baby. Eu pensei que você não chegaria nunca.
Sua voz era profunda e áspera, mas deslizou macia através de seu sistema e ficou reverberando para frente e para trás na sua cabeça, enquanto tentava absorver suas palavras através do bater de sangue em suas veias.
Oh meu Deus, apenas respire, Demi!
Ela teve que morder o seu lábio inferior devido ao seu tremor enquanto ele avançava os seus últimos passos. De pé em frente a ela e de costas para o grupo de meninas, ele levantou as suas mãos com uma corrente subjacente de confiança masculina suprema, que ela não podia deixar de reconhecer e fez uma grande produção de entrelaçamento dos dedos, puxando-os para longe de seu corpo, de modo que todo mundo podia ver suas mãos entrelaçada, então ele se inclinou e sussurrou em seu ouvido:
- Ela realmente vai te odiar agora.
Imediatamente um calor incendiário derramou pelas suas veias por causa daquele seu toque misturado com as vibrações de sua voz, atingindo todo o seu interior e chiando através de seu sistema como um sorvete em um dia quente de verão.
Minha vida mudou para sempre!
Joe Jonas estava segurando a minha mão e sussurrando no meu ouvido, definitivamente nada seria mais importante na sua vida depois desse dia, ela guardaria essa memória para sempre.
Seus polegares acariciavam as costas da sua mão, os seus olhos, brilhavam sobre os dela e a sua voz suave e profunda fluiu como um riu pelo seu corpo.
- Você se importa?
Demi visivelmente tremeu diante daquele aperto áspero de suas mãos e da questão que ela percebeu que era para infundir-lhe com coragem e determinação.
Endurecendo a sua espinha, respondeu-lhe numa voz baixa, mas com firmeza:
- Não.
E ela não se importava, mesmo que aquelas cadelas lhe odiassem para sempre, valeria a pena, afinal... Joe Jonas estava segurando a sua mão!
Ela continuou a ficar toda atordoada enquanto ele se inclinava para longe dela e a estudava por um momento antes de dar um mergulho de aprovação com o seu queixo.
- Você está pronta para isso, Demi?
Absolutamente muda pelo fato de que ele sabia o nome dela, Demi começou a assentir sem parar com a cabeça, ate que sentiu uma pressão no seu aperto e ele disse:
- Então sorria para mim, princesa e vamos fazer disso algo que vai ser difícil de não acreditar.
O corpo de Demi tremeu e através do seu choque, ela registrou que ele queria algo dela naquele momento.
Respire Demi, respire e trave seus joelhos para que você não caia no chão na frente dele, pelo amor de Deus.
Através do sangue batendo vicioso ao longo de suas veias, ela tentou seguir a sua direção, mas tudo o que ela conseguiu foi um sorriso fraco. Seus olhos verdes estavam vincados nas laterais e ele soltou uma pitada de riso e Demi sentiu seu prazer todo o caminho até seus ossos. Quando ela percebeu que ele estava sorrindo para ela, como se fossem conspiradores em um plano secreto, ela sentiu o tremor de um pequeno sorriso se tornar real.
Demi sentiu um pouco de seu choque retroceder quando uma animação tomou o seu lugar, mas no momento que o seu sorriso se tornou real, Joe franziu a testa e lentamente o seu sorriso desapareceu enquanto a estudava.
Seu olhar deixou o seu sorriso e foi para os olhos e, em seguida, lentamente desceu para os seus lábios novamente.
Demi sentiu sua intensidade por todo o seu corpo até os dedos dos pés.
Enquanto ela ainda estava tremendo, ele abaixou a cabeça lentamente ao longo da dela e Demi experimentou o que estava escrito em seus livros sobre a memória de como seria o primeiro beijo real. Bem na frente de Deus e com todos a olhando.
Quando sua mão esquerda a cercou completamente, ela se agarrou aos seus braços para que não caísse no chão e se desmanchasse sob seus pés.
Ela podia sentir os seus bíceps fortes e rígidos sob seu toque e os seus lábios quentes e firmes sobre os dela, mas quando ele colocou uma mão em sua bunda para levantá-la e alinhar seu corpo contra o dele, forçando-a a ficar na ponta dos pés, ela se engasgou e sua boca se abriu, o qual ele apenas aproveitou para deslizar a sua língua e entrelaçar com a dela.
Com aquela sensação de sua língua no interior de sua boca, seu cérebro se desligou e a sanidade a deixou completamente sozinha.
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Joe ficou atordoado quando o seu beijo de compaixão se descarrilou e contra a sua vontade tornou-se um beijo de fome e necessidade.
Ele nunca havia dado um beijo que fosse real ou significativo.
Ele nunca teve a intenção de beijá-la com a língua. Mas quando seus lábios se separaram num suspiro de choque, sua língua tinha deslizado dentro daquela boca gostosa por vontade própria. E, assim tão rápido que o atordoou ainda mais, começou a perceber que aquele pequeno corpo, mas cheio de curvas, que ele segurava em seus braços tinha toda a suavidade e feminilidade que tinha sonhado durante toda a sua vida.
Seu perfume doce se infiltrou através do seu subconsciente e a sua inocência era um fascínio que não esperava ou mesmo remotamente pensava que existisse.
Ele percebeu algo muito rapidamente... Ela não sabia beijar.
E isso foi tão emocionante que arrancou o diabo fora dele.
O mundo exterior desapareceu e seu estômago se apertou quando moveu uma mão para segurar o seu rosto. Levantou primeiramente o seu queixo para um melhor acesso, fazendo com que a respiração roubada dos seus pulmões e a motivação inicial para o beijo desaparecesse.
Tudo o que restava era ele e ela... E essa coisa entre eles que nunca tinha esperado.
Ele levou alguns segundos a mais para beijá-la mais profundamente, saboreando-a totalmente, registrando que a sua respiração estava se tornando cada vez mais irregular.
Quando ele assimilou o gosto e o ajuste perfeito dela em seus braços, lembrou-se vagamente de que estavam em público, o que era exatamente o que pretendia quando o beijo tinha começado, mas agora, tudo o que ele queria era que o mundo desaparecesse e ser capaz de beijá-la da maneira que o seu corpo estava gritando para fazer.
Por alguns segundos, mas surpreendente curto se deixou fazer exatamente isso.
Ele acariciou a sua língua sobre a dela, posicionando a cabeça para o ajuste exato que queria, foi gratificado por um pequeno gemido suave que escapou da sua boca e que fez vibrar todo o seu corpo até se instalar na sua virilha.
Ele queria inclinar a sua boca mais completa sobre a dela e voltar para mais, mas já havia endurecido demais suas entranhas com a necessidade e o pouco de controle que lhe restava sinalizava que aquele programa precisava acabar agora.
Ele levantou a boca da dela, mas não a soltou de imediato dos seus braços, ficou apenas lhe segurando firmemente até que ela finalmente ergueu os cílios e com um olhar confuso se concentrou nele.
- Eu quero que você olhe mais uma vez para aquelas meninas e diga ‘adeus’ a sua amiga, fingindo que não dá a mínima para o ocorrido. Entendeu?
Sua mão se fechou como duas algemas sobre o seu punho e ela pode perceber toda a sua possessividade enquanto ele começava a lhe puxar em direção ao portão.
Demi virou bruscamente para as meninas e falou suavemente. - Tchau, Selena.
Joe puxou Demi atrás dele sem pensar nas consequências ao ficar sozinha com ela e longe daquelas cadelas destrutivas que só iriam machucá-la ainda mais, se a deixasse naquele lugar. Ele a puxou pelo labirinto de carros e caminhões no estacionamento escuro, só parando ao lado do caminhão velho da fazenda que dirigia.
Ele a colocou contra a porta do passageiro e a enjaulou dentro do seu círculo de braços, não se importando com nada no momento ou apenas a afastando dele a fim de ter um minuto para analisar o que diabos tinha apenas desandado tão rápido.
- Isso não era para acontecer.
Ele estava com raiva de si mesmo pelo passo em falso que tinha dado e por isso não pôde evitar que a sua voz fosse amarga e áspera, mas aquilo ainda não significava que estava pronto para libertá-la dele.
Demi agarrou-se ao círculo formado pelos braços de Joe, chocada além da compreensão pela forma como o seu mundo de repente mudara da água para o vinho. Não havia ficado surpresa com o que tinha acontecido com as meninas mais velhas, não, ela sabia que ele a havia usado apenas para depois tratá-la como um lixo. Mas o que a estava deixando completamente tonta era apenas o fato de que alguns momentos atrás a língua de Joe Jonas tinha estado em sua boca e as suas mãos na bunda dela.
Na bunda dela!
Mesmo agora, com aqueles braços feito uma gaiola em volta dela e aquele olhar no seu rosto, sentia-se apenas num sonho e não conseguia processar tudo na sua cabeça. Ela não conseguia nem desviar o olhar do dele.
Naquele instante seus olhos estavam colados ao seu e ela estava vagamente consciente de que sua respiração era apenas superficial.
Ela foi obrigada a chupar outra respiração assustada quando ele se empurrou grosseiramente contra o seu torso, era um empurrão afiado e forte, apoiando seus antebraços em cada lado do rosto dela, dominando completamente qualquer espaço pessoal que ela poderia ter tido ate agora e lhe permitindo apenas um pequeno espaço para até mesmo poder respirar.
Querido Jesus, isso estava realmente acontecendo com ela?
Nunca se sentira mais emocionada em toda sua vida, então tentou se concentrar, trabalhar duro para conseguir o retorno das suas últimas células cerebrais a cooperar.
Ela respirou fundo e tentou encontrar a menina que estava se escondendo atrás da rodopiante e atordoada reviravolta que estava acontecendo dentro de sua cabeça e que desta forma ela pudesse lhe responder a altura.
- Então, por que tenho a sensação de que está prestes a acontecer de novo? - Ela ergueu o queixo, exibindo para ele uma bravata que não condizia verdadeiramente o estado dos seus nervos.
Uau, mas você tem um longo caminho a percorrer, Demi.
Ela finalmente conseguiu falar a sua primeira frase completa para ele. Incrível, depois do beijo que haviam compartilhado.
Ele ficou em silêncio, enquanto seu corpo se empurrava contra o dela mais um pouco enquanto tudo o que ele fazia era continuar a estudar os seus olhos.
Joe estava arrebatado pela inocência irradiando daquele rosto, mas totalmente excitado e tentado pela observação espertinha que saiu daquela sua boca.
Ela era como um quebra-cabeça... Um jogo que ele queria jogar... O qual já estava viciado.
- Quantos anos você tem? - Ele finalmente conseguiu perguntar quando uma tensão se instalou entre eles.
Ele sabia que ela era mais jovem do que ele, mas para o momento, ele queria desesperadamente permanecer em negação sobre a sua juventude, para que ele pudesse continuar a tocar nela. Ela abriu a boca para falar e ele abruptamente percebeu que não queria a resposta a essa pergunta ainda. Então, apenas levantou uma das mãos que estavam ao lado de sua cabeça e cobriu os lábios dela com a palma.
- Não responda ainda.
Seus olhos viraram chamas quando ele cobriu a sua boca novamente, para prolongar o momento ele estudou primeiro passando suavemente os dedos sobre a sua boca e, em seguida, a outra mão se entrelaçou através da suavidade de seu cabelo loiro. Era como se estivesse tendo uma experiência fora do corpo que não tinha controle. Tirando a mão da sua boca a permitiu deslizar para baixo e ao redor de sua espinha ate parar sobre a sua bunda. A suavidade de sua carne feminina sob o tecido da calça jeans estava prestes a explodir a sua mente, então ele a apertou com força, imediatamente tentou amenizar o aperto, mas não conseguiu fazê-lo, a única coisa que conseguia era segurar com força a bunda dela, mantendo assim os seus dedos apertando ao redor dela.
Levantou-a em seu corpo mais uma vez e a sua boca desceu sobre a dela com uma demanda intransigente. Sua língua tomou a dela em um beijo profundo e feroz, um beijo a qual estava com muito medo e tinha ate mesmo um toque de desespero, bem como a necessidade de todos os seus consumidores internos correndo por sua espinha.
Mas era um beijo que seria o único... Tinha que ser o único assim.
Ele percebeu quando ela se desligou em seus braços, podia sentir através daquele tremor suave... Seu corpo todo tremia e a sua respiração estava descontrolada, mas ainda assim não era o suficiente. Ele podia sentir a sua resposta, mas queria mais que tudo a sua participação.
Por Deus e tudo o que era santo, se isso era tudo o que ele jamais poderia ter dela, então ele queria esse beijo de verdade.
Afinal, ele não poderia tê-la nunca mais depois de hoje à noite... Ele tinha certeza disso. Ela era muito jovem e ele... Ele era um Jonas.
Ele sabia que a verdade sempre iria separá-los e com isso sentiu quando um gosto ácido e corrosivo correu através das suas entranhas. Mas antes que ela lhe confirmasse a sua idade e lhe enviasse ainda mais culpa a se estabelecer em seu estômago, ele teria a maldita certeza de conseguir o beijo que ele tanto queria, então só lhe restava levantar a boca da dela e ordenar.
- Beije-me de volta. - Ele exigiu.
Seus dedos agarraram o queixo dela para manter a sua boca aberta. - Dê-me a sua língua. - Ele falava enquanto se empurrava dentro dela novamente e rodava a sua língua em torno da dela.
Atordoada com essa nova intimidade, Demi empurrou a sua língua ainda mais plenamente na direção dele e quando o fez, ele gemeu no fundo de seu diafragma e o beijo se tornou ainda mais selvagem.
Suas línguas se acariciavam e as respirações de ambos se misturavam enquanto suas mãos corriam para cima e para baixo no seu corpo, tocando-a em todos os lugares ao mesmo tempo. Finalmente, colocou as mãos em volta do seu rosto, afundando os dedos em seus cabelos, mas sem jamais se separar da sua boca ou parar de chupar a sua língua e todas essas novas sensações começou a lhe enviar uma seta de prazer através dos seus seios ate se reunir entre suas coxas, o que era uma novidade para ela.
Joe beijou durante vários minutos, bebendo de sua boca, tentando tirar algo dela que iria sustentá-lo por um longo... Um longo tempo. Por fim, contra tudo o que ele realmente queria, acabou levantando a cabeça.
Ele limpou a garganta, as mãos ainda a segurando pelo couro cabeludo, sentindo todos os seus músculos como um fio elétrico, lhe perguntou mais uma vez.
- Quantos anos você tem? - Sua voz era áspera e cheia de excitação quando fez aquela pergunta que já sabia a resposta antes dela pronuncia-la.
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Capítulo gigantão, dessa eu n sabia, haha! Tudo bem, amores? Desculpe postar agr, tive q sair hj e voltei nesse momento... Espero q gostem! Comentem, ok? Amo vcs ♥
Bruna
Vixi começou pegando fogo..... viciadaaaaa.... e olha que foi só o primeiro capítulo.... posta mais um gigantão kkkkkkkk......
ResponderExcluirRedwood Falls me lembrou Mystic Falls
ResponderExcluirAí, tô morrendo aqui
Logo no primeiro capítulo já tem tudo isso S.O.S
-Nathalia-
Como vc pode parar aiii?! posta mais
ResponderExcluirDa-lhe joe chegou chegando kkkkkkk amei o primeiro cap. Pfvrrr continua logo.
ResponderExcluirJa to viciada kkkk posta mais
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