Amores, aqui está o primeiro capítulo, espero que gostem! Mari me explicou q essa história eh dividida pelos pensamentos dos protagonistas, n em capítulos. Será quase como Maybe Someday, lembram? Só a divisão de capítulos, ta? Skxnsks
Comentem!
Beijos, amo vcs!
Bruna.
~
Demi Devonne Lovato
Eu cochilava no trem Japeri, sentada na ponta do
banco ao lado da porta. Quando este parou e algumas pessoas desceram
conversando, despertei sobressaltada e espiei em qual estação
estávamos. Nova Iguaçu. A minha.
Levantei-me apressada, agarrando minha pasta
amarela, e saltei antes que as portas se fechassem. Meu coração
disparava com o risco que correra de passar de minha estação,
graças ao cansaço. Respirei aliviada por ter acordado a tempo.
O trem afastou-se e caminhei em direção às
escadas, levando a mão à boca para disfarçar um bocejo. Tudo o que
queria era chegar logo em casa, tomar um banho e dormir. Graças a
Deus era sexta-feira. Só voltaria a trabalhar e estudar na próxima
segunda.
Atravessei as portas rolantes, percebendo que o
calçadão em frente à estação estava movimentado e o bar de
esquina lotado. As pessoas aproveitavam a noite de sexta para beber e
se reunirem com os amigos. Passava das onze horas da noite.
Desci a escadaria da estação e aproveitei que o
sinal de trânsito estava fechado para atravessar a rua correndo. Os
homens no bar começaram a mexer comigo, chamando-me de gata, jogando
piadinhas.
Eu nem os olhei. Assim como não olhei para os
rapazes que passavam ao meu lado no calçadão e se viravam para
olhar ou falar alguma gracinha. Aprendera a simplesmente fingir que
nada acontecia.
Bocejei novamente, apressando o passo. Não
aguentava mais a roupa que usava desde de manhã e não via a hora de
por só uma camiseta fresquinha e dormi. Dormir muito, até umas dez
horas do dia seguinte.
Segui direto pela principal avenida no centro de
Nova Iguaçu, até chegar na transversal em que morava. Virei a
esquerda e depois numa pequena rua sem saída. Quase gemi de alegria
ao ver minha pequena casa rosa, com pintura descansando, muro baixo e
portão enferrujado na parte de baixo. A luz de varanda estava acesa
e a janela da sala com o vidro aberto.
Abri o portão, que fez um leve rangido e fechei-o
novamente atrás de mim. Atravessei a pequena calçada até os dois
degraus da varanda, já tirando o molho de chaves da bolsa.
Finalmente entrei em casa.
Parecia que todas as luzes estavam acesas. A
televisão estava ligada em volume alto, como minha mãe gostava,
para não perder nenhum detalhe. Mas não havia ninguém na pequena
sala.
-Oi. Cheguei!
Na mesma hora minha irmã caçula veio do
corredor, lindíssima usando uma calça preta colada, salto alto e
uma ínfima blusinha vermelha que mais mostrava do que cobria. Estava
maquiada e com os cabelos castanhos escuros escovados, caindo pelos
ombros. Atrás dela vinha a nossa mãe, carregando sua bolsinha e
falando algo sobre perfume, que não entendi direito.
-Você chegou e eu estou saindo. – Juliane,
minha irmã três anos mais nova, parou na sala e, olhando para mim,
estendeu a mão para pegar sua bolsinha com a mãe.
-Vai sair tão tarde? - Indaguei, serenamente.
-Vou. Sexta-feira é dia de diversão. Você sabe
o que é isso, maninha? - Ela sorriu e mandou um olhar à mamãe, que
fez o mesmo.
-Meu conceito de diversão é diferente do seu. -
Eu retruquei.
Juliane olhou-me com aquele jeito debochado que
utilizava sempre que alguém a irritava. Depois se voltou para nossa
mãe, baixa e gordinha, ao seu lado. Beijou-a no rosto e falou:
-Amanhã te conto tudo. Torça por mim.
-Claro, querida. Boa sorte!
Tereza olhou para a filha caçula, radiante e
animada.
Na certa ela sabia para onde Juliane ia e o que
faria. Elas sempre combinavam tudo. E aquele ar de segredo e alegria
de mamãe não podia significar boa coisa.
Tentei controlar a preocupação e a irritação.
Juliane não escutava mais nenhum conselho meu e parecia ter raiva de
minha interferência. Com cuidado, indaguei:
-Vai dormir fora hoje? – Tive vontade de
acrescentar “de novo”. Mas não disse nada.
-Vou. Aliás, nem sei quando volto. – Seus olhos
escuros, bem maquiados, pareciam me desafiar a impedi-la.
-Ela vai à festa do namorado, numa cobertura do
Leblon. Ele é um empresário muito rico – Acrescentou a mãe,
orgulhosa.
-Sei. Ele vem buscar você, Juliane?
-Não. Luana vai de carro. Ela também foi
convidada.
A minha preocupação aumentou. A tal Luana, amiga
de Juliane, era tão irresponsável quanto ela. As duas viviam cada
vez mais juntas, passando noites fora, fazendo coisas que com certeza
não eram boas. A garota era mimada, tinha carro próprio e fazia
tudo o que tinha vontade. Deviam aprontar juntas por ai.
Naquele momento, alguém buzinou em frente à
casa.
-É a Lu. Tchau, mãe – Ela beijou novamente
Tereza, que parecia uma criança feliz. Depois disse friamente à
mim, ao passar ao meu lado: - Tchau.
-Juliane, espere.
-O que é? – Irritada, ela parou e me encarou,
já esperando alguma crítica ou conselho.
-Tome cuidado.
Eu queria dizer muito mais. Queria que a minha
irmã voltasse a ser garota que, pelo menos de vez em quando,
escutava e concordava com o que eu falava. Queria que ela entendesse
que me preocupava e desejava o seu bem. Mas toda vez que tentava
mostrar isso, elas brigavam.
Juliane apenas me lançou o mesmo olhar debochado
e saiu.
Lá fora, ela e Luana riram, disseram algo e o
carro arrancou.
Eu senti o coração apertado no peito. Elas
poderiam correr todo tipo de risco na rua, desde um acidente de carro
até algo fatal. Eram apenas duas meninas irresponsáveis, procurando
problemas.
-Você devia fazer o mesmo – A voz da minha mãe,
crítica como sempre, penetrou em minha mente preocupada.
Eu a fitei. Quem olhasse a mulher baixa, gordinha,
com cabelos curtos pintados de preto e olhos pequenos, devia achar
que se tratava de uma senhora como outra qualquer. Mas há muito
tempo eu sabia que a mãe era diferente de todas as senhoras que
conhecia. E isso sempre me assustara.
-Quem é esse namorado dela?
- Eu já não disse? – Animada, Tereza foi até
o velho sofá com capa colorida, que escondia os rasgos e sujeiras do
tecido e sentou-se, pegando o controle da TV – É um homem rico e
lindo, que ela conheceu na casa de uns amigos.
Está caidinho por ela. Aposto que a Ju encontrou a sorte grande.
Sorte grande para ela era conseguir um marido
rico. Em torno disso girava a sua vida. Com esse objetivo, criava as
filhas.
Eu me lembrava de ouvir sempre a mãe me
aconselhar a usar minha beleza para me dar bem na vida. Isso marcara
minha infância e adolescência. Era como uma lavagem cerebral, que
ela sempre fizera. E que fora um fracasso comigo.
-Você não se preocupa com ela, tantas noites
fora de casa, metida com homens que você não conhece e que poderiam
ser loucos ou assassinos? – As palavras saíram revoltadas, mesmo
sabendo que seria em vão proferi-las. Fizera isso várias vezes e
nunca adiantara. - Ela é só uma garota, mãe. Pensa que é esperta,
mas pode se dar muito mal!
-Juliane tem 18 anos! E não é boba! –
Lançou-me um olhar com irritação – Aliás, é bem mais esperta
do que você! Antes dos vinte anos estará rica, casada, com o mundo
aos pés dela! E você? Vai ser uma pobre professora contando cada
tostão, casada com um motorista de ônibus ou com um Zé Mané
qualquer! Meu Deus, e pensar nas oportunidades que você jogou fora!
Com sua aparência, podia ser uma rainha!
Eu saí da sala antes que ela terminasse de falar
e fui para meu quarto, onde só cabia uma cama de solteiro e um
armário com roupas e livros. Meu canto. Fechei a porta, encostei-me
nela e olhei fixamente para a frente.
Juliane não saía da minha cabeça. E a
preocupação com ela era uma constante em minha vida.
Cansada fisicamente, exausta emocionalmente e sem
ter mais como lutar para proteger a irmã, eu fechei os olhos,
sentindo-me derrotada.
Disputara Juliane com a minha mãe durante anos,
para o bem da irmã. Como alguém poderia ser feliz se vendendo para
homens ricos, com o único objetivo de enriquecer a qualquer custo?
Infelizmente, Juliane acabava ficando do lado da
mãe. Não terminara os estudos, não trabalhava, passava seus dias e
noites se especializando em se tornar mais bonita e sedutora. Fútil,
orgulhosa, cheia de si, metida, antipática. Era assim que todo mundo
por ali via minha irmã. E ela dava de ombros e dizia que era inveja.
Inveja porque ela era melhor que os vizinhos, amigos e conhecidos.
Eu entrei no quarto e abri o guarda-roupa antigo
para guardar minha bolsa e pasta. Todo prazer que senti ao chegar em
casa e descansar se evaporava. Teria sorte se conseguisse dormir.
Cara que perfeito!
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Adorei esse capítulo
ResponderExcluirposta mais
-Nathalia-
Pelo amor de Deus!! Eu preciso de mais!! Essa fanfic é muito perfeita!!
ResponderExcluirEu já to apaixonada por ela!!!
Essa irmã da Demi vai quebrar muito a cara!
Quero o Joe aparecendo logo!! E to super curiosa para saber como vai ser o primeiro encontro dele e da Demi.
DA PRA FAZER MARATONA ? POR FAVOR!!!!!!
Ela se passa no Rio, que engraçado! Hahaha adorei, posta mais!
ResponderExcluirAmei, Amei, Amei, Amei!!!
ResponderExcluirPostaaaaaaaaa...
To vendo que essa fic é Lacradora!!
ResponderExcluirJá to amando muito já!
Faz uma maratona pra começar!
Posta logo.
Postaaaaaaa pelo amor de Deus!!!!
ResponderExcluirAnsiosa para o proximo, peli visto Demi é toda certinha sinto que Joe vai sofrer para tirar uma casquinha kkkkk.
ResponderExcluirJa estou apaixonada, posta logo!!!
Sam, xx