22.12.14

Capitulo 1

Amores, aqui está o primeiro capítulo, espero que gostem! Mari me explicou q essa história eh dividida pelos pensamentos dos protagonistas, n em capítulos. Será quase como Maybe Someday, lembram? Só a divisão de capítulos, ta? Skxnsks
Comentem!
Beijos, amo vcs!
Bruna.


~

Demi Devonne Lovato

Eu cochilava no trem Japeri, sentada na ponta do banco ao lado da porta. Quando este parou e algumas pessoas desceram conversando, despertei sobressaltada e espiei em qual estação estávamos. Nova Iguaçu. A minha.

Levantei-me apressada, agarrando minha pasta amarela, e saltei antes que as portas se fechassem. Meu coração disparava com o risco que correra de passar de minha estação, graças ao cansaço. Respirei aliviada por ter acordado a tempo.

O trem afastou-se e caminhei em direção às escadas, levando a mão à boca para disfarçar um bocejo. Tudo o que queria era chegar logo em casa, tomar um banho e dormir. Graças a Deus era sexta-feira. Só voltaria a trabalhar e estudar na próxima segunda.

Atravessei as portas rolantes, percebendo que o calçadão em frente à estação estava movimentado e o bar de esquina lotado. As pessoas aproveitavam a noite de sexta para beber e se reunirem com os amigos. Passava das onze horas da noite.

Desci a escadaria da estação e aproveitei que o sinal de trânsito estava fechado para atravessar a rua correndo. Os homens no bar começaram a mexer comigo, chamando-me de gata, jogando piadinhas.

Eu nem os olhei. Assim como não olhei para os rapazes que passavam ao meu lado no calçadão e se viravam para olhar ou falar alguma gracinha. Aprendera a simplesmente fingir que nada acontecia.

Bocejei novamente, apressando o passo. Não aguentava mais a roupa que usava desde de manhã e não via a hora de por só uma camiseta fresquinha e dormi. Dormir muito, até umas dez horas do dia seguinte.

Segui direto pela principal avenida no centro de Nova Iguaçu, até chegar na transversal em que morava. Virei a esquerda e depois numa pequena rua sem saída. Quase gemi de alegria ao ver minha pequena casa rosa, com pintura descansando, muro baixo e portão enferrujado na parte de baixo. A luz de varanda estava acesa e a janela da sala com o vidro aberto.

Abri o portão, que fez um leve rangido e fechei-o novamente atrás de mim. Atravessei a pequena calçada até os dois degraus da varanda, já tirando o molho de chaves da bolsa.

Finalmente entrei em casa.

Parecia que todas as luzes estavam acesas. A televisão estava ligada em volume alto, como minha mãe gostava, para não perder nenhum detalhe. Mas não havia ninguém na pequena sala.

-Oi. Cheguei!

Na mesma hora minha irmã caçula veio do corredor, lindíssima usando uma calça preta colada, salto alto e uma ínfima blusinha vermelha que mais mostrava do que cobria. Estava maquiada e com os cabelos castanhos escuros escovados, caindo pelos ombros. Atrás dela vinha a nossa mãe, carregando sua bolsinha e falando algo sobre perfume, que não entendi direito.

-Você chegou e eu estou saindo. – Juliane, minha irmã três anos mais nova, parou na sala e, olhando para mim, estendeu a mão para pegar sua bolsinha com a mãe.

-Vai sair tão tarde? - Indaguei, serenamente.

-Vou. Sexta-feira é dia de diversão. Você sabe o que é isso, maninha? - Ela sorriu e mandou um olhar à mamãe, que fez o mesmo.

-Meu conceito de diversão é diferente do seu. - Eu retruquei.

Juliane olhou-me com aquele jeito debochado que utilizava sempre que alguém a irritava. Depois se voltou para nossa mãe, baixa e gordinha, ao seu lado. Beijou-a no rosto e falou: -Amanhã te conto tudo. Torça por mim.

-Claro, querida. Boa sorte!

Tereza olhou para a filha caçula, radiante e animada.

Na certa ela sabia para onde Juliane ia e o que faria. Elas sempre combinavam tudo. E aquele ar de segredo e alegria de mamãe não podia significar boa coisa.

Tentei controlar a preocupação e a irritação. Juliane não escutava mais nenhum conselho meu e parecia ter raiva de minha interferência. Com cuidado, indaguei:

-Vai dormir fora hoje? – Tive vontade de acrescentar “de novo”. Mas não disse nada.

-Vou. Aliás, nem sei quando volto. – Seus olhos escuros, bem maquiados, pareciam me desafiar a impedi-la.

-Ela vai à festa do namorado, numa cobertura do Leblon. Ele é um empresário muito rico – Acrescentou a mãe, orgulhosa.

-Sei. Ele vem buscar você, Juliane?

-Não. Luana vai de carro. Ela também foi convidada.

A minha preocupação aumentou. A tal Luana, amiga de Juliane, era tão irresponsável quanto ela. As duas viviam cada vez mais juntas, passando noites fora, fazendo coisas que com certeza não eram boas. A garota era mimada, tinha carro próprio e fazia tudo o que tinha vontade. Deviam aprontar juntas por ai.

Naquele momento, alguém buzinou em frente à casa.

-É a Lu. Tchau, mãe – Ela beijou novamente Tereza, que parecia uma criança feliz. Depois disse friamente à mim, ao passar ao meu lado: - Tchau.

-Juliane, espere.

-O que é? – Irritada, ela parou e me encarou, já esperando alguma crítica ou conselho.

-Tome cuidado.

Eu queria dizer muito mais. Queria que a minha irmã voltasse a ser garota que, pelo menos de vez em quando, escutava e concordava com o que eu falava. Queria que ela entendesse que me preocupava e desejava o seu bem. Mas toda vez que tentava mostrar isso, elas brigavam.

Juliane apenas me lançou o mesmo olhar debochado e saiu.

Lá fora, ela e Luana riram, disseram algo e o carro arrancou.

Eu senti o coração apertado no peito. Elas poderiam correr todo tipo de risco na rua, desde um acidente de carro até algo fatal. Eram apenas duas meninas irresponsáveis, procurando problemas.

-Você devia fazer o mesmo – A voz da minha mãe, crítica como sempre, penetrou em minha mente preocupada.

Eu a fitei. Quem olhasse a mulher baixa, gordinha, com cabelos curtos pintados de preto e olhos pequenos, devia achar que se tratava de uma senhora como outra qualquer. Mas há muito tempo eu sabia que a mãe era diferente de todas as senhoras que conhecia. E isso sempre me assustara.

-Quem é esse namorado dela?

- Eu já não disse? – Animada, Tereza foi até o velho sofá com capa colorida, que escondia os rasgos e sujeiras do tecido e sentou-se, pegando o controle da TV – É um homem rico e

lindo, que ela conheceu na casa de uns amigos. Está caidinho por ela. Aposto que a Ju encontrou a sorte grande.

Sorte grande para ela era conseguir um marido rico. Em torno disso girava a sua vida. Com esse objetivo, criava as filhas.

Eu me lembrava de ouvir sempre a mãe me aconselhar a usar minha beleza para me dar bem na vida. Isso marcara minha infância e adolescência. Era como uma lavagem cerebral, que ela sempre fizera. E que fora um fracasso comigo.

-Você não se preocupa com ela, tantas noites fora de casa, metida com homens que você não conhece e que poderiam ser loucos ou assassinos? – As palavras saíram revoltadas, mesmo sabendo que seria em vão proferi-las. Fizera isso várias vezes e nunca adiantara. - Ela é só uma garota, mãe. Pensa que é esperta, mas pode se dar muito mal!

-Juliane tem 18 anos! E não é boba! – Lançou-me um olhar com irritação – Aliás, é bem mais esperta do que você! Antes dos vinte anos estará rica, casada, com o mundo aos pés dela! E você? Vai ser uma pobre professora contando cada tostão, casada com um motorista de ônibus ou com um Zé Mané qualquer! Meu Deus, e pensar nas oportunidades que você jogou fora! Com sua aparência, podia ser uma rainha!

Eu saí da sala antes que ela terminasse de falar e fui para meu quarto, onde só cabia uma cama de solteiro e um armário com roupas e livros. Meu canto. Fechei a porta, encostei-me nela e olhei fixamente para a frente.

Juliane não saía da minha cabeça. E a preocupação com ela era uma constante em minha vida.

Cansada fisicamente, exausta emocionalmente e sem ter mais como lutar para proteger a irmã, eu fechei os olhos, sentindo-me derrotada.

Disputara Juliane com a minha mãe durante anos, para o bem da irmã. Como alguém poderia ser feliz se vendendo para homens ricos, com o único objetivo de enriquecer a qualquer custo?

Infelizmente, Juliane acabava ficando do lado da mãe. Não terminara os estudos, não trabalhava, passava seus dias e noites se especializando em se tornar mais bonita e sedutora. Fútil, orgulhosa, cheia de si, metida, antipática. Era assim que todo mundo por ali via minha irmã. E ela dava de ombros e dizia que era inveja. Inveja porque ela era melhor que os vizinhos, amigos e conhecidos.

Eu entrei no quarto e abri o guarda-roupa antigo para guardar minha bolsa e pasta. Todo prazer que senti ao chegar em casa e descansar se evaporava. Teria sorte se conseguisse dormir.

8 comentários:

  1. Adorei esse capítulo
    posta mais

    -Nathalia-

    ResponderExcluir
  2. Pelo amor de Deus!! Eu preciso de mais!! Essa fanfic é muito perfeita!!
    Eu já to apaixonada por ela!!!
    Essa irmã da Demi vai quebrar muito a cara!
    Quero o Joe aparecendo logo!! E to super curiosa para saber como vai ser o primeiro encontro dele e da Demi.
    DA PRA FAZER MARATONA ? POR FAVOR!!!!!!

    ResponderExcluir
  3. Ela se passa no Rio, que engraçado! Hahaha adorei, posta mais!

    ResponderExcluir
  4. Amei, Amei, Amei, Amei!!!
    Postaaaaaaaaa...

    ResponderExcluir
  5. To vendo que essa fic é Lacradora!!
    Já to amando muito já!
    Faz uma maratona pra começar!
    Posta logo.

    ResponderExcluir
  6. Postaaaaaaa pelo amor de Deus!!!!

    ResponderExcluir
  7. Ansiosa para o proximo, peli visto Demi é toda certinha sinto que Joe vai sofrer para tirar uma casquinha kkkkk.
    Ja estou apaixonada, posta logo!!!
    Sam, xx

    ResponderExcluir