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Demi imediatamente percebeu que ela e Joe eram as duas únicas pessoas no prédio, seu coração foi à loucura, mas com muito esforço ficou ali completamente imóvel tentando não hiperventilar.
Joe ficou encostado na estante, com aquele seu corpo magro cheio de músculos. Suas botas estavam empoeiradas, seu jeans parecia muito macio e flexível, provavelmente devido a repetidas lavagens. Ela sentiu um rubor rastejar até o rosto quando viu a forma como o material se agarrava a suas coxas, sem falar daquela sua camiseta que marcava bem todos os seus músculos, era bem apertada, com as mangas curtas que lhe agarravam indecentemente os seus bíceps.
Ela engoliu em seco, respirou fundo enquanto tentava acalmar os seus nervos. Fazia vários dias desde que ela o tinha visto, naquele momento não conseguia deixar de lembrar as coisas que a sua mãe tinha dito, sobre o fato de que a sua própria mãe pensava neles como um casal ou que em breve seriam um.
Esse pensamento estava com força total em seu cérebro enquanto o estudava.
A tensão era forte, o ar espesso enquanto esperava que ele falasse algo.
Tomou seu tempo nisso enquanto seus olhos corriam pela sua deliciosa forma, correndo lentamente para cima e para baixo por todo o seu comprimento.
Estavam no meio de outubro, mas ainda era um dia quente no Texas, Demi usava um dos seus shorts jeans rasgados favorito, o qual havia pagado uma quantia exorbitante de dinheiro, uma camiseta do time de futebol Houston Texans bem apertada.
Ela nunca falhava, sempre a usava ou quando ia a Dallas ou quando seu irmão estava próximo de chegar. Ela e Zachary tinham uma grande rivalidade no quesito futebol, como havia uma chance dele voltar para casa neste fim de semana, ela queria estar usando a sua camiseta quando ele chegasse mesmo que fosse apenas para trazer um sorriso divertido no rosto de seu irmão.
- Bonita camisa. - Joe falou lentamente, enquanto seus olhos corriam de cima a baixo pelo seu corpo, ate pousar em seu peito.
Demi estremeceu com a intensidade do seu olhar. - Obrigada. Você é um fã do Texans, também?
Ela havia procurado por ele por dias, agora não podia acreditar que não conseguia pensar em nada para lhe dizer. Sua língua estava totalmente amarrada e ela sabia que estava soando como uma garotinha de 05 anos, mas não podia mudar este fato e para falar a verdade não se importava.
A eletricidade no ar compensava a falta de conversa substancial, mas como sempre ocorria quando estava próxima a ele, as suas pernas começaram a tremer e seu batimento cardíaco se acelerou.
Porem agora, após os seus beijos, tudo estava bem mais intensificado.
- Eu não estava me referindo ao time de futebol estampado na sua camiseta.
Sua voz era baixa e letal enquanto o seu olhar lentamente levantava do seu peito, seus olhos se enroscavam mais uma vez com o dela.
A frequência cardíaca de Demi aumentou à medida que o seu significado tornou-se claro como água na sua cabeça.
Joe sentiu como se estivesse sendo metralhado por dentro quando notou a forma como a camiseta dela era repuxada quando respirava com força, exibindo a ele descaradamente todas as suas pequenas curvas femininas e o lindo formato dos seus seios.
Ele engoliu em seco, forçou o seu cérebro a trabalhar enquanto observava ela corar ainda mais com aquele comentário, sentiu uma seta de tiro de desejo deslizar através dele.
Como diabos ele podia sentir tudo isso por uma menina que tinha apenas quinze anos de idade?
Ele estava tão chateado consigo mesmo que teve que lutar para adquirir controle sobre suas emoções, para manter a voz calma, esperava arduamente que ela não notasse todo aquele tumulto.
- Eu costumo torcer apenas para os Cowboys.
Demi estava começando a se recuperar do choque de sua aparição inesperada, por isso vagou alguns centímetros para mais perto dele, como se estivesse sendo puxada por uma corrente que não podia resistir.
Naquele momento queria apenas estar em seus braços, isso era tudo o que desesperadamente passava por sua cabeça.
Suas narinas dilataram, ela pode presenciar o momento em que seus ombros se endureceram quando ela cautelosamente ficou bem próxima a ele.
- Como tem passado princesa? Fez novos amigos? - Sua voz era áspera quando falou.
Como normalmente era muito tímida, Demi sabia que tinha que aproveitar ao máximo este encontro. Ela havia prometido a si mesma, noite após noite, que se tivesse mais uma chance de ficar próxima a ele, não ia perder a oportunidade. Então tinha que ser corajosa, fazer o que estava morrendo de vontade de fazer a vários dias, porque mesmo ele não querendo ficar com ela, ela não ia permitir que a esquecesse.
- Na verdade não.
- Isso é muito ruim.
Joe estava tentando se concentrar na conversa, mas era algo muito difícil com o cheiro de Demi em suas narinas.
Ele havia sonhando com ela todos os dias e todas as noites. Devaneios, sonhos de dia e vários sonhos molhados durante todas as noites.
- Eu realmente não me importo, ate mesmo porque tinha outras coisas mais importantes em minha mente recentemente. - Sua voz tinha um toque de indiferença.
- Serio... E o que será que chamou tanto a sua atenção? Equações lineares? O futuro dos negócios da sua família? Uma nova bolsa?
Suas palavras foram cheias de sarcasmos, mas sua voz estava suave e provocante. Em seguida, uma carranca escura cruzou as suas feições, sua voz assumiu um tom ameaçador.
- Ou será que você já arrumou um namorado?
Demi andou aqueles últimos passos que a separava dele, corajosamente invadiu o seu espaço pessoal.
- Nenhuma dessas coisas. Ainda faltam três semanas, Joe.
Ele sabia que ela estava se referindo ao seu aniversário e quanto mais às semanas passavam no calendário só servia para reforçar à Joe o quão jovem ela era.
Mas ainda assim, relaxou instantaneamente quando percebeu que ela não tinha outro cara a reboque. Mas isso iria acontecer. Um Filho da puta qualquer iria aparecer a qualquer momento, isso o fez cerrar os dentes ainda mais.
- Algumas semanas a mais e ficará mais velha, princesa?
Ele virou o corpo, se inclinou ainda mais contra a estante, numa posição que exalava relaxamento, o que não era o que realmente sentia.
Num movimento que a chocou, assim como a ele, Demi colocou as mãos sobre o seu peito, ficou na ponta dos pés, logo em seguida levantou o queixo e olhou diretamente dentro dos seus olhos.
Tensão começou a escorrer pelo seu corpo, mas parou assim que ela olhou daquela forma para ele, mas quando o seu olhar focou em seus lábios, seu corpo foi invadido por varias sensações enquanto ele desesperadamente tentava manter a sua sanidade.
- O que você quer Demi?
- Eu quero... Eu quero apenas que você me beije. - Disse ela, numa voz tão baixa que ele mal ouviu.
Suas narinas dilataram, uma bola de calor incendiário ficou presa em sua garganta enquanto lutava contra toda aquela excitação.
Após se recompor um pouco ele falou: - Eu não vou te beijar. Você tem apenas quinze anos.
Seu retorno mudou de imediato.
- Eu tinha apenas quinze anos na última vez em que você me beijou.
Ele sentiu a verdade batendo na sua cabeça e o seu tom de acusação. - O que posso lhe dizer? Eu sou muito louco, às vezes. - Ele empurrou para fora entre dentes cerrados.
- Você não quer mais me beijar?
Sua expressão tornou-se vazia, pois odiava, realmente odiava vê-la assim, mas ele se manteve firme.
- Não.
Ela o observou por alguns segundos, através dos seus cílios.
- Tudo bem, mas mesmo assim ainda posso te beijar.
Um calor intenso fez com que o seu corpo endurecesse completamente. Ele tentou responder com uma negação, mas não conseguiu fazer, pois não conseguia formar nenhuma palavra e o silêncio se tornou ensurdecedor entre eles. Restou apenas fechar suas mãos em seus lados, quando ela colocou a sua mão sobre a sua boca, ele a deixou buscar por seu beijo.
Endurecendo as suas entranhas não fez nenhum movimento para ajudá-la.
Ele não fez nenhum movimento na sua direção.
Demi chegou tão longe quanto podia e mal tocou a sua boca. Ela conseguiu apenas alguns pequenos beijos antes de desistir de conseguir chegar ate a boca, pois a mesma se mantinha fora de seu alcance, mesmo quando ficou na ponta dos seus pés.
Ele não estava se afastando dela, mas também não estava facilitando as coisas para ela. Ela não se sentia intimidada por ele e nem podia estar. Esta poderia ser a sua ultima chance.
Ele cheirava tão bem, ela sabia através da sua intuição de mulher que ele também queria beijá-la. Então mudou de estratégia, baixou a sua boca beijando levemente do seu queixo até o pescoço, respirou profundamente o seu cheiro, levando aquele aroma para os seus pulmões, ate que abriu a boca sobre sua pele. Ficou provando o seu gosto um pouco salgado até quando ouviu uma vibração baixa, na parte de trás de sua garganta, foi quando abriu a boca sobre ele, começou a lamber e a chupá-lo a sério.
Pura emoção correu através dela e fez com que empurrasse ainda mais o seu torso sobre ele e passar as mãos descaradamente sobre o seu peito até os ombros. Ela queria que ele a abraçasse, a beijasse de volta, mas como não estava fazendo isso, então ela não parava de beijá-lo no pescoço e em qualquer parte de pele nua que pudesse alcançar.
Joe sentiu como se a sua cabeça fosse explodir... Ou simplesmente estourar de tanto tesão, aqui e agora. Toda noite, ele ia dormir com Demi em sua mente. Toda manhã, ele acordava com um tesão por ela que nunca ia embora, quando a viu entrando na biblioteca esta manhã, tentou de todas as formas não segui-la para dentro, havia tentado de todas as formas, mas a tentativa não funcionou, mesmo sabendo que a Sra. Knowles, a bibliotecária, estava na oficina com o seu carro desde manhã.
E agora, estava aqui com Demi pendurada nele... Com Demi o beijando... Com Demi jogando duro.
Jesus Cristo.
Isso tudo era um erro, com certeza era devido à visão dela naqueles minúsculos shortinhos que fizeram isso, aquilo literalmente não tinha sido capaz de impedi-lo de segui-la ate ali.
Ele sabia que ela jamais havia agido assim com outros caras, sabia que era apenas com ele.
Ele tinha que sair daqui, caso contrario, ia acabar indo para a cadeia ou indo para o inferno.
Ou ambos.
Com uma determinação feroz que desenterrou da sua alma condenada e uma promessa, mais precisamente um juramento solene a si mesmo que iria tê-la, num futuro muito breve, diante disso ele a empurrou para longe dele com os seus bíceps protuberantes retesados e a respiração irregular.
Eles pararam, olhando um para o outro ao mesmo tempo em que se saboreavam e guardavam aquele momento na memória, havia um ar ao redor deles de combatentes na luta por uma vitória.
- Dezesseis, nem vai ser uma idade suficiente, Demi. Isso ainda é muito jovem para o que eu quero e para o que... Para o que você está me implorando para tomar. Eu não vou tirar vantagens de você, então você precisa ter pelo menos dezessete anos. Isso também vai manter a minha bunda fora da prisão.
Joe notou quando seus ombros caíram, um olhar abatido e doloroso nublou as suas feições.
Ele então suavizou o tom. - Mas posso lhe prometer que o tempo vai passar e os meus sentimentos não irão mudar. Acho que você sabe que a única coisa que me impede hoje de tê-la é a sua idade... Pelo menos, este é o ponto mais forte no momento. Você me procura quando fizer dezessete anos, vou lhe dar o que você tanto quer. Na verdade, nada neste planeta será capaz de me manter longe de você quando você completar dezessete anos.
Ele passou a mão pelo seu rosto, sua voz se suavizou ainda mais.
- Isso tudo aqui é culpa minha. Não consigo tirar os olhos de você, nós dois sabemos disso. Então, a culpa é apenas minha, mas nós temos que ficar longe um do outro no momento, seu pai não hesitaria em ir atrás de mim com uma espingarda se soubesse que tipos de pensamentos estão correndo pela minha cabeça. - Ele tinha que usar principalmente ao seu pai como desculpa, pois por alguma razão, Joe se sentia responsável por Demi e por sua felicidade também.
Sabia que iria perturbar o seu relacionamento com a sua família se ele começasse a vê-la, ele não estava pronto para ver Demi ser puxada em duas direções, pois algo lhe dizia que quando a tivesse, ele jamais iria deixá-la ir por qualquer motivo.
E, acima de tudo, precisava saber e ter certeza de que ela estava pronta quando isso acontecesse.
Demi queria passar os braços em volta de si mesma de tão forte era a dor que sentia naquele momento, não sabia se deveria dizer a ele que tinha conhecimento sobre o caso entre o seu pai e a sua cunhada. Ela realmente não era corajosa, também tinha certeza absoluta que isso não iria mudar a sua mente, de qualquer maneira.
Ela sentiu as restrições que estava impondo sobre si mesmo e queria provar a ele que era tão madura quanto ele.
- Quando completar dezessete anos? Isso é uma promessa, Joe?
- Uma promessa? - Joe soltou uma risada totalmente sem humor. – Fique sabendo que não haverá qualquer lugar na terra onde você será capaz de se esconder de mim, Demi.
****
No final de semana seguinte a este episodio, Demi estava hospedada com os Gomez, seus pais estavam viajando para Shreveport visitando a casa da avó materna de Demi, que morava sozinha e estava adoentada.
Claro, não era uma coisa boa que sua avó estivesse passando mal, mas a situação deu a oportunidade das meninas ficarem juntas na casa de Selena, onde era o lugar mais propicio para se encontrar Joe ou Nick, quando viessem procurar o Kevin.
Na sexta-feira foi um tremendo fracasso para elas, pois não viram nem o Joe nem o Nick, assim, quando a noite de sábado chegou, por puro tédio, Demi e Selena foram para o único restaurante que a pequena cidade ostentava e sentaram totalmente desanimada numa grande mesa, uma de frente a outra, pediram batatas fritas e Coca-Cola Diet, enquanto esperavam pela comida, assistiram a lanchonete lentamente ficar cheia com pessoas em busca de uma refeição para o jantar.
Selena estava de frente para a porta e seus olhos ficaram grandes quando começou a sussurrar freneticamente para Demi, - Kevin acabou de entrar com o Nick.
Demi começou a movimentar a cabeça para olhar ao redor, mas Selena sussurrou novamente, - Não olhe Demi!
- Tudo bem, - disse Demi rapidamente quando a garçonete começou a depositar a comida e bebidas na frente delas.
Quando a mulher mais velha se virou e saiu, Selena disse: - Eles nos viram.
Assim que essas palavras saíram da boca de Selena, Demi sentiu a presença dos dois rapazes em pé atrás dela.
- O que vocês estão fazendo aqui, Selena?
Kevin cuspiu aquilo obviamente não querendo estar no mesmo lugar em que a sua irmã mais nova estava.
- Este é um país livre, meu querido - disse Selena enquanto dava uma pequena mordida numa batata frita. Era mais do que óbvio para Demi que a amiga estava tentando ignorar Nick.
- Oi Demi - disse Kevin quando sua atenção deixou a sua irmã e concentrou nela.
- Oi. - Demi respondeu de volta. Enquanto ele caia no banco ao lado de Demi e começava a empurrar o seu corpo na sua direção, como Demi não queria ser esmagada por Kevin, começou a deslizar para o lado, juntamente com o seu lanche. Quando olhou para cima, viu Nick em pé ao lado da mesa, com as suas maçãs do rosto tingidas de vermelho enquanto ficava totalmente parado, olhando para eles.
Kevin olhou para o seu amigo.
- Sente-se.
Demi brincava com uma batata frita enquanto assistia através dos seus cílios Nick permanecer de pé, com as mãos fechadas rigidamente ao seu lado antes de relaxar e depois fazer tudo de novo.
- Nós temos que sentar aqui? - Ele perguntou a Kevin com um tom extremamente irritado na voz.
Demi gemeu interiormente quando Selena falou antes que seu irmão pudesse responder.
- Não, você não é obrigado a isso, neste exato momento tem uma mesa vazia bem ali, agora, por favor, saia daqui.
Ela ainda apontou em direção à mesa.
Kevin resmungou. - Sente-se logo nesta mesa Nick, afinal não é a morte se sentar ao lado de minha irmã por alguns minutos.
Nick revirou os olhos e sentou em frente à Kevin, enquanto Selena deslizava pelo banco compartilhando um olhar com Demi ao fazer aquele movimento.
Quando Kevin virou para ela, deslizou o braço em toda a parte traseira do assento, Demi não sabia se ficava surpresa ou irritada, apesar dele não estar lhe tocando fez um movimento muito direto que em sua opinião era a mesma coisa.
No exato momento em que ele fez isso, Demi olhou para cima e avistou do outro lado do restaurante lotado, Kayla sair do banheiro das mulheres. Olhou para Kevin e depois para a sua namorada, foi quando Demi sentiu um momento de dor pela outra garota, quando reconheceu o olhar angustiado no seu rosto, mas Demi não sabia como sair debaixo do braço de Kevin sem fazer uma cena.
Ela viu Kayla se sentar em uma mesa com um casal de idosos, que eram provavelmente os seus pais.
Demi tomou um gole de sua Coca Diet e focou os seus olhos em Selena, na tentativa de fazer uma comunicação silenciosa com a amiga.
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Joe olhou para o telefone quando terminou de se lavar no banheiro da loja de ração, se preparando para ir para casa, curtir a sua noite depois de ter finalizado o seu turno.
Por que Kayla havia mandado uma mensagem de texto para ele?
Não parando tempo suficiente para desacelerar, ele abriu a mensagem e soprou o ar de forma audível quando leu o teor do texto.
Pensei que Demi fosse a sua menina???
O Kevin está com o seu braço em volta dela no restaurante, neste momento.
Não havia dúvida de que Joe sabia o porquê de Kayla ter lhe enviado aquela mensagem. Ela estava ligada em Kevin, queria ele exclusivamente para si mesma. Pessoalmente, ele achava que Kevin tratava aquela menina como uma merda, Joe não estava orgulhoso de seu amigo por fazer aquilo, mas sem dúvida Kayla pensava que ao enviar aquela mensagem ele iria tomar uma atitude e acabaria rapidamente com tudo o que estava acontecendo entre Kevin e Demi.
E merda, se ela não estava exatamente certa neste ponto.
****
Menos de cinco minutos depois de Kevin e Nick ter invadido a sua mesa, Demi notou outra sombra sobre a mesa, quando olhou para cima viu Joe de pé com as mãos cerradas em punhos nas suas laterais, e uma grande fúria encobrindo as suas feições.
O restaurante já estava lotado quando chegou, ele olhou em volta ate que encontrou o lugar onde três pessoas estavam sentadas em uma mesa onde havia quatro cadeiras. Observando cada movimento dele, Demi notou quando Joe começou a falar com os adultos na mesa, em seguida ele agarrou a quarta cadeira vazia e a trouxe para a mesa onde estavam e se sentou.
Seus olhos apenas resvalaram sobre Demi, mal olhando para ela, para logo em seguida parar sobre Kevin e sussurrar. – Levanta daí agora.
Kevin ficou tenso ao seu lado, quando ele sem dúvida reconheceu a raiva na voz de Joe. - Não.
Demi observava muda quando Joe inclinou-se, invadiu o espaço pessoal de Kevin e falou baixo o suficiente para que a sua voz não fosse muito longe dentro do restaurante, mas clara o suficiente para que toda a sua mesa pudesse ouvir.
- Curtindo uma nova perseguição Kevin? Pois saiba que não tenho tempo ou a inclinação para aturar essas suas besteiras neste momento, agora porque sou seu amigo irei te dar duas escolhas, ou você tira esse seu rabo agora desta cadeira, fica longe da Demi por sua própria vontade, ou irei movê-lo para você.
Demi sentiu seu rosto se encher de cor ao mesmo tempo em que percebia, com um imenso e inebriante prazer, que lhe ameaçava interromper a respiração quando ouvia o ciúme puro na voz de Joe.
- Que porra é essa, Jonas? - Kevin cuspiu.
O corpo de Joe ficou rígido e ele bateu a mão em cima da mesa na frente de Kevin.
- Não use essa palavra na frente de Demi - Joe rosnou.
Kevin olhou para Joe como se ele tivesse acabado de escapar de um asilo de loucos. – Mas essa é a sua palavra favorita Joe, não me diga como é que devo falar na frente de Demi ou da minha própria irmã.
Joe abriu a boca para revidar, mas Nick o interrompeu antes que pudesse falar novamente.
- Eu não me importo de sair daqui.
A atenção de Kevin deixou Joe momentaneamente, como se estivesse atordoado enquanto ele sacudia a cabeça e estreitava os olhos em Nick. - Explique essa observação seu filho da puta - Kevin assobiou.
- Eu acho que ela é bem auto-explicativa - disse Nick.
Os olhos de Kevin se transformaram em fendas enquanto continuava a olhar para o Nick.
- Eu não acho que é...
Joe perdeu toda a sua paciência e cortou as palavras de Kevin.
- Saia agora desta mesa Kevin.
Era evidente para todos na mesa que Joe não ia deixar aquilo passar. - Oh, que inferno - Kevin murmurou quando deslizava para fora da mesa e ficava de pé, ao mesmo tempo em que Joe se levantava também.
Eles se enfrentaram com os pés firmemente plantados no chão enquanto sugavam fortemente oxigênio e olhavam duro um para o outro.
O coração de Demi estava batendo de forma irregular, ela deu uma espiada em Selena para ver como ela estava lidando com aquele confronto. Surpreendentemente os olhos de Selena não estavam em Joe e Kevin, estavam colados ao seu colo e Demi ficou surpresa ao ver que o mesmo ocorria com o Nick, ambos olhavam para a mesma coisa que se mantinha escondido da visão de Demi pela toalha.
Tanto Selena quanto Nick praticamente ignoravam a luta física que estava prestes a sair entre Kevin e Joe.
Olhando para trás, na direção de Kevin e Joe, ficou claro para Demi que nenhum deles realmente queria lutar. Eles eram amigos há anos, Demi tinha certeza que esta era uma situação que nenhum deles queria perder, ela pôde constatar que estava certa, pois logo em seguida Kevin soltou um suspiro descontente, quando Joe imediatamente passou por ele e deslizou para o assento ao lado de Demi, o qual ate poucos instantes Kevin tinha desocupado.
Kevin não fez nenhum movimento para se sentar na cadeira vazia, apenas ficou em silêncio por um momento e olhou fixamente para o Joe.
Finalmente ele falou. Então é isso que está rolando Jonas? Você tem certeza disso?
- Seu maldito é melhor você parar por aí - Joe rosnou.
- Pensei que não poderia usar essa palavra na frente de Demi. - Kevin disse, sarcasticamente.
Joe levou um tempo para responder, quando o fez praticamente soletrou cada sílaba.
- Vou usar o que quer que seja que queira na frente de Demi. Você, por outro lado... Será melhor assistir a sua língua na frente dela.
Demi sorrateiramente assistia Kevin, a espera de uma reação pela resposta de Joe enquanto sentia um calor deslizando para baixo ate a sua barriga.
Kevin olhou como se a frustração estivesse o comendo vivo, em seguida, de repente, sua expressão mudou quando ele olhou para Nick e Selena. Um novo tipo de raiva enchia o seu rosto quando ele falou com Nick em um tom baixo e grave, como se estivesse tentando se controlar e não se perder completamente.
- Essa é a sua maldita mão na perna da minha irmã?
Demi ficou congelada com uma descrença atordoada quando Nick lentamente e com movimentos exagerados levantou a mão por baixo da mesa e cuidadosamente a colocou no topo. Tomando o seu tempo, olhou para cima ate encontrar o olhar de Kevin.
- Não - respondeu asperamente Nick.
Sem perceber o que estava fazendo, Demi pegou a mão de Joe enquanto observava o quadro na frente deles se desdobrar. Vendo o que estava acontecendo entre Nick e Selena era quase mais emocionante do que Joe nublar seus sentidos com a sua presença.
Quase, mas não completamente.
Debaixo da mesa Joe entrelaçou os dedos com os dela, segurou a sua mão enquanto sua atenção ficava centrada em Kevin e Nick por enquanto. Kevin estava abrindo e fechando a boca como um peixe fora d’água, não havia dúvida na mente de Demi de que estava completamente mudo devido às ações de Nick.
Finalmente Kevin começou a se recuperar quando balançou energeticamente a cabeça, como se quisesse limpá-la, para logo em seguida, apontar um dedo para Selena.
- Você. - Ele estalou os dedos para a irmã. - Vamos.
- Eu não vou a lugar nenhum, - Selena anunciou, mas mesmo enquanto falava isso, Nick deslizou da mesa, ficou de pé, Kevin não perdeu tempo, estendeu a sua mão, agarrou a mão de sua irmã e fisicamente começou a puxá-la da cabine, logo em seguida partiu do restaurante.
Nick suspirou e sentou-se. - Bem, isso foi divertido. - ele falou com um tom de voz sarcástico.
- Sim - Joe concordou, num tom que claramente expressava que não tinha sido nenhum divertimento.
- Eu tenho que passar a noite com ela - disse Demi, quando Joe rodou o polegar sobre a palma da sua mão.
Joe virou a cabeça e olhou em seus olhos com uma expressão suave. - Eu não penso assim, princesa.
- Mas meus pais estão fora da cidade, eu não quero ficar com a minha... Não gosto de mentir.
Demi ficou horrorizada com o que quase havia saído da sua boca. Tanto Joe como Nick poderiam pensar que ela era pouco mais que uma criança se ela permitisse que eles soubessem que estava com medo de ficar sozinha.
Mas que porcaria, eram sessenta mil hectares e apenas ela... Muito assustador.
Mas nada estava perdido e Joe não perdeu tempo, pegando o celular do bolso, pressionou apenas um único dígito.
- Miley. Preciso de um favor.
****
Duas horas depois, Demi e Miley estavam comendo pipoca e assistindo o primeiro de vários filmes que veriam juntas. Miley havia concordado em passar a noite com Demi para que ela não ficasse sozinha, naquele momento as meninas estavam felizes, abrigadas no grande sofá na sala de TV, para se conhecerem melhor e assistir alguns filmes.
Demi lambeu o sal do seu polegar enquanto pensava sobre o momento em que ela e Joe haviam saído para pegar Miley. Mais uma vez, Demi se viu no meio do banco ao lado dele, que havia mantido estendida no comprimento do banco por todo o caminho até que eles pararam em frente a sua casa.
Durante o passeio ele não perdeu tempo explicando a Demi sobre os comentários de Kevin. Não, isso não significa que eles seriam em breve um casal. Não, isso também não significa que eles estavam namorando, porque eles ainda não podiam fazer isso. Ele só quis dizer aos seus amigos idiotas que não poderiam tê-la. Pelo menos foi o que entendeu.
Não, ela realmente não havia entendido nada, mas não ia discutir isso com ele agora, afinal ele pensava que eles podiam aguentar até ela completar dezessete anos para começar algo.
Mas certamente dezesseis anos era uma idade suficiente, não é mesmo?
Ela não discutiu com ele, porque ainda não tinha completado nem mesmo dezesseis ainda. Ela concordou levemente com o que ele estava dizendo, mas seu cérebro estava quase em curto-circuito devido às regras que ele lhe impôs, o qual não compreendia direito, pois ele certamente agia como se estivessem realmente juntos e ela tomava, por enquanto, conforto disso enquanto paravam em frente a sua casa.
Demi lembrava vagamente ter estado na sua casa uma vez antes, quando era ainda uma criança, talvez seis ou sete anos, quando a sua mãe tinha trazido comida ou algo assim. Demi não conseguia se lembrar do por que elas haviam feito àquela visita, mas olhando ao redor, era mais do que óbvio que os Jonas não tinham o mesmo estilo de vida que os Lovato apreciavam. A estrada que leva para a casa era sulcada, os campos cheio de ervas daninhas, a própria casa estava precisando de uma nova camada de tinta, mas Demi não queria se concentrar naquelas coisas, ela estava muito animada por estar tão perto de onde Joe realmente vivia e dormia.
Ele não saiu do caminhão, apenas pegou a mão de Demi e chamou Miley pelo celular, foi quando ela apareceu e veio correndo para o lado de fora.
Joe não fez mais nenhum movimento para pegar a sua mão novamente quando a sua prima entrou no caminhão.
Miley sorriu para Demi, olhou para o seu primo de uma forma intrigada e logo após apertou o cinto.
Esse era o fim do tempo sozinho que Demi e Joe tinham tido naquela noite, agora Demi guardaria na sua memória e se concentraria no filme.
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Para vcs... Comentem bastante para eu postar o próximo! Amo ler os comentários ♥
Amo vcs <3
Bruna
Estou amando a história... Posta logooooooooooooooooooooooo pleaseeeeeeee
ResponderExcluirMeu Deus.... ele está custando a esperar ela fazer 16 anos , agora vem com essa de esperar os 17? Esses dois juntos é adrenalina puraaa..... esse Nick é um bundão, ou ele está com medo dos sentimentos dele pela Selena ou está com medo do Kevin... age querido.... posta logoooo.......
ResponderExcluirPosta logo!! To amando.
ResponderExcluirTo sofrendo junto com esses dois por causa dessa distância deles
17 aos? Tah louco né Joe
ResponderExcluirNelena safadinhos kkkkk
Posta mais
-Nathalia-
Nicholas e Joseph tem que tomar uma atitude logo, se não só vão ficar sofrendo. Fico até com pena desses dois, e da Selena e da Demi também por não poderem ficar juntos.
ResponderExcluirPosta logo!! To amando demais <3
Aaaaah perfeito...posta mais
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