JOE
Eu me sentia um verdadeiro tarado na
segunda-feira. Como se não bastasse ter passado o final de semana
com Demi, praticamente trancados dentro do quarto, transando e me
esbaldando com ela, passei aquele dia no trabalho com sua imagem fixa
em minha mente. Não consegui me concentrar em nada.
E meu mau humor veio violento, pois nunca tinha
ficado assim obcecado por uma mulher. Pensei que quanto mais a
tivesse, mais o tesão passaria. Mas era o contrário. Só pensava em
Tê-la de novo.
Recusei todas as amostras de capas que me
mostraram, fui intratável na reunião de orçamentos, todos os
funcionários correram para longe do meu caminho naquele dia.
Eu buscava incessantemente uma explicação,
inconformado por ter me descontrolado com Demi, por só pensar nela,
por ficar daquele jeito. Cheguei à conclusão que despertava em mim
um tesão muito grande. Talvez o fato de gostar dela, de sua
companhia, complicasse tudo. Ou por ser tão linda e gostosa, se
entregando tão completamente a mim. Eu não sabia e não queria
saber. Só queria me livrar logo daquela agonia.
Quando cheguei em casa, fui desfazendo o nó da
gravata e já ligando para Demi. Atendeu logo, com aquela voz macia,
levemente nervosa por falar comigo depois de toda a paixão do final
de semana.
- Oi, Joe.
- Demi. – Larguei a gravata no sofá e continuei
em frente, fazendo correr as portas que davam para o terraço. Parei
na sacada, tendo uma bela visão do Pão de Açúcar e do mar, a
brisa vindo sobre mim e não adiantando para
aliviar aquele nó que sentia por dentro. – Saiu do trabalho?
- Sim. Cheguei na faculdade.
- Vou te buscar.
- O quê?
- Vou aí buscar você. Passe a noite comigo.
- Joe ... – Ela riu. – Passamos dois dias
juntos!
- E o que tem isso?
- Você acabou comigo. – Disse baixinho. –
Estou toda dolorida. Hoje me arrastei no trabalho.
- Sério?
- Muito sério.
Um arremedo de sorriso puramente masculino surgiu
em meus lábios. Disse rouco:
- Isso é bom. Assim não esquece quem provocou
tudo isso.
- Como se eu pudesse esquecer. – Havia uma
emoção palpável em sua voz. Aquela sua entrega e ingenuidade,
apesar de ser uma mulher decidida, me deixavam afetado.
- Vou ser cuidadoso. – Disse com um desejo que
já deixava meu pau ereto. – Faço você gozar só com a língua,
como ontem. Estou indo aí.
- Joe, escute ... – Foi cuidadosa. – Não
posso perder aula hoje. Tem seminário e ...
- Depois você pega matéria com alguma colega.
- Não é isso, vou apresentar o trabalho em
grupo. Não posso deixar os outros na mão.
- Demi, quero ver você. – Afirmei categórico.
- Também estou com saudade. Mas deve entender,
vai ficar difícil da gente se ver durante a semana. É meu último
ano, tenho uma penca de trabalhos e livros para ler e quase não
tenho tempo.
- E eu?
- Na sexta chego mais cedo, só tenho duas aulas.
Podemos nos ver no final de semana. Vai ser um inferno, pensei em
você o dia todo, mas ...
- Não aguento esperar até sexta. – Apertei o
ferro da sacada, ficando mais irritado do que já tinha estado o dia
todo.
- Mas não posso. Tenho trabalho e faculdade, as
minhas responsabilidades.
- Demi ...
- Desculpe, Joe. Mas só na sexta mesmo. Entenda.
Fiquei quieto, olhando para o mar sem ver. Um
fúria cega me consumiu ao me dar conta que estava me dispensando,
impondo limites, me dizendo quando podia ou não vê-la. Em geral era
eu que fazia aquilo.
O desejo não satisfeito me consumiu. Só de
pensar em ficar cinco dias daquele jeito, a cólera me dominou. Mas
não insisti. Ainda estava para nascer o dia que eu imploraria algo a
uma mulher.
- Tudo bem. – Minha voz saiu fria, desmentindo a
raiva que me consumia.
- Você entende, não é? – Indagou, preocupada.
- Perfeitamente. Na sexta-feira marcamos algo.
- Está bem. Eu ... Tudo bem?
- Ótimo. Preciso desligar agora. Boa aula.
Parecia ansiosa com meu tom gelado.
- Joe ...
- Até mais, Demi. – Desliguei.
Cerrei os dentes, tesão e raiva crescendo
violentamente.
Na mesma hora, abri uma lista no meu celular. Nem
vi para quem disquei. A primeira que apareceu. Uma voz feminina
atendeu.
- Oi, sou eu, Joe Adam. Está livre hoje? – Fui
bem seco.
- Joe! Quanto tempo! Claro que estou livre,
querido! Que surpresa! Desde a ...
- Espero você em meu apartamento. Não demore.
E desliguei. Nem sabia de quem se tratava.
Fui para minha suíte. Tomei banho e pus um roupão
branco e curto. Depois fui para a sala, tomando uma dose de uísque.
Ou a mulher morava perto ou tinha corrido, com medo que eu mudasse de
ideia. O porteiro avisou que tinha chegado e mandei que subisse.
Era uma ruiva alta e escultural. Não lembrei o
nome, mas tinha sido capa da MACHO uns meses atrás. Usava um vestido
curto e sorria sensual. Veio me dar um beijo, toda feminina e
cheirosa, dizendo rouca:
- Nem acreditei quando ligou. Depois da última
vez, achei que nunca mais o veria.
- O que aconteceu, da última vez?
Fechei a porta, frio.
- Você me dispensou. Não se lembra?
- Não. – Olhei-a de cima abaixo. Era linda, uma
rata de academia malhada, seios fartos de silicone, bem produzida e
cuidada. Mas nem chegava aos pés de Demi.
Pensar nela me irritou. Ela que ficasse com suas
responsabilidades e regras. Eu não era homem de esperar por ninguém.
Apontei o sofá para ela, terminando meu uísque. Enquanto se sentava
e deixava a bolsa ao lado, larguei o copo em uma mesa e me aproximei,
abrindo o roupão. Parei a sua frente.
- Hum, que gostoso ... – Sorriu, sensual,
olhando-me de cima embaixo. Desceu as alças do vestido, mostrando os
seios artificialmente grandes e redondos. – Gosta disso?
Não se fez de rogada. Veio mais para a frente e
começou a pagar um boquete em mim.
Eu a olhava, sem emoção. Meu pau cresceu,
inchou. Mas foi algo que não envolveu mais do que hormônios,
instinto. Deixei que me excitasse, mas algo se sacudiu dentro de mim,
um vazio estranho. Senti um desconforto grande, um mal estar que não
entendi.
A imagem de Demi veio na minha mente, linda e nua,
abaixando minha sunga, beijando minha tatuagem, chupando meu pau com
desejo e adoração. E o que fez comigo, me tornando uma massa de
sensações exacerbadas e descontroladas. Tinha sido a foda mais
completa e gostosa da minha vida. A cada vez que toquei, beijei ou
entrei nela naquele final de semana, eu fiquei louco, alucinado,
desesperado. Fora de mim.
Agora não, eu voltava a ser máquina. E saber
dessa diferença me fez mal, me perturbou e assustou. Quis provar a
mim mesmo que podia ter um tesão tão bom ou melhor com outra
mulher. E foi o que me empenhei em fazer.
Comi a ruiva de tudo quanto foi jeito, mas não
perdi a cabeça. Depois comecei a pegar mais pesado. Fiz com que
ficasse de quatro e amarrei a faixa do roupão em seu pescoço, como
se fosse uma cadela. Fodi assim, bruto, batendo em sua bunda e sua
cara, até que gozou e depois gozou de novo. Levei-a de quatro até o
terraço e a fiz ficar ajoelhada em uma cadeira, enquanto comia seu
cuzinho e mandava chupar três dos meus dedos.
Gozou mais uma vez, toda suada. Então sentei e a
fiz me chupar. E ela ficou lá, até sua boca doer e pedir clemência.
Em todos os momentos, Demi esteve presente em meu
pensamento. Eu comparei tudo com o que tive com ela, o beijo, a
transa, o cheiro, o gosto, os gemidos, a pele. E em tudo ela venceu e
me mostrou, mesmo que isso me enfurecesse, que era mesmo diferente.
Por fim gozei na boca da ruiva, que até então eu
não sabia o nome. Meu mal estar só aumentou. Dei um jeito de
dispensá-la logo, garantindo que a procuraria. E quando fiquei de
novo sozinho, fui invadido por diversos sentimentos.
Raiva, por que Demi tinha tal poder sobre mim.
Medo, pois não queria que isso acontecesse. Culpa, pois no fundo
lembrava de sua confiança e sua entrega, e eu a traía. Pior ainda,
a traía sem ter vontade. E desespero, pois não sabia como sair
daquela confusão em que havia me metido.
Amando essa história..... continuaaaa....
ResponderExcluirTah me dando uma raiva do Joe, a Demi n merece ser traída, so quero ver a hora q ela descobrir
ResponderExcluir-Nathalia-