3.1.15

Capitulo 32

Migassss! Desculpem a demora, quantos comentarios! 10 para o próximo, hein! Bjs, amo vcs ♡
 Bruna

~

JOE

Eu estava possesso. Quando voltei com as bebidas e vi a mesa vazia, ainda demorei para acreditar que Demi tinha me deixado sozinho. Olhei em volta e então larguei as bebidas lá, irritado. Saí logo, sabendo que a pé ela só teria como ir até os táxis do lado de fora.

Parei perto dos seguranças e perguntei a um deles, que era mais antigo ali: - Viu uma loira bonita com vestido longo saindo aqui, ainda há pouco?

- Sim, senhor. Ela já foi.

- Já foi?

- Sim.

- Para a rua?

- Não, saiu com o senhor Matheus.

- O quê? – Fiquei imóvel, olhando para o homem. Ele continuou do mesmo jeito e repetiu:

- Ela encontrou aqui o senhor Matheus e saiu com ele.

Foi como descer um manto vermelho sobre os meus olhos. Desci os degraus e fui em direção ao estacionamento, furioso, já sacando meu celular. Ela não atendeu e depois deu desligado.

- Porra! – Chutei o pneu do meu carro e então abri a porta com um safanão. Ali mesmo, de pé, liguei para Matheus e o desgraçado não atendeu. – Puta que pariu! Filho da puta!

O ódio e o ciúme triplicaram. Tudo que parecia ferver dentro de mim estava a ponto de explodir violentamente. Entrei no carro e bati a porta, tentando respirar fundo, conseguir um resto de controle, mas estava difícil. Eu sentia tudo na superfície, querendo sair.

Agarrei o volante com força. Liguei o carro e o motor rugiu, potente. Respirei pesadamente, a cólera tão presente que primeiro tive que esperar parte do meu controle retornar para então conseguir me manter lúcido o suficiente para dirigir. Antes de sair, tentei de novo ligar para eles, mas nenhum dos dois atendeu. Ambos davam fora da área ou desligado.

Liguei o carro e saí. Na estrada, acelerei e o Porsche avançou como uma bala, enquanto eu me remoía com tudo que havia me consumido naquela noite. Foi como uma avalanche, se formando aos poucos, ganhando massa e velocidade, até se tornar incontrolável. Era assim que eu me sentia.

As dúvidas e os sentimentos que eu tinha por Demi pareciam incontroláveis. Já era uma semana ruim para mim, tendo ido ao cemitério, relembrando toda tragédia do meu pai, vendo minha avó tão arrasada. Depois vieram as palavras dela, suas desconfianças e pressentimentos. Então tudo aquilo que me dominava, que eu sentia por Demi. E por fim, o maldito ciúme, que me corroía sem controle.

Entre tantas coisas, lembrava o fato de Fabrícia ter deixado claro que transaria comigo, assim como Taís e assim como tantas outras mulheres, mas no entanto, nenhuma delas me tentava. Aquele poder que Demi tinha sobre mim era como uma garra, se estendendo e me tingindo em órgãos vitais. Era uma ameaça, uma fraqueza, uma prova de que estava me envolvendo mais do que deveria, me deixando descontrolado.

Mais do que nunca temi me tornar o homem cego que foi meu pai. Depois de todo esforço que Dantela tinha feito em contrário, de seus alertas e pressentimentos, eu seguia exatamente por aquele caminho, cada vez mais cego e dependente de uma mulher que poderia ser um anjo ou um demônio.

Quem era Demi? A moça lutadora, apaixonada e cheia de valores que eu conhecia? Ou uma falsa, que aprendeu com a mãe a tática perfeita de pegar um homem rico, se fingindo de santa e inocente, enquanto tentava engravidar e seduzir outros homens para se garantir? Afinal, não era exatamente como minha avó falou? Primeiro ia tentar o golpe da barriga, e o tinha feito ao me deixar transar com ela sem camisinha, quando estava tão bêbado. Depois, tentaria se garantir seduzindo uma segunda opção. E ela tinha Matheus a seus pés, tão apaixonado que na certa casaria com ela sem vacilar. Era muito mais romântico e menos desconfiado do que eu.

Minha mente trabalhava, incansável. A palavra “apaixonado” martelou em minha cabeça e me assustou. Era esse o poder que Demi tinha sobre os homens. Se ela quisesse, poderia fazer um deles comer em sua mão. Mas não eu. Lutaria com unhas e dentes contra aquele poder. Não ficaria cego e tolo. Não seria o meu pai.

Enquanto dirigia, tentava ser analítico, revendo tudo. Minha perturbação e os sentimentos incontroláveis que me dominaram desde que a tinha visto a primeira vez naquela noite. Deslumbrado seria a palavra certa para me descrever. Escravo de sua aparência, seu sorriso, sua feminilidade.

Então eu já tinha tentado me resguardar. Mas algo me perturbava, algo profundo e quente que despertava em mim, que me deixava trêmulo e fraco. Não quis analisar nem admitir, mas agora ali, no silêncio do meu carro, pensei claramente sobre ele e me dei conta por que estava tão amedrontado. Demi tinha conseguido. Eu estava apaixonado por ela.

Sabia que era perigoso, uma fraqueza. Ainda mais por que achava algo muito errado naquela história. Ela era lindíssima, inteligente, apaixonada na cama. Foi criada para ser uma caçadora. Tinha todo o potencial. Mas se guardara e se entregara a mim. E se eu fosse seu alvo, um homem com quem se dava bem na cama e muito rico? O homem para quem se guardou e apostou todas as suas fichas em um golpe certeiro?

Se fosse assim, havia escolhido mal. Pois acertou em alguém cascudo, que não entregaria o jogo sem lutar e confirmar tudo. Eu tinha sido criado para ser forte e desconfiado, não um babaca.

Transar sem camisinha tinha sido uma tacada. Poderia ou não dar certo. Enquanto isso, penetrava cada vez mais aa minhas defesas, entrava em meu mundo e conhecia meus amigos, jogava inocentemente charme para um deles até deixá-lo apaixonado. A segunda opção. E de quebra, ainda ganhava um contrato fotográfico em uma das maiores empresas de cosméticos do país. Era ou não uma conquista para a pobre e lutadora garota de Nova Iguaçu com sonho de ser professora?

Tudo passava pela minha mente, as desconfianças aumentadas pelo ciúme e pelo medo que eu tinha em assumir meus sentimentos. Podia até confessar agora que estava apaixonado por ela, que não desejava outra mulher, mas isso só me conturbava mais. E nunca admitiria a ela ou passaria a ser um panaca por isso. Pelo contrário, eu iria fundo naquela história e descobriria quem era Demi de verdade.

Cheguei em frente à casa dela e a rua estava deserta, tudo silencioso, as pessoas dormindo. Dentro do carro, liguei de novo pra ela e para Matheus. Nenhum dos dois atendeu. Pensei em Demi sendo confortada pelo cavaleiro de armadura brilhante em algum lugar íntimo, ambos se achegando, até que a atração os envolvia e acabavam na cama. Então ela choraria, se mostraria arrependida e Matheus estaria tão loucamente apaixonado que faria qualquer coisa por ela.

O ódio veio violento. Saí do carro e bati a porta. Respirava irregularmente, fora de mim, quando toquei a campainha, enfiando o dedo sem parar nela. Eu não sairia dali até ter respostas.

Mas quem acendeu a luz da varanda e apareceu, toda descabelada, foi Tereza. Deu uns passos até os degraus, confusa, olhando para mim e segurando uma camisola grande e disforme.

- Joe?

- Quero falar com a Demi.

Franziu o cenho, aproximando-se um pouco mais.

- Mas ... Demi não está com você?

- Não. Quero falar com ela, Tereza. – Exigi.

- Mas ela não está aqui. Pensei que estivesse com você!

- Não. Tem certeza de que ela não está em casa?

- Absoluta. Fiquei acordada até ainda há pouco, esperando Juliane sair. Mas agora fiquei

preocupada. Onde ela está?

“Com Matheus”, foi a resposta certa. Cerrei o maxilar, ódio passando em meu corpo como ondas, deixando-me furioso, à beira de um descontrole.

- Quer entrar? Posso tentar ligar para ela e ...

- Não. Obrigado. – Contornei o carro. – Se ela chegar, diz que quero falar com ela.

- Sim. Mas ...

Ignorei-a. Entrei no carro e saí da rua como um doido. Peguei a estrada, tremendo. Então era isso. Os pombinhos estavam em algum lugar, com certeza Matheus fazendo de tudo para consolar Demi. Onde? Em algum lugar romântico? Dentro do carro? No apartamento dele?

Foi como tomar um soco. Suores frios percorreram meu corpo ao imaginar Demi se entregando a ele do jeito que fazia comigo, dando tudo que me pertencia. Uma dor atroz, descontrolada, veio dentro de mim, mesmo lutando contra.

Pensei em caçá-los, furioso, alucinado de ciúme e de raiva. Mas então, algo me alertou e vi que estava sendo um idiota, caindo em armadilhas que poderiam ter sido bem talhadas. Se Demi pensava que me teria na mão, desesperado atrás dela, estava enganada.

Eu era Joe Adam, um rei em meu mundo. Ditava minhas próprias regras e não era dominado por ninguém. E não seria uma mulher a me dobrar agora. Antes, eu provaria do que era capaz. Eu sobreviveria muito bem sem ela. Sendo o que sempre fui, eu mesmo.

Lembrei de um festa na casa do meu amigo de 68 anos que gostava de jovens de 18, o Alberto Gaspar. Àquela hora a orgia já devia ter começado. Era o que eu precisava. Logo Demi seria esquecida e relegada a segundo plano. Sem pensar mais uma vez, segui para lá.

20 comentários:

  1. Espero que joe encontre o Mateus nessa festa, e o Mateus fale umas verdades pra ele...

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  2. Que vontade de dar uma surra nesse Joe....., continua logo please.....

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  3. Ai ai ai agora fudeu tudooo!!!posta maiiiis...

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  4. Posta logo!!
    Não quero falar porque estou irritada

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  5. Você não é Joseph Adam o rei em seu mundo, você é um idiota manipulado pela avó que ao invés de ter certeza que a Demi está ou não em casa você fica tirando conclusões precipitadas a respeito dela. E isso tudo é culpa de quem????? Sua e da sua avó!!!!
    QUE RAIVA!!!!!
    Posta logo!!!
    A GENTE TÁ MERECENDO CAPÍTULO DUPLO E BEM GRANDE!!!!!!

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  6. Cara, joseph tem que encontrar com o Matheus logo ou Matheus tem que ir atrás do joe!! Ele tem que saber a verdade logo senão vai fazer mais mera do que está fazendo!!
    Isso é tudo culpa da avó dele que fica jogando caraminholas na cabeça dele e ele fica em dúvida sobre a Demi.
    O Joe tem que sofrer um pouco também!! A Demi não merece o que ele está fazendo com ela.
    Posta logooooooooo!!!!!!

    - Camilla

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    1. Ps. Você pode tirar esse coisa que pede pra gente provar que não somos um robô dos comentários por favor? Isso é muito ruim pra comentar.

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  7. Posta logoooo plizzzzz

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  8. Posta logo!!

    - Camilla.

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  9. Posta mais por favor, o Joe tem que sofre um pouquinho né.

    -Vanessa-

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  10. UOOOL ...
    JOSEPH PARA DE FAZER MERDA HAUSHAUS.
    Ele vai ir atras do Matheus?
    Maaari posta logo <3

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    1. Vc pode divulgar, seguir, acompanhar e etc ... o meu blog? Eu comecei ele hoje.
      http://thereisluckinlasvegas.blogspot.com.br/

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  11. BRUNA??!!!???!!!!??!!!!???!!!!????

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  12. Cadê você, minha filha!!??!!??
    A GENTE TÁ MERECENDO CAPÍTULO DUPLO E BEM GRANDE POR FAVOR!!!
    POSTAAAAAAAAAAA!!!!!!!!

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