27.1.15

Sem Limites - Capítulo 7 MARATONA 6/10

Girls!! Me perdoem e perdoem a Bru por nao termos postado ainda, ela teve um imprevisto e eu estava tentando recuperar meu sono perdido da noite, não dormi muito bem e consequentemente não estou muito bem... irei postar outro daqui a uma hora. Beijooos ♥

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– Por que você não volta para a festa e encontra algum homem idiota em quem afiar as suas garras, Laney?

Ainda segurando firme o meu quadril e me obrigando a ir com ele, Woods andou em direção à porta, onde a maior parte da festa estava acontecendo.

– Acho que eu deveria voltar para o meu quarto. Não deveria ter vindo aqui hoje – falei, tentando impedir a nossa entrada na festa. Eu não precisava entrar lá com Woods. Algo me dizia que isso era má ideia.

– Por que não me mostra onde fica o seu quarto? Eu também gostaria de fugir.

Fiz que não com a cabeça.

– Não cabemos os dois lá dentro.

Woods riu e abaixou a cabeça para dizer alguma coisa no meu ouvido. Nesse instante, os meus olhos cruzaram com os olhos prateados de Joe. Ele me observava com atenção. Não parecia contente. Será que o seu convite para essa noite tinha sido por cortesia? Será que eu entendera errado?

– Preciso ir embora. Não acho que Joe me queira aqui.

Eu me virei, ergui os olhos para Woods e me afastei do seu abraço.

– Que bobagem. Tenho certeza de que ele está ocupado demais para se preocupar com o que você está fazendo. Além disso, por que não iria querer que você fosse à festa da sua outra irmã?

Outra vez aquela história de irmã. Por que Grant me dissera que Joe era filho único? Era óbvio que Nan era irmã dele.

– Eu, hã... Na verdade, ele não me assume como membro da família. Eu sou só uma parente indesejada do marido novo da mãe dele. Eu só estou aqui por mais uns quinze dias, até conseguir algum lugar para morar. Não sou uma hóspede querida nesta casa.

Forcei um sorriso na esperança de que Woods entendesse a situação e me deixasse ir embora.

– Nada em você é indesejado. Nem mesmo Joe é tão cego assim – disse ele, aproximando-se de mim outra vez enquanto eu recuava.

– Demi, venha cá. – A voz autoritária de Joe veio de detrás de mim enquanto a sua mão grande segurava o meu braço e me puxava para perto de si.

– Não imaginava que você fosse vir hoje. – O tom de alerta na sua voz me informou que eu havia entendido mal o seu convite. Ele não falara sério.

– Desculpe. Pensei que você tivesse dito que eu podia vir – sussurrei, constrangida, pensando que Woods estava ouvindo aquela conversa.

E que outras pessoas também a estavam assistindo. Na única vez em que eu decido ser corajosa e sair da minha concha, vejam o que acontece.

– Eu não imaginava que você fosse aparecer vestida assim – retrucou ele com uma calma inabalável.

Ainda estava olhando para Woods. O que havia de tão errado com a minha roupa? Minha mãe tinha se sacrificado para eu poder ter aquele vestido e eu nunca chegara a usá-lo. Na época, 60 dólares era muito dinheiro para nós. Eu estava de saco cheio daquele bando de meninas e meninos mimados e idiotas que agiam como se eu estivesse vestida com algo repugnante. Eu adorava aquele vestido. Adorava aqueles sapatos. Meus pais um dia tinham sido felizes e apaixonados. Os sapatos faziam parte disso. Eles que fossem todos para o inferno.

Eu me esquivei de Joe com um tranco e voltei para a cozinha. Se ele não me queria ali e tinha vergonha do que os seus amigos pensariam, deveria ter dito.

Em vez disso, me fez passar por boba.

– Porra, cara, qual é o seu problema? – perguntou Woods, zangado.

Não olhei para trás. Torci para eles começarem uma briga. Torci para Woods quebrar aquele nariz perfeitinho do Joe. Mas duvidava que isso fosse acontecer porque, embora Joe fosse um deles, parecia um pouco mais rude.

– Espera, Demi – chamou Grant e, apesar de eu querer ignorá-lo, ele era a coisa mais próxima de um amigo que eu tinha naquele lugar. Diminuí o passo quando cheguei ao corredor, longe de todos os olhos curiosos, e deixei Grant me alcançar. – O que aconteceu ali não foi o que você pensou – disse ele, chegando por trás de mim.

Tive vontade de rir. Ele era cego mesmo no que dizia respeito ao irmão.

– Não tem importância. Eu não deveria ter aparecido. Deveria ter entendido que o convite dele não fora sincero. Queria que ele simplesmente tivesse me dito para ficar no quarto, como queria que eu casse. Não entendo esses joguinhos de palavras – rebati e atravessei a cozinha a passos largos em direção à despensa.

– Ele tem problemas. Isso eu admito, mas do jeito torto dele o Joe estava protegendo você – disse Grant quando a minha mão tocou a fria maçaneta de latão da porta da despensa.

– Continue acreditando no melhor dele, Grant. É isso que os bons irmãos fazem – respondi, abrindo a porta com um tranco e fechando-a atrás de mim.

Depois de respirar fundo algumas vezes para aliviar a dor no peito, entrei no meu quarto e desabei na cama.

Festas não eram a minha praia. Aquela era a segunda à qual eu ia e a primeira não tinha sido muito melhor. Na verdade, foi muito pior. Eu fora fazer uma surpresa para Cain e acabara tendo eu própria uma surpresa. Encontrei-o no quarto de Jamie Kirkman chupando o peito dela. Eles não estavam transando, mas estavam quase lá. Fechei a porta sem fazer barulho e saí pelos fundos. Algumas pessoas me viram e souberam o que eu tinha agrado. Uma hora mais tarde, Cain apareceu na minha casa chorando e implorando perdão de joelhos.

Eu o amava desde os 13 anos e foi nele que dei o meu primeiro beijo. Era incapaz de odiá-lo. Simplesmente o deixei ir. Esse foi o m do nosso relacionamento. Aliviei a sua consciência e continuamos amigos. Algumas vezes ele tinha perdido a linha e me dito que me amava e queria voltar comigo, mas na maior parte do tempo tinha uma garota diferente no banco de trás do Mustang a cada fim de semana. Eu era apenas uma lembrança da infância.

Nessa noite, ninguém tinha me traído. Eu simplesmente fora humilhada. Estendi a mão para tirar os sapatos da minha mãe e guardá-los direitinho na caixa em que eles sempre estiveram. Em seguida, coloquei a caixa dentro da minha mala. Não deveria ter usado aqueles sapatos. A próxima vez em que os calçasse seria especial. Seria para alguém especial.

O mesmo valia para aquele vestido. Quando eu tornasse a usá-lo, seria para alguém que me amasse e me achasse linda. O preço na etiqueta não teria importância. Levei a mão às costas para abri-lo quando a porta se abriu e o pequeno vão foi preenchido pela forma de Joe. Estava muito zangado.

Ele não disse nada e deixei as minhas mãos caírem junto ao corpo. Não iria tirar o vestido ainda. Ele entrou e fechou a porta. Mal cabia naquele quartinho.

Tive que recuar e sentar na cama para ele poder ficar ali sem nos tocarmos.

– De onde você conhece Woods? – perguntou com um rosnado.

Sem entender, ergui os olhos para ele e me perguntei por que o fato de eu conhecer Woods o incomodava tanto. Eles não eram amigos? Seria por isso?

Ele não me queria perto dos seus amigos?

– O pai dele é dono do country club. Ele joga golfe. Eu sirvo bebidas para ele.

– Por que você pôs essa roupa? – perguntou ele com uma voz fria e dura.

Isso foi a gota d’água. Tornei a me levantar e fiquei na ponta dos pés para falar bem na cara dele.

– Porque a minha mãe comprou para eu usar. Eu levei um bolo e acabei não usando. Hoje à noite você me convidou e eu queria me encaixar, então pus a melhor roupa que tinha. Sinto muito se não é boa o suficiente. Mas sabe de uma coisa? Estou cagando para o que você pensa. Você e os seus amigos mimados e arrogantes precisam descer do salto.

Cutuquei o peito dele com o dedo e o encarei, irada, desafiando-o a dizer qualquer outra coisa sobre o meu vestido.

Joe abriu a boca, em seguida fechou os olhos com força e balançou a cabeça. – Puta que pariu – rosnou.

Então seus olhos se abriram depressa e, antes que eu percebesse, suas mãos estavam nos meus cabelos e a sua boca sobre a minha. Eu não soube como reagir. Sua boca era macia, mas firme, e ele lambeu e mordiscou o meu lábio inferior. Então abocanhou o meu lábio superior e chupou bem de leve.

– Queria provar esse lábio delicioso e carnudo desde que você apareceu na minha sala – murmurou antes de enfiar a língua na minha boca enquanto eu arquejava ao ouvir as suas palavras.

A boca de Joe tinha gosto de hortelã. Meus joelhos enfraqueceram e eu estendi a mão para segurar os seus ombros e me equilibrar. Sua língua então acariciou a minha como se me pedisse para entrar na brincadeira. Fiz um pequeno movimento com a língua dentro da boca dele, depois mordi de leve o seu lábio inferior. Um fraco grunhido escapou da sua garganta e, quando percebi, ele já estava me deitando sobre a pequena cama atrás de mim.

O corpo de Joe caiu por cima do meu e algo duro, que eu sabia ser uma ereção, pressionou o espaço entre as minhas pernas. Meus olhos se reviraram nas órbitas e ouvi um gemido incontrolável escapar da minha boca.

– Delícia – murmurou Joe junto à minha boca antes de se afastar e dar um pulo para longe de mim.

Ele cravou os olhos no meu vestido. Percebi que a roupa estava agora embolada em volta da minha cintura, e que a calcinha estava aparecendo.

– Puta que pariu – xingou ele antes de dar um tapa com força na parede, abrir a porta com violência e sair do quarto como se estivesse sendo perseguido.

A parede chegou a tremer, tamanha a força com que ele bateu a porta. Não me mexi. Não conseguia me mexer. Meu coração estava disparado, e eu sentia uma aflição entre as pernas. Já tinha ficado excitada vendo sexo na TV antes, mas nunca com aquela intensidade. Estava quase gozando . Ele não queria gostar do que zera, mas tinha gostado. Eu sentira isso, mas também o vira transando com outra menina. Além do mais, sabia que na noite passada ele havia transado com outra garota e depois a mandara embora. Deixar Joe de pau duro não era um grande feito. Na verdade, eu não tinha conquistado nada.

Ele só estava bravo porque fui eu quem o deixara excitado.

Aquilo doía. Saber que eu o desagradava tanto que ele não queria pensar que eu era bonita. O latejar entre as minhas pernas foi diminuindo aos poucos conforme a realidade se firmava. Joe não queria me tocar. Ficara furioso por ter feito isso. Mesmo excitado, tinha conseguido se afastar de mim. Eu tinha a sensação de pertencer a uma minoria. A maioria das meninas que o queria conseguia. Mas comigo ele não era capaz de se forçar a transar. Eu era a pobretona que ele precisava aguentar até conseguir dinheiro suficiente para se mudar dali.

Rolei para o lado e me encolhi em posição fetal. Talvez nunca mais voltasse a usar aquele vestido. Ele agora carregava ainda mais lembranças tristes. Estava na hora de guardá-lo para sempre. Mas esta noite eu dormiria com ele. Aquele seria o meu adeus a um sonho. O sonho de que eu era boa o suficiente para algum homem me querer.

4 comentários:

  1. PUTA QUE PARIU diz eu! O que foi esse capítulo o que foi esse beijoooo?? SOCOOOORRO POSTA LOGO

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  2. MAIS MAIS... CARA SABE O CHÃO TO JOGADA NELE COM ESSE CAPÍTULO. .. AI COITADA DA DEMI GENTE..

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  3. Nossa! Que beijo foi esse? O.O
    Ai, to com uma peninha da Demi

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