27.1.15

Sem Limites - Capítulo 6 MARATONA 5/10

Gente, mil desculpas! Eu dormi dms jdkrkd dsclp msm, mas agr vmo q vmo, 4 comentarios pro próximo, vou ficar de olho!
Bjs, amo vcs!
Bruna

~

Ficar longe de Joe não era exatamente fácil, já que estávamos morando sob o mesmo teto. Ainda que ele tentasse manter distância, continuávamos a nos esbarrar. Ele também evitava cruzar olhares comigo, mas isso só fazia aumentar o meu fascínio.

Dois dias depois da nossa conversa na praia, entrei na cozinha após comer o meu sanduíche de manteiga de amendoim e fui cumprimentada por mais uma mulher seminua. Ela estava descabelada, mas mesmo assim, era atraente. Eu detestava garotas desse tipo.

Ela se virou para me olhar. Sua expressão de surpresa logo se transformou em irritação. Piscou os olhos castanhos e levou a mão ao quadril.

– Você acabou de sair da despensa?

– Sim. E você, acabou de sair da cama do Joe? – retruquei.

As palavras saíram antes que eu conseguisse me controlar. Joe já me dissera que a sua vida sexual não era da minha conta. Eu precisava calar a boca.

A garota ergueu as sobrancelhas muito bem-feitas e então um sorriso atravessou os seus lábios; ela estava achando graça.

– Não. Não que eu fosse recusar se ele me deixasse, mas não diga isso ao Grant. – Ela fez um gesto como quem espanta uma mosca. – Deixe estar. Ele já deve saber mesmo.

Fiquei sem entender.

– Quer dizer que você acabou de sair da cama do Grant? – perguntei, percebendo que aquilo tampouco era da minha conta.

Mas Grant não morava ali, então eu estava confusa.

A garota correu os dedos pelos cachos castanhos descabelados e deu um suspiro.

– É. Ou pelo menos da antiga cama dele.

– Antiga? – estranhei.

Um movimento na porta chamou minha atenção e o meu olhar cruzou com o de Joe. Ele me observava com um sorriso de ironia. Que ótimo. Ele tinha me ouvido bisbilhotar. Quis desviar os olhos e fingir que não acabara de perguntar a uma garota se ela havia dormido com ele. O brilho do seu olhar me informou que era inútil: ele já sabia.

– Demi, desculpe se a interrompi. Pode continuar a interrogar a amiga do Grant. Tenho certeza de que ele não vai se importar – falou Joe com a sua voz arrastada.

Ele cruzou os braços na frente do peito e se apoiou no batente da porta como se estivesse se acomodando.

Abaixei a cabeça e andei até a lixeira para limpar as migalhas de pão das mãos enquanto pensava no que fazer. Não queria continuar aquela conversa enquanto Joe estivesse escutando; isso me faria parecer interessada demais nele. Coisa que ele não queria.

– Bom dia, Joe. Obrigada por nos deixar ficar aqui ontem à noite. Grant tinha bebido demais para voltar dirigindo para a casa dele – falou a garota.

Ah. Então era isso. Que droga. Por que eu tinha me deixado vencer pela curiosidade?

– Grant sabe que o quarto é dele sempre que quiser – disse Joe.

Pelo canto do olho, pude ver quando ele se afastou do batente e andou até a bancada. Tinha os olhos pregados em mim. Por que ele não deixava aquela história por isso mesmo? Eu iria embora discretamente.

– Bom, hã, então eu acho que vou voltar lá para cima. – A voz da garota soou insegura.

Joe não disse nada e não olhei para nenhum dos dois. A garota aproveitou a deixa para se retirar e eu aguardei até ouvir os passos dela na escada antes de olhar para Joe.

– Demi, querida, a curiosidade matou a gatinha – sussurrou ele, aproximando-se de mim. – Pensou que eu tivesse trazido mais alguém para dormir? Humm? Estava tentando saber se essa daí tinha passado a noite na minha cama?

Engoli em seco, mas não falei nada.

– Com quem eu vou para a cama não é assunto seu. A gente já não falou sobre isso?

Consegui concordar. Se ele me deixasse ir embora, nunca mais falaria com qualquer outra mulher que aparecesse na sua casa.

Joe estendeu a mão e enrolou uma mecha dos meus cabelos no dedo.

– Você não quer me conhecer. Talvez ache que quer, mas não quer. Juro que não.

Se ele não fosse tão gato nem estivesse tão perto de mim, seria mais fácil acreditar nisso. Mas quanto mais ele me pressionava, mais intrigada eu ficava.

– Você não é o que eu imaginava. Preferiria que fosse. Seria bem mais fácil – disse ele com uma voz grave antes de soltar o meu cabelo e se afastar.

Quando a porta que conduzia à varanda dos fundos se fechou, soltei a respiração que estava prendendo.

O que ele queria dizer? O que tinha imaginado?

Nessa noite, quando voltei do trabalho, Joe não estava em casa.

Abri os olhos e me virei para olhar o pequeno despertador sobre a mesa de cabeceira. Já passava das nove da manhã. Eu realmente tinha dormido até mais tarde. Espreguicei-me e estendi a mão para acender a luz. Tinha tomado banho na noite anterior, então estava limpa. Havia ganhado mais de mil dólares naquela semana. Decidi que podia começar a procurar apartamentos naquele dia, para conseguir logo um lugar para morar.

Passei as mãos pelos cabelos e tentei domá-los antes de me levantar. De manhã, queria passar um tempinho deitada na praia. Ainda não zera isso. Iria aproveitar o mar e o sol.

Puxei a minha mala embaixo da cama e procurei lá dentro o meu biquíni rosa. Era o único que eu tinha. Para falar a verdade, quase não fora usado. O estampado de renda branca com detalhes em cor-de-rosa caía bem com o meu tom de pele.

Quando o vesti, pensei que o biquíni era menor do que eu me lembrava. Ou isso ou o meu corpo tinha mudado desde a última vez em que eu o usara. Tirei da mala uma camiseta sem manga para usar por cima e peguei o protetor solar que havia comprado depois do meu primeiro dia de trabalho. Protetor era obrigatório no meu emprego.

Apaguei a luz, saí da despensa e entrei na cozinha.

– Caramba. Quem é essa? – perguntou um cara mais jovem, assustando-me quando entrei no espaço iluminado.

Olhei para aquele desconhecido sentado no bar, me encarando com a boca escancarada, e em seguida para a geladeira onde Grant estava em pé, sorridente.

– Você sai desse quarto vestida assim todo dia de manhã? – perguntou Grant.

Eu não imaginava que fosse encontrar alguém ali.

– Não. Geralmente estou com a roupa do trabalho – respondi enquanto o menino no bar dava um assobio. Ele não devia ter mais do que 16 anos.

– Pode ignorar esse idiota cheio de hormônios. O nome dele é Will. A mãe dele é irmã de Georgianna. Portanto, de um jeito bem indireto, ele é o meu primo mais novo. Apareceu aqui ontem à noite depois de fugir de casa pela centésima vez. Joe me ligou para vir buscá-lo e levá-lo de volta para aquela sua casa de doidos.

Joe. Por que ouvir o nome dele fazia o meu coração disparar? Porque ele era perfeito; tanto que chegava a ser injusto. Só por isso. Balancei a cabeça para espantá-lo dos meus pensamentos.

– Prazer, Will. Eu sou a Demi. Joe teve pena e me acolheu até eu conseguir arrumar um lugar para morar.

– Ué, pode vir para casa comigo. Não vou obrigar você a dormir debaixo da escada – ofereceu Will.

Não pude reprimir um sorriso. Esse tipo de azaração inocente eu entendia.

– Obrigada, mas não acho que a sua mãe vá gostar muito disso. Estou bem debaixo da escada. A cama é confortável e não preciso dormir armada.

Grant deu uma risadinha e Will arregalou os olhos.

– Você anda armada? – perguntou ele, assombrado.

– Pronto, agora você conseguiu. É melhor eu tirar esse menino daqui antes que ele se apaixone mais ainda – falou Grant, pegando a xícara que acabara de encher de café. Seguiu falando enquanto se encaminhava para a porta. – Vamos lá, Will, antes que eu vá acordar Joe e você tenha que lidar com aquele coisa ruim.

Will olhou para ele e logo em seguida para mim, como se encarasse um dilema. Foi uma graça.

– Agora, Will – disse Grant em um tom mais autoritário.

– Ei, Grant? – chamei antes de ele chegar à porta.

Ele se virou de novo e olhou para mim.

– Fala.

– Obrigada pela gasolina. Vou te pagar assim que receber o meu salário.

Ele fez que não com a cabeça.

– Não vai pagar, não. Eu caria ofendido. Mas de nada. – Ele deu uma piscadela, depois olhou para Will com um ar severo antes de sair da cozinha.

Acenei para me despedir de Will. Depois pensaria em um jeito de pagar Grant sem ofendê-lo. Devia haver um jeito. Por enquanto, os meus planos eram outros. Fui até as portas que davam para fora. Estava na hora de aproveitar o
meu primeiro dia de verdade na praia.

Estiquei-me sobre a toalha que pegara emprestada no banheiro. Teria que lavá-la à noite. Era a única que eu tinha para me secar e agora iria ficar cheia de areia. Mas valeria muito a pena.

A praia estava tranquila. As outras casas cavam afastadas, de modo que aquele trecho era bem vazio. Sentindo-me corajosa, tirei a camiseta e a embolei debaixo da cabeça. Então fechei os olhos e deixei o barulho das ondas me ninar até adormecer.

– Por favor, me diga que passou protetor.

A voz grave se derramou sobre mim e inclinei o corpo em sua direção. Seu cheiro másculo era uma delícia. Precisava chegar mais perto.

Quando abri os olhos, pisquei por causa da luz forte do sol e vi Joe sentado ao meu lado. Ele estava me observando. Qualquer calor ou bom humor que eu pudesse ter imaginado na sua voz havia desaparecido.

– Está usando protetor, não está?

Respondi que sim e me levantei até ficar sentada.

– Ótimo. Detestaria ver essa pele lisinha e branca ficar vermelha.

Ele achava a minha pele lisinha e branca. Soava como um elogio, mas não tive certeza se era adequado agradecer.

– Eu, hã, passei antes de sair.

Ele continuou a me encarar. Lutei contra o impulso de pegar a camiseta e vesti-la por cima do biquíni. Eu não tinha o mesmo corpo das meninas com quem o vira. Não gostava de sentir que ele estava me comparando.

– Não vai trabalhar hoje? – perguntou ele, por fim.

Fiz que não com a cabeça.

– Estou de folga.

– Como vai o emprego?

Até que ele estava sendo educado. Pelo menos não estava me evitando. Por mais bobo que parecesse, eu queria a sua atenção. Sentia uma atração por ele que não conseguia explicar. Quanto mais ele mantinha distância, mais eu queria me aproximar. Ele inclinou a cabeça e levantou uma das sobrancelhas, como se estivesse esperando que eu dissesse alguma coisa.

Ah, sim. Ele me zera uma pergunta. Culpa daqueles seus olhos prateados:
era difícil me concentrar.

– Desculpe, o quê? – perguntei, sentindo o meu rosto ficar quente.

Ele deu uma risadinha.

– Como vai o emprego? – perguntou devagar.

Eu precisava parar de parecer uma idiota sempre que estava perto dele.

– Bem. Estou gostando.

Joe sorriu e olhou na direção do mar.

– Aposto que está.

Passei alguns segundos refletindo sobre esse comentário.

– Como assim? – perguntei.

Joe deixou os olhos passearem pelo meu corpo, depois tornou a me encarar.

Eu estava arrependida de não ter posto a camiseta de novo.

– Você sabe que é bonita, Demi. Sem falar nesse seu sorriso encantador. Os golfistas lá do clube estão lhe pagando uma nota.

Ele estava certo em relação às gorjetas. Também estava me deixando sem ar ao olhar para mim daquele jeito. Queria que ele gostasse do que via, mas ao mesmo tempo me sentia apavorada com o que poderia acontecer. E se ele mudasse de ideia quanto a manter distância? Será que eu estaria à altura?

Passamos algum tempo sentados em silêncio; ele manteve os olhos fixos à frente. Pude ver que estava pensando em alguma coisa. Tinha o maxilar contraído e uma expressão sombria. Repassei tudo o que tinha dito, mas não consegui pensar em nada que pudesse tê-lo deixado chateado.

– Quanto tempo faz que a sua mãe morreu? – perguntou ele, tornando a olhar para mim.

Eu não queria falar sobre a minha mãe, não com ele. Mas ignorar a pergunta seria uma grosseria.

– Trinta e seis dias.

Ele trincou o maxilar como se estivesse com raiva de alguma coisa e o seu semblante ficou mais carregado.

– Seu pai sabia que ela estava doente?

Mais uma pergunta que eu não queria responder.

– Sabia, sim. Também liguei para ele no dia em que ela morreu. Ele não atendeu. Deixei recado.

O fato de ele nunca ter retornado a ligação era doloroso demais para admitir.

– Você odeia o seu pai? – Joe quis saber.

Queria odiar. Desde o dia em que a minha irmã tinha morrido, ele só me causara dor. Mas era difícil. Ele era o único parente que eu tinha.

– Às vezes – respondi, sincera.

Joe assentiu, estendeu a mão e enganchou o dedo mindinho no meu. Não falou nada, mas nessa hora nem precisava. Aquela única pequena conexão dizia tudo. Eu podia não conhecer Joe muito bem, mas estava me afeiçoando a ele.

– Vou dar uma festa hoje à noite. É aniversário da minha irmã Nan. Sempre dou uma festa para ela. Pode não ser a sua praia, mas está convidada, se quiser.

Irmã? Ele tinha uma irmã? Pensei que fosse filho único. Nan não era a menina que tinha sido grossa na noite da minha chegada?

– Você tem irmã?

Joe deu de ombros.

– Tenho.

Por que Grant tinha dito que ele era filho único? Esperei a explicação, mas ele não deu mais detalhes. Então decidi perguntar.

– Grant falou que você era filho único.

Senti o corpo de Joe ficar tenso. Ele balançou a cabeça enquanto desenganchava o mindinho do meu e se virava para o mar.

– O Grant não devia ficar contando as minhas coisas. Por mais que ele queira levar você para a cama.

Ele se levantou e não tornou a olhar para mim enquanto se virava e tomava novamente o rumo da casa.

Havia algo de proibido em relação a Nan. Eu não fazia a menor ideia do que fosse, mas com certeza era proibido. Eu não deveria ter sido tão intrometida. Levantei-me e fui até o mar. Estava calor e eu precisava de algo que me distraísse. Sempre que baixava um pouquinho a guarda em relação a Joe, ele me lembrava por que era melhor mantê-la bem firme no lugar. Que cara estranho. Gostoso, lindo e delicioso, mas estranho.

Sentada na cama, fiquei ouvindo os risos e a música que tomaram conta da casa. Passara o dia inteiro mudando de ideia quanto a ir àquela festa. Da última vez em que tinha decidido ir, pusera o único vestido bonito que ainda possuía. Era vermelho, justo no peito e nos quadris, com uma saia curta e reta que chegava à metade das coxas. Eu o havia comprado quando Cain me convidara para o baile de formatura do colégio. Aí ele fora indicado para rei do baile e Grace Ann Henry tinha sido indicada para rainha. Ela quisera ir à festa com ele e ele me telefonara para perguntar se estava tudo bem ir com ela em vez de ir comigo. Todo mundo dizia que eles iriam ganhar e achava legal os dois irem juntos. Então eu concordei e pendurei o vestido de volta no armário. Naquela noite, mamãe e eu assistimos a comédias românticas e nos entupimos de brownie. Pelo que eu me lembrava, aquela fora uma das últimas vezes em que ela pôde comer bobagens sem passar mal por causa da quimio.

Nesta noite, eu tinha tirado o vestido da mala. Pelos padrões daquelas pessoas, não era um vestido caro. Na verdade, era bem simples. O tecido vermelho era um chiffon macio. Baixei os olhos para os sapatos prateados de salto da minha mãe que eu havia guardado. Ela os calçara no dia do seu casamento. Eu sempre amara aqueles sapatos. Ela nunca mais tornara a usá-los, mas os guardava dentro de uma caixa muito bem embrulhados.

Eu corria um risco enorme de ir à tal festa e ser humilhada. Não me encaixava no meio daquela gente. Tampouco me encaixara no ensino médio. Minha vida era apenas um eterno constrangimento. Eu precisava aprender a me encaixar, a me afastar da garota desengonçada que era excluída no ensino médio porque tinha problemas mais graves.

Levantei-me e alisei o vestido para remover qualquer amassado produzido pelo tempo que passara sentada ali pensando se iria ou não à festa. Decidi sair do quarto. Quem sabe pegar uma bebida e ver se alguém falava comigo. Se fosse um desastre completo, eu sempre poderia voltar correndo ali para dentro, vestir o meu pijama e me encolher na cama. Aquele seria um passo pequeno, mas muito bom para mim.

Abri a porta da despensa e entrei na cozinha, grata por não ter ninguém ali. Sair da despensa seria um pouco difícil de explicar. Pude ouvir a voz de Grant rindo alto e conversando com alguém na sala. Ele falaria comigo, poderia até me ajudar a me enturmar naquela festa. Respirei fundo, saí da cozinha e desci o corredor até o hall. As rosas brancas e fitas prateadas espalhadas pela casa toda me zeram pensar em um casamento, não em um aniversário. A porta da frente abriu e eu me assustei. Parei e vi olhos escuros conhecidos encararem os meus. Senti o meu rosto ficar quente enquanto Woods me dava uma longa e vagarosa olhada de avaliação.

– Demi – disse ele quando os seus olhos finalmente voltaram ao meu rosto. – Não achei que fosse possível você ficar mais gata. Estava errado.

– Caramba, menina, é mesmo. Você fica ótima depois de um banho. – O rapaz de cabelos louros encaracolados e olhos azuis sorriu para mim. Não conseguia me lembrar do nome dele. Será que ele tinha me dito?

– Obrigada – consegui articular.

Estava sendo tímida mais uma vez. Aquela era a minha oportunidade de me enturmar. Eu precisava aproveitar a chance.

– Não sabia que Joe tinha voltado a jogar golfe. Ou você veio com outra pessoa?

Fiquei confusa e levei alguns segundos para entender o que Woods queria dizer. Quando percebi que ele achava que eu estava ali com alguém que conhecera no trabalho, sorri. Não era nem de longe o caso.

– Eu não vim com ninguém. Joe é... bom, a mãe dele é casada com o meu pai.

Pronto, estava explicado.

O lento sorriso descontraído de Woods se abriu mais um pouco enquanto ele se aproximava de mim.

– É mesmo? Ele está obrigando a irmã postiça a trabalhar no country club? Ora, ora. Esse rapaz não tem modos mesmo. Se eu tivesse uma irmã bonita como você, manteria ela trancada... o tempo todo. – Ele parou de falar e ergueu a mão para acariciar a minha bochecha com o polegar. – Eu caria com você, é claro. Não iria querer que se sentisse sozinha.

Não havia dúvida: ele estava me cantando. Pesado. Aquele ali estava em um nível muito acima do meu. Era experiente demais. Eu precisava de um pouco de espaço.

– Essas suas pernas deviam vir com um aviso. Impossível não tocar.

A voz dele ficou um tom mais baixa e quando olhei por cima do ombro dele vi que o lourinho não estava mais ali.

– Você... você é amigo do Joe ou da, hã, da Nannette? – perguntei, lembrando-me do nome que Grant havia usado para nos apresentar na primeira noite.

Woods deu de ombros.

– Nan e eu temos uma amizade complicada. Já Joe e eu nos conhecemos a vida inteira. – Woods levou a mão às minhas costas. – Mas posso apostar que a Nan não é sua fã.

Eu não sabia se era. Não tivemos contato nenhum desde aquela primeira noite.

– Na verdade a gente não se conhece.

Woods franziu o cenho.

– Sério? Que estranho.

– Woods! Você chegou – guinchou uma mulher ao entrar no recinto.

Ele virou a cabeça e deparou com uma ruiva de longos cabelos cacheados e um corpo cheio de curvas mal coberto por uma roupa de cetim preto. Aquela seria a sua distração. Comecei a me afastar e a voltar na direção da cozinha. Meu momento de coragem tinha passado.

Mas Woods segurou o meu quadril com força, mantendo-me firme onde eu estava.

– Laney – foi tudo o que ele disse em resposta.

Os grandes olhos castanhos da garota se desviaram dele e pousaram em mim. Observei sem poder fazer nada quando ela viu a mão dele pousada no meu quadril. Aquilo não era o que eu queria. Eu precisava me encaixar.

– Quem é essa? – disparou a menina, agora olhando para mim com raiva.

– Esta é Demi. A nova irmã do Joe – respondeu Woods com um tom entediado.

A menina estreitou os olhos e, em seguida, riu.

– Não é, nada. Ela está usando um vestido vagabundo e sapatos mais vagabundos ainda. Não sei quem essa menina é, mas ela está mentindo para você. Mas, enfim, você sempre foi fraco diante de um rostinho bonito, não é, Woods?

Eu realmente deveria ter ficado no quarto.

16 comentários:

  1. Não gosto desse cara kkk Tomara que o Joe chute ele da casa, literalmente kkk
    Posta mais
    Beijos~

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  2. Aquela Laney é horrível, como ela pode dizer aquelas coisas da Demi?! E aquele Woods é um sem vergonha! Espero que o Joe venha salvar a situação ;)

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  3. Coitada da Demi, ela não teve lá muita sorte na vida, pelo menos na parte social...

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  4. Posta mais!!
    O Wiill e um sarro viiu

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  5. Quem essa Laney pensa que e??
    P.U.T.A
    olha o recalque

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  6. Esse Woods é um tarado, nossa.
    Acho que o Grant gosta da Demi

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  7. Quem essa Laney pensa que e??
    P.U.T.A
    olha o recalque

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  8. Mais mais mais por favorrrrrr
    To doida pra saber como vai ser quando o Joe aparecer nessa festa
    Postem logo!!!!!!

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  9. Tomara que o Joe ou pelo menos o Grant apareçam para ajudar a Demi a se livrar dessa lambisgóia...... posta logoo......

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  10. Cade o próximo?
    Posta maaaaaaaaais

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  11. Acho q o justo seria postar DOIS capítulos, pq já atingiu mais de 10coments, e nos sofrendo de ansiedade pro próximo kkk
    Postaaa *-*

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Tenho certeza que o Joe ou o Grant irão aparecer e vão deixar essa lambisgóia no chão por ter tratado a Demi desse jeito, porque, aliás, o Joe é irmão da Demi, é irmão postiço mas é irmão.
    Também acho que merecemos dois capítulos seguidos!!! Por favor!!!
    Postem logo!!!!

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  14. Hey posta maaais por favor morrendo aqui. .. Bruna, Mari please posta o cap 7 antes q eu enfarte. ..

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  15. Hey posta maaais por favor morrendo aqui. .. Bruna, Mari please posta o cap 7 antes q eu enfarte. ..

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