20.1.15

Capitulo 13 - Maratona 1.7

Pessoal!!!! vim aqui para poder fazer uma maratona, algm ainda está lendo??? eu espero que sim jhgsadhgd Bom, 7 comentários e eu posto outro, Beijooos <3

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Na manhã seguinte, quando Demi abriu a porta do apartamento dela, Joe deu um passo atrás para que pudesse dar uma boa olhada nela. — Você está ótima.

— Obrigada.

Ela usava calças brancas, não tão justas como as que usara no encontro da noite anterior, e uma camisa verde musgo sem mangas, que deixava os olhos dela ainda mais verdes. O cabelo estava encaracolado e ele percebeu que havia algo refrescante em vê-la. Sim, ela tinha a pele perfeita e um nariz arrebitado lindo, mas era mais que isso. Era algo sobre a forma como os olhos brilhavam sempre que olhavam para ele que tornava difícil afastar o olhar.

Ele olhou para a camisa azul de botões e mangas curtas que usava, que uma das irmãs lhe deram no Natal anterior. Não era horrorosa, mas podia ser melhor. Se ele soubesse que Demi se vestiria daquele jeito, talvez tivesse demorado um pouco mais para se arrumar naquela manhã.

— Hollywood! — gritou Lexi, passando por Demi para que pudesse abraçar a perna de Joe.

Demi fez uma careta. — Essa perna que ela agarrou é a perna machucada?

— Não se preocupe — disse ele ao passar a mão pelos cachos de Lexi. — Tomei alguns analgésicos e, além do mais, ela é leve.

Demi sorriu novamente e, dessa vez, uma pequena covinha apareceu abaixo do olho esquerdo dela, algo que ele não notara antes.

Sandy apareceu logo em seguida. Ela segurava Ryan em um dos braços e, no outro, uma sacola grande cheia de mamadeiras e fraldas. — Aqui está o seu filho — disse ela ao entregar Ryan para Demi. — Lexi — chamou ela —, vá buscar os livros de colorir para que Hollywood possa manter a promessa dele e pintar com você hoje.

Lexi largou a perna dele e correu para dentro do apartamento.

— Tem certeza de que seus pais não se importarão se Lexi e eu formos também? — perguntou Sandy.

— Certeza absoluta — disse Joe. — Minha mãe é daquelas que acredita que, quanto mais gente, maior a diversão.

— Você tem fraldas extras no seu apartamento? — perguntou Demi. — Eu ia telefonar, mas não tenho o seu número.

Ele apontou para o apartamento de Demi. — Vou lá dentro e anotarei o número para você.

— Não precisa fazer isso agora — disse ela. — Posso pegá-lo depois.

— Farei logo antes que eu me esqueça.

— Precisamos esperar Lexi mesmo — acrescentou Sandy.

Ele foi até a cozinha, onde sabia que vira um bloco de papel na última vez em que estivera lá. Enquanto Demi e Sandy paparicavam Ryan, ele abriu algumas gavetas até encontrar o papel. Também encontrou uma fotografia de Demi. Ela usava um vestido longo que parecia extremamente caro. Os cabelos estavam presos para cima e várias joias brilhavam nas orelhas e no pescoço. O homem ao lado dela parecia uma doninha, alto e magro, com cabelos lambidos para trás e orelhas enormes.

Lexi apareceu do nada e disse: — Esse é Tommy. Ele é ruim porque faz Demi chorar nuito.

— Mmmmuito — repetiu Joe, com ênfase no som do M ao se abaixar para ficar no mesmo nível da garota. — Vê como fecho os lábios para falar a letra M? Mmmuito — disse ele novamente para que ela pudesse ver. — Mmuito. Viu? É fácil.

Lexi abriu a boca e, logo em seguida, fechou os lábios como ele fizera e disse: — Nuito. Nuito. Nuito. — E sorriu para Joe.

— Isso, continue treinando, garota. — Lexi era silenciosa, esgueirando-se por trás dele daquele jeito. Era também muito perceptiva para uma garota de quatro anos. Ele balançou a fotografia e disse: — Demi devia gostar mmmuito dele para manter a fotografia à mão.

Lexi balançou a cabeça.

Se alguém sabia o que estava acontecendo, ele tinha certeza de que era Lexi e, pelo balançar da cabeça dela, achou que Demi tinha deixado o velho Tommy Boy para trás. Por motivos que não saberia explicar, ficou feliz com isso.

— Ela não gosta dele — explicou Lexi. — Ela ANNNNA ele.

Ele colocou a fotografia de volta na gaveta e começou a procurar uma caneta. — É uma pena — disse, falando sério. — Demi mmmerece alguém mmmuito mmelhor do que aquela doninha.

— Você faz Demi chorar? — perguntou Lexi.

— Nunca.

Os olhos de Lexi se arregalaram. — Se você ANNNNNAR Demi, ela pode esquecer Tommy.

Ele olhou seriamente para Lexi antes de cair na gargalhada. Passando a mão na cabeça dela, ele disse: — Você é uma garota engraçada, muito engraçada.

Quarenta e cinco minutos depois, Joe não achava Lexi mais engraçada. Se ele tivesse que ouvir "Old MacDonald" mais uma vez no CD do carro, teria que pegar a próxima saída e chamar um táxi para ela e a mãe dela. Ele esperara poder conversar com Demi e Sandy durante o trajeto até a fazenda de pôneis, conhecer a amiga de Demi um pouco mais antes de passarem o dia com a família dele. Ele torcia para que os irmãos e as irmãs se comportassem, mas duvidava muito disso. A lei da atração devia estar em vigor, pois, assim que pensou na família, a música desligou e o telefone do console tocou.

Ele apertou o botão para atender e, como mágica, a voz da mãe substituiu a ladainha medonha sem fim da vaca mugindo. Ele nunca se sentira tão aliviado em ouvir a voz da mãe... até que ela terminasse a primeira frase.

— Olá, filho. Estou telefonando para avisar que fui ao mercado e comprei o melhor sabão antibactericida. Fiz com que todos se esfregassem com ele. Suas irmãs até mesmo limparam as unhas de todos para garantir que estamos todos limpos. Não há cheiro de esterco do lado de dentro nem do lado de fora. Acha que Demi nos deixará segurar o bebê se você disser a ela que estamos todos limpos?

Ele olhou de relance para Demi e notou as bochechas vermelhas. — Não preciso dizer nada a ela, mamãe. Estamos no viva-voz.

— Ahh. Olá, Demi.

— Olá, sra. Jonas.

— Por favor, pode me chamar de Helen. Espero não ter dito nada que possa ofendê-la de alguma forma. Eu só queria...

— Mamãe — interrompeu Joe. — Chegaremos em cinco minutos. — Ele apertou o botão para desligar bem a tempo de ouvir o porco guinchando sem parar. Ele estava prestes a cantar em voz alta quando Demi estendeu a mão e desligou a música. Ele olhou pelo espelho retrovisor, vendo Sandy cruzar os braços e erguer as duas sobrancelhas para ele.

Demi bufou. — Você disse à sua mãe que não poderiam segurar Ryan porque não tinham as mãos limpas o suficiente?

— Eu não falei exatamente assim. Não se esqueça de que eles moram e trabalham em uma fazenda de pôneis.

Pôneis! — gritou Lexi alto o suficiente para fazer com que os tímpanos de Joe doessem.

Demi soltou um longo suspiro.

— Eu disse a mamãe e papai que você não queria que transformassem a sua visita em uma festança. Você sabe, nada de faixas, balões, fanfarra — disse Joe. — Também disse que você não gostava muito da ideia de passar Ryan de mão em mão, sabe, como uma bola de futebol.

Ela rosnou.

Sandy continuou a olhar para ele friamente pelo espelho retrovisor, com os olhos semicerrados e os lábios apertados.

Lexi riu e disse com um tom alegre na voz: — Hollywood chamou Tommy Boy de dominha.

Demi franziu a testa. — Tommy Boy?

— Thomas — disse ele.

— Dominha? — perguntou Sandy.

— Doninha, não dominha — corrigiu Joe.

Demi rosnou novamente. — Ah, muito melhor.

Sandy riu.

O som espantou Joe, pois, mesmo sabendo que Sandy lentamente o aceitava cada vez mais, apesar da fúria nos olhos de vez em quando e antes que a mãe arruinasse tudo, ele ainda não achava que Sandy conseguia rir.

Sandy olhou para o retrovisor e franziu o nariz. — Por que está me olhando desse jeito?

— Só conferindo se está rindo de mim.

Ela riu mais um pouco. — Com certeza.

— Não é engraçado — Demi disse a Sandy. — Tommy Boy... quero dizer, Tommy... quero dizer, Thomas não é uma doninha.

— Mas ele faz você chorar — disse Lexi, com a voz séria demais para uma garota de quatro anos.

— Não mais — disse Demi.

— Hollywood disse que nunca faria você chorar. Acho que ele gosta de você.

Apesar de manter os olhos na estrada, sabia que Demi o fitava, provavelmente tentando descobrir qual era o problema dele. Sandy já deixara claro que ele seria um homem morto se algum dia magoasse Demi. Pelo menos, o foco não era mais no que a mãe dissera sobre a família inteira esterilizar as mãos antes que chegassem. De qualquer ângulo que encarasse, não havia como se livrar do fato de que seria um longo dia.

Não demorou muito para que Joe estacionasse o carro na calçada em frente à casa do rancho dos pais. O primeiro sinal de que talvez ele ficasse mais encrencado do que já estava veio na forma de uma variedade

de balões, de todos os formatos, tamanhos e cores. O segundo era uma faixa branca enorme, de três metros por um metro, pendurada na frente da casa, com letras vermelhas enormes que diziam: "Bem-vindos, Demi e Ryan!"

Ele achou que Demi não tinha notado, pois já saíra do carro e estava ocupada com as fivelas e os cintos no banco do bebê. Quando terminou, ela beijou a ponta do nariz de Ryan e entregou-lhe o bebê.

Ao segurar Ryan nos braços, ele olhou para o filho por um longo momento, quase como se o estivesse vendo pela primeira vez. A situação o atingiu como um raio, o filho estava lá para encontrar os pais dele pela primeira vez. Ele preferiu não saber por que aquele pensamento o fez sentir como se um milhão de asas de borboletas batiam dentro da barriga, deixando-o todo emotivo. Ele nunca fora emotivo e certamente não havia motivo para começar naquele momento. Engolindo o nó que se formou na garganta, ele piscou algumas vezes para se controlar.

Demi pegou as coisas de Ryan e olhou para ele. — Você está bem? Parece um pouco pálido.

— Não deveríamos ter trazido Ryan aqui.

Ela sorriu. — Era você quem estava preocupado com mãos limpas. Não se preocupe — disse ela —, seu segredo está a salvo comigo. E pare de se preocupar com Ryan. Ele ficará bem.

Joe agarrou o braço dela, impedindo-a de andar até a casa. Sandy já estava perseguindo Lexi pelo jardim. — Durante a manhã inteira, tive vontade de dizer a você como gostei da noite passada. — Ele passou o peso do corpo de um pé para o outro. — Já vi filmes melhores, mas nunca com uma companhia melhor.

Aquela covinha linda dela apareceu novamente... até que ela franziu o rosto. — Qual é o problema com você? Parece como se estivesse prestes a andar pelo corredor da morte.

— Você nunca encontrou a família inteira de uma vez só.

— Achei que estivesse empolgado com isso, com o fato de que a sua família conhecerá Ryan.

— Você tem razão. Estou empolgado. Estou bem. Eles ficarão bem. Você ficará bem. Tudo ficará bem. — Ele soltou o braço dela e olhou para Ryan, que parecia estar crescendo com a velocidade da luz.

— Vamos, Hollywood! — gritou Lexi.

— Estamos indo — respondeu Demi.

Ryan estava chupando os dedos novamente.

— Acho que o garotão está com fome — disse Joe ao se encaminharem para a casa, torcendo para conseguir distrair Demi caso ela

não tivesse notado os balões coloridos presos na caixa de correio nem os pendurados nos galhos da árvore no jardim.

— Podemos alimentá-lo lá dentro. — Ela olhou para ele por sobre o ombro. — Nada de faixas, balões, fanfarras?

— Você notou, foi?

Ela revirou os olhos. — Estou surpresa por não haver nenhum carro das emissoras locais aqui para o grande evento.

— Eu acho que alienígenas abduziram a minha família. Nunca na minha vida vi uma faixa, muito menos balões, a menos de meio quilômetro da minha casa antes.

— Eu gosto de balões! — gritou Lexi, correndo em direção à árvore. Sandy continuou a persegui-la.

A porta da casa se abriu e os pais dele saíram, seguidos pelo irmão Lucas, depois Jake e as irmãs Rachel e Zoey.

Novamente, Joe se viu torcendo para não ter cometido um erro ao levar Demi para conhecer a família. Depois daquele dia, Demi poderia entrar dançando na sala de mediação no mês seguinte com munição suficiente contra ele para convencer o mediador a não permitir que ele visse o filho novamente.

O pai parou para conversar com Lexi e Sandy e a mãe se encaminhou diretamente para o neto. Ela e Demi se abraçaram, quase matando uma à outra sufocada, pois ambas adoravam abraços. Elas se afastaram por tempo suficiente para que a mãe se virasse para Joe e concentrasse a atenção completa em Ryan. Com uma mão sobre o coração, mamãe emitiu um som que parecia indicar que morrera e fora para o céu bem ali. — Ele é o bebê mais perfeito da face da terra — exclamou ela.

— Foi o que você disse sobre o bebê de Garret — relembrou Joe.

— É verdade, mas agora temos uma garotinha perfeita e um garotinho perfeito.

Mamãe encarou Demi bem nos olhos. — Não tenho como agradecer o suficiente por ter permitido que conhecêssemos Ryan hoje. Acho que meu coração explodiria se passasse mais um dia sem conhecê-lo.

Antes que Demi pudesse responder, foi bombardeada pelo restante da família, todos fazendo perguntas e falando ao mesmo tempo. As irmãs soltaram várias exclamações sobre o bebê enquanto todos subiam a escada e passavam pelas portas duplas que levavam ao interior da casa.

Joe mal teve tempo de terminar de apresentar Demi antes que a mãe conduzisse todos pela porta de vidro deslizante para o quintal da parte de trás da casa, onde havia um banquete de petiscos, incluindo queijo

cremoso, pão de alho, hambúrgueres e cachorros-quentes. A mãe pegara Ryan dele antes que pudesse impedi-la. Ela o segurava contra o peito ao andar lado a lado com Demi em direção aos bancos de piquenique.

Joe observava o balanço sutil dos quadris de Demi enquanto ela andava pelo quintal quando um dos irmãos colocou um prato nas mãos dele, apontando para a comida e dizendo a ele que comesse. Joe não fazia ideia de onde estava Sandy e Lexi, pois, pelo jeito, mais e mais pessoas entravam no quintal à medida que os minutos se passavam.

Os primeiros a entrar pelo portão lateral foram o sr. e a sra. Cooley, que moravam do outro lado da rua. E ele tinha quase certeza de que o homem com bigode e olhos apertados que entrou logo atrás deles era o dr. Frost, o dentista que o atendera um tempo atrás. Duas senhoras idosas entraram no jardim pela porta deslizante da cozinha. Uma delas ele não reconheceu, mas a outra era a vovó Dora, e isso significava problemas.

A julgar pela fila sem fim de pessoas que entravam no jardim, a mãe dele convidara a maior parte de Arcadia. Ele achou melhor comer antes de fazer uma rodada social e colocou uma torrada de queijo cremoso com cebola e uma fatia de presunto ao lado do hambúrguer passado demais. Os pais não eram os melhores cozinheiros da cidade, mas sempre tinham duas ou mais mesas longas cobertas com comida suficiente para alimentar o bairro inteiro.

Depois de conversar com o sr. e a sra. Cooley por algum tempo, Joe passeou pela multidão. Pelo que conseguiu ver, Demi encontrara algo para comer enquanto a mãe e as irmãs dele flutuavam em volta dela e do bebê. Ele viu Sandy do outro lado do jardim e notou que fizera amizade com o irmão dele, Jake, o que o deixou um pouco preocupado. Apesar de ele gostar muito de Lexi, não gostava da ideia de ir às reuniões de família e ser repreendido pelo resto da vida. Além do mais, Jake era jovem demais para Sandy.

A mãe dele já devia ter comido, pois parecia muito contente sentada ao lado de Demi, dando mamadeira a Ryan, e apresentando-a a todos que paravam para dar uma olhada no novo neto dela.

Uma mão grande pousou no ombro dele, que se virou para ver quem era. — Ei, papai. Como vão as coisas?

O pai balançou a cabeça como se não conseguisse encontrar as palavras para expressar o que queria dizer. Finalmente, ele tossiu e disse: — Meu garotinho está crescendo.

— Papai, está falando sério? Vou fazer trinta anos em breve. Não vai ficar todo emotivo agora, vai? — O pai se aposentara do cargo de gerente

de banco dois anos antes. Subitamente, Joe percebeu que não levava o pai para jogar golfe havia algum tempo. Obviamente, estava na hora de fazer isso.

O pai piscou algumas vezes e Joe se lembrou da própria crise que tivera mais cedo ao perceber que estava prestes a apresentar o filho à família.

— Puta merda — disse Joe. — Você está chorando, é?

O pai retesou o corpo. — Você tem um filho agora. Nada de palavrões.

— Ok, você tem razão. Nada de palavrões. — Joe apontou o dedo para ele. — Mas nada de chorar também.

— Não seja idiota. Eu não estava chorando.

Joe respirou fundo e resolveu deixar de lado, tanto o choro quanto os palavrões. — Uma festa e tanto que a mamãe preparou para nós hoje — disse ele.

— É verdade. Mas não coma o presunto — disse o pai. — Tem gosto de peixe.

Ah, muito melhor. Aquele era o pai que ele conhecia e amava. — Mas é para ter gosto de peixe — relembrou Joe. — Mamãe o recheou com atum. É isso que ela costumava fazer para o almoço.

— Eu sinto muito por isso — disse o pai e, a julgar pelo tom dele, estava falando sério. — Eu percebi que ela não sabia cozinhar na primeira vez em que fez um jantar para mim há uns quarenta e tantos anos atrás. Mas, depois que sua mãe decidiu que era comigo que se casaria, eu não tive a menor chance.

Joe decidiu não contar que a mãe dissera a mesma coisa sobre ele.

— Eu gostei de Demi — disse o pai. — Ela parece inteligente e amigável. É bom ver você com alguém que tem um pouco de cérebro, para variar.

— Papai, não estamos namorando.

— Ela é a mãe do seu filho. É claro que estão namorando. Goste ou não da ideia, vocês dois serão namorados para o resto da vida.

Joe olhou para Demi e tentou imaginar os dois juntos, para sempre. — Eu mal a conheço.

— E daí?

— Ela não é o meu tipo.

— Você quer dizer que não é o tipo dela.

— O que quer dizer com isso?

— Olhe para ela — disse o pai. — Ela é perfeita. É graciosa, tem bons modos e uma voz melodiosa.

Desde quando o pai se importava com graça e bons modos? O

alienígena voltara. — O que quer dizer com voz melodiosa? Você a ouviu cantar?

— É claro que não. E daí que ela não tem as medidas do corpo perfeitas? Sua mãe gosta dela.

Enquanto o pai elogiava Demi, Joe observou os olhos dela brilharem ao rir sobre algo que a mãe dele dissera, o que o deixou um pouco assustado. Isso significava que a mãe estava contando a ela sobre como ele era tímido quando tinha seis anos e como era o único garoto que não largava a perna dela, como se fosse morrer ao se afastar por dois minutos. A mãe adorava aquela história. Na verdade, Connor fora o filho tímido. A mãe provavelmente confundira os dois, mas era a história dela e era isso que contaria.

Enquanto o pai continuava a tagarelar, Joe estendeu a mão e limpou um farelo da camiseta favorita dele, uma amarela que dizia PAPAI É RADICAL. — Você nunca vai se livrar dessa camiseta horrorosa?

— Provavelmente não.

— Você a usa só para nos irritar, não é?

— É isso aí, garoto.

Lexi puxou a bainha da camiseta de Joe e ele obedientemente se abaixou até o nível dela. — O que foi, Lexi?

— Mamãe disse que você me carregaria nas costas se eu fosse boazinha.

Joe sabia que Sandy tramara aquilo. Ele olhou para ela, que rapidamente desviou o olhar. Satã era muito esperta. Ele olhou novamente para Lexi. — Você foi uma boa garota hoje?

Ela arregalou os olhos. — Nuito boa e eu gosto da sua casa.

— Não é Nuito, é Muito — o pai dele explicou a Lexi. — Coloque os lábios assim. — Ele mostrou a Lexi como fazer o som de M e Joe não tentou impedi-lo.

Enquanto Joe observava o pai tentando mostrar a Lexi como fazer, não pode deixar de se perguntar quando se tornara o próprio pai. Ele balançou a cabeça ao pensar nisso.

Lexi tentou juntar os lábios e dizer: — Nuito. — E os dois continuaram por mais alguns momentos até que, finalmente, o pai dele se afastou.

Lexi rapidamente se esqueceu do pai dele e voltou-se para Joe. — Eu quero ver os pôneis.

— Andaremos de pônei depois que todo mundo comer, ok? Até lá, você terá que fingir que eu sou um pônei. — Joe colocou o prato sobre a mesa mais próxima e abaixou-se para que Lexi pudesse subir nas costas dele.

Pegando impulso, Lexi saltou em vez de subir e, usando os calcanhares, chutou-o nas costelas. — Mais depressa, mais depressa — disse ela e ele obedeceu. Se Maggie não tivesse aparecido no portão lateral usando um vestido de algodão branco e com uma aparência deslumbrante, talvez ele tivesse durado pelo menos mais cinco minutos.

7 comentários:

  1. Posta mais!! To amando muito
    POSTAAAAAAAAAAA!!!!!

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  2. Continua.... o que essa Maggie foi fazer lá..., posta logo......

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  3. Posta, acho q essa Maggie não vale nada

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  4. Essa maggie tem que aparecer para estragar tudo. Não sei porque mas não gosto dela.
    Cara, demi e joe tem que ficar juntos logo. E ele ten que esquecer maggie de vez.
    Posta logo

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  5. Essa maggie é insuportavel, detesto ela e quero saber que merda ela foi fazer lá?!
    Joe vendo a Demi com outros olhos, espero que ele não faça cagada!
    Posta logo pelo amor!
    Sam, xx

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