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ELES CHEGARAM atrasados. Bem atrasados, considerando que tinham dormido, e não acordado até 20 minutos antes da hora do início do ensaio. Joe dirigira o carro de Demi o mais rapidamente possível, mas eles ainda pararam no estacionamento da igreja às 19h45.
– Ah, droga – sussurrou Demi, vendo todos os carros lá. Então num tom de voz esperançoso, acrescentou: – Eu não vejo o conversível de Sel. Talvez ela não tenha chegado ainda.
Ou talvez ela tivesse ido com o pai, com o noivo ou com qualquer pessoa que participaria do ensaio, pensou ele. Não que tivesse falado isso em voz alta.
Quando eles entraram e viram o pai de Demi, muito ansioso, apressando-se para encontrá-los, com expressão de expectativa, Joe percebeu que Demi estivera certa.
– Selena está com vocês?
– Não. – Demi olhou em direção ao grupo de pessoas reunido na frente da igreja, então para trás e para as portas fechadas por onde eles tinham acabado de entrar.
– Por favor, diga-me que sua irmã não vai fazer isso de novo.
– De novo? – sussurrou Joe, antes de se lembrar do casamento prévio e do noivado rompido. Ou noivados?
– Você ligou para ela? – perguntou Demi.
– É claro. Todos ligaram.
– Onde está Bradley?
– Ele também estava atrasado – disse Jason Turner. Finalmente notando a presença de Joe, o homem ofereceu-lhe um sorriso amigável, parecendo satisfeito por ver Demi em seu braço, apesar da óbvia ansiedade. – Bradley chegou 15 minutos atrás e foi direto à sala do padre, sem falar com ninguém, nem mesmo com os pais dele.
Aquilo soava estranho. Os sentidos de Joe se tornaram alerta. Mas quando ele ouviu a porta atrás deles se abrindo e viu a expressão aliviada no rosto de Jason Turner, e no de Demi, concluiu que talvez seus instintos estivessem errados. Desta vez.
– Mil desculpas! – exclamou a noiva, uma loira alta e magra que não podia se parecer menos com Demi. – Houve um problema com a lagosta para amanhã, então eu tive de lidar com algumas questões das fontes e fogos de artifício.
Lagosta, fontes e fogos de artifício? Aquilo era um casamento ou um banquete numa residência oficial?
– Bradley está aqui? – perguntou ela, o tom de voz endurecendo.
– Sim, é claro – respondeu o pai, pegando-lhe o braço e conduzindo-a para frente da igreja. – Não se preocupe, ele também se atrasou.
– Eu sei – disse ela.
Vendo o modo como a coluna de Selena enrijeceu, os ombros se tornaram retos e a cabeça se ergueu, como se ela estivesse se preparando para uma situação difícil, ele não pôde deixar de se
sentir intrigado pelo humor não muito feliz da noiva. Aquilo parecia ser mais do que simples irritação.
Nem o pai nem a irmã de Selena, que pareciam aliviados, notaram. Especialmente quando a noiva andou para frente da igreja, esperando... e tendo sucesso... que a pequena multidão se abrisse diante dela.
Sim. Por tudo o que Demi tinha falado, Sel parecia ser exatamente a mulher egocêntrica que ele visualizara. Ela provavelmente fizera todos esperarem, de propósito, apenas para que pudesse realizar sua grande entrada.
Durante o breve ensaio, todavia, enquanto observava do fundo da igreja, Joe começou a se perguntar sobre aquela tensão oculta que não pudera evitar perceber. Não de todo mundo. Demi parecia bem... ótima, na verdade. Estava linda, ainda brilhando pelo ato de amor deles, como ele soubera que ela ficaria. Também parecia genuinamente feliz pela irmã e magnífica andando ao longo do corredor da igreja.
Deus, as imagens que aquilo punha em sua cabeça. Mesmo se estar ali, entre todas aquelas pessoas ricas, que provavelmente ganhavam seu salário anual em um dia, deveria instigá-lo a correr para o lado oposto.
Ora, eles poderiam achar uma solução. Ele amava Demi. Suspeitava que ela também o amasse. Isso era o que importava... a única coisa que importava. Ele apenas precisava continuar se lembrando disso.
Embora a atenção de Joe permanecesse na mulher que ele acompanhara naquela noite, ele definitivamente sentia algumas vibrações vindas do casal de noivos. A risada de Selena parecia quase exuberante demais, o humor, mais forçado do que alegre. E o noivo tinha pouco, ou nada em absoluto, a dizer.
Sim. Sem sombra de dúvida, alguma coisa estava acontecendo, embora talvez isso só fosse visível para uma pessoa de fora, que não tinha nada a perder no evento da alta sociedade que ocorreria na noite seguinte.
No carro, no caminho para o jantar, Joe vociferou suas observações para Demi.
– O quê? Você está brincando? Selena está muito feliz.
Ela não lhe parecera feliz. Então novamente, talvez para a irmã de Demi, o sorriso tenso fosse típico, talvez os olhos dela nunca brilhassem, e a postura relaxada demais dos ombros fosse resultado da fatiga pela loucura do casamento.
Mas ele duvidava disso.
– Não acredito que eu me esqueci de apresentar você – murmurou ela, soando genuinamente chateada. – Eu retificarei isso assim que nós chegarmos ao hotel.
O hotel que pertencia ao pai do noivo, lembrou Joe.
– Sim, não se esqueça de apontar sua madrasta também, certo? Quero me certificar que eu esteja pronto para lidar com ela... somente em caso de necessidade.
– Eu lhe disse, eu já a avisei que você estaria lá.
Ela fizera isso, a caminho da igreja. Felizmente, não tinha sido um problema, porque a madrasta da noiva não se incomodara de aparecer. Outra coisa que fizera a boca da noiva se comprimir. Deborah iria, contudo, segundo o pai de Demi, estar presente no jantar.
– Ela e eu não tivemos tempo de conversar mais do que poucos minutos na outra noite, mas eu a avisei. – Demi apertou os lábios. – Deborah não vai falar nada que meu pai tenha a chance de ouvir.
Isso a colocaria em sérios problemas.
– Eu sei – murmurou ele, apesar de sua mente já ter mudado de direção. Joe não se importava nem um pouco com a madrasta de Demi, além do fato de que ele não quereria ver Jason Turner, de quem já gostava, magoado.
Também não se importava com o que ninguém mais – a madrasta ou qualquer socialite rica e mimada que pudesse aparecer no casamento, no dia seguinte, e lembrá-lo do leilão – pensasse ao seu respeito.
Demi merecia a verdade. Ele soubera disso há dias. Porém aquilo nunca estivera mais claro do que naquele momento antes que eles fizessem amor esta noite, quando tinham se entreolhado e silenciosamente falado as palavras que nenhum deles ousara vociferar em voz alta.
Ele a amava. Não havia mais cautela, mais qualificações, não havia mais dúvidas. Não podia mais se esconder atrás da ideia protetora de que estava “se apaixonando por ela” ou que sentia que podia existir algo entre eles, ou até mesmo que achava que poderia amá-la. Amava-a. Ponto final.
E a expressão de Demi esta noite, sem mencionar cada momento que eles haviam compartilhado nos últimos dias, dizia-lhe que ela também o amava. Se ela o amava o suficiente para superar o fato de que ele a deixara acreditar numa mentira, Joe não sabia. Tudo o que sabia era que, sentindo-se do jeito que se sentia, não podia continuar algo que considerava moralmente desonesto. Embora eles estivessem quase no hotel e não houvesse tempo, ele descobriu que não era capaz de continuar a mentira. Não poderia entrar naquele jantar, com diversos amigos e membros da família de Demi, sob termos tão desonestos.
– Eu preciso lhe falar, Demi – começou Joe, os olhos na estrada. – Antes que cheguemos lá, você precisa saber de algumas coisas.
Ela enrijeceu no assento. Ele não precisava ver para saber disso, a atmosfera no carro mudou com a súbita tensão de Demi. Deus, ela estava tão acostumada a ter o tapete puxado de baixo de seus pés que provavelmente estivera se preparando para a ocorrência de alguma coisa ruim.
Joe tentou manter as coisas leves no começo.
– Espero que você tenha dinheiro na sua conta, porque seu cheque será depositado a qualquer momento agora.
Ela riu.
– Acho que eu não corro o risco de o cheque ser devolvido por falta de fundos.
– Mas certifique-se de guardar o canhoto do cheque. Você irá precisar dele na época do Imposto de Renda.
– Por quê? – A mão de Demi moveu-se para a perna dele. – Eles permitem deduções para... isto agora?
Joe cobriu-lhe os dedos com os seus, erguendo-os para a sua boca, a fim de beijá-los.
– Não. Porque eu doei para o programa beneficente Dê um Natal a uma Criança.
Os dedos de Demi ficaram tensos contra sua boca, mas ela não recolheu a mão. Ah, doce Demi. Ele sabia o que ela estava pensando, o que estava se perguntando. Ficaria zangada? Esperançosa?
– Eu lhe disse para fazer o que você quisesse com o dinheiro. – Ela não parecia fria, apenas alerta, já sabendo que havia mais.
– Por nada neste mundo, eu aceitaria dinheiro para estar com você.
– Joe...
– Joe...
Ele a interrompeu:
– Deixe-me esclarecer. De maneira alguma, eu algum dia aceitaria dinheiro para estar com qualquer mulher. Mas especialmente com você.
Com aquilo, ela recolheu a mão. Eles tinham parado num semáforo a alguns metros do hotel, e Joe a olhou. Demi estava estudando-o, as sobrancelhas unidas em confusão, o corpo tenso. – Eu não estou entendendo.
Então ele lhe contou.
– Eu não sou quem você pensa que eu sou. Não sei como aconteceu, mas alguém trocou as identidades no leilão. Eu não sou o solteiro 19, sou o número 20.
– O quê?
– Quero dizer, eu sei que era o décimo nono. Mas não era minha biografia que estava impressa sob minha foto no programa. Não era minha vida. Não sou o homem que você foi lá naquela noite para encontrar. – Ignorando o fato de que o semáforo tinha aberto, ele insistiu para que ela entendesse. – Não era eu, Demi.
Ela levou alguns segundos, mas quando compreensão a preencheu, foi de maneira instantânea, e Demi arfou em perplexidade.
– Ah, meu Deus.
– Sim.
– Você não é...
– Não...
– Eu o confundi com um...
– Hã-hã.
– Seu nome é Joe Jonas? – Ela ainda parecia atordoada.
– É claro que sim. Eu sou o homem que você passou a conhecer desde aquela noite. A única coisa que você não sabe é que sou um paramédico para a cidade de Chicago... não um playboy internacional e amante das mulheres.
– Ou um prostituto.
– Ou um prostituto.
Atrás deles, alguém buzinou, e ele finalmente percebeu que estava prendendo o trânsito. Pôs o carro em movimento, avistando o hotel alto à frente deles. Demi permaneceu silenciosa, recostada contra o assento, enquanto ele estacionava na garagem, em vez de entregar o carro ao manobrista.
Aquela conversa não acabara. Eles tinham se atrasado para o ensaio, poderiam se atrasar para o jantar também.
Demi esperou até que o carro estivesse parado numa vaga de canto, no subsolo, antes de voltar-se para ele com a acusação que Joe esperara.
– Você mentiu para mim.
– Eu sei. – Ele não tinha defesa.
– Deixou que eu acreditasse nisso. Deixou que eu fizesse papel de tola e assumisse coisas horríveis sobre você.
Ele estendeu o braço para tocá-la, mas Demi recuou.
– Eu sei. Mas não desde o começo. Pode me chamar de burro, mas foi só quando a encontrei no barco, e você explicou como “sabia” tudo ao meu respeito, que percebi o que estava acontecendo.
Finalmente parecendo mais angustiada do que zangada, ela murmurou:
– Sinto muito. Deus, que ofensa terrível. Como eu devo ter parecido exigente e mimada.
– Acredite, naquela primeira manhã, as coisas que você disse... eu nunca havia ficado tão furioso na vida. Sem mencionar atônito quando você fez sua proposta naquele dia no barco. Até que me contou quem presumia que eu era e por quê.
– E depois? O que aconteceu depois? – perguntou ela, chegando à parte mais importante. A parte onde Joe precisaria fazê-la entender por que ele fizera aquilo e fazê-la acreditar nos seus sentimentos sinceros agora.
Mas antes que ele pudesse abrir a boca para falar uma única palavra, alguém bateu à janela do lado do passageiro. Surpresos, Joe e Demi olharam para fora e viram a noiva, mordendo o canto da boca, parecendo insegura e infeliz, nem um pouco uma mulher prestes a se casar com o homem de seus sonhos.
– Droga – disse ele. – Nós precisamos terminar esta conversa.
– Eu sei.
– Pode dizer a ela que nós necessitamos de mais alguns minutos?
Demi abriu a janela.
– Oi, Sel. Você pode nos dar...
– Eu preciso falar com você.
Ah, Deus. Ele tinha a impressão de que a noiva estava prestes a confessar alguma coisa. Ela parecia agitada, obviamente aborrecida, e mais nervosa do que estivera na igreja.
– Sinto muito, Demi, mas há duas pessoas no andar de cima que você não vai querer ver. – Ela olhou para o outro lado do carro e viu Joe, deu-lhe um sorriso breve, então focou na irmã novamente. – Eu poderia torcer o pescoço do meu sogro. Eu estava esperando para avistar seu carro, de modo que pudesse avisá-la. Que bom que vocês decidiram parar aqui. Assim nós temos um minuto.
– O que aconteceu? Quem está lá em cima?
– Bitsy.
– Eca.
– Eu sei. Ela estava jantando no restaurante. Acho que ela conhece a família de Bradley. De qualquer forma, sr. Kent a avistou e convidou-a para se juntar ao grupo, o que, é claro, encantou Deborah.
Demi olhou para Joe.
– Bitsy é uma das amigas de minha madrasta. Ela... hum, estava lá. Naquela noite.
– Ah, isso está ficando cada vez melhor – murmurou ele.
– Não, está ficando pior – disse Selena. – Porque Bitsy não está sozinha. Está acompanhada, a velha assanhada. Nenhum de nós percebeu quem era até que eles se sentassem. Eu pedi que Bradley se livrasse deles. – Selena meneou a cabeça. – Mas ele disse que a família de Bitsy e a dele são amigos há anos e que não ia fazer alguma coisa tão rude. – Ela desviou o olhar. – Nem mesmo quando eu lhe supliquei.
Joe percebeu que Sel estava magoada pela recusa do noivo em atender ao seu pedido... o que fez com que ele começasse a gostar dela, talvez um pouquinho. Pelo menos, por se preocupar com Demi. A única coisa que ele ainda não entendia era quem era aquela segunda pessoa indesejada.
– Eu aposto que a bruxa fez isso de propósito – murmurou Selena. – Não posso acreditar que ela não sabia que nosso jantar de ensaio aconteceria aqui. E não há nada que Bitsy aprecie mais do que criar problemas e recostar-se para assistir à explosão.
Demi estava obviamente perdendo a paciência.
– Fez o quê? Com quem Bitsy está, Sel? Fale de uma vez.
– Com Oliver, Demi. Ele e Bitsy estão sentados no piso superior do restaurante, onde todos estão esperando você... vocês dois.
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OMG OMG OMG OMG OMGGGGGGGGG
ResponderExcluirEU PRECISO DE MAIS, TIPO, URGENTEMENTE
POSTA LOGO PFVR
PQP!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirFUDEU!!!!!!!!!!!!!!!!
KKKKKKKKKKKKKKK
MEU DEUS, POSTA ESSE 24 SE NÃO QUISER SER ACUSADA DE CAUSAR UM ATAQUE CARDÍACO!
PERFEITA ESSA FIC, TERRIVELMENTE APAIXONADA POR ELA.
OMG, Posta+
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