18.7.14

Lento - Capitulo 9

 
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SENTADO A uma mesa rústica de madeira num pub popular no centro da cidade, naquela noite, Joe observou cuidadosamente, procurando pelo primeiro sinal de que Demi não estava se divertindo.

Até agora, não vira nenhum. Nem mesmo a discussão com o bêbado detestável no estádio a afetara.

Ele ainda tinha vontade de rir quando pensava sobre aquilo. Já vira mulheres explodindo com homens rudes, testemunhara sua irmãzinha jogar um vaso de vidro na cabeça do namorado. Mas nunca vira uma mulher enfraquecer um homem completamente com suas palavras... sem que o idiota sequer percebesse isso.

Impressionante.

– Eu não acredito que estou comendo assim.

Eles estavam comendo asinhas de frango e uma montanha de nachos. E, para a surpresa de Joe, Demi havia optado por cerveja, compartilhando meia jarra com ele, em vez de algum drinque doce típico de garotas. Ela parecia relaxada. Se não rindo o tempo inteiro, pelo menos, sorrindo com frequência.

– Não seja tão dura consigo mesma. Eu não acho que eles sirvam saladas aqui, a menos que sejam cobertas com frango frito e uma montanha de queijo.

Uma sobrancelha fina e delicada se arqueou, e ela o olhou de maneira silenciosamente repreensiva, embora o começo de um sorriso ameaçasse curvar a boca bonita.

– O que você está sugerindo, Joe? Que eu só deveria comer saladas?

Ele inclinou o corpo para trás, estendendo uma mão defensiva. Ora, como os homens podiam evitar essas armadilhas básicas que as mulheres sempre armavam para eles?

– De modo algum. – Sorrindo, ele acrescentou: – É só que saladas parecem ser as únicas coisas que minhas irmãs sempre pedem. Elas nunca dão uma mordida num hambúrguer, especialmente se um de seus namorados estiver por perto.

– Isso é coisa de mulher. – Demi suspirou, como se aceitando algo que era inevitável. – Não apenas o instinto de observar o que comemos, de modo que possamos ter a imagem que a mídia diz que deveríamos ter, mas também existe uma necessidade de comer pouco na frente dos homens, como se precisássemos assegurá-los de que estamos no controle das coisas e nunca ganharemos peso.

– Quando, secretamente, vocês todas estão morrendo de vontade de comer asas de frango e nachos? Ela umedeceu os lábios, então comprimiu-os antes de pegar outra asinha.

– Sim. Alguma de suas irmãs é casada?

– A mais velha, com três filhos... dois meninos gêmeos e uma menina. E Blair, que é um ano mais velha do que eu, está noiva.

– Observe-a na festa de casamento. Ela irá deleitar-se no primeiro pedaço de bolo que come desde que decidiu que ele era o homem da vida dela, e parecerá que já teve o primeiro orgasmo da noite.

Conhecendo sua irmã mais velha, Demi estava provavelmente certa. Então ele absorveu a parte da declaração que mencionava o orgasmo e tossiu na mão fechada.

Demi nem mesmo pareceu notar.

– Motivo pelo qual a maioria das esposas ganha alguns quilos no primeiro ano de casamento.

– Então eu devo me sentir lisonjeado por você estar na quarta asinha de frango? Não precisa se preocupar sobre me impressionar? – Joe imaginou o que Demi diria se soubesse que ele estava mais impressionado pela adorável honestidade dela e pelo jeito que lambia as pontas dos dedos depois de cada mordida.

– Exatamente. Porque este não é um encontro de verdade.

– Assim você diz.

– Assim eu digo.

– E se fosse um encontro de verdade?

Demi deu uma risada deselegante, que soou completamente diferente dela, mas deliciosa, de qualquer forma.

– Então eu teria pedido grissinis e um copo de água.

Ele conhecia aquela.

– Com limão!

– É claro. Diurético natural. – Ela arqueou as sobrancelhas, algo que fazia com muita frequência. – Você é bom.

– Eu tenho três irmãs, lembra?

– Três? Meu Deus. Você deve ser muito atormentado.

Ela não tinha ideia. As duas mais velhas costumavam vesti-lo como um bebê boneco e brincar com ele quando eles eram crianças. Normalmente escolhendo vesti-lo de menina. Não que ele iria contar isso a Demi.

– E se eu quisesse ser? – perguntou ele.

– Quisesse ser o quê?

Percebendo que tinha a abertura proporcionada pela cerveja, a qual a ajudara a relaxar, Joe respondeu:

– Um encontro de verdade.

Ela balançou a cabeça, mergulhando um nacho no molho de queijo.

– Esta não é uma opção.

Uau, que tal rejeitar um cara sem um momento de hesitação? Mas Joe não se preocupou... a noite era uma criança. Ele tinha algumas horas para fazê-la mudar de ideia.

Ademais, sabia onde Demi trabalhava. Ela logo descobriria que ele não desistia com facilidade de algo que queria. E definitivamente a queria. Mais ainda a cada minuto que passava.

Arriscou um olhar rápido e apreciativo para a figura curvilínea do outro lado da mesa, tão incrivelmente sexy na blusa cor-de-rosa.

– A propósito, em minha opinião, você não tem uma única coisa com o que se preocupar.

– Ha. Eu tenho seios grandes, pernas curtas, “quadris para maternidade”, como meu pai costumava se referir aos quadris de minha mãe falecida, e costas largas.

Como se algum homem pudesse reclamar sobre qualquer das qualidades que ela descrevera. Demi era real.

– Querida, em minha opinião, você é praticamente perfeita.

– Talvez porque você não possa ver os sete quilos extras que não poderiam ser removidos de meu corpo por um cirurgião plástico, usando um aspirador de pó, em vez de uma máquina de lipoaspiração.

Joe riu.

– Nenhum homem vivo irá concordar com você nesse aspecto, Demetria Lovato. Você tem a forma exata que uma mulher deveria ter.

Ela meneou a cabeça, o tom de voz incrédulo quando falou:

– Diga isso aos homens de Chicago Club que têm réplicas de modelos de moda parisiense em seus braços.

– Você é linda – disse Joe com firmeza, não permitindo que ela argumentasse. Pensando no que ela havia dito, acrescentou: – E se você deixar algum impostor tocá-la, eu terei de caçá-lo e machucá-lo. – Você é sempre tão agressivo?

– Você é sempre tão dura consigo mesma?

Aquilo pareceu chocá-la. Demi ficou boquiaberta, como se ele a tivesse acusado de ter um membro extra.

– Dura comigo mesma? Eu? Tenho a famosa reputação de ser uma rainha do gelo autoconfiante.

– Talvez no mundo financeiro. – Joe estendeu o braço sobre a mesa e acariciou uma longa mecha de cabelo sedoso que escapara do rabo de cavalo, tocando-lhe o rosto de leve no processo. – Não no mundo real.

Demi congelou por um momento, permitindo a breve carícia. Então, como ele poderia ter previsto, ela cuidadosamente recuou do toque, como se percebendo que estava ficando muito à vontade perto dele. Agora estava colocando aquela distância de novo... aquele muro.

Joe não tomou isso a nível pessoal. Especialmente porque tinha percebido uma coisa... a separação não era apenas entre ela e ele, mas entre ela e todo mundo. Como se Demi constantemente tivesse de manter um escudo no lugar, para impedir que qualquer pessoa se aproximasse muito. Ou que se tornasse ofensiva, como o homem do estádio, a quem ela pusera no lugar tão facilmente.

Joe sabia, por experiência própria, que a pior coisa a fazer com uma mulher que já mantinha a guarda alta era tentar pressioná-la. Motivo pelo qual ele não dera ênfase àquele toque casual no estádio. Deus, pretendera apertá-la somente para parabenizá-la, mas acabara chocado diante da sensação que o simples roçar de sua mão contra a perna de Demi lhe causara.

Uma sensação de desejo intenso.

E tivera de fingir que não sentira absolutamente nada. Ou arriscaria que ela erguesse novamente a barreira que ele estava começando a derrubar aos poucos.

– Eu tenho muita autoconfiança. Apenas porque não apareço nas páginas sociais com um homem diferente cada semana não significa que eu não saiba que sou moderadamente atraente.

Atraente nem começava a descrevê-la.

– Eu não tenho tempo ou energia para qualquer tipo de bobagem romântica.

– Então quem era ele? – perguntou Joe, nem mesmo a olhando enquanto estendia o braço para sua cerveja.

– Quem era quem?

– O homem que lhe deu uma visão tão negativa sobre o amor.

Ele imaginou, por um momento, se ela ficaria ofendida, mas a risada suave de Demi o assegurou de que não.

– Ei, lembra com quem você está conversando aqui? A filha de Jason Turner.

Joe levara o copo à boca, mas ainda não bebera. Abaixou-a lentamente.

– Foi seu pai quem a convenceu que era melhor você ficar sozinha?

– Principalmente. – Ela desviou o olhar. Não estava contando a história inteira, mas, pelo menos, estava se abrindo um pouco.

Ele não ia arriscar que ela se fechasse, insistindo em falar sobre coisas que ela não queria. Entretanto, Demi tinha levantado o assunto... novamente. Mencionara os aspectos românticos do pai durante a caminhada deles.

– Somente porque ele não teve muita sorte?

– Eu vi meu pai se apaixonar e se desapaixonar tantas vezes que o mundo perdeu seu significado. Passei a perceber que ele é apaixonado por estar apaixonado. – Ela fez uma careta. – Então há Sel, minha irmã.

– Mais velha ou mais nova?

– Mais velha. Divorciada uma vez, no seu segundo noivado desde então. Ela também ainda não encontrou o verdadeiro amor, embora não por falta de tentativa. Tentou muitas vezes. – E quanto a Demetria?

– Não tem interesse nisso.

– Nem mesmo uma chance de que você esteja errada quanto a isso, hum?

Ela meneou a cabeça.

– Não. Não vale a pena.

Joe apontou para o copo dela.

– Mais da metade está cheio.

Ela apontou para o dele.

– O seu está quase vazio.

– Facilmente remediável. – Pegando a jarra de cerveja, ele encheu seu copo. – Viu? É tudo uma questão de perspectiva.

Demi franziu o cenho, embora ele pudesse jurar ter visto uma ponta de humor naqueles bonitos olhos castanhos. Um humor que desapareceu rapidamente, e ela voltou a parecer distante e inabalável.

– Perspectiva não muda fatos. E eu realmente não sei por que nós estamos falando sobre isso. Estamos aqui, juntos, por causa de uma obrigação beneficente, não por causa de algum interesse verdadeiro ou por… – a voz falhou para primeira vez – atração.

– Fale por si mesma.

A pulsação de Demi acelerou visivelmente no pescoço.

– Eu estou incrivelmente atraído por você. – Joe sabia que estava arriscando espantá-la, mas tinha de ser honesto. De maneira alguma, deixaria que ela acreditasse que ele estava lá apenas porque ela comprara um encontro com ele num evento beneficente. – Caso aquele beijo mais cedo não tenha deixado tudo claro, deixe-me lhe falar diretamente. Eu quis você desde que a avistei detrás das cortinas, na noite do leilão.

Pela segunda vez desde que a conhecera, Joe conseguira chocá-la a ponto de deixá-la sem fala. Ela o fitou, piscando algumas vezes, a boca aberta, porém nem um único som saindo.

Por que deveria estar surpreso, Joe não tinha ideia. Ela só podia ter visto a luxúria em seus olhos na noite em que eles haviam se conhecido, antes que ele percebesse que Demi não apreciaria nenhum tipo de flerte óbvio, e se controlasse. E a mulher era sexy o bastante para fazer um homem de 90 anos suplicar por um ano de estimulantes ao seu médico.

No entanto, ela parecia totalmente inconsciente disso.

Um rubor coloriu as lindas faces de Demi. Os lábios sensuais se entreabriram, enquanto ela respirava através deles. Mesmo do outro lado da mesa, ele podia ver o peito de Demi se movendo com cada inalação profunda.

Seu corpo reagiu. O desejo preguiçoso que estivera fluindo por suas veias focou-se em seu baixo-ventre.

– Você não pode dizer que não percebeu isso.

Ela engoliu em seco, meneando a cabeça.

– Eu percebi. Mas apenas assumi que você estava sendo... que você estava acostumado a fazer as mulheres se sentiram como você quer que elas se sintam, porque... porque eu dei um lance muito alto. – Recuperando alguma confiança, ela inclinou-se para frente e acusou-o com um olhar duro. – Você não me olhou daquele jeito uma única vez hoje.

– Não notou que eu quase arranquei a cabeça do homem no estádio, porque ele olhou para você daquele jeito?

– É diferente. Ele é bêbado, estúpido e...

– Porcino?

– Exatamente.

– Eu não sou um porco. Sou um cavalheiro. – Tensão se instalou entre eles, e Joe inclinou-se para mais perto, mantendo o tom de voz baixo e íntimo. Dando-lhe um olhar ardente, admitiu: – E um cavalheiro não fala para uma mulher, num primeiro encontro, que quer banhar-lhe os lindos mamilos em açúcar e então lamber-lhes a doçura até que ela esteja suplicando para ser tomada.

Ela arfou, mas ele não podia mais parar.

– E não teria sido muito educado da minha parte lhe contar que eu passei o dia inteiro imaginando qual é a cor de sua calcinha. E se as curvas de seu traseiro são realmente tão arredondadas e suaves quanto eu acho que são.

– Joe...

– Ou que se eu caísse em seus seios incríveis e morresse ali, eu morreria com um sorriso no rosto.

– Ah, meu Deus.

– Ou que, quando eu toquei a sua perna esta tarde, tudo o que pude pensar foi em como suas coxas são delgadas, com que facilidade minhas mãos as envolveriam. Quão incrível seria erguê-las sobre os meus ombros, conseguindo o melhor ângulo possível, de modo que eu pudesse preenchê-la tão completamente que você sentiria como se fosse se partir em duas. – Santíssimo! – exclamou alguém.

Não foi ela.

Sanidade retornou quando Joe percebeu que a garçonete deles estava ao lado da mesa, com olhos arregalados e faces rubras. E ouvindo tudo.

– Uau, coisa quente. Se ela disser não, eu posso lhe dar o número do meu telefone.

A jovem garçonete parecia muito séria. O que não ajudou as coisas, julgando pelo jeito como a mulher sentada à sua frente estreitou os olhos e cruzou os braços com firmeza contra o peito. Não era de admirar... ele a assediara verbalmente diante de testemunhas. Que cavalheiro!

– Jesus, Demi...

– Nós acabamos – disse ela, quase se levantando. Jogou uma nota sobre a mesa, ignorando a garçonete, que ainda os observava, e não dando uma única olhada para Joe.

Ela nem mesmo esperou por ele ou olhou para trás, a fim de ver se ele a estava seguindo. Em vez disso, sem mais uma palavra, atravessou a multidão, em direção à porta, não olhando para a direita ou para a esquerda, o rabo de cavalo escuro balançando contra os ombros rígidos com cada passo. Ah, Deus, ele tinha estragado tudo.

– Desculpe – murmurou Joe para a garçonete.

– Não se desculpe. Acho que eu tive um pequeno orgasmo.

Joe fechou os olhos e balançou a cabeça, mais envergonhado do que já se sentira na vida. Deus o ajudasse se suas irmãs – ou pior, seu pai – soubessem sobre aquilo. Não era assim que e tratava uma lady. Ele estragara tudo, começando pela conversa sobre sexo que tinha sido ouvida por outros e terminando com Demi pondo uma nota alta sobre a mesa para pagar o jantar, quando ele nunca a teria deixado pagar a conta.

Querendo se rastejar para fora do lugar, Joe contentou-se com uma caminhada ligeira. Empurrou a porta da frente com ambas as mãos e saiu, esperando ver Demi saindo do estacionamento em seu pequeno carro esporte, deixando-o lá.

Mas o carro dela permanecia no mesmo lugar onde tinha sido estacionado. Ele não dera mais do que meia dúzia de passos em direção ao carro, no ar quente da noite, quando foi agarrado. Duas mãos se fecharam na frente de sua camiseta e o empurraram. Joe tropeçou em seus próprios pés até que suas costas colidiram com a lateral sombreada de um muro de tijolos.

– Demi...

– Cale-se. – Os olhos dela brilhavam, e a respiração era ofegante enquanto ela o encarava. Parecia pronta para atacá-lo.

Em vez disso, fez algo muito mais inesperado. Jogou os braços ao redor de seu pescoço, pressionou aquele corpo quente contra o seu e capturou-lhe a boca num beijo profundo.

Ela não estava zangada. A princesa do gelo estava em chamas.

Por ele.

Demi beijou-o freneticamente, entrelaçando os dedos no cabelo, na altura do pescoço dele. Joe instintivamente abaixou as mãos, alcançando as curvas arredondadas do traseiro dela, curvas que vinha admirando desde que eles tinham se conhecido. Segurando aquelas curvas nas mãos, saboreou a suavidade dela, apertando-a de leve. Iria adorar segurar aquelas nádegas firmes quando Demi estivesse nua em cima dele. Cavalgando-o sem parar, até que ele perdesse o controle e explodisse em seu interior.

Encaixando-a melhor contra seu corpo, Joe esfregou-se contra ela, deixando-a sentir sua ereção pulsante, deleitando-se com o prazer de sexo contra sexo, apesar das roupas deles.

Ela gemeu, inclinando os quadris contra ele para trazer seu calor feminino diretamente contra a costura que se esticava para conter a ereção viril. Gemendo, deslizando as mãos sobre os ombros e o peito dele agora, Demi continuou brincando com sua boca. Os lábios suaves moldavam-se a cada milímetro do seu, a língua se movendo de forma frenética, como se ela quisesse devorá-lo inteiro.

Finalmente, ela afastou-se para respirar, mas não parou. Ah, não, apenas levou a boca ao pescoço dele, provando o suor que Joe sabia que brotara ali, deslizando a língua pela coluna longa, até mesmo mordiscando de levinho.

– Eu o quero tanto.

– Eu notei.

– Você foi realmente sincero sobre as coisas que disse dentro do pub?

Ele a virou, pressionando-lhe as costas contra o muro do prédio agora, assumindo o controle.

– Ah, sim.

Aquilo era loucura... eles estavam ao ar livre, num lugar público. Não eram nem 22h, e pessoas poderiam sair do bar a qualquer minuto. Mas Joe não se importava. Se não tivesse mais dela, morreria. Simplesmente explodiria e morreria.

– Isso é mesmo... pessoal? Trata-se somente de atração, nada mais? – perguntou ela, observando-o com intensidade, como se ainda precisando se certificar.

– Demi, eu não ligo a mínima para o lugar que nos conhecemos, para quem você é ou para o fato de que você deu o lance para fazer caridade. Eu a desejo desde o segundo que pus os olhos em você.

Ela assentiu devagar, deixando os olhos fecharem, silenciosamente dando seu consentimento.

– Por favor, não me faça parar – sussurrou ele com voz rouca, enquanto lhe soltava o rabo de cavalo e deslizava os dedos por aquele grosso cabelo escuro, espalhando-o sobre os ombros delgados. Provou-lhe o lóbulo da orelha, percorrendo uma trilha lenta ao longo do pescoço delicado, saboreando o gosto único de pele e mulher.

– Parar está fora de questão.

Logo, ele estava respirando à frente da blusa de Demi, os lábios roçando a pele vulnerável acima do decote. Incapaz de resistir, Joe puxou o tecido para baixo, a fim de ganhar acesso, gemendo quando viu uma parte daqueles seios erguendo-se acima da extremidade de um sutiã cor-de-rosa.

Ele precisava ir mais longe. Correndo a ponta da língua ao longo do colo feminino, agarrou-lhe os quadris quando ela começou a perder a firmeza. – Joe...

– Mais. – Ele não pediu, não pensou, não hesitou. Meramente alcançou a bainha da blusa dela e começou a subi-la. Estava ávido para tocá-la, abraçá-la, lambê-la.

Demi gemeu quando ele deslizou a mão para dentro de seu sutiã, liberando o seio incrivelmente quente e arredondado de seu confinamento. Então pôde apenas olhá-la, pensando que nunca vira uma mulher mais linda... com a cabeça jogada para trás, os olhos selvagens, o cabelo castanho desalinhado. Os lábios de Demi estavam úmidos, a boca aberta, e o seio deliciosamente voluptuoso era adornado por um lindo mamilo cor-de-rosa que suplicava para ser saboreado.

– Não tenho açúcar à mão – murmurou ele –, mas eu sei que seu gosto é muito doce.

Então Joe confirmou aquilo, cobrindo o bico rijo com a boca e provocando-o com a língua, incerto de qual dos dois estava mais chocado pelo prazer que o ato causou.

Só Deus sabia quão longe eles teriam levado aquilo... no estado de excitação que se encontravam. Mas um carro subitamente entrou no estacionamento, banhando a lugar com luz. Uma luz que iluminou a área a 30 centímetros deles, quando o veículo entrou numa vaga de canto.

– Ajude-me – pediu Demi, tentando desesperadamente colocar sua blusa de volta no lugar.

Ele ajudou, tirando-lhe as mãos do caminho e, com lamentação, cobrindo aquelas curvas incríveis. Posicionou-se de tal forma a bloquear a visão do corpo de Demi com o seu. Se alguém os avistasse, tudo o que poderiam ver era um casal se beijando no escuro.

Um trio de mulheres rindo passou a poucos metros deles, trocando sussurros altos. Depois que elas tinham ido embora, ele olhou para Demi e ofereceu um sorriso preguiçoso.

– Pronta para sair daqui?

Ela mordiscou o lábio inferior por um segundo, quase causando um enfarto em Joe quando ele temeu que ela fosse desistir.

Deveria ter sabido melhor. Porque, com pura determinação sexual no semblante, Demi pegou-lhe a mão e arrastou-o para seu carro.

– Você dirige – disse ela. – Eu sei que não gosta de carros chiques, mas minhas pernas estão tremendo muito.

Ela jogou-lhe as chaves, as quais Joe agarrou no ar. Abrindo a porta de passageiro para ela, ajudou-a a entrar, abaixando-se para perguntar:

– Para onde nós vamos?

Ela murmurou um endereço na parte alta da cidade.

– Eu não acho que foi lá que nós deixamos a minha picape. – Joe não sabia de onde tirava forças para provocá-la, especialmente porque, se ela o abandonasse agora, ele precisaria de hidrogênio líquido para esfriar.

– É o meu apartamento. É mais perto. Eu tenho uma cama enorme e um banheiro incrível. Ele deu um sorriso lento.

– Estou visualizando.

– Minha banheira poderia acomodar três pessoas.

– Lamento, srta. Lovato, eu não quero nada bizarro. – Quando ela arregalou os olhos, Joe sorriu. – Tenho certeza de que podemos fazer bom uso da banheira, mas somente nós dois.

– Ótimo. – Ela traçou-lhe o lábio inferior com a ponta de um dedo. – Agora entre e dirija.
 
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Hot chegando... ;)

3 comentários:

  1. Morri mil mortes shshsujshd não sei quem é mais safado, se é o Joe ou a Demi. Por favor, se puder poste porque isso ta mt bom
    beijos

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  2. Estou quase tendo um ataque aqui, posta logo pelo amor de DEUS!!!!!!

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