12.7.14

Blackout - Capitulo 15


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AS PALAVRAS e o toque dela destruíram todas as defesas que ele havia erguido. Joe estava prestes a perder o único amigo que já tivera de fato – Wilmer – ao dormir com Demi. Mas trocaria sua amizade e seu senso de honra, e todos os seus dias subsequentes, por uma noite com ela, para abraçá-la, tocá-la, fazer amor com Demi.

E se ele era menos homem por sua decisão, teria o resto da vida para lidar com isso. Talvez fosse provar o fruto amargo do arrependimento quando a manhã chegasse, mas esta noite Demi era sua.

Joe deslizou a câmera até o chão, largando a alça.

– Demi… – Ele tomou a cabeça dela nas mãos.

Sem pressa, beijou-a com delicadeza e cuidado, uma promessa silenciosa de que, naquela noite, eles pertenciam um ao outro.

Em um beijo, Joe disse a ela todas as coisas que não conseguia ou não iria dizer em voz alta: o quanto a queria, o quanto a achava linda, por dentro e por fora; que dentre todas as mulheres ela era a mais desejável; que durante anos ele carregara a analogia ao deus Hades em sua mente, e que ela se tornara sua Perséfone; mas que depois desta noite ele a deixaria livre, depois de oferecer e receber consolo dela.

Demi retribuiu o beijo, fundiu-se a ele, se conectou à alma dele.

O beijo ficou mais quente, mudou para uma intensidade mais alta quando Demi deslizou as mãos por sob a camisa de Joe, acariciando a pele nua de maneira voraz.

O toque de Demi o acendeu. Ele esticou as mãos e abarcou os seios, roçando os mamilos com os polegares. Ela se sentiu tão bem. Demi fez mais pressão contra ele e gemeu de encontro à boca aberta de Joe, que ficou perdido, desapareceu. Ele afundou na beira da cama, puxando Demi consigo, colocando-a entre suas coxas.

Ela o seguiu, se acomodando entre as pernas dele.

– Parece que esperei uma eternidade para tocá-lo – disse ela.

Demi deu um beijo abaixo do queixo dele enquanto explorava seu peito com as mãos, carícias ousadas que estimulavam o fogo dentro de Joe,  as chamas mais quentes e mais altas.

Ela pôs a mão no cinto e no cós da calça dele.

– Espere um segundo. Deixe-me descalçar as botas – pediu Joe.

Demi ficou de pé. Ele se abaixou e desamarrou as botas… infinitamente melhor que arregaçar a calça no tornozelo.

Ela despiu o short e a calcinha sumária, jogando-os no chão diante de Joe. Ele tirou o segundo pé de bota Doc Martens e olhou para cima.

Sentia-se feliz por estar sentado ao ter a primeira visão dela gloriosamente, espetacularmente nua. Ela era toda curvilínea, desde as pernas modeladas, passando pelos quadris sinuosos, pela cintura fina até os seios fartos. E obviamente uma defensora da depilação total da virilha.

O desejo o atingiu, contraindo seus testículos.

– Você é tão linda, me deixa sem fôlego…

Ela sorriu e demonstrou uma timidez que deixou Joe tocado.

Demi seguiu para a cama, se pondo atrás dele, e deu uma risada suave, o hálito quente contra o ombro nu de Joe. Ela passou as mãos pelos ombros dele e se aninhou em seu pescoço, os seios de encontro às suas costas. O toque dela fazia as terminações nervosas dele chiarem.

– Estou feliz por não o ter mandado embora – disse ela.

– Sem chance. – Joe se despiu, e Demi se deitou na cama com ele.

Ela rolou e se pôs debaixo dele, os braços de Joe posicionados um de cada lado dela. As pupilas de Demi se dilataram, e ela entreabriu os lábios, umedecendo a plenitude do lábio inferior com a pontinha da língua.

– A única coisa que poderia me fazer ir embora é… – ele baixou a cabeça e provou a doçura do pescoço, do ombro dela – se você me disser que mudou de ideia.

– Não… Isso… não vai… acontecer.

Demi arqueou as costas, erguendo-se, convidando-o a beijá-la. Banhada pela luz de velas, a pele dela brilhava como uma pérola rara.

Joe lambeu a cavidade do pescoço dela e ecoou o tremor de Demi. O perfume dela, o leve sabor salgado da pele, o gosto de Demi.

Ele queria fazer amor com ela a noite toda, explorar cada centímetro de seu corpo com a boca, com a língua, com as mãos. Mas Joe a desejava há tanto tempo que não pensava ser capaz de esperar mais nessa primeira vez. Circundou um mamilo intumescido com a língua. Ela gemeu profundamente.

– Joe… – disse Demi em um tom agonizante.

Ele pincelou o outro com a ponta da língua e então voltou ao primeiro, provando-a, torturando a ambos.

Os dois estavam suados e melados, e a pele dela deslizava na dele, a coxa amortecendo a extensão da ereção de Joe.

Ela o deitou de costas e o beijou como se não fosse se fartar nunca. A língua duelava contra a dele. As mãos dela o exploravam, quase frenéticas, e Demi soltava gemidinhos profundos, deixando-o mais excitado e mais duro.

Demi parecia desejá-lo tanto quanto Joe a desejava. Ela se deitou de lado outra vez, puxando-o consigo, tateando algo atrás de si sem descolar a boca da dele. Joe interrompeu o beijo.

– O que está fazendo? – perguntou ele.

– Pegando um preservativo.

Ele era um imbecil, tinha se esquecido da proteção. Isso nunca acontecera antes. Joe sempre fora cuidadoso. O fato de ela manter um estoque à mão não era particularmente surpreendente, considerando seu arsenal movido à pilha.

Demi olhou para ele, os olhos luminosos, quentes.

– Tenho tanto medo de isto ser mais um sonho – disse ela. – Não quero acordar. Mas se eu acordar, vou ficar irritada, com razão.

Joe gargalhou. Demi possuía jeitos nada ortodoxos de elogiálo, mas ele estava imensuravelmente lisonjeado por ela não querer acordar caso estivesse sonhando.

– Não. Nós não estamos sonhando – garantiu ele acariciando as costas dela, a curva exuberante de seu bumbum. A realidade nunca fora tão doce.

Ela segurava um preservativo no ar, triunfante.

– Sabor morango. – Demi rasgou o pacotinho. – Importa-se se eu fizer as honras?

– Por favor. Fique à vontade – cedeu ele.

– Meu prazer é… – Demi colocou o preservativo nele, a mão quente, usando da quantidade exata de pressão, e Joe fechou os olhos em um momento de delírio – seu prazer.

Até então, ela apenas o tocara. Fechou a mão e investiu de novo. Ele abriu os olhos.

– A não ser que você queira as preliminares mais rápidas da história da humanidade, não precisa fazer isso de novo – disse ele, a rouquidão refletindo o esforço para não chegar ao êxtase.

– Estou pronta se você estiver pronto. Sonhei com você durante semanas. Foram muitas preliminares.

Joe encarou então um instante de ansiedade por seu desempenho. E se seu eu real não fizesse jus ao amante dos sonhos que ele fora para ela? E, sendo a mulher curiosa, mística e mágica que era, Demi obviamente enxergou isso no rosto dele.

– Nem mesmo pense a respeito. – Ela se inclinou para Joe e espalhou beijos pelo seu peito, lambendo os mamilos másculos, barriga abaixo.

Lambeu ao longo de seu membro rígido e o tomou na boca ávida, quente. Joe intimou cada grama de seu autocontrole para não explodir enquanto Demi o acariciava com a boca.

Ela o libertou, e ele deu um jeito de respirar de novo. O cabelo de Demi roçava na barriga dele, as mechas provocando a pele.

– Na verdade, provar você, tocar você, sentir seu cheiro é tão melhor do que já foi em todos os meus sonhos… – disse ela, o tom tão quente quanto a paixão que cintilava em seus olhos.

Ela se deitou de costas, entreabriu as pernas e disse, com um sorriso doce:

– Agora você vai fazer amor comigo ou terei de implorar primeiro?

Quando ela disse aquilo, Joe foi ao limite. Se ele ficasse mais quente, iria derreter. Joe se posicionou entre as pernas dela e a cutucou com a ponta embainhada.

– Não será necessário implorar.

Joe deslizou para dentro dela devagar, totalmente capturado pela expressão em seu rosto, o calor e prazer permeando as feições dela. Demi sentia-se tão bem, tão à vontade, e quando ele deslizou para ela, centímetro por centímetro, ela o agarrou, como se acolhendo-o em seu lar.

Ela enlaçou as pernas em torno dele e enganchou os pés atrás de suas coxas. Arqueou para encontrá-lo. Algumas investidas breves e ambos chegariam lá.

Joe inspirou profunda e tremulamente e desacelerou de propósito. Eles não estavam tentando quebrar nenhum recorde… ambos se achavam muito tensos, não tinham muitas chances de ir longe, porém Joe recuou devagar até estar quase fora dela, e então ofereceu a ambos uma reentrada lenta. Demi arfou alto e pressionou o corpo no dele, fazendo-o mergulhar.

– Você é deliciosamente perverso, Joe Jonas.

O sotaque sulista adocicado envolvendo o nome dele ao mesmo tempo que a quente intimidade envolvia o membro quase o fez perder o controle. Era como se ela tivesse elaborado alguma mágica ao redor dos dois, unindo-os em um vínculo que ia além do campo físico. Era como se ela tivesse aberto uma parte de si e o convidado a adentrar no calor e na luz que eram mais do que simplesmente superficiais.

Demi se mostrava tão aberta, tão entregue, e Joe queria se entregar em retribuição.

Joe deu o máximo de si que conseguia. Investia cada vez mais rápido e intensamente. A cabeça de Demi ia para a frente e para trás na cama, as mãos agarravam o edredom, e ela o incitou até que fossem capturados pelos espasmos de um orgasmo ruidoso, literalmente.

Sua Demi não era nenhuma flor murcha. Era ousada e linda, e se em algum momento Joe teve um instante de hesitação por possivelmente estar fazendo o papel de Wilmer, ela dissipou aquela percepção em particular ao arfar o nome dele sem parar enquanto estremecia debaixo de seu corpo.

Será que ela costumava gritar o nome de Wilmer do mesmo jeito? Será que ela se agitava e se arqueava para ele como se fosse morrer sem o seu toque? Joe não precisava pensar nisso de jeito nenhum; no entanto, não conseguia se controlar.

Ela ficou imóvel debaixo dele, os olhos fechados, e Joe poderia achar que Demi estava dormindo se ela não estivesse respirando de forma tão pesada. Um sorriso lento desabrochou nos lábios generosos, e ela abriu os olhos.

– Isto foi… incrível… Muito melhor do que jamais sonhei.

Joe foi preenchido por uma sensação estranha. Foi necessário um instante para reconhecer que era contentamento… uma satisfação completa. Ele retribuiu o sorriso dela. Não tinha como não sorrir a essa altura, era uma reação totalmente involuntária.

– Com certeza. – E então, porque ele queria compartilhar seus sentimentos, mas não fazia ideia de como expressá-los, beijou Demi, com toda a ternura, uma consequência da paixão.

Ele trilhou pela curva da lateral do corpo dela, os dedos moldando a maciez da pele. Havia sido dolorosamente honesto mais cedo… agora que a tocava, não tinha certeza se era capaz de parar. Intelectualmente, Joe sabia que a pele era pele, uma fusão de tecido, nervos e células, mas a pele de Demi era diferente da de todas as mulheres. Ele era tão absolutamente apaixonado por ela, a amava tão completamente, que todo seu ser doía com aquele toque.

Joe levantou a cabeça e olhou para ela. Ousou tão mais no escuro. Escondendo-se nas sombras formadas pelas luzes das velas, ele a sorveu. O cabelo estava espalhado em desarranjo pela cama, os olhos eram sombrios e misteriosos, os lábios ficaram inchados por causa dos beijos, o corpo relaxado pelo ato de amor. Sem pensar, Joe correu os dedos pelo contorno delicado do queixo dela, sorvendo sua fragrância. Demi segurou sua mão, levou os dedos aos lábios e os acariciou da forma mais suave.

– Joe… – Ela hesitou.

– Sim?

– Não quero deixá-lo desconfortável… – Ela desviou o olhar. – Mas eu… Eu não tenho certeza de como dizer isto.

O coração dele, não totalmente recuperado da ginástica sexual, começou a acelerar de novo.

– Apenas diga.

Ele estava muito bruto e aberto para sufocar a onda de esperança de que ela pudesse confessar sentimentos recém-descobertos por ele.

– Eu… nós… Ai, isto é tão estranho…

Joe mal conseguia respirar. Será que ela havia descoberto, como consequência do ato de amor – pois foi isso o que significou para Joe –, sentimentos mais profundos por ele?

– O que foi, meu amor? – Palavras carinhosas nunca tinham feito parte do vocabulário dele. Nunca foram dirigidas a ele quando Joe era criança, e ele nunca as cultivara quando adulto; porém aquela simplesmente saiu rolando pela sua língua.

– Estou suada e melada, e temo estar… bem, cheirando mal. Preciso de um banho.

Certo. Ele riu de si, de como havia passado longe do alvo. Ainda devia estar pensando com seu pênis. Deus era testemunha, ele sabia que não era o sujeito mais amável do planeta. Nem mesmo os pais o tinham amado. Aquela não era bem a declaração sincera que Joe construíra, mas ela estava certa: ambos se encontravam suados e melados, e, embora ele pudesse ser um tolo, não era bobo o suficiente para declinar de uma oportunidade essa noite:

– Precisa de alguém para esfregar suas costas?
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4 comentários:

  1. QUERO MAIS, QUERO MAIS!!!!
    POSTA MAIS, POR FAVOR!!!!
    AMANDO ESSA MINI

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  2. MEU DEUS!!!!!!Muito boa essa fic!!!!! Quero + muito +!!!!!!!!

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  3. Ficou perfeito <3
    Amei muito muito muito esse capítulo, e essa fic perfeita! Posta mais por favor :)
    Fabíola Barboza :*

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  4. EU OUVI UM AMEM????
    Wilmer vai descobrir sera?
    Posta ♥♥

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