27.7.14

Subindo Pelas Paredes - Capitulo 13

 
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Glossário:
*uma expressão igual a dizer “meu cú”... ok... melhor “meu pé” mesmo.
* Chuck Berry ou Charles Simon Anderson Berry (Saint Louis, Missouri, 18 de outubro de 1926) é um compositor, cantor e guitarrista americano. É apontado por muitos como o inventor do rock and roll.
* INXS :banda de rock australiana
*Copo de refrigerante de 900ml vendido na Eleven (loja de conveniência estadunidense)
**Licor Italiano doce e amarelo feito com ervas

Acordei rapidamente, assustada por ser acordada com o calor de um corpo junto a mim, que era decididamente maior do que o corpo que normalmente ficava aninhado no meu lado. Eu rolei com cuidado sobre minhas costas e para longe de Joe, para que eu pudesse vê-lo à luz das lâmpadas, que continuou acesa noite adentro, lutando contra os males de um filme horrível. Eu esfreguei os olhos um pouco, e minha inspecionei minha cama. Ele ainda estava deitado de costas, braços dobrados, como se eu ainda estivesse com ele e pensei em como era bom sentir, finalmente, o aconchego do Bate-Parede.

Mas eu não deveria estar me aconchegando com o Bate-Parede, isso era definitivamente um declive muito, muito escorregadio. Um que eu estava relutante para escalar. E, embora as imagens de escalar um Bate-Parede escorregadio que imediatamente me veio à mente foi longe de ser inocente, eu empurrei-as de lado.

Olhei mais para baixo de sua forma requintada e notei que a manta terrivelmente maravilhosa que foi enrolada entre suas pernas, e lembrei o que ela significava.

Era de sua mãe. Meu coração bateu um pouco mais cada vez que eu pensava em sua voz doce partilhando timidamente esse pedaço dele comigo. Ele não sabia que eu tinha falado com Jillian sobre seu passado. Ele não sabia que eu sabia que seus pais não estavam mais vivos. A ideia de que ele ainda se agarrava a manta de sua mãe era inexoravelmente doce, e mais uma vez meu pequeno coração quebrou.

Eu era próxima de minha mãe louca Dianna, e mais ainda do meu firme pai Eddie. A ideia de que eu iria ter um dia que andar na terra sem sua âncora e sua orientação equivocada me fez estremecer, para não dizer nada sobre perder meus dois pais quando eu tinha apenas 18 anos. Eu nem poderia imaginar isso.

Eu estava feliz por Joe que ele parecia ter tantos bons amigos, e um poderoso defensor como Benjamin o assistindo. Mas quanto por mais que os amigos e amantes podem ser, havia algo que pertencia a alguém que lhe deu totalmente as raízes, as raízes que as vezes eram necessárias quando o mundo lutava contra você.

Joe se mexeu levemente em seu sono, e eu olhei novamente com cuidado. Ele murmurou alguma coisa que eu não consegui entender, mas soou um pouco como 'almôndegas'. Eu sorri, e permiti que os meus dedos deslizassem levemente em seus cabelos, sentindo a seda macia que estava bagunçado no meu travesseiro.

Deus ele faz uma boa almôndega.

Enquanto eu acariciava seus cabelos, minha mente vagava por um lugar onde almôndegas fluíam interminavelmente e tinha pizza todos os dias. Eu ri um pouco para mim quando eu senti o sono começar a me levar de volta, e eu me aninhei de volta para o canto. Quando senti o conforto assumir mais uma vez, que apenas os braços quentes de um homem poderia fornecer, um pequeno alarme gritou em minha cabeça, alertando-me para não chegar muito perto. Eu tinha que ser cuidadosa.

É claro que ambos fomos divinamente atraídos um ao outro, e em outro espaço e tempo estaríamos batendo paredes aos gritos com a pulsação acelerada. Mas ele tinha o seu harém, e eu não tinha o meu O. E quando eu soube que eu estaria disposta a arriscar um sexo com Joe, mesmo sem meu O, não havia nenhuma maneira que eu iria me tornar uma de suas meninas.

Então permaneceríamos amigos. Amigos que se aconchegam. Amigos que fazem almôndegas.

E nós iríamos para Tahoe muito em breve.

Eu me castiguei mentalmente por retratar Joe imerso em uma banheira quente com o Lago Tahoe espalhado em toda a sua glória por trás dele. A visão era realmente muito gloriosa para ser vista.

Minha perseguida e eu nos acomodamos para trás no sono, acordando apenas ligeiramente quando Joe se aconchegou um pouco mais perto.

E mesmo que fosse baixo, e um pouco acima de um sussurro... ele suspirou meu nome.

Sorri quando eu escorreguei de volta no sono.

Na manhã seguinte, eu senti um picada persistente no meu ombro esquerdo. Eu esfreguei-a, mas ela continuou.

- Clive, pare com isso seu imbecil - eu gemi, escondendo a cabeça debaixo das cobertas, embora eu soubesse que ele não iria parar até que eu o alimentasse. Ele era regido por seu estômago.

Então, ouvi uma risada distintamente humana, calma e definitivamente não era Clive. Meus olhos se abriram, e a noite anterior voltou para mim em detalhes brilhantes. O medo, a torta, o aconchego. Eu empurrei meu pé direito para trás, fazendo-o deslizar na cama até que eu o senti parar de encontro a algo quente e peludo, mas agora eu estava mais certa do que nunca, não era Clive. O cutuquei com o meu dedo do pé, avançando mais o meu caminho até que ouvi outra risada.

- Bate-Parede? - Eu sussurrei, sem querer virar. Fiel à forma, eu estava espalhada como uma águia na diagonal da cama toda, a cabeça de um lado, os pés praticamente do outro.

- O primeiro e único - uma deliciosa voz sussurrou em meu ouvido, e meus dedos dos pés e minha perseguida se enrolaram.

- Merda - disse, virando-me de costas para ver o dano. Ele estava encolhido em um canto que meu corpo havia dado a ele, meus hábitos noturnos de partilhar a cama não tinham melhorado mesmo.

- Claro que você pode encher uma cama - ele murmurou, sorrindo para mim de onde ele estava enrolado em uma bola sob o pouco de manta que eu havia deixado para ele. - Se vamos fazer isso de novo, terá que ter algumas regras básicas.

- Isso não vai acontecer novamente, foi em resposta a um filme terrível que você empurrou em nós dois. Sem mais aconchego - eu disse firmemente, pensando em como meu hálito matinal era terrível. Eu coloquei minha mão na frente do meu rosto, respirei, e dei uma cheirada rápida.

- Rosas? - ele perguntou inexpressivo.

- Obviamente - eu sorri. Olhei para ele, requintadamente amarrotado e na minha cama. Ele sorriu aquele sorriso e eu suspirei pesadamente. Permiti-me por um momento para entrar em uma fantasia BateParediana onde eu seria rapidamente virada e devastada por alguns segundos da minha vida, mas eu tive sabiamente o controle da minha puta interior.

- E se você se assustar esta noite? - ele perguntou quando eu sentei e me estiquei.

- Eu não vou - eu disse por cima do meu ombro.

- E se eu ficar com medo?

- Cresça menino bonito, vamos fazer o café e depois tenho que ir trabalhar - eu ri, e bati nele com o meu travesseiro. Eu assisti quando ele deslizou para fora sob a manta, tomando o cuidado de dobrá-la e levá-la consigo para a cozinha, onde ele a colocou suavemente sobre a mesa. Eu sorri pensando no que ele disse pouco antes de adormecer na noite anterior, e, posteriormente, quando ele disse meu nome. O que eu não daria para saber o que estava correndo pela sua mente quando ele disse isso.

Nós nos movendo sobre a cozinha calmamente, moendo grãos, medindo o café, vertendo água.

Coloquei o açúcar e o creme em cima do balcão enquanto ele descascou e cortou uma banana. Eu derramei granola, ele colocou leite e banana nas taças para nós. Em poucos minutos estávamos sentados ao lado um do outro sobre as banquetas, comendo o café da manhã como se tivéssemos feito isso há anos. A facilidade simples que tínhamos virado me intrigava e me preocupava.

- Os planos para o dia? - Eu perguntei, cavando em meu prato.

- Eu preciso passar no escritório da Chronicle.

- Você está trabalhando em algo para eles? - Eu perguntei, surpreendida com o nível de interesse que até mesmo eu pude ouvir na minha voz.

- Vou passar alguns dias trabalhando em uma peça para o jornal em saídas de fim de semana na área da baía, viagem de fim de semana ou esse tipo de coisa - ele respondeu mordendo um pedaço de banana.

- Quando você vai fazer isso? - Eu perguntei, examinando as passas na minha tigela e tentando não parecer muito interessada na sua resposta.

- Na próxima semana, viajo na terça-feira - respondeu ele e meu estômago ficou enjoado de imediato. Na próxima semana, era quando era suposto irmos para Tahoe. Por que diabos eu me preocupava tanto que ele não fosse?

- Eu entendo - eu acrescentei, ainda fascinada com as passas.

- Mas eu vou estar de volta antes de Tahoe, eu estava pensando em apenas dirigir em direto para lá quando eu terminar o meu serviço - disse ele, olhando-me sobre a borda da caneca de café.

- Oh, bem, isso é bom - respondi calmamente, fiquei chocada com a forma como meu estômago já estava pulando por toda parte.

- Quando você vai para lá, de qualquer maneira? - ele perguntou, parecendo estar estudando agora a sua própria tigela.

- As meninas irão com Neil e Ryan na quinta-feira, mas eu tenho que ficar na cidade para trabalhar. Eu vou na tarde de sexta-feira.

- Perfeito, eu vou voltar para buscá-la depois - ele ofereceu e eu tranquilamente acenei com a cabeça. Sentados, nós terminamos nosso café da manhã e assistimos Clive perseguir a um pedaço perdido de algodão ao redor da mesa uma e outra vez. Nós não falamos muito, mas sempre que encontrávamos o olhar um do outro, ambos sorriamos.

MILEY POV

- Hey Jillian! Como você está? Lindo terninho - eu disse, puxando Jillian em um abraço rápido. Eu estava parando no escritório para conversar com Jillian sobre um trabalho de organização que ela queria me consultar, e eu pensei em ir balançar a minha menina Demi enquanto eu estivesse lá e ver se ela queria comer algum lanche.

- Obrigado amor, você está bem? Como está indo com Neil, animada para a próxima semana? - ela perguntou, olhando-me com cuidado.

- Sim, nós devemos ter um grande momento. Ryan e Neil irão nos conduzir até lá na próxima quinta, mal posso esperar! - Eu gritei. Eu estava muito animada com a viagem, eu tinha essa sensação estranha sobre todos nós ali juntos, mas eu não conseguia dizer o que era.

- Bem, venha até meu escritório e podemos conversar lá, quer um pouco de chá? - ela se ofereceu enquanto nós fizemos nosso caminho pela área da recepção e até a longa escadaria. Eu podia ouvir Demi rindo quando chegamos ao degrau mais alto, ela tinha uma risada que você poderia reconhecer no meio de uma multidão.

- O que está a deixando tão risonha hoje? - Perguntei enquanto caminhávamos em direção ao escritório mais próximo de Demi a caminho do de Jillian.

- Novo cliente, eu não sei quanto trabalho eles estão realmente fazendo ai, mas eles com certeza estão se divertindo - observou ela, levantando uma sobrancelha. Nós duas instintivamente abrandamos quando passamos pela porta de Demi, e eu não pude evitar, mas espiei. O que eu vi me fez congelar.

James Brown.

Demi estava encostada em sua mesa, ainda rindo como um mergulhão enquanto James Brown parecia estar enterrado em livros de design. Ele estava rindo, assim, eles pareciam bastante confortáveis. Enquanto eu olhava, eu o vi chegar do outro lado da mesa e tocar a mão dela, e ela não a tirou.

Eu inalei, preparando-me para pular e logo em seguida chutar a bunda dele quando eu fui retirada dos meus sapatos e fui movida da porta por uma Jillian surpreendentemente forte. Quando uma mão agarrou firmemente sobre a minha boca e a outra se envolveu em torno da minha cintura, eu estava sendo arrastada pelo corredor como um manequim até seu escritório. Ela voltou correndo rapidamente pelo corredor para pegar meus sapatos e voltou para dentro, fechando a porta firmemente atrás dela.

- Jillian! Que inferno! - Eu disse, calçando meu calçado e, em seguida, pisando o meu tamanho 35 com raiva. - Você sabe quem ele é?

- Eu sei que ele é novo cliente da Demi, que está prestes a gastar uma tonelada de dinheiro com esta empresa e pelo olhar no seu rosto, alguém que eu não quero que você grite. Meu Deus Miley, você parecia uma chaleira! Eu nunca tinha visto o rosto de alguém chegar tão rápido no vermelho... - ela suspirou, afundando-se em sua cadeira. Eu comecei a andar para trás e para frente em seu escritório, continuando a ficar mais e mais irritada.

- Novo cliente meu pé*, ele é James! - Eu gritei.

- Eu conheço James Brown. Ele parece bastante inofensivo - ela deu de ombros, tomando seu chá com uma xícara de porcelana.

- Você sabe quem ele realmente é? - Eu perguntei, virando-me para enfrentá-la, tentando manter o meu nível de voz.

- Chuck Berry*? Brincando, estou brincando! Sim, eu sei que ele é um ex-namorado de Demi, o que é o grande negócio? Ela parece bem em trabalhar com ele. Eu perguntei a ela antes de ela concordar em assumir o serviço, ela pode lidar com isso - ela me garantiu, imaginando que todo o alarido era sobre isso. Me afundei na cadeira lateral na sua frente, tentando reunir os meus pensamentos. Eu tomei uma respiração profunda.

- Jillian, ele não é um ex-namorado, ele é o ex-namorado. O ex-namorado de todos os ex-namorados.

- Ok, você vai ter que explicar isso, eu não tenho idéia do que isso significa - ela sorriu, mordiscando um biscoito. Eu suspirei e tentei pensar como eu poderia dizer a Jillian sobre Demi e James, e o mais importante em como Demi era com James.

- Eles namoraram realmente sério, eram praticamente noivos até que Demi terminou com ele. Ele não aceitou tão bem, e realmente não estava bem em deixá-la ir. Ele não é acostumado a não conseguir o que ele quer - respondi, mastigando um pedaço do meu cabelo.

- Eu já tive esse sentimento, mas eles parecem estar bem juntos - assegurou ela, oferecendo-me uma xícara de chá também.

- Claro, agora eles estão bem. É assim que isso começou. Mas James, ele é, bem... ele não é só bom para ela. Ele tem essa forma de fazê-la duvidar de si mesma, limitando-se.

- Demi? Por favor, aquela menina consegue exatamente o que ela quiser! Eu nunca tinha visto ela desistir de nada - Jillian bufou.

- Oh, realmente? Ela quase não aceitou o seu estágio Jillian - eu bufei de volta, meu rosto endurecido. Ela parou de roer as unhas.

- Por que diabos ela...

- James não queria que ela tivesse que trabalhar depois da faculdade - eu interrompi, recostando na minha cadeira quando ouvi os dois saírem do escritório de Demi.

Jillian e eu olhamos uma para a outra enquanto ouvimos os dois discutirem sobre onde ir almoçar.

- Nós devemos apenas ir para o restaurante tailandês ao virar da esquina, é tão bom, e isso vai ser mais rápido.

- Demi, eu estou realmente com vontade de comer comida vietnamita, você não acha que seria melhor?

- Você esqueceu que eu não gosto realmente de comida vietnamita? - Eu ouvi Demi dizer, e eu mentalmente bati palmas por isso.

- Vamos lá, você pode pedir uma sopa - ronronou James, e eu quase podia ver o olhar no seu rosto.

Jillian sorriu por trás de sua mesa.

- Não vou mesmo menino bonito, Demi detesta comida vietnamita - disse ela, confiante. - Tudo bem, será comida vietnamita, eu posso encontrar alguma coisa - ouvimos Demi dizer, e eu balancei minha cabeça com tristeza.

- Eu só não gosto de tudo isso - sussurrei para Jillian, seu rosto refletia o olhar do meu.

Mensagens interceptadas de Miley e Selena

Você sabia que Demi está trabalhando com James?

Que James?

James Brown obviamente, quem mais?

NÃO! Que diabos?

Ele é o seu novo grande cliente... lembra que ela nos contou sobre isso? É claro que ela se esqueceu de mencionar que era ele

Eu vou chutar o rabo dela quando eu a encontrar... tomara que ela não cancele Tahoe

Ryan te disse que ele vai levar seu violão?

Sim, ele me disse que queria fazer algum tipo de merda de cantar junto.

Ele disse? Haha, eu pensei que seria divertido...

....

Mensagens interceptadas entre Neil e Miley

Hey pequena, ainda vamos jogar boliche com Selena e Ryan esta noite?

Sim, e é melhor você jogar bem, Selena e eu somos muito boas.

Selena sabe jogar? Wow...

Porque que esse Wow?

Eu só não esperava que ela jogasse, é tudo, te vejo hoje à noite

....

Mensagens interceptadas entre Neil e Joe

Você ainda está pensando em viajar conosco neste fim de semana?

Sim, mas eu vou chegar um pouco atrasado, tenho um serviço.

Quando você vai chegar?

Sexta a noite, paro na cidade e vou até lá

Por que diabos você vai voltar para a cidade se você pode fazer um percurso direto para Carmelo?

Eu só preciso pegar algumas coisas para o fim de semana.

Cara, arrume suas merdas e leve sua bunda para Tahoe.

Eu vou, só preciso pegar Demi primeiro.

Entendi.

Você não entendeu nada.

Eu entendi tudo.

Tem certeza disso Grandão? E quanto a Selena?

Selena? Porque é que todo mundo me pergunta sobre Selena?

Hum...Nos vemos em Tahoe.

....

Mensagens interceptadas entre Miley e Demi

Você tem alguma explicação para dar ...

Oh não, eu odeio quando você dá uma de Ricardo comigo... o que eu fiz?

Explique-me porque você não me contou sobre seu novo cliente? Demi, não ignore a minha mensagem... DEMETRIA!

Oh se acalme, é exatamente por isso que eu NÃO disse para você

Demi Lovato, essa é uma notícia que, obviamente, eu deveria saber!

Olha, eu posso lidar com isso ok? Ele é meu cliente, e ainda mais que ele vai gastar uma quantia obscena de dinheiro nesse projeto

Eu sinceramente não me importo com o quanto ele está gastando, eu não quero trabalhar com ele.

Escute a si mesma! Vou aceitar a qualquer novo cliente muito bem, por favor! Eu tenho tudo sob controle...

Vamos ver... eu ouvi um boato de que você irá até Tahoe com o Bate-Parede?

Wow, mudando de assunto. Sim, eu vou

Bom... peguem o caminho mais longo.

O que diabos isso quer dizer?

Miley? Você está aí?

Maldita seja Miley... OLÁ?
 
....

Mensagens interceptadas entre Joe e Demi

Bate Parede... vêm Bate-Parede

Bate-Parede não está aqui, só o exorcista

Não foi nem um pouco engraçado...

O que houve?

Que horas que você vem me pegar na sexta?

Eu devo estar de volta à cidade às 3 da tarde, e se você puder cair fora do trabalho um pouco mais cedo podemos vencer a hora do rush.

Eu já disse a Jillian que eu precisava sair um pouco cedo. Onde está você agora?

No Carmelo, numa colina com vista para o mar

Menino você é um armário romântico...

Eu sou um fotógrafo, vou para onde o dinheiro é atirado

Oh homem, nós não estamos discutindo onde o dinheiro é atirado.

Além disso, eu pensei que você era uma romântica .

Eu te disse, eu sou uma romântica prática.

Bem, então em termos práticos, até mesmo você gostaria de receber a visão que eu estou olhando agora, ondas, sol, é bom.

Você está sozinho?

Sim.

Aposto que você desejaria nunca estar...

Você não tem idéia

Pfft ... seu velho molenga

Não há nada mole em mim Demi

E estamos de volta...

Demi?

Sim

Nos vemos mais tarde

Sim

....

Mensagens interceptadas entre Demi e Selena

Você pode me dar endereço novamente para a casa para que eu possa configurá-lo ao GPS?

Não

Não?

Não, até que você me diga porque você estava escondendo James Brown

Jesus, é como ter duas mães a mais...

Não se trata de sentar-se em linha reta ou comer mais vegetais, nós precisamos ter uma conversa sobre sua postura em algum ponto...

Inacreditável

Sério Demi, nós apenas estamos preocupadas.

Sério Selena, eu sei. Endereço por favor?

Deixe-me pensar sobre isso.

Não vou perguntar de novo...

Sim, você vai... você quer ver o Bate-Parede nessa banheira, não minta.
 
Eu te odeio...
 
.....

Mensagens interceptadas entre Joe e Demi

Você já saiu do trabalho?

Sim, em casa e esperando por você

Agora isso traz um visual bonito...

Prepare-se Bate-Parede, eu estou tirando o pão do forno

Não me provoque mulher... abobrinha?

Amora e laranja... mmm

Nenhuma mulher jamais fez as preliminares de um pão da forma como você faz.

Quando você vem?

Não. Consigo. Dirigir.

Podemos ter uma conversa quando você não tiver com doze anos?

Desculpe, eu estarei ai em 30 minutos

Perfeito, isso vai me dar tempo de assar meus bolos...

O que?

Oh, eu não te disse? Também fiz rocambole de canela

Eu estarei ai em 15 minutos...

*   *   *   *   *   *

- Eu não vou ouvir isso.

- Como o inferno, é o meu carro, o motorista escolhe música.

- Na verdade, você está errado sobre isso. O passageiro escolhe sempre a música, é o que você recebe quando você desiste dos privilégios de dirigir.

- Demi, você não tem sequer um carro próprio, então como você poderia ter privilégios de condução?

- Exatamente, por isso, ouça o que eu escolher.

- Mas é uma viagem, você pode desligar isso?

- "É uma canção Bate-Parede, pega essa bebezão - eu o critiquei, sentada no meu lugar depois de mudar a estação de rádio pela centésima vez. Eu bati o iPod e rolei até que encontrei algo que eu pensei que iria nos agradar igualmente.

- INXS*? Mesmo? - perguntou ele, erguendo a sobrancelha e sorrindo.

- Eu ainda estou de luto por Michael, você não tem ideia do fraquinho que tive por ele - eu suspirei, dobrando as pernas para debaixo de mim e vendo a rodovia como por zumbidos.

- Boa música - ele concordou e nós dois cantarolamos juntos.

A viagem tinha sido ótima até agora, e apesar de eu detestar a admitir, o Bate-Parede foi rapidamente se transformando em uma das minhas pessoas favoritas. Eu estava errada sobre ele, embora pensando em antes, ele estava entregando orgasmos através da minha parede constantemente naquela época, era compreensível que nós não gostássemos um do outro.

Olhei para ele, cantarolando INXS, rufando seus polegares ao longo do volante no ritmo da música. Enquanto ele estava concentrado na estrada, aproveitei a oportunidade para catalogar algumas das suas características mais dignas.

Queixo? Forte.

Barba? Cerca de dois dias faz valer a pena e é agradável.

Lábios? Bonitos e só de olhar... talvez eu pudesse fazer a minha própria língua inspecionar um pouco...

Sentei-me em minhas mãos para me impedir de lançar-me sobre o console. Ele continuou a cantarolar e tamborilar.

- O que está acontecendo ai Menina da Camisola, você está um pouco pálida. Está precisando de um pouco mais de ar? - perguntou ele, mexendo no condicionador de ar.

- Não, eu estou bem - respondi, minha voz soando ridícula até mesmo para meus próprios ouvidos. Ele me olhou com estranheza, mas retomou o seu tamborilar.

- Eu acho que está na hora da pausa para o pão de amora e laranja, me dá um pedaço - ele disse um instante depois, quando minha mente estava entregando-se a uma fantasia leve de como eu poderia exatamente manobrar o seu pênis na minha piriquita mantendo uma boa velocidade na estrada.

- Eu vou pegar! - Eu gritei rapidamente, mergulhando no banco de trás em alta velocidade, surpreendendo a ambos. Eu fiquei com minhas pernas no ar, e meu fundo exposto enquanto eu apertava a minha cabeça para baixo em minhas mãos para trás do assento. Eu podia sentir minhas bochechas vermelhas e me dei um tapa para me trazer de volta a este mundo.

- Essa é uma bunda gostosa, minha amiga - ele suspirou suavemente, inclinando a cabeça sobre ela como se fosse um travesseiro.

- Hey. Homem-Bunda. Preste atenção à estrada e não na minha bunda ou nenhum pão para você - Eu o repreendi, dando em sua cabeça uma colisão com o meu bumbum e me fazendo a bater de novo quando ele veio na mesma direção.

- Demi, você precisa controlar a si mesma ai ou eu vou ter que te puxar.

- Oh calado, aqui está o pão maldito - eu disse de volta, rastejando para trás em minha cadeira de uma maneira sem graça e jogando o pão para ele.

- Que porra é essa? Não jogue ele, e se tivesse machucado ele? - exclamou ele, acariciando gentilmente a folha do pão embrulhado.

- Eu me preocupo com você Joe, eu realmente me preocupo - eu ri, olhando para ele abrindo o final da embalagem.

- Você quer que eu corte um pedaço, ou você pode apenas fazer isso - Eu fiz uma careta, quando ele deu uma mordida gigante na ponta.

- O que cê quer? - perguntou ele, pulverizando migalhas ao longo do assento dianteiro.

- Como você funciona na sociedade normal? - Eu perguntei, balançando a cabeça quando ele deu outra mordida de monstro. Ele apenas sorriu e continuou a comer todo o pão em menos de cinco minutos.

- Você vai passar mal, isso era para ser comido pedaço por pedaço, não totalmente engolido - disse eu, balançando a cabeça. Sua única resposta foi a arrotar alto e tocar sua barriga. Eu não pude segurar, mas ri.

- Você é um doente fodido Bate-Parede - Eu ri.

- Você ainda está intrigada, porém, não é? - ele sorriu, prendendo o limão verde em mim de tal maneira que eu senti minha calcinha realmente se desintegrar.

- Estranhamente, sim - admiti, sentindo meu rosto esquentar novamente.

- Eu sei - ele sorriu e seguimos em frente.

- Ok, a curva deve estar chegando antes mesmo de virar esta esquina, eu me lembro dessa casa - eu gritei, saltando no meu lugar, excitada. Fazia um tempo desde que eu tinha vindo até aqui, e eu tinha esquecido como era bonito. Eu amava Tahoe no verão, todos os esportes aquáticos e tudo mais. Mas no outono? O outono era bonito aqui.

- Graças a Deus, eu preciso fazer xixi - Joe suspirou, como ele vinha fazendo nos últimos vinte e tantos quilômetros.

- Essa é sua própria culpa por beber aquele Big Gulp* - eu adverti, ainda pulando fora.

- Uau, é aqui? - ele perguntou quando ele virou a esquina. As lanternas iluminaram o caminho até a entrada para uma casa de cedro alastrando de dois andares com uma lareira de pedra gigante até o lado esquerdo. Os carros já estavam na calçada, e eu podia ouvir a música que vinha da volta.

- Parece que nossos amigos já fizeram sua festa - Joe percebeu, quando ouvimos guinchos e risos vindo da parte de trás da casa.

- Oh, eu não duvido. Meu palpite é que eles estão bebendo desde o jantar e estão meio nus na banheira de água quente até agora - eu ri, andando para trás para pegar minha bolsa.

- Bem, nós vamos ter que surpreendê-los agora, não vamos? - Ele piscou, tirando uma garrafa de Galliano** de sua bolsa.

- Eu pensei que nós poderíamos dar algumas Batidas na Parede.

- Agora, não é interessante, eu estava pensando a mesma coisa - retruquei, tirando uma garrafa idêntica da minha bolsa.

- Eu sabia que você estava morrendo para me ter dentro de você Demi - ele riu, pegando minha bolsa e a dele quando fomos em direção à porta.

- Por favor, você queria era fazer uma bebida e a chamar de Camisola Rosa só para me ter em sua boca, e nem sequer tente mentir sobre isso - ri, cutucando-o com o meu ombro. Ele parou no meio do caminho e olhou-me ferozmente.

- É um convite? Porque eu sou um inferno de um barman - declarou simplesmente, os olhos brilhando na escuridão.

- Eu não tenho nenhuma dúvida - eu respirei, o espaço entre nós agora pesado com a tensão que estava se tornando ridiculamente difícil de ignorar. Eu tomei uma respiração profunda, e eu notei que ele também fez isso.

- Vamos, vamos entrar e começar este fim de semana - ele riu, me empurrando com o ombro e quebrando o feitiço.

- Começando - eu murmurei, subindo o caminho bem atrás dele.

Será que eu olhei para sua bunda por todo o caminho?

Inferno sim.

Encontrando a porta da frente aberta, Joe e eu escondemos as malas e fizemos o nosso caminho através da casa para o deck traseiro. Lá, o deslumbrante lago estava espalhado diante de nós, apenas mal iluminado pelas tochas que pontilhavam a doca e os caminhos que levaram até a costa. Toda a volta da casa era acompanhada por tijolos e decks, e foi ali que encontramos os nossos amigos.

- Demi!! - Miley gritou da banheira, onde ela e Ryan estavam jogando água um no outro. Ah, já estávamos no Alto Bêbado.

- Miley! - Eu gritei de volta, procurando em volta por Selena. Ela e o Neil estavam empoleirados no banco de pedra da pira, assando marshmallows. Ambos acenaram alegremente, Neil gesticulando obscenamente com sua vara.

- Fazê-los ver o erro disso pode ser mais fácil do que pensávamos, companheiro casamenteiro - sussurrei para Joe, que já estava começando a misturar um cocktail no bar do pátio.

- Você acha que isso vai ser tão fácil? - ele sussurrou de volta, dando a seus amigos o aceno de cabeça internacional de caras que dizia: "E ai cara?"

- O inferno, sim, eles já estão quase lá sem a nossa ajuda. Tudo que temos a fazer é mostrar a eles o que já está bem na frente deles - eu sussurrei de volta.

- Você não acha que eles veem isso? - perguntou ele, entregando-me um cocktail.

- Eu não vejo como eles perderiam todo esse tempo, eles estão olhando bem na cara - eu respondi, tomando um gole.

- Então, como eu estou? - perguntou ele, piscando o olho.

- Este é um Bate-Parede?

- É

Eu tomei um gole, o gosto rodou em volta da minha boca e na minha língua.

- Você é tão bom como eu sabia que você ia ser - eu sussurrei, tomando um gole perigosamente grande.

- Para as coisas que estão bem na sua cara - acrescentou ele, batendo o seu em meu copo e tomando o seu próprio grande gole.

- Para as coisas que estão bem na sua cara - repeti, os nossos olhos se encarando.

Maldito vodu bate bate...

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