19.7.14

Lento - Capitulo 11

 
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APESAR DE ter reconhecido o edifício alto exclusivo e ter sido avisado, pelos comentários de Demi, sobre a cama e a banheira dela, Joe não estivera realmente preparado para a opulência daquela cobertura.

Em primeiro lugar, só em filmes ele vira elevadores que davam direto para dentro de apartamentos. Não achava que eles existissem de verdade.

Não que estivera prestando atenção até que as portas tinham se aberto com uma campainha suave. Porque, desde o instante em que eles haviam entrado no elevador, na garagem, ele tivera as mãos no traseiro de Demi, e a boca na lateral do pescoço elegante.

O aroma do cabelo castanho e da pele doce fizera Joe se sentir inebriado, e ele fora incapaz de resistir envolver-lhe a cintura por trás e pressioná-la contra si.

Ambos tinham estado distraídos então. Ela lhe envolvera o pescoço nos braços, segurando-o no lugar. Arqueando-se contra a ereção dele, Demi emitira um gemido primitivo de prazer que o informava de que talvez ela gostasse daquela posição em particular, sem as roupas.

Humm.

Isso poderia definitivamente ser arranjado, embora não antes que ele a tivesse face a face primeiro. Queria ver aqueles olhos castanhos expressivos enquanto a preenchesse lentamente, queria ouvir-lhe os gemidos, os sons baixinhos que falavam de prazer.

Depois disso... bem, ele nem mesmo poderia começar a listar as maneiras que queria esta mulher.

Joe visualizou a maioria delas enquanto subiam no elevador. Então eles chegaram ao andar, as portas se abriram, e ele sentiu como se tivesse entrado numa loja de móveis onde Oprah fazia compras, no sofisticado bairro de Chicago, Magnificent Mile.

O hall de entrada era provavelmente de mármore italiano, não que Joe conhecesse o material. Mas duvidava que eles permitissem alguma coisa falsa naquele prédio.

Vasos altos e graciosos, com uma profusão de enormes flores brancas posicionadas com perfeição, de cada lado do foyer, proporcionavam uma atmosfera de inverno, quase com neve. Bem no meio de junho.

Além de um tapete luxuoso, estava a sala de estar. Mais vasos e flores erguiam-se como sentinelas por toda parte. Grandes espelhos com molduras de ouro enviavam seu próprio reflexo de volta para ele, uma dúzia de vezes. Diversas obras de arte de aparência cara estavam penduradas nas paredes.

Um imenso sofá de couro branco parecia muito impecável para se sentar, e Joe provavelmente teria de vender sua picape para substituir o topo de mármore da mesinha de centro se ousasse deixar a marca de um copo ali.

O lugar era inacreditavelmente elegante. Com móveis caros. Lindos. Ricos.

E o cômodo mais frio que ele já vira na vida.

Totalmente adequado para a princesa do gelo do distrito financeiro. Mas não para a mulher que o agarrara pela camisa, empurrara-o contra o muro do lado de fora do pub para beijar sua boca.

Demi estava observando-o, tendo entrado na frente dele para apertar alguns botões num painel de alarmes de segurança. Havia um brilho de hesitação na fisionomia dela, como se realmente se importasse com o que ele pensava de sua casa. Por que ela se importaria com a opinião de um membro de uma equipe de resgate, cuja única obra de arte em seu apartamento era uma foto de um dálmata num caminhão de bombeiro, Jack não tinha ideia. – Então?

– Uau.

Demi envolveu a cintura com os braços e olhou ao redor da sala, obviamente notando a falta de entusiasmo na resposta dele.

– Minha irmã decorou a cobertura para mim – sussurrou ela. – Eu simplesmente não tenho talento para esse tipo de coisa. Ou visão.

Aquilo fazia sentido. Pelo que ele ouvira falar dela, Joe não tinha o menor interesse em conhecer a irmã de Demi. Especialmente se ela visualizasse isto quando olhava para Demi, a quem obviamente não conhecia bem.

– Linda vista – murmurou ele, com sinceridade. A vista da cidade de Chicago iluminada era realmente magnífica. Uma parede inteira de janelas corria a largura da sala de estar, expondo a cidade abaixo como se ele estivesse olhando, de cima, para uma galáxia de estrelas.

Demi deu um sorriso amplo.

– Não é mesmo? Foi por isso que eu comprei o apartamento. Bem, por isso, e por causa do banheiro.

Comprou. Ela possuía aquela obra de arte gelada. Não o pai dela, não a família dela. Demi não apenas alugava o lugar. A mulher que ele levara para comer asas de frango e tomar cerveja tinha dinheiro suficiente para comprar um lugar como aquele.

Ele soubera que ela era muito rica. Logicamente soubera. Entretanto, não absorvera por completo o significado daquilo até agora.

Seus pés, de repente, pareciam pesados. Pela primeira vez desde o momento em que haviam se conhecido, Joe se sentiu um pouco intimidado. Desconfortável diante da evidência irrefutável de como eles eram diferentes.

Ele não poderia lidar com aquilo. Nem mesmo queria tentar.

– O que aconteceu?

Joe reprimiu o desconforto momentâneo. Amanhã talvez pensasse no quanto eles eram inadequados um para o outro. Esta noite, eram perfeitos um para o outro da única maneira que realmente importava. Ele podia ser seu igual em outros aspectos.

Começando no quarto dela.

– Nada. – Joe sorriu. – Então, onde é a tal banheira para três pessoas?

– Ei, nada de coisas bizarras – relembrou ela com uma piscadela maliciosa. Então virou-se e seguiu o corredor, livrando-se das bonitas sandálias de tirinhas no meio do caminho, como se não quisesse perder tempo uma vez que eles chegassem na cama.

Ele seguiu, não de maneira apressada, porque eles tinham a noite inteira, mas ainda incapaz de remover a camiseta pela cabeça, jogando-a no chão com as sandálias de Demi.

Ela liderou o caminho para dentro de um quarto escuro, acendeu a luz e virou-se para ver a reação dele. Mas quando o viu parado ali, apenas com o jeans baixo nos quadris, congelou, como se nunca tivesse visto o corpo de um homem antes.

– Ah, meu Deus.

A mulher sexy lambeu os lábios enquanto seu olhar ávido percorria o peito e ombros nus de Joe.

– Eu nunca imaginei – sussurrou ela, erguendo uma mão em direção a ele. Não se aproximou, apenas roçando a ponta de um dedo ao longo do pescoço dele, antes de parar na altura da garganta. E lá permaneceu, conectado com sua pulsação. – Nunca vi um homem mais lindo.

Joe emitiu um misto de gemido e risada.

– Estou falando sério. Você é lindo. Deveria estar à mostra em algum lugar, mergulhado em bronze. Você é tão sólido, tão forte. – Demi deslizou a mão para o peito dele, roçando-lhe o abdômen com unhas pintadas de cor-de-rosa. Ela não pausou, acariciando-o até que alcançou o cós da calça jeans. Visivelmente engolindo em seco, acrescentou: – E ao mesmo tempo, tão esbelto. – Você está me matando. Sabe disso, certo? Ela o ignorou.

– Eu imaginei... quando fui ao leilão... que você seria muito magro. Elegante. Não... não assim.

Joe riu. Muito magro ele não era. E elegante nunca tentara ser.

– Eu faço exercícios. Não por vaidade, mas por necessidade.

Joe jamais colocaria a vida de alguém em risco por não estar em forma para realizar seu trabalho. Ele levantava macas... geralmente com corpos pesados sobre elas... todos os dias. Espremia-se em pequenos espaços dentro de prédios em ruínas, frequentemente se arrastando ao redor de equipamentos pesados. Essas coisas importavam... possivelmente o bastante para ser a diferença entre vida e morte de uma pessoa ferida. Ter um bom condicionamento físico era um requerimento essencial para sua própria segurança, assim como para a segurança de outros.

– É uma necessidade que os seus ombros sejam tão largos quanto as minhas pernas são longas?

Ele riu, olhando para aquelas pernas delicadas e sexys, totalmente proporcionais ao restante do corpo de Demi, apesar de ela alegar que eram curtas demais.

– Acho que isso é um pouco de exagero. – Então ele segurou-lhe os quadris e puxou-a para mais perto. – Mas eu estou disposto a examiná-las, de maneira íntima e pessoal, apenas para me certificar. – Eu detestaria lhe pedir tamanho sacrifício.

– O que posso dizer? Eu sou um bom sujeito.

Demi, que estava se aconchegando mais, enquanto eles faziam aquele jogo de preliminares verbais, inclinou a cabeça para trás e observou-o com intensidade.

– Você é realmente um bom sujeito, não é?

– Você fala como se isso fosse uma coisa ruim.

Ela meneou a cabeça.

– Você é uma contradição, só isso. Eu não sei se o entendo.

– Entenda isso. – Ele não disse mais nada, abaixando-se para cobrir a boca de Demi com a sua. Entrelaçando as mãos no cabelo dela para segurar sua cabeça, lambeu-lhe os lábios, demandando acesso.

Demi abriu-se, sua língua encontrando a dele numa deliciosa exploração. Diferente do beijo frenético do lado de fora do pub. Diferente... porém, tão bom quanto.

Seus corpos se uniram com uma graça fluída, as partes suaves de Demi se aninhando ao seu corpo mais rígido, moldando-se ao peito largo, ao membro viril, às coxas grossas. Cada curva delicada oferecia calor e puro convite feminino.

– Joe... – sussurrou ela contra sua boca, embora ele soubesse que ela não tinha nada a dizer. Nada que realmente precisasse ser dito.

Eles haviam conversado muito desde que se conheceram. Agora era hora de seus corpos fazerem toda a comunicação.

Pegando a bainha da blusa cor-de-rosa, Joe ergueu-a com lentidão agonizante. Ele não olhou, não confiou em si mesmo para ver e não perder o controle. Em vez disso, concentrou-se em beijar-lhe a testa, traçando-lhe a maçã do rosto com a boca, descendo numa trilha de beijos até o lóbulo delicado. E continuou subindo a blusa dela, centímetro por centímetro, permitindo o prazer do contato com a pele quente e macia apenas na ponta de seus dedos.

Ela estava ofegando, a respiração entrecortada soprando no pescoço de Joe, enquanto se contorcia contra suas mãos.

– Por favor.

– Humm, humm – replicou ele, não lhe dando o que ela queria. Demi podia ter estado no controle do lado de fora do pub. Mas por hora, na primeira vez deles, ele assumiria o controle.

Joe gostava de tudo devagar. E pretendia fazê-la diminuir o ritmo também. Queria que Demi aceitasse cada gota de prazer que ele lhe desse, em vez de apressar ambos em direção ao precipício e saltar sobre este.

– Você tem a pele mais macia que eu já senti – murmurou ele.

– A sua é áspera – sussurrou ela, a voz rouca, desejosa. Roçando o rosto contra o maxilar dele, tremeu e acrescentou: – Deliciosamente áspera.

– Não muito áspera para seu rosto?

Ela meneou a cabeça, sem palavras, como se estivesse com medo de distraí-lo do progresso lento e firme na remoção de sua blusa. Ele alcançara a parte de baixo de seu sutiã agora. Lembrando-se do encontro anterior deles, a mente de Joe foi inundada com a imagem daquele sutiã cor-de-rosa, mal cobrindo os mamilos rijos e magníficos.

– Não muito áspera para seu pescoço também? – Ele moveu-se para a área em questão, beijando a coluna elegante, pressionando a boca na curva externa da garganta.

Ela meneou a cabeça novamente, então ergueu os braços e entrelaçou os dedos no cabelo dele. Joe afastou-se apenas o bastante para lhe remover a blusa, as palmas deslizando pelas laterais dos seios generosos, subindo ao longo dos braços erguidos dela. Desembaraçou o tecido do cabelo grosso e longo e jogou a blusa de lado.

Olhando-a, fez uma prece silenciosa por força, visualizando as infinitas maneiras que queria saborear aqueles seios lindos, mal contidos por sua cobertura de renda. Ah, tantas maneiras. Logo.

– E quanto a aqui? – perguntou ele, descendo pelo corpo dela. – Muito áspero aqui, querida? – Joe ajoelhou-se na frente de Demi, deixando sua boca roçar o centro do bonito sutiã, antes de descer para a pele vulnerável da barriga.

Ela suspirou. E o suspiro se transformou num gemido quando Joe esfregou o rosto ali, lambendo o lugar sensível onde renda cor-de-rosa encontrava carne feminina quente.

– Isso é... isso é bom...

– Que ótimo. Então suponho que isso também seja bom. – Ele beijou-lhe a barriga, mergulhando a língua no pequeno umbigo, para prová-la, então descendo para o cós da calça dela. Demi não fez esforço para detê-lo enquanto ele desabotoava, abria o zíper, então lhe removia a calça, permitindo que seu rosto entrasse em contato com mais daquele corpo deleitoso, conforme este era revelado. – Isso definitivamente é bom.

Mais do que bom para ele. Especialmente quando se afastou o suficiente para vê-la numa minúscula calcinha. Um pedaço de tecido cor-de-rosa dançava sobre pelos escuros que Joe viu sombreado entre as pernas delgadas, e um pequeno laço de renda estava amarrado em cada quadril.

Quadris que ele roçou, mordiscou e lambeu, contornando-os, quase gemendo ao ver quão pouco havia na parte de trás. Pouco? Praticamente nada.

Era uma calcinha fio-dental.

Joe teve de segurar aquelas nádegas nas mãos e apertá-las.

– Incríveis. Nunca mais quero ouvir você dizer que queria ter outro corpo.

O jeito como as pernas dela tremeram e os quadris se moveram com investidas quase imperceptíveis disse a ele o que Demi queria. Mais toques íntimos. Mais beijos íntimos.

Mais.

Ainda segurando-lhe o traseiro, ele puxou-a para mais perto, inclinando-lhe a pélvis, de modo que sua boca arranhasse a frente da calcinha. Joe inalou-lhe o cheiro, deleitando-se com a maciez dos cachinhos contra seus lábios, a parte mais feminina parecendo tão delicada e tão bonita, mesmo através do tecido.

– Ah, Deus, por favor – gemeu ela.

Ele poderia lhe dar o que ela queria. Poderia facilmente puxar o elástico de lado, mergulhar a língua no centro úmido. Já podia imaginar o jeito que Demi se contorceria quando ele acariciasse o botão pulsante no topo da colina feminina. Podia quase sentir a essência que estava inalando com cada respiração. Queria desesperadamente lamber os lábios do sexo dela e saboreá-la.

Mas isso seria se adiantar no jogo.

Então Joe começou seu caminho para cima.

– Agora que nós temos certeza que eu não preciso me barbear, onde estamos?

Ela gemeu, tremendo enquanto ele passava por suas zonas mais erógenas.

– Eu retiro o que disse sobre você ser um bom sujeito – murmurou ela num sussurro quebrado. – Você está sendo malvado agora.

– Ah, Demi, eu não sou malvado. – Agora, parado bem na frente dela, Joe carinhosamente alisou-lhe a face e beijou-lhe a boca. – Sou apenas muito, muito paciente.

Sem outra palavra, ele a ergueu nos braços, carregando-a, sem esforço, para a enorme cama que dominava o quarto. E começou a lhe mostrar o quão paciente podia ser.
 
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Mais um como prometido ;)

4 comentários:

  1. Consegui acompanhar! Cheguei logo na parte que as coisas começam a esquentar. ADORO! Será que a Demi vai dar um gelo no Joe dps? Ou será que alguém vai questionar ela por ter comprado um cara? Ansiosa, nao demore a postar please

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  2. Adorei gente! Continua por que essa mini fic esta demais :)
    Fabíola Barboza :*

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  3. Posta. Por favor!!!!
    Te enviei meu número.pelo email e vc não me adicionou, hein gata!!!

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