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FAZIA TRÊS dias inteiros, e Joe ainda não tinha superado sua raiva... e sua confusão... em relação ao que acontecera com Demi, na quarta-feira. Vinha pensando sobre aquilo sem parar. Revivendo cada momento em sua cabeça, cada conversa, cada olhar, cada toque.
Quando, perguntou-se, ela decidira que ele era o tipo de homem que podia ser comprado?
Demi devia estar muito estressada ou algo assim. As mentes de pessoas normais não pensavam esse tipo de coisa sem motivo. O que deveria tê-lo convencido que era melhor que eles nunca mais se vissem. Todavia, em vez disso, ele estava zangado. Zangado... e até mesmo triste pelo fato de ela ter se tornado tão dura devido à vida familiar incomum.
Joe estava tentando arduamente esquecê-la. Sem sucesso, mas estava dando tudo de si. Motivo pelo qual tinha descontado tudo no jogo desta manhã.
Aos sábados de manhã, ele gostava de jogar beisebol com alguns colegas de trabalho. Alguém que estivesse de folga o encontrava no parque local... perto do posto de serviço, de modo que os plantonistas que ficavam de sobreaviso pudessem se juntar a eles, de vez em quando.
Eles já haviam jogado cinco ciclos, com Joe jogando na terceira base, antes de parar, por causa do calor crescente do dia e da mudança de turno ao meio-dia. Enquanto ele se dirigia para os bancos, a fim de pagar suas coisas, seu celular tocou. Joe tirou-o do bolso lateral, olhou para o identificador de chamadas, mas não reconheceu o número.
– Wallace – disse ele secamente. Inclinou a cabeça para segurar o telefone entre o ombro e a orelha, enquanto guardava suas coisas numa sacola e acenava para alguns homens que estavam voltando para o posto.
O som de uma mulher pigarreando foi a única resposta no começo. E ele reconheceria aquele som feminino em qualquer lugar.
– Demi?
– Sim. Eu interrompi você? Posso ligar mais tarde.
– Não, tudo bem – replicou ele, desejando que não tivesse se tornado automaticamente alerta ao som da voz dela.
Tinha sido pego de surpresa. Nunca mais esperara ter notícias dela. Isso... e o jogo exaustivo... explicavam o disparo em seu coração e sua respiração ofegante. Nada mais.
– Será que nós poderíamos nos encontrar?
As batidas em seu coração aceleraram ainda mais. Encontrar. Não sair.
– Por quê? Você deixou bem claro como ficaria a nossa situação no outro dia.
– Eu me arrependi – disse ela, não parecendo nem um pouco arrependida. Soando como a rainha do gelo pela qual era famosa. – E peço desculpas. – Claro.
– Eu mudei de ideia. – Finalmente, a voz de Demi falhou, indicando uma ponta de insegurança. – Talvez eu tenha sido muito... precipitada quando disse que não queria vê-lo nunca mais.
Ele deveria dispensá-la. Mandá-la pegar seu dinheiro, sua caverna de gelo disfarçada de lar e suas suposições distorcidas sobre ele e dar uma volta.
Não fez isso. Talvez por causa daquela ponta de insegurança. Talvez por causa do jeito como o cabelo dela tivesse ficado espalhado sobre o travesseiro na primeira luz da aurora, na outra manhã.
Ou o modo como aquelas covinhas apareciam toda vez que ela dava um sorriso sincero.
Ele podia rejeitar a rainha do gelo.
Mas não era capaz de rejeitar a Demi com quem fizera amor. Aquela que não estava mais respirando ao telefone, como se estivesse com o ar preso nos pulmões enquanto esperava sua resposta. Incerta. Insegura.
Vulnerável.
– O que você está sugerindo?
– Eu gostaria que nós nos encontrássemos. Para... conversar. Talvez eu tenha uma solução para a nossa situação.
– Tudo bem. – Ela voltou a respirar, de forma audível. E Joe sorriu um pouco. – Nós conversaremos. Definitivamente, temos algumas coisas para esclarecer.
Começando com a ideia ridícula que Demi tivera de que ele dormira com ela somente porque ela pagara um grande valor por ele no leilão.
Prostitutas... do sexo masculino ou feminino... não deveriam manter o dinheiro que ganhavam?
Joe quase riu do pensamento, mas não riu. Não enquanto ela ainda estava tentando marcar um encontro cuidadosamente, sem revelar o quanto estava ansiosa.
Ele ainda não a entendia. Mas entenderia. Muito em breve. – Você está livre esta tarde? – perguntou ela.
– Estou.
– Ótimo. Eu... estava pensando em sair de barco. Você gosta de estar na água?
A única vez que Joe estivera num barco tinha sido num daqueles navios cassino, durante uma viagem a Flórida, alguns anos atrás. Tinha ficado enjoado e tido dor de cabeça devido aos constantes barulhos das máquinas de caça-níquel.
– Sim, adoro. – Estúpido. Ela não vai baixar a guarda se você estiver vomitando na lateral do barco.
Mas era tarde demais. Ele já concordara, e rapidamente anotou a localização do barco, ancorado na marina DuSable Harbor. Tinha uma hora para chegar lá. Então descobriria exatamente que tipo de solução srta. Demetria Lovato encontrara para a situação deles.
Joe também tinha uma solução. Uma que englobava três partes.
Ele lhe dizendo que Demi era uma tola por pensar que dinheiro tinha alguma coisa a ver com seus sentimentos por ela. Demi se calando e acreditando naquilo. E eles ficando nus.
Parecia uma excelente solução para ele.
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eu preciso de mais pfvr
ResponderExcluirestou amando essa história <3
Chorando de rir com a Demi pensando que o joe é prostituto, e rindo mais ainda do joe que sabe o que ela pensa e não contou kkkkk dps da proposta q ela quer fazer ele vai ficar louco de raiva kkkk
ResponderExcluirMari desculpe minha ausência aqui no seu blog e nos comentários, eu estava tendo alguns probleminhas ...
ResponderExcluirmas aqui estou eu de volta, e posso dizer que eu estou adorando lento ❤
beijão e posta mais ❤