11.7.14

Blackout - Capitulo 9 - MARATONA 7.10

 
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O SABOR de Demi era exatamente igual a ela: fruto proibido. Doce, quente, entorpecente, viciante. Joe sentiu a hesitação e a surpresa dela, sentiu o gosto da salmoura das lágrimas.

Joe interrompeu o beijo, afastando-se da tentação de pilhá-la e explorá-la. Passou a mão pelo cabelo.

– Isto foi passar dos limites. Desculpe-me.

Demi balançou a cabeça.

– Não. – Ela envolveu o pescoço dele com seus braços e puxou-lhe a cabeça para si. – Por favor, não se desculpe.

O hálito dela o aqueceu. Os lábios carnudos se moldaram aos dele, e a fantasia ganhou vida. Demi o beijou; foi quente e intenso.

Joe sabia que ela estava furiosa com Wilmer. Sabia que ele era uma vingança. Sabia que devia ir embora. Mas ao mesmo tempo que sua cabeça lhe dizia uma coisa, o coração dizia outra.

Que Deus o ajudasse, pois retribuiu o beijo. Seis meses de paixão reprimida se desencadearam dentro dele. Joe havia convivido com as fantasias. E agora envolvia a personificação em carne e osso daquelas fantasias em seus braços.

A língua dela sondava os lábios dele, e o último vestígio de resistência o abandonou. Joe enterrou as mãos no cabelo dela e a puxou para si.

Demi fazia pressão contra ele, a raiva, a frustração quase palpáveis. E então aquilo se foi, sendo substituído por alguma coisa menos volúvel… e muito mais perigosa. Ela se acalmou, a boca agora oferecendo mais do que tomando. Oferecendo. Ele aceitou e retribuiu.

Joe deslizou as mãos do cabelo dela para a seda cálida dos ombros nus. Demi gemeu de encontro à boca dele e estremeceu.

A razão tirou férias. Joe afundou de costas no sofá, e Demi o seguiu, deitando-se de encontro a ele, entre as coxas musculosas. Os quadris dela pressionavam a ereção que ele era incapaz de negar. Os dedos de Demi penetraram o cabelo dele enquanto Joe explorava cuidadosamente a tepidez quente da boca sensual.

Ele passava as mãos pelas curvas das costas dela. Adoraria fotografar a curva adorável de seu pescoço, desnudada pelo cabelo preso. Joe a tocava com a reverência de um artista e a valorização de um homem.

A intensidade do beijo dela o chocou. Demi se pressionava de encontro à ereção dele em súplica, e Joe gemia de encontro à boca delicada. Joe enchia as mãos com a fartura arredondada do traseiro dela e a puxava com mais força para si. Demi deslizou uma das pernas para cima de Simon, capturando a coxa dele, se abrindo para ele.

Joe correu os dedos pela seda das pernas dela, as juntas roçando o meio da calcinha. Ai, Deus do céu, ela estava úmida!

– Joe… – gemeu Demi –, você sempre me…

Ela forneceu a ele, com essa frase, uma verificação de sanidade ativada por voz. Joe recuou e se apoiou sobre um cotovelo, embora Demi permanecesse entre suas coxas.

O que diabos ele estava fazendo?

Encontrava-se a um segundo de deslizar o dedo por sob o elástico da calcinha dela e tocá-la intimamente. Joe tomou fôlego e buscou algum grau do autocontrole que se perdera instantes atrás.

Demi permanecia em cima dele, o corpo pressionado de encontro ao de Joe. A excitação dela se misturava ao perfume, era um aroma inebriante.

– Desculpe. – Mas o quanto Joe lamentava se continuava com uma das mãos na deliciosa parte de baixo dela? Afastou a mão e esfregou a testa.

Demi fugiu para a outra ponta do sofá. Joe se sentou, sentindo falta da pressão dela entre suas pernas, como se uma parte vital sua tivesse sido amputada.

Ela ainda tinha lágrimas pendendo dos cílios. A paixão pesava suas pálpebras. Os beijos dele haviam deixado seus lábios inchados e vermelhos.

– Sinto muito. – Joe tornou a se desculpar. – Eu não queria… isto não devia ter… Perdi o controle.

– Por favor, não peça desculpas, Joe. Você não forçou coisa alguma para cima de mim. Eu deitei em cima de você. – Ela desviou o olhar, deixando a linha tênue do nariz e a curva da bochecha em um relevo sombrio. – Deve estar me achando uma ordinária.

Ele esfregou a nuca, arrependido.

Nutria o máximo respeito por ela… ordinária nunca lhe cruzara a mente. Joe a beijara para mostrar a Demi o quanto era desejável, porque dizê-lo não iria funcionar. Em vez disso, ele comprometera ainda mais a autoestima dela.

– Nunca. Você estava chateada, eu passei dos limites, e não vai acontecer de novo. Jamais tive a intenção de me aproveitar de você.

Ela balançou a cabeça.

– Você não se aproveitou de mim. Fui eu que passei dos limites. – Demi tocou a mão dele, e então recuou num tranco quando percebeu o que acabara de fazer. – Não quero que fique constrangido, Joe. Não vou me jogar em cima de você outra vez.

Joe quase comentou que ela devia fazer uma boa ideia do quanto ele havia gostado, já que Demi estivera cavalgando sobre a crista de sua ereção. Aquilo o deixou excitado, mas de modo algum representou um problema. Seu corpo berrava que ela podia se jogar em cima dele a qualquer dia, de qualquer jeito, a qualquer hora.

Demi se encolheu, posicionando um dos pés sob o corpo. Ela alisava o encosto do sofá com os dedos.

– Você sabia sobre Wilmer?

Wilmer. Muito melhor do que falar sobre aquele beijo.

– Não. Em nenhum dos aspectos. Ele nunca nem ao menos deu uma pista sobre ser gay ou sobre estar interessado em alguém que não fosse você.

Embora talvez os sinais tivessem estado lá, mas Joe não os notou por ser obtuso demais para isso. Wilmer era um desgraçado por traí-la e envolver Joe na história, mas Joe acreditava que Wilmer se importava com Demi.

Agora ela se sentia magoada a traída, mas ainda devia se importar com Wilmer. Como amigo, era papel de Joe se assegurar de que nem Demi nem Wilmer fizessem nada precipitado a respeito do futuro dos dois, algo do qual se arrependeriam mais tarde. Era assim que um homem honrado se comportava.

Ela bufou.

– Sinto-me um pouco menos estúpida por você também não ter percebido nada.

– Achei que Wilmer estivesse brincando quando me contou.

– Bem, eu sei que ele nunca iria orquestrar um blackout, mas que conveniente… Assim Wilmer poderia prender você para me contar, aquele tratante desgraçado!

Joe conteve uma risada. Demi definitivamente tinha um vocabulário bem variado. Nunca ia querer aquela mulher com raiva dele.

– Sei que está magoada, Demi. Eu também ficaria. Mas de manhã irá se sentir diferente. Você e Wilmer podem resolver isso.

Ela cruzou os braços, gesto que fazia coisas incríveis com seu decote já incrível, e lançou um olhar altivo para ele.

– Por que não telefona para ele? – arriscou Joe, mais uma vez.

Joe passara tempo suficiente com mulheres para saber que conversar, desabafar era importante. E Wilmer, que evitava conflitos em todas as oportunidades, não haveria de iniciar uma conversa.

– Fale com Wilmer. Eu vou para o quarto para lhe dar um pouco de privacidade.

Demi ergueu a mão com firmeza, o nariz empinado.

– Isso não vai acontecer. Não tenho nada para dizer a Wilmer. Bem, talvez uma coisinha ou duas, mas não enquanto ele estiver lá, com seu novo amante. – Ela balançou a cabeça. – Não, obrigada. E nem mesmo quero pensar no que eles devem estar fazendo agora.

– Somos dois, então.

– E o que há para se dizer senão que ele é um traidor? Espero apenas que Wilmer não tenha me passado nenhuma doença que pegou enquanto transava por aí…

– Ele disse que foi sexo seguro.

– Espero que não tenha mentindo a respeito disso.

– Não. Eu perguntei a Wilmer sem rodeios.

– Que alívio. Então, além de obter satisfação por xingá-lo, não tenho mais motivos para falar com Wilmer. Não tem volta, e não há como seguir em frente. Estamos jogando em times diferentes agora. Eu tinha umas dúvidas há algumas semanas, e isso resolveu tudo.

Ela teria tido dúvidas, mesmo? O ceticismo de Joe devia ter ficado evidente.

– Eu sei o que está pensando, Joe. Claro que é um jeito conveniente de salvar minha reputação, mas é verdade. Desde que comecei a ter… – Demi parou, como se quase tivesse revelado algo que não deveria. – Bem, desde que comecei a pensar duas vezes. E eu vinha tendo uma sensação crescente de que Joe tentava me moldar para ser o que ele queria que eu fosse.

Wilmer dissera brincando certa vez, durante um encontro em casais com Joe, que tinha melhor senso de estilo do que Demi. Joe também recordou de outro comentário, de que Wilmer precisava levá-la às compras. Nas duas ocasiões, Joe achou que Wilmer passara dos limites. Joe gostava do senso de estilo dela.

Não sabia muito bem o que dizer.

– Wilmer tem ideias muito específicas.

– Sei. Acredite, Joe, meus pais têm tentado me moldar por tempo suficiente. Eu reconheço os sinais. Independentemente disso, Wilmer e eu somos passado.

O que deixava Demi livre.

Joe, porém, continuava limitado pelas fronteiras da amizade.
 
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3 comentários:

  1. AI PORRA, QUASE!!¡!!!!!
    Maldito Joe, pq n continuou seu viado?
    Necessito de um hot deles
    Vc vai postar mais ainda hj?

    Alice :3

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  2. PQ O JOE PAROU????????
    Demi deveria falar tudo ja jdksjskksks

    E quem é simon socorro? ???? Posta amiga, to viciada

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  3. Por que parou agora :'(
    Cara que perfeito! :-D
    Posta logo meu amor!!!!
    Beijos com glitter
    Amo muito você!

    By - Milena...! :-D

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