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– SÓ UM minuto! – berrou Joe.
Será que um homem não podia ter um momento de paz em seu apartamento? Primeiro, Paul ligou para o celular depois de deixá-lo em casa; daí, foi a vez de Wilmer ligar falando algo sem sentido sobre ficar em casa; agora tinha alguém à porta.
Joe desceu ruidosamente as escadas de seu loft. Pelo menos a energia elétrica voltara, e ele não precisava se preocupar com o que iria acontecer a Demi depois que escurecesse.
Se a energia não estivesse restabelecida ao anoitecer, Joe planejara aparecer no apartamento dela, assim Demi não precisaria suportar a escuridão sozinha. Teria sido esquisito, mas ele não a queria só e assustada no escuro. Agora isso não seria mais necessário.
Apesar do retorno da luz, e portanto do ar-condicionado, o calor não diminuíra nada. Joe tomara banho, sem fazer a barba, e vestira short de corrida e camiseta. Estava limpo, porém mal arrumado; o que combinava com seu humor.
Ele abriu a porta e então desejou não tê-lo feito. Demi estava do outro lado. Usava um vestido de verão agarrado às suas curvas. O cabelo estava preso no alto. Óculos de sol escondiam seus olhos. Trazia uma mochila no ombro.
– O que você está fazendo aqui? – perguntou ele. Ser rude e abrupto costumava afastar as pessoas.
– Você pode ter tido pais desligados, mas eu tenho certeza de que eles lhe ensinaram maneiras melhores que essa. Não vai me convidar para entrar?
Claro, rude e abrupto não parecia funcionar tão bem com Demi.
– Entre. – Joe passou a mão pelo cabelo, porém deu um passinho para o lado. Não se sentia particularmente disposto a ser cortês, o que já não era seu ponto forte em um dia bom. E aquele não era um dia bom. – O que faz aqui?
Joe deixou a porta entreaberta, como uma dica não tão sutil.
Demi fechou a porta e colocou os óculos no alto da cabeça. Os olhos cintilavam. Ela parecia radiante, e ele estava aturdido.
– Vim cobrar uma promessa.
Ela se aproximou, e a mistura única de perfume e Demi desencadeou todas aquelas coisas sensoriais que tornavam quase impossível raciocinar direito em vez de pensar em mergulhar o rosto no pescoço dela e o “pequeno Joe” na… Ela não precisava mesmo se aproximar mais.
– Eu não fiz nenhuma promessa.
– Não foi bem uma promessa. Estava mais para uma promessa de intenção. – Demi tirou a bolsa do ombro e a segurou com uma das mãos. Fitou-o da cabeça aos pés, o calor sexual irradiando-se dela, queimando-o.
Joe mudou o peso do corpo de um pé para o outro, totalmente perdido. Fugira dela de manhã, e agora ela estava parada observando-o como se ele fosse um picolé em um dia de verão. E, Deus do céu, Joe sabia o que Demi fazia com picolés.
– Você andou bebendo?
O sorriso lento dela ferveu dentro dele, aquecendo-o.
– Só um frappuccino.
Concentre-se, Joe. Não no sorriso dela ou em picolés, ou no jeito como o vestido de Demi se achava agarrado a todas as curvas. Concentre-se nesta conversa e faça-a sair deste apartamento antes de você fazer algo muito estúpido, como beijá-la e implorar que ela fique.
– O que é essa promessa de intenção?
– Você disse que se estivesse com sua amada saberia o que fazer com ela.
Mais um passo de Demi a colocou no espaço pessoal dele. Apenas alguns centímetros de ar muito quente os separava. Ela colocou a mão na barriga dele, bem no cós elástico do short, e o coração de Joe disparou feito louco.
– Bem, estou aqui, esperando para… como era mesmo?… transar loucamente durante uma semana.
E como aquilo não iria captar a atenção do “pequeno Joe”? Ele precisava fazê-la ir embora agora.
Quando ela falava daquele jeito… Joe tentava manter a cabeça fria.
As duas.
– O que a faz pensar que é ela?
Demi não tinha como saber. Ele nunca dissera uma palavra a ninguém.
– Diga que não sou eu. – Demi tirou uma foto da bolsa e a estendeu.
Joe, flagrado em um momento de fraqueza e tristeza absoluta, olhava para ela.
– Convença-me de que isto é uma mentira, Joe.
Ele, dentre todas as pessoas, conhecia o poder de uma fotografia. Que ironia. Durante todos aqueles anos escondera-se atrás da câmera, só para ser desnudado da forma mais crua em uma foto. Adoro ironias.
Joe jamais convenceria Demi de que não a amava. Mas sabia que ela não o amava de verdade. Não poderia.
Ele segurou os ombros dela e a afastou.
– Demi, você está se recuperando emocionalmente depois de um trauma. É cedo demais. E não me conhece de verdade.
– Certo, acho que você expôs todos os argumentos possíveis. Agora vou desmascarar esses mitos que você criou nessa cabecinha sexy. Primeiro, vamos esclarecer. Wilmer feriu meu orgulho. – Demi o apunhalou com o dedo. – Você partiu meu coração. Segundo, é cedo demais para o quê? O amor não vem em uma linha do tempo, não é um treinamento profissional que você precisa frequentar durante determinadas horas para obter o certificado. E, por fim, não diga que não o conheço.
Demi tomou a mão dele e a levou aos lábios.
– Eu o conheci no segundo em que você subiu naquele beiral para resgatar meu gato. Eu o conheci quando você segurou minha mão no escuro. Eu o conheci quando você deu cobertura a Wilmer. Eu o conheci quando você correu até seus pais, literalmente, porque eles precisavam de você, independentemente de seu histórico com eles. Eu o conheci quando você me secou e me carregou para a cama quando eu estava cansada demais para me mexer. Há muitas facetas suas que não conheço ainda, mas não diga que não conheço você.
Era uma das coisas mais difíceis que ele já tinha feito, porque queria muito, muito acreditar nela. Mas Joe sabia de coisas que Demi ignorava. Se ela de fato o conhecesse, descobrisse aquele núcleo oco dentro dele, nunca poderia amá-lo.
Joe esticou os braços e criou uma boa distância entre os dois.
– Você não compreende? – Joe lutava para fazê-la entender. – Eu sou como o deus Hades. O Senhor da Escuridão. Você é Perséfone. Luz e beleza. Você não foi feita para mim.
Demi ficou boquiaberta por uns bons cinco segundos.
– Por favor, diga-me que não acredita em nada dessa baboseira que acabou de sair da sua boca.
Bem quando ele achara que tinha ouvido todos os eufemismos sulistas dela.
– Você acabou de dizer “baboseira”?
– Não ouse rir de mim e não pense que pode me distrair. Que tal isto: você acredita mesmo nesse monte de besteira que acabou de jogar para cima de mim? Isso é simplesmente um erro. E por que eu quereria ser aquela Perséfone covarde? Se você vai fazer alguma analogia mítica maluca, pelo menos me transforme em uma deusa durona, tipo Atena ou Artemis. Não em alguma pateta que precisou ser resgatada pela mamãe. – Ela jogou a mochila no sofá. – Sabe, eu ia telefonar para marcar um terapeuta para mim na segunda-feira. Você devia agendar uma consulta no meu lugar.
– Não preciso de um terapeuta. E se sou tão maravilhoso, por que já está tentando me mudar?
– Não estou fazendo isso. – Ela jogou as mãos para o alto. – O que quero é enfiar um pouco de autoconsciência positiva nessa sua cabecinha dura. E você definitivamente irá precisar de um terapeuta se continuar jorrando esse tipo de porcaria maluca.
– Acha que é uma porcaria maluca e isso então invalida totalmente meu ponto de vista?
– Ouça, idiota, você foi o único que disse que eu precisava arrumar minhas coisas e voltar para casa se eu fosse deixar a opinião dos meus pais guiar minha vida. Aceite seu próprio conselho e pare de permitir que pais ruins arruínem sua habilidade de ter um relacionamento.
Aquilo foi notavelmente familiar.
– Por que você precisa de um terapeuta?
Ela meneou a cabeça.
– Eu sei que você está mudando de assunto de propósito. Tem o hábito de fazer isso quando a conversa não vai para o rumo que você quer. – Demi deu de ombros. – Mas eu ia precisar de um terapeuta porque você estava me enlouquecendo.
Joe cruzou os braços. Em seguida ela estaria comentando sobre a linguagem corporal dele. E Demi ainda tinha a coragem de dizer que ele a enlouquecia. Ela o deixava doido.
– De que modo eu a estava enlouquecendo?
– Bem, não você pessoalmente, mas o você daqueles sonhos. Eu não conseguia entender como podia amar Wilmer e ter aquele tipo de sonho com você todas as noites. Mas agora ficou fácil o suficiente de entender sem a ajuda de um terapeuta. – Demi colocou as mãos nos ombros dele. – Eu não amo Wilmer. Bem, exceto como algo que seja um cruzamento de irmão com amigo. Não do jeito como amo você.
Ela fazia soar assustadoramente lógico.
– Oh…
– É isso? “Oh”? Depois de tudo aquilo, a única coisa que você tem a me dizer é “Oh”?
– O que queria que eu dissesse? – Joe descruzou os braços e deixou as mãos caírem nas laterais.
Demi fechou os olhos, como se sua paciência estivesse se esgotando, e bateu a cabeça com delicadeza no peito dele.
– Joe, eu acredito que temos um futuro longo e feliz adiante. Sei do fundo do meu coração que você me ama. Mas seria legal ouvir isso sem que eu precisasse arrancar de você. – Ela tomou o queixo dele na mão. – Eu te amo, Joe Jonas. Agora, é mesmo tão complicado colocar isso… – Olhou para a foto – …em palavras?
A fotografia berrava essa verdade, mas Joe disse o que ela precisava tanto ouvir:
– Eu te amo. – A beleza gritante naquela frase simples e a vulnerabilidade que a acompanhava estremeceram dentro de Joe.
– Obrigada. – Demi ficou tão feliz que ele quase desabou.
E se ele não correspondesse às expectativas dela? E se simplesmente não detivesse em si a capacidade de ser o homem que Demi pensava que era?
– Mas isso não muda nada.
– O diabo que não muda! Você nunca irá se livrar de mim, porque eu te amo e sei que você me ama. Vá em frente, recolha-se atrás dessa sua muralha. Se eu tiver que ir tijolo por tijolo e levar uma eternidade, vou derrubá-la. Rastejarei até o inferno e voltarei, se necessário. Toda vez que fui implacável e corri atrás do que eu queria foi só o aquecimento. Este é o grande evento para o qual vim treinando. Portanto, esteja avisado: isto é guerra.
– Você vai se cansar. Irá descobrir, mais cedo do que tarde, que não sou essa versão romantizada que pintou em sua cabeça.
– Está tão errado… Por favor, nunca diga que sou irracional. Não estou dando guarida a ilusões. Você é arrogante, teimoso e sarcástico, e também meio mandão.
– Acabou de me chamar de mandão?
– É por isso que somos tão perfeitos juntos. Você não me intimida porque eu jogo a bola de volta para você. – Demi sentou-se no sofá e o puxou para sentar-se ao seu lado. – Você me disse que ficou apavorado quando subiu naquele beiral. Não é problema nenhum sentir medo. Bravura e coragem envolvem exatamente isso. Não é necessário ter coragem para encarar quando você não tem medo. Não é problema nenhum sentir medo; mas é um problema fugir dele.
Wilmer não dissera a ele, mais cedo no hospital, que Joe tinha medo de ser feliz? Talvez ele tivesse acertado em alguma coisa.
– Você não parece temer nada, com exceção do escuro. – Mesmo tendo dito isso, Joe percebeu que, embora ela temesse a escuridão, Demi descera aqueles sete andares da escadaria escura feito breu; por ele.
– Isso não é verdade. Morro de medo de não chegar até você. Sinto tanto medo de perdê-lo que estou tremendo por dentro. – Demi esticou a mão, e Joe pôde constatar que estava, de fato, pouco firme.
– E você acha mesmo que isso seria ruim?
– Infinitamente mais do que ficar presa sozinha no escuro. Onde mais vou conseguir encontrar alguém para adorar e louvar este traseiro? – Demi lhe deu um grande sorriso e depois ficou séria. Estendeu a mão, a palma para cima. – Estou aqui, emocionalmente nua, Joe. Suba nesse beiral comigo.
Demi o estava vencendo pelo cansaço, fazendo-o acreditar. Realmente havia algo semelhante à magia nela, porque Joe se flagrou acreditando. À beira de ser convencido de que só ela poderia amá-lo, com defeitos e tudo.
Ela adentrara a escuridão com ele, precisando apenas que Joe lhe segurasse a mão. E agora ela oferecia o mesmo em retribuição. Joe temia o vazio escuro dentro de si, que sempre parecera pairar na periferia de sua alma, escapar-lhe.
Ele colocou a mão sobre a dela e levou as mãos entrelaçadas aos lábios, dando um beijo na dela.
– Você me ama mesmo, não é? – Joe não tentou disfarçar o espanto.
Ela sorriu como se ele tivesse lhe entregado a lua, e Joe era humilde em relação à própria capacidade de fazê-lo.
– Era isso o que eu estava lhe dizendo. Sabe, você tem um problema sério de déficit de atenção.
Joe se acomodou no sofá e a puxou para o colo, colocando os braços dela ao redor de seu pescoço. Joe tomou a cabeça de Demi nas mãos.
– Eu te amo. – E ele a beijou, uma promessa carinhosa. – Eu te amo – repetiu. Aquilo tinha um ótimo som, e não soava nem perto de ser tão assustador quanto ele previra. Joe tornou a beijá-la, gostando do padrão que se criava. Só que dessa vez beijou mais demoradamente, com mais intensidade, profundidade, unindo a língua à dela.
Eles pararam para tomar fôlego, e Demi roçou o bumbum delicioso na ereção dele. Demi o deixava excitado e duro apenas com um beijo. E, antes que ele se entregasse totalmente ao prazer, Joe queria uma resposta para algo que parecera desimportante mais cedo.
– Amor, tenho uma pergunta.
– Só para que fique registrado: eu gosto dessa coisa de amor. Excita tanto… Agora pergunte.
– Onde você conseguiu a fotografia?
– Wilmer me deu. – Ela se aninhou no pescoço dele. – Você devia ver minha calcinha. Acho que vai considerá-la… interessante.
Joe deslizou a mão debaixo do vestido – Wilmer tirou aquela foto? –, passou pelas coxas, prevendo um fio dental ou uma renda sexy. Em vez disso, os dedos encontraram a carne quente e escorregadia cercada por renda. Ele foi tomado pelo calor.
– Ah, amor, é muito interessante. – Joe trilhou o contorno dos lábios úmidos dela, desnudo pela abertura da renda, usando um dedo.
– Com abertura frontal. Vim armada para uma batalha pesada. – Demi sorriu e o provocou passando a pontinha da língua no lábio inferior dele. – A foto foi tirada por Richard.
Joe arrancou o vestido dela por baixo, expondo a calcinha com fenda frontal e as dobras úmidas.
– Então Wilmer me entregou.
Ela riu e abriu as pernas.
– Sim. Foi Wilmer.
Joe deslizou um dedo para dentro do canal sedoso, e Demi gemeu, excitando-o ainda mais.
– Eu amo quando você geme assim. Isso me deixa duro.
– E eu amo quando você fala assim e me toca desse jeito. Isso me deixa molhada. Mas você sabe disso em primeira mão.
Sim. Ele sabia daquilo intimamente, provocativamente.
– Lembre-me de agradecer a Wilmer mais tarde. Bem mais tarde. Na semana que vem talvez. Agora tenho uma promessa a cumprir.
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É meninas, infelizmente esse é o ultimo, mais tarde eu posto o epilogo e depois eu começo a postar uma nova fic ok??? Beijooos <3
É meninas, infelizmente esse é o ultimo, mais tarde eu posto o epilogo e depois eu começo a postar uma nova fic ok??? Beijooos <3
ÚLTIMO? JÁ? ?????
ResponderExcluirpoxa, tão rápido :/
Posta o epilogo logo vou surtar!
ResponderExcluirComo assim último? Por favor diz que tem segunda temporada. Amei essa fic. Quero mais!!!
ResponderExcluirGente morri, esse Joe meio burro não? Por favor eu pulava nessa mulher e ia ficar pelo menos 1 mês na cama kkkkkk
ResponderExcluirSimplesmente amei muito essa fic <3
Já quero a outra!
Fabíola Barboza :*