17.7.14

Lento - Trecho & Prólogo

 
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"Ela não estava zangada. A princesa do gelo estava em chamas.

Por ele.

Demi beijou-o freneticamente, entrelaçando os dedos no cabelo, na altura do pescoço dele. Joe instintivamente abaixou as mãos, alcançando as curvas arredondadas do traseiro dela, curvas que vinha admirando desde que eles tinham se conhecido. Segurando aquelas curvas nas mãos, saboreou a suavidade dela, apertando-a de leve. Iria adorar segurar aquelas nádegas firmes quando Demi estivesse nua em cima dele. Cavalgando-o sem parar, até que ele perdesse o controle e explodisse em seu interior.

Encaixando-a melhor contra seu corpo, Joe esfregou-se contra ela, deixando-a sentir sua ereção pulsante, deleitando-se com o prazer de sexo contra sexo, apesar das roupas deles.

Ela gemeu, inclinando os quadris contra ele para trazer seu calor feminino diretamente contra a costura da calça que se esticava para conter a ereção viril. – Eu o quero tanto.

– Eu sei.

Ele a virou, pressionando-lhe as costas contra o muro do prédio agora, assumindo o controle.

Aquilo era loucura… eles estavam ao ar livre, num lugar público. Não eram nem 22h, e pessoas poderiam sair do bar a qualquer minuto. Mas Joe não se importava. Se não a possuísse, morreria. Simplesmente explodiria e morreria.

– Por favor, não me deixe parar – sussurrou ele com voz rouca, enquanto lhe soltava o cabelo e deslizava os dedos pelas grossas mechas escuras, espalhando-o sobre os ombros delgados. Provou-lhe o lóbulo da orelha, percorrendo uma trilha lenta ao longo do pescoço delicado, saboreando o gosto único de pele e da mulher.

– Parar está fora de cogitação."


PRÓLOGO
 


– AH, MEU Deus, eu não posso fazer isso, não adianta! Nós não conseguiremos.

Penny Rausch ouviu o pânico na voz de sua sócia e esforçou-se para manter o próprio alarme sob controle. Uma delas precisava ficar calma. Do contrário, ambas perderiam a cabeça... sem mencionar seu negócio recente de design gráfico.

– Acalme-se. Estamos quase lá.

Janice, sua sócia e irmã mais nova mais do que um pouco avoada, passou a mão pelo seu cabelo loiro espetado, enviando mechas para direções ainda mais loucas do que tinham estado antes. Uma design gráfica altamente requisitada, Janice não tinha cabeça para negócios, mas, uau, a garota era criativa... e não somente com seu cabelo. As ilustrações dela eram incríveis. Os desenhos eram dignos de serem colecionados, e o senso de moda, muito imaginativo.

Uma pena que ela era praticamente inútil em quase todos os outros aspectos da vida.

– Eu derrubei o arquivo. As últimas seis fotos se espalharam por toda parte. Pode me matar agora.

Ela parecia exausta, com círculos escuros sob os olhos e o rosto pálido. Janice geralmente era muito cuidadosa com sua aparência, mas no momento, sua camiseta amarela estava manchada de alguma coisa que era ketchup das batatas fritas de hoje ou molho de tomate da pizza da noite anterior.

Elas não saíam do escritório há 36 horas. Não desde que o computador caro e quase novo de Janice tinha pifado, acabando com a maioria dos arquivos e brochuras brilhantes que elas estavam produzindo com ele. E quase destruindo a empresa também.

Porque se elas perdessem este trabalho – criar os programas para um leilão beneficente de solteiros elegantes para a semana seguinte – estariam acabadas. Elas não pagariam o aluguel já atrasado, manteriam a eletricidade funcionando ou cobririam a conta das impressões. Fechariam as portas da noite para o dia, depois de estarem abertas por oito meses.

– Nós podemos lidar com isso – insistiu Penny. – Chegamos até aqui, estamos quase lá.

– Talvez nós pudéssemos contatar sra. Baxter...

– Não. Absolutamente impossível. – Elas não poderiam permitir que a socialite arrogante da Junior League soubesse que elas tinham tido outro contratempo no trabalho de design. De jeito nenhum. As duas já estavam em período de teste, graças a alguns tropeços como uma gripe de Janice e uma enchente no escritório. Se elas admitissem a pane no computador, a mulher as dispensariam para sempre.

– Eu nem mesmo consigo distingui-los mais – reclamou Janice, gesticulando uma mão em direção à mesa repleta de fotografias e cópias. – Olhando para um homem lindo atrás do outro, hora após hora...

– Trabalho difícil.

– Não tem graça. Eu achei que estávamos seguras quando encontramos as cópias dos arquivos. Por que nós não pusermos as informações dos solteiros atrás das fotos quando as fizemos?

As biografias dos solteiros sendo leiloados para ajudar crianças carentes em Chicago haviam estado atrás das fotografias originais. Mas elas tinham voltado para a mesquinha organizadora do leilão, sra. Baxter, depois de terem sido copiadas e escaneadas. Agora elas tinham os arquivos escaneados, assim como as cópias. Tinham até mesmo as biografias impressas.

Elas só não tinham nenhuma dessas coisas juntas. E não havia como saber quem era quem.

Se não fosse por alguns solteiros famosos, facilmente identificáveis, e pela internet, que elas acessaram no notebook de Penny, que ainda estava funcionando, teriam tido de desistir. Mas não agora. Nós não vamos desistir agora.

– Só falta identificar os últimos seis homens, Janice – insistiu Penny, abaixando-se para recolher as fotos espalhadas. Ela colocou-as sobre a mesa de trabalho, pegando as pequenas fichas com as biografias. – E eu acabei de identificar quatro deles.

Os olhos de Janice se arregalaram em deleite. – Verdade?

Penny assentiu, pondo as fichas biográficas corretas com os rostos, colocando um clipe para uni-los, caso houvesse mais algum desastre.

– Eu passei as últimas cinco horas olhando arquivos na Trib, e achei mais de nossos rapazes.

Solteiros elegíveis aparentemente têm muita cobertura da imprensa.

Janice jogou os braços ao redor de Penny e apertou-a.

– Então só faltam estes dois.

Sim. Somente dois.

– Mas nós estamos sem tempo. Temos menos de uma hora para levar o projeto inteiro para uma tipografia, se quisermos cumprir o prazo. – Não havia mais tempo para pesquisar... nem para hesitar.

Penny levantou as duas fotografias, estudando os rostos bonitos cuidadosamente. Ambos tinham cabelo escuro, mas era aí que as semelhanças acabavam. Um tinha olhos castanhos calorosos, o outro, olhos azuis vívidos. Um deles usava o cabelo curto, num estilo conservador, o outro, um pouco mais comprido, quase roçando o colarinho da camisa. Um tinha um brilho perigoso nos olhos, o outro, um sorriso sexy nos lábios.

– Um é paramédico, o outro é um homem de negócios internacional – sussurrou Penny, conhecendo as biografias deles de cor. – Um é Joe, e o outro é Sean.

Janice aproximou-se, olhando por sobre o ombro de Penny. Penny podia quase sentir o coração da irmã a centímetros de seu braço. Podia definitivamente ouvir a respiração profunda e acelerada de Janice.

Este era o momento... ela precisava escolher. Subitamente lembrando-se da história do tigre, da época de escola, ela respirou fundo e apontou para a fotografia do homem sério com o cabelo curto e olhos castanhos.

– Este só pode ser o homem de negócios.

Ao seu lado, Janice imediatamente assentiu, apontando para a outra foto, com o homem de cabelo mais comprido, sorrindo.

– E este é o membro da equipe de resgate, se eu já vi um.

– Então nós concordamos?

– Concordamos, com certeza. Não há dúvidas quanto a isso.

Então estava feito. Penny anexou cada foto às biografias com um clipe, satisfeita que sua irmã estava tão confiante quanto ela que haviam feito a escolha certa. Então sentou-se para terminar o programa em seu próprio velho computador. E, enquanto digitava o mais rapidamente que conseguia, incorporando as imagens recentemente recriadas, tentou arduamente fingir que não tinha ouvido o sussurro da irmã mais nova.

– Assim espero.
 
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Esse prólogo pode ser meio estranho, mas prestem atenção, ele é importante para o decorrer da mini-fic :)

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