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ELA APOIOU a cabeça no ombro dele, porém continuava a encarar o espelho. Sabia que não devia desviar o olhar. Se fizesse aquilo, ele parava de tocar… e o toque dele a enlouquecia. E, sim, olhar para o espelho deixava tudo tão mais intenso, tão mais quente.
Aqueles olhos insondáveis encontraram os dela no reflexo. Ela, no colo dele, as costas tocando o peito largo, as pernas abertas. Ele a tocou entre as coxas, e os dedos longos a entreabriram, descerrando-a para seu toque e seu prazer. Os dedos dele eram bronzeados de encontro à pele nua e rosada, deslizando por sua abertura ávida… ah, sim… era tão bom… por favor, não pare… de olhar… de desejar… ah, estou quase lá…
O toque estridente do telefone no criado-mudo destruiu o momento, arracando-a do sonho. Com o corpo tenso, as coxas úmidas, Demi tateou para achar o aparelho.
– Alô.
– Estava cochilando? – indagou
Wilmer, a voz normalmente alegre soando um pouco forçada.
É claro, Demi podia simplesmente estar transferindo a tensão que se prolongava por ter estado à beira do orgasmo durante o sonho. Ou poderia ser Wilmer a criticando, o que parecia ocorrer com cada vez mais frequência. Era quase como passar um tempo com os pais dela.
– Hum… – Como planejadora de eventos para um grupo de advogados na área central de Manhattan, Demi não trabalhava das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. – Ontem foi o coquetel para os clientes alemães, lembra? E depois os sócios tiveram um café da manhã adorável às 6h30. Era tudo o que eu queria fazer: me arrastar da cama às 4h30 de um sábado. De qualquer modo, não há nada de errado em tirar uma soneca à tarde.
A excitação sexual intensa e a culpa conferiam um tom rouco à voz dela.
– Você trabalhou até tarde ontem à noite? – Ela quis saber.
Wilmer investia uma quantidade incrível de horas em sua galeria de arte, mas valia a pena por causa da reputação e clientela crescentes.
– Tarde o bastante. – Ele soou estranhamente conciso.
Talvez fosse só impressão de Demi, mesmo. Sentia-se tão tensa e tão desejosa que tinha vontade de chorar. Ou de chegar ao êxtase. Deveria rir, confessar ao seu futuro marido que acabara de ter o sonho erótico mais incrível e que ainda precisava chegar ao orgasmo; e então pedir a ele para ajudá-la.
Em outras épocas, Demi teria considerado que o relaxado e descontraído Wilmer se renderia a uma rodada vespertina de sexo por telefone e a levaria ao auge. No entanto, não tinha mais tanta certeza assim. De uns tempos para cá, ele não andava nem relaxado, nem descontraído.
E se em algum momento ela revelasse que ele não era o homem abrindo suas coxas e levando-a ao clímax nos sonhos? E se aquele com quem ela concordara em se casar “até que a morte nos separe” não fosse capaz de retomar de onde o sonho fora interrompido e levá-la até aquele lugarzinho mágico?
Wilmer continuou a falar, e a oportunidade se foi:
– Pensei em dar uma passada aí depois que a galeria fechar, no início da noite.
– Tudo bem, contanto que você traga o jantar e fiquemos em casa.
Demi não estava com a menor disposição para cozinhar, ainda mais tão em cima da hora. Wilmer era mais adepto de boates e de sair para ser visto por aí do que ela. Uma noite tranquila em casa cairia bem.
– Tudo bem se ficarmos em casa. Eu preciso conversar com você.
Demi se apoiou sobre o travesseiro. Ela e Wilmer conversavam sempre, mas quando alguém anunciava que precisava conversar…
– O que é?
– É complicado demais para falar por telefone.
– Que atitude chata trazer o assunto à tona e me deixar curiosa.
– Desculpe. Mas vamos deixar para nos falar esta noite.
Não era imaginação dela. Ele definitivamente soava tenso.
– Tudo bem… – Sexo. Deve ser sobre sexo. É claro que àquela altura o cérebro dela seguia em um rumo só.
– Comida tailandesa está bom para você?
– Claro. Você sabe do que gosto.
Wilmer não deixaria aquela insinuação sedutora passar. Talvez ele mesmo fosse dar início ao sexo por telefone sem que Demi precisasse pedir.
Porém, ele pigarreou, como se a provocação o tivesse deixado desconfortável.
– Hum, sim, vou pedir o frango ao curry.
Esqueça o sexo por telefone.
– Frango ao curry parece bom.
Wilmer tornou a pigarrear. Ou estava nervoso ou prestes a falar alguma coisa.
– Pensei em levar Joe.
Demi apertou o telefone, ao mesmo tempo que sua temperatura interna atingia o ponto de fervura.
– Joe? – Ela umedeceu os lábios subitamente secos e se deitou de bruços. – Por que ele iria querer vir ao meu apartamento? Desde o ensaio fotográfico, tem me evitado como se eu fosse uma praga. É óbvio que não gosta de mim.
– Ele é um sujeito ocupado. Não acho que não gosta de você, Joe é só…
– Sombrio. Fechado. Cínico. Intenso.
Creio que isso o define.
E sexy de um jeito que lhe causava calafrios na espinha, que a fazia precisar de um exame mental. Mas aquela não parecia a observação mais prudente a ser feita sobre o melhor amigo de seu noivo.
Wilmer riu, e Demi ficou grata por ele não ter se incomodado por ela ter interpretado Joe da maneira errada. Algumas vezes Demi se perguntava se Wilmer não preferia que fosse daquele modo, mas rejeitou a ideia, considerando-a indigna de seu noivo.
– Joe é apenas Joe. Ele pode ir também?
Se ele poderia vir? Ela ficou ainda mais úmida, o corpo inteiro enrubescendo e os mamilos se tornando mais duros. Joe, intenso e fechado, com seu leve sotaque britânico, era o homem que protagonizara o sonho dela.
– Demi? – chamou Wilmer do outro lado da linha.
Ela se contorceu sobre o colchão duro.
– Não. Eu não me importo se ele vier. – Só de dizer aquilo, ela ficou ainda mais excitada.
A culpa e a vergonha alimentavam o desejo obscuro que Joe incitava nela quase todas as noites. Agora estava ficando ainda pior… Demi tirara só uma soneca vespertina. Joe era o melhor amigo de seu noivo, ele a desprezava, e em todas as noites era a fonte do sexo demolidor nos sonhos dela.
– Chegaremos pouco depois das 21h, então.
Demi desligou e fechou os olhos. Por que Joe viria com Wilmer? Por que os três? O que fariam?
Com o corpo tenso e zunindo de excitação, uma fantasia obscura desabrochou dentro dela. Os três, ali, no seu quarto. Wilmer, mais velho e belo; e Joe, sexy e misterioso. Dois homens sensuais com a intenção de tocar e degustar cada centímetro dela, ambos com o único propósito de dar lhe prazer.
Demi abriu os olhos e se esticou para a gaveta do criado-mudo, pegando seu vibrador. Não conseguiria passar a tarde daquele jeito.
Wilmer era seu noivo. Ele era engraçado, generoso e caloroso, na maior parte do tempo. Ela podia até não controlar seus sonhos, mas estava totalmente acordada agora.
Apesar de todos os seus esforços para se concentrar em Wilmer, foi Joe quem surgiu quando Demi estremeceu rumo a um orgasmo.
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Só eu que morri na parte da Demi usar o vibrador e pensar em Joe???? hahaha eles ainda irão aparecer nos hots e mais algumas coisinhas tbm.
Beijooos <3
Se vocês ficarem comentando e eu estiver em casa eu posto mais :)
Só eu que morri na parte da Demi usar o vibrador e pensar em Joe???? hahaha eles ainda irão aparecer nos hots e mais algumas coisinhas tbm.
Beijooos <3
Se vocês ficarem comentando e eu estiver em casa eu posto mais :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPosta+, já adorei a Demi nessa fic, hahahah! bjos
ResponderExcluirAdoreeeei, sabia que essa fic ia ser bem intensa.... vai ter menage dos três????
ResponderExcluirTo adorando, sério.....
Posta mais gata! necessito de mais please bykath
ResponderExcluirAmeeeeeiiii esse capítulo... Tipo Demi safada, nova de um e tendo sonhos com outro!! Apenas te observo kkkkk
ResponderExcluirPosta mais por favor :)
Fabíola Barboza :*
Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta Posta
ResponderExcluirMariiiiiiiiii voltei *--*
ResponderExcluirCaraca quando tempo que eu não entro no teu blog. Bom estou sem pc e fica ruim de acompanhar as fics :(. Nem postar eu estou postando direito. Mas enfim voltei e vou me atualizar no blog e ler todas as fics que perdi ok?
Tava com saudades desse blog cara. Posta logo em. Já to sabendo que vou amar a fic nova
Beijooos
Posta mais
ResponderExcluircredo
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