5.7.14

Stripped - Capitulo 8 (2/2) - MARATONA 5/10


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Ele não responde mais uma vez, apenas coloca meu pé direito para baixo em sua coxa e pega o esquerdo, e seus dedos deslizaram ao longo da minha panturrilha, o polegar rola no meu arco, arrancando outro gemido. E então seus dedos deslizar um pouco mais alto, em direção a parte inferior do meu joelho, e é muito, muito íntimo. É sensual demais.

Eu puxo meu pé e ele não solta, mas o movimento traz a minha perna longe de seu toque.

— Não, Joe.

— Por quê?

— Porque... por favor, não.

Ele só me olha e, agora, o único contato é a mão em volta do meu tendão de Aquiles e seu polegar no meu arco e os dedos um pouco acima dos meus dedos. O silêncio reina quando eu luto comigo mesma. Eu quero levar o meu pé para trás e pedir-lhe para sair. Ele vê muito, seus olhos perfuram minha alma e veem o que eu quero, quando eu não sei nem por mim mesma. Mas eu também quero deslizar da minha cadeira e ir para seu colo, e eu quero beijá-lo novamente. O pensamento me assusta. Eu não deveria querê-lo. Ele é... errado. Querer ele é errado. O sexo é errado. Foi gravado em mim desde que eu era uma menina pequena. Casamento acontece na castidade, no amor divino, e as crianças nascem de algum tipo de ato puro e santo. Mas isso que eu quero e é pecaminoso e sexual.

Está uma guerra dentro de mim, e isso me congela em silêncio. Eu assisto seus braços flexionarem em sua camisa cinza apertada, vejo seus olhos mudarem e vagarem. Minha saia vai até os joelhos e as pernas estão pressionadas justas para apresentar uma visão modesta da panturrilha e nada mais, mas eu sinto que seus olhos veem através das minhas roupas. Ele olha para mim como se me visse assim como na sala VIP do Exotic Nights.

— Joe, ouça... — Eu começo.

— Não faça isso. Agora não. Discutiremos isso mais tarde. Greg vai estar aqui com a comida em um minuto.

— Isso não é necessário. Eu não estou com fome — eu digo, bem quando o meu estômago ronca, mostrando a minha mentira.

Ele apenas balança a cabeça, confuso. Eu fecho meus olhos e inclino a cabeça para trás para descansar em minha mesa, minhas pernas esticadas na cadeira e no colo de Joe. Estou tão cansada de repente. O aperto e o esfregar das mãos sobre os meus pés é suave, incrível, relaxante. Sinto-me à deriva e não posso detê-lo.

O telefone de Joe toca, e, em seguida, a porta se abre. Eu me esforço para manter a sanidade, forço-me a sentar e pisco o sono para longe. Um homem de meia-idade, que eu assumo que é Greg, entra no meu quarto, com a cabeça raspada com a suavidade de um ovo. Ele é largo e corpulento, com os pés de galinha ao redor seus olhos castanhos escuros e acentuadamente inteligentes. Seus braços esticam as mangas de sua camiseta com gola da Lacoste, e ele tem um telefone celular preso a um cinto de couro preto fino. Ele traz uma pilha de recipientes, que ele coloca em cima da mesa na minha frente. O cheiro de hambúrgueres grelhados e batatas fritas quebram a minha decisão e eu abro rasgando o recipiente superior. Dou três mordidas no gigante cheeseburger com bacon antes de eu perceber nem Greg nem Joe se moveram. Eles estão apenas me assistindo comer.

— O quê?

Joe apenas limpa o seu sorriso com a palma da mão, em seguida, pega o recipiente por baixo do que eu estou comendo. — Nada. Apenas... esta é LA. Você não costuma ver as meninas comerem um hambúrguer assim por aqui.

Eu engulo, subitamente tomada pelo constrangimento. Eu estava me dando conta de como eu estava faminta. — Oh. Eu... oh. Estou com fome. Eu só... Sinto muito.

Joe franze o cenho. — Não se desculpe. É refrescante.

Eu me forço a dar pequenas mordidas. Eu não comi um hambúrguer tão bom desde que eu me mudei para Los Angeles, e é delicioso. Quero devorá-lo, mas desacelero, ao invés. Eu não quero que Joe me veja como um caipira.

Olho para o homem que trouxe a comida. — Obrigada... Greg, certo? — Greg concorda. — Obrigada.

— Não há de quê. — Sua voz é rouca, grossa de um fumante. Ele tem uma tatuagem em seu pescoço, "Não pise em mim" serpenteia do lado da sua garganta. Eu vejo mais bordas de tatuagens espreitarem debaixo de sua camisa, em seguida, a miríade de cicatrizes nos braços e no rosto e marcas de socos. De repente, eu estou vendo Greg de verdade, e eu estou percebendo que ele é um grande, forte e ameaçador homem, algo como um Anjo do inferno misturado com um motocilista, em roupas de negócios casuais. Ele é um guarda-costas, evidenciado na forma como ele se move para ficar de costas para a porta, com as mãos cruzadas na frente que apenas seguranças fazem e não parecem estúpidos.

Joe está devorando um sanduíche de carne e sinto-me melhor sobre o meu próprio apetite. Ele lança um olhar para Greg e diz: — Por que você não espera lá fora? Vamos sair em um minuto.

— Você tem um jantar de negócios com Uri Ivanovich em meia hora. — Greg diz.

Joe franze o cenho. —Eu tenho? Sobre o quê?

—Ele quer lançar um script para você. É um thriller, eu acho.

— Eu não me lembro de concordar com isso.

Os lábios de Greg se apertam em uma sombra de um sorriso. — Eu não estou surpreso. Você se encontrou com ele na outra noite.

Você estava muito atordoado naquela hora.

— Cancele. — Joe diz.

Greg levanta uma sobrancelha. — Tem certeza? Coisas com Uri tem muito dinheiro na jogada. Ele não entra em scripts de merda.

— Basta enviar-lhe as minhas desculpas e que ele envie o script pelo correio para mim. Vou lê-lo depois. Eu não irei jantar, apesar disso. — Joe mastiga e engole, e continua. — Eu não tenho certeza se quero fazer um filme de suspense, para ser honesto com você.

Minha mente de negócios aparece. — Eu não acho que um filme de suspense seria uma boa jogada para você. — eu digo, antes que possa repensar minhas intenções. — Você quer reinventar sua imagem, então precisa ficar com papéis dramáticos mais profundos. Uri Ivanovich faz os scripts de muito dinheiro, mas eles são blockbusters de verão, não projetos profundos para o Oscar.

Joe franze a testa para mim. — Verdade. — Não é uma pergunta, mas seus olhos me convidam para continuar.

— Antes de você deixar Hollywood, a maioria de seus papéis foram em suspense e ação, algumas comédias aqui e ali. O Vento Levou é o papel de um grande retorno para você. Ele envia a mensagem de que você está falando sério.

— Sério sobre o quê?— Joe pergunta.

— Rejuvenescer a sua imagem. Sua reputação.

— O que você sabe sobre a minha imagem e reputação? — É um desafio.

Eu dou de ombros. — Só o que tem sido escrito sobre você.

— Só porque eles escreveram... — Joe corta, mas eu falo sobre ele.

— Se é verdade ou não é irrelevante. Os escândalos sozinhos, merecido ou não, deram-lhe uma imagem negativa. E sim, eu sei o que eles dizem sobre a publicidade negativa ser melhor do que nada, mas eu não sei o quão correto isso é. Para um retorno, é preciso que você se apresente mais maduro.

Eu preciso de uma distração para me impedir de cair pelo quão sexy ele é. Pensamentos que eu não deveria ter. Mesmo comendo, ele é lindo. Robusto e divino. Seus mandíbula se move, aperta, e brilha na luz da noite enquanto ele mastiga. Ele lambe o lábio por fora, e lembro-me da maneira que seus lábios tocaram os meus, o modo como sua língua traçou meu lábio inferior.

Eu me livro desse pensamento e foco o meu hambúrguer, meio comido, foco no grão da madeira falsa da minha mesa, foco em qualquer coisa, menos nele.

Greg desliza para fora, e eu ouço vozes conversando do lado de fora, vejo alguns flashes de câmeras, e seu rosnado baixo quando ele empurra a multidão para trás. Joe lança um olhar tenso na porta. Uma multidão está esperando por Joe sair. Ele está aqui comigo, comendo sanduíches, e lá fora, estão dezenas de pessoas esperando, clamando por um mero vislumbre dele. Minha cabeça gira um pouco.

Eu termino o hambúrguer, abafo um arroto embaraçoso, que faz um sorriso em Joe, e eu limpo minha boca com um guardanapo. As vozes do lado de fora crescem em volume, e a expressão de Joe fica séria mais uma vez.

— Sinto muito — eu digo, apontando para a porta e, por extensão, a multidão além dela. — Agora você tem que lidar com isso.

— Eu fiz a escolha. Isso faz parte do negócio. — Ele dá de ombros, agindo indiferente. — Não se preocupe.

Eu franzo a testa. — Eles vão escrever sobre mim?

— Provavelmente. Eles vão inventar mentiras. Apenas ignore-os. Eles vão embora.

Possibilidades e potenciais ramificações voam pela minha cabeça, e o pânico começa a se definir — Mas... e se eles me seguirem?

Joe dá de ombros. — Não responda. Faça o que tem que fazer e ignore-os.

Ele não entende.

— Eu não sou uma atriz famosa, Joe. Eu sou uma estudante. Uma estagiária. — Eu mantenho meus olhos baixos. — Você sabe onde eu trabalho. Que eu faço. E se me seguirem até lá? As pessoas vão descobrir.

Joe fecha a tampa de isopor e enxuga as mãos e a boca, então ele coloca meus pés de volta no chão, se inclina para frente e leva as minhas mãos nas dele. — E isso é um problema? 

— Sim!

— Você tem vergonha do que você faz?

Eu não respondo, não olho para ele. Eu só puxo minhas mãos livres e me levanto. — Você deveria ir.

Ele se levanta, também, mas apenas para ficar acima de mim, o corpo perto do meu. Seu dedo indicador toca no meu queixo e me obriga a olhar para ele. Eu faço, e eu estou sem fôlego. Seus olhos são o cinza-azulado de chateado agora, intenso e conflituoso.

— Demi.

— O quê? — É uma respiração, um sussurro.

— Por que você faz isso, se você sente vergonha? — Seu olhar queima dentro de mim, e sei que ele pode ver os meus segredos, ver a minha vergonha, ver a minha necessidade e meu medo. Seu dedo polegar segurar suavemente o queixo, então não posso me afastar.

Eu me recuso a responder. — Por favor, apenas vá.

— Tudo bem. — Libera o meu queixo e vira em direção à porta. Minha pele queima, onde ele me tocou. — Vejo você no escritório amanhã.

— Não.

Ele para e volta. — O quê? Não, o quê?

— Eu não posso fazer isso.

— Demi, do que você está falando? — Ele franze a testa para mim.

— Eu não posso trabalhar com você. Eu apenas não posso fazer isso.

— Eu tive a impressão de que você tem que fazer isso, se quiser terminar o estágio. — Ele coça a mandíbula. — Eu não sei do que você tem tanto medo. Apesar da minha reputação, eu não sou tão ruim assim.

Eu balancei minha cabeça. — Não é isso.

— Então o quê? Explique-se.

— Você não entenderia. Você não poderia.

— Você ficaria surpresa com o que eu posso entender. — Joe diz. Seus olhos atentos nos meus, não vacilam, desafiando-me a olhar para longe, o que é claro que eu não posso fazer.

— Você sabe. — eu sussurro. — Você me viu. Você viu Gracie. Você nunca vai me enxergar como nada além disso agora.

 — Eu estou te tratando como uma stripper? — Ele diz a palavra casualmente, como se ouvir isso a cada vez não abrisse um buraco em mim.

— Não. — Eu mal posso sussurrar a resposta.

— Você acha que é a primeira menina a sobreviver na faculdade desta forma? Você está incrivelmente bem,Demi. Você merece. Isso não te define.

— Define sim.

— Então esse é o seu problema. Você vai deixá-lo arruinar a sua carreira antes mesmo de começar? Sério? Se é grande coisa, eu não vou contar a ninguém. E eu vou falar com Armand e certificar-me de que ele não conte também. Adam e Nate estavam acabados, e eu duvido que seriam capazes de reconhecer você. Basta vir trabalhar amanhã.

— Apenas... vá. Por favor. — Estou quase chorando, segurando-as de volta desesperadamente.

Joe balança a cabeça lentamente, como se estivesse confuso e irritado. — Droga, Demi. Apenas deixe-me...

— Deixe o quê? O que você vai fazer? Mudar a realidade? 

Ele suspira, exasperado. — Porra, tudo bem. Que seja assim. — Ele se vira para a porta e coloca a mão na maçaneta, depois para, como se lembrando de algo. Puxando um conjunto de chaves do bolso, ele atravessa o pequeno cômodo com dois passos, pega a minha mão na sua, e coloca as chaves na minha mão. — Aqui. Você não deveria estar andando por todos os lugares sozinha.

Eu olho para baixo e vejo um emblema da Land Rover, a chave dobrada dentro de um oval de prata no plástico preto com as letras verdes da assinatura. —O quê? Eu não posso, quero dizer... o quê?

— É o meu Rover. Está lá fora. Essas são as chaves. Quero que o dirija.

— Mas... não. Quer dizer, você não me conhece. Nós nos encontramos duas vezes. Eu não posso dirigir o seu carro.

— Sim, você pode. E você vai. Você é a minha assistente para este projeto, o que significa que você tem que fazer o que eu lhe digo.

Seu trabalho é manter-me feliz. Então, dirija meu carro.

— Mas... e se eu bater?

Ele bufa. — Amor, eu sou Joe Jonas. Eu poderia comprar uma dúzia deles com o meu cartão de débito. Eu não poderia me importar menos se você batê-lo, exceto por você se machucar, é claro.

 — Você tem um cartão de débito? — pergunto. Parece uma coisa tão comum para uma celebridade do calibre de Joe ter.

Ele parece confuso. — Eu tenho uma conta bancária, portanto, sim, eu tenho um cartão de débito. Também tenho cartões de crédito. E uma carteira de motorista. — Seu tom de voz muda para provocação. — Você sabe o que mais? Eu sou um cara. Faço xixi e vou ao banheiro. Faço merdas. Como cheeseburgers. Vejo baseball e bebo cerveja.

Eu olho para ele. — Isso não é... Quer dizer, eu só...

Ele ri, e esfrega um dedo sobre as linhas de expressão na testa. — Relaxe. Estou brincando com você. Meu ponto é, eu sou apenas um cara.

— Você não é, apesar de tudo. Você até mesmo disse. Você é Joe Jonas.

— Será que isso a intimida? — Ele está se aproximando, e sua boca está a centímetros da minha, sua respiração no meu rosto e os olhos fazendo buracos em mim.

Ele poderia estalar os dedos, e qualquer mulher no mundo saltaria para fazer o que ele quisesse. No entanto, aqui ele está, no meu atarracado dormitório, agindo como se gostasse de mim, como se ele visse algo de especial em mim, além do fato de que eu sou bonita o suficiente. Isso não é vaidade, mas mais sobre saber quem eu sou. Eu não sou o tipo de garota que ele está acostumado. Eu não sou uma garota de LA. Eu não sou uma atriz ou alguém sexy, confiante e segura de quem eu sou. Eu sou uma bagunça. Uma confusa, envergonhada, bagunça vergonhosa.

E ele é o deus de Hollywood.

Ele é o rosto de Caim Riley, herói da trilogia Mark of Hell, uma série de paranormal/ação/aventura de livros de romance que vendeu tanto quanto Harry Potter e Crepúsculo. Esses filmes fizeram a carreira de Joe. Seu rosto está nos livros agora. Há uma marca de Mark of Hell na Universal Studios, com o rosto de Joe estampado por toda parte. Há brinquedos com sua aparência, fã-clubes e trajes de cosplay, paródias e esquetes do Saturday Night Live tirando sarro dele.

Seu retrato de Caim era sombriamente sexual, o encontro de James Bond com Batman. Mulheres desmaiam sobre Caim Riley, fantasiam sobre ele. O que torna Joe ainda mais famoso é o fato de que ele parece imitar na própria vida o personagem que interpretou no filme. As mulheres não apenas desmaiam sobre Caim Riley, o personagem fictício, mas sobre o Joe Jonas, o muito real e selvagem, sexy jovem afável Playboy com mais dinheiro do que Deus.

Eu vejo esse escuro e sexual Joe Jonas na forma em que seus olhos me devoram. Eles estão queimando como uma tempestade cinza agora, e eu percebo que a cor do seu olhar é uma coisa mutável, mudando com suas emoções e suas roupas. Suas mãos param em minha cintura, e eu não estou respirando, incapaz de desviar o olhar de seus olhos. Eu sinto sua respiração em meus lábios, sinto o poder de suas mãos na minha pele, e eu me lembro do gosto de seu beijo, o hipnotismo encarnado de sua boca na minha. Meus pulmões queimam com a respiração presa, meus olhos vacilam e borram, e o calor de seu corpo irradia contra a minha pele e eu o quero. Eu quero beijá-lo de novo, eu quero ficar perdida em seu toque, como eu fiquei naquele momento no clube. Naquele breve instante de tempo, eu era apenas uma mulher sendo beijada, uma menina experimentando seu primeiro encontro com a paixão, nada mais importava, nada existia, exceto Joe, sua boca, suas mãos, seus olhos, seu calor e seu amplo e duro corpo musculoso.

Eu realmente o quero neste momento.

Eu tenho que parar com isso. Eu tenho que me afastar. Beijá-lo seria um erro. Se eu tiver que trabalhar com ele, eu não posso beijá-lo. Eu não posso pensar sobre aquela noite no clube, camisa de seda contra a minha pele nua e com as mãos em minhas costas, me possuindo.

Só que eu quero que ele me possua. Eu quero que ele faça o que ele quer. Quero ceder a minha própria necessidade e trêmulo desejo. Eu quero que ele me mostre o que eu nunca conheci.

Seus lábios são macios e molhados contra o meu, e eu estou respirando o fôlego, agarrando sua camisa e segurando desesperadamente pela sua vida, deixando-me beijar novamente. O beijo... Meu Deus, o beijo. Eu me repreendo por dizer o nome do Senhor em vão, e então eu me lembro de que eu não me importo mais com isso, e então ele desliza a língua entre os meus lábios e arranhando meus dentes, toca a minha língua com um sabor arrebatador. Eu não posso respirar, não posso começar a pensar, não posso fazer nada, mas pego sua blusa em meus punhos e beijo-o, mudo a minha boca contra a dele e toco sua língua com a minha. E agora eu nunca vou voltar deste lugar, pois eu sei o gosto da tentação. Eu pequei, eu caí.

Os lábios dele se afastam, e eu sou deixada no vazio. Eu cedo para frente e descanso minha cabeça contra seu peito, e então os soluços me ultrapassam, me mandando espasmos trêmulos, afastando, empurrando, tendo soluços.

— Demi? Jesus, que há de errado? — Sua voz é claramente confusa.

— Vá. Apenas... vá. Por favor, vá. — Eu mal posso falar.

— Por que você está chorando? Foi tão ruim o beijo? — Ele está fazendo piada, mas não funciona. O estremecimento em seu rosto mostra que ele sabe disso.

Só posso sacudir a cabeça. Eu tropeço para longe de seu calor hipnótico, longe do seu toque, seus lábios. — Vá! Deus... Por favor, me deixe em paz. Eu não posso... eu não posso, eu não posso fazer isso com você. Você tem que ir. — Subo minha escada para o beliche superior, sentindo-me como uma criança tentando se esconder de punição.

Eu sinto-o ali, me assistindo. Eu estou de costas para ele, por isso tudo o que posso ver é a curva da minha cintura, meus quadris e a extensão tensa da minha parte traseira. Minha saia de linho cinza está enrolada embaixo de mim, esticada em meus quadris, e eu sinto seu olhar em meu corpo. Eu quero mudar e ajustar a saia, mas eu estou muito consciente de seus olhos em mim para me mover. Eu ouço um tilintar de chaves e depois o som de metal em madeira como ele coloca-as na minha mesa. Eu ouço colocando os recipientes vazios dentro do saco de papel, e em seguida, o som do giro da maçaneta. Vozes excitadas crescem mais alto quando a porta se abre. Greg rosna uma liminar para se acalmarem.

— Demi,  Eu... — Pela primeira vez desde que eu o conheci, Joe parece inseguro. Eu quase me viro para olhá-lo, mas não o faço. Então a voz arrogante está de volta. — Esteja lá amanhã. Dirigindo o carro.

Ele sai, então, e o clamor quando ele emerge do meu quarto é ensurdecedor. Há gritos e gritos. Eu ouço uma voz feminina dizer a Joe que ela quer ter seus bebês. Outra pergunta a ele se quer se casar com ela. Um coro de vozes pede autógrafos e fotos, e eu ouço Joe dizendo que vai assinar autógrafos durante dez minutos, e então ele tem que ir. Acalma o ruído, e eu posso ouvir o murmúrio da voz de Joe quando ele fala com as mulheres que está autografando.

Eventualmente, o barulho morre, e ao longe ouço o ronco gutural de seu carro. Lizzie vem depois de alguns minutos.

— Puta merda, Demi! — Ela sobe e está pendurada na escada. — Você sabe quem era? Por que ele estava aqui? Você transou com ele? 

Eu quero ignorá-la, mas não posso, porque ela é muito alta, muito entrona e desagradável.

Eu rolo, e eu não tenho que fingir a expressão atormentada no rosto. — Ele é meu chefe, Lizzie. Ele é a minha missão para o meu estágio. Então, sim, eu sei quem ele é. E não, nós não... Quer dizer, eu... Não.

— Oh Meu Deus, por que não? — Ela agarra meu braço e me sacode. — Ele é o pedaço mais quente de homem em todo o planeta, porra! Como você pode não fazer!

Eu não sei o que dizer. Acabei de dar de ombros. — Eu trabalho para ele. Eu não poderia... Quero dizer, minha nota, o meu estágio, minha carreira, tudo está ligado a este assunto. — É a verdade nua e crua e por que eu não posso deixar que nada aconteça. Por que eu tenho que resistir a atração hipnótica.

— Jesus, Demi. Ele é a porra do Joe Jonas. Ele é Caim Riley, pelo amor de Deus! É um crime contra todas as mulheres heterossexuais não pegar um pedaço dele. E você não pode me dizer que ele não está interessado. Vi o modo como ele segurava você.

Eu estouro, só um pouco. — Deus, Lizzie, você ouve a si mesma? Ele não é um pedaço de carne. Ele não é um objeto para eu pegar um pedaço. Ele é um homem. Uma pessoa. Eu... E ele não me segurou de nenhuma forma. Ele me carregou porque eu desmaiei.

Isso é tudo. — Eu não sei por que estou mentindo para ela. 

Bem, eu sei sim.

Lizzie franze a testa com a minha explosão. — Você é mais burra do que eu pensava. Mande-o para mim, se você não está interessada. — Ela desaparece de volta para a porta em seguida, e eu estou finalmente em paz.

Eu tento dormir, e não por muito tempo. Quando eu caio no sono, eu sonho com Joe. Eles são sonhos eróticos, sonhos torturantes, no qual ele me toca em lugares que me fazem suar e se contorcer na calça. Ele me beija nos sonhos, e eu o deixo, e eu beijo-o de volta, e torna-se mais que um beijo. Torna-se algo que me faz ter dor entre minhas pernas.

Eu acordo em um emaranhado suado de lençol e olho para o teto, incapaz de esquecer os sonhos. Eu caio no sono e, imediatamente, os sonhos começam novamente. As mãos de Joe na minha cintura, deslizando nos meus quadris. Curvando-se sobre a o meu traseiro. Roçando embaixo dos meus seios. Investindo para baixo, para baixo e para baixo entre as minhas pernas me tocando da forma mais pecaminosa.

Eu vejo seus olhos, azul acinzentado, como um raio, - atado a nuvens de tempestade, e eu ouço sua voz sussurrando para mim — Você não pode resistir a mim, Demi. Você é minha, Demi.

Eu acordo de novo de madrugada, ouvindo suas palavras sussurradas no sonho, e dividida entre desejar que eles fossem verdadeiros e estar aterrorizada de que eles sejam.


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Oi, me desculpem por não ter postado hoje, eu fiquei o dia todo fora, tive que ir na faculdade pela manhã só para entregar um trabalho (e pior: eu faço faculdade 1 hora da minha casa, é longe) e depois eu ainda fiquei na rua, resolvendo umas coisas com minha irmã e depois eu fui assisti o jogo na casa de minha vó, ou seja, eu estou um caco, meu corpo dói, minha cabeça dói, e pra piorar minha situação, acabei de saber que eu nem vou chegar a ter direito a fazer final de uma disciplina pois n alcancei a nota mínima, ou seja, perdi direto hahahaha (no momento eu preferi ri, deixo pra chorar quando o resultado sair mesmo)

Bom, mas mesmo tendo um dia não muito legal, eu fico um pouco feliz por causa de vocês, todos os seus comentários me deixam uma pessoa bem melhor, bem mais feliz, então, Obrigada meus lindos <3

Beijoos <3

2 comentários:

  1. Eu estou amando essa fic .. Essa Demi é uma burra mesmo cara... Gente ele é Joe Jonas, por favor né gata?
    Ficou perfeito, perfeito o capítulo. Claro que a gente te entende :)
    Continua
    Fabíola Barboza

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