28.2.15

Capitulo 13 - Amor Sem Limites

Amoressss, como vao? Eu vou bem! Me desculpem por n ter postado ainda, dps q cheguei da aula sexta, eu sai e vcs tem visto o jornal? Enchentes no ABC Paulista? Ent, eu moro no B do ABC jajdidkd ta chovendo mt aqui e eu n sofro cm as enchentes diretamente pq moro numa parte alta, mas qd saio, sofro p chegar em casa! Por isso q demorei... sem contar a falta de energia q eh frequente................ enfim, comentem! Amanha vejo se faço uma maratona, ok? Beijos, amo vcs! 
Bruna

~

DEMI

–Tem, mas eu não sei que horas meu pai volta. Não podemos simplesmente entrar lá – respondi, sem conseguir deixar de rir.

– Minha doce Demi, se eu não entrar em você logo, muito mais gente além do seu pai vai ficar sabendo que estamos transando. Aquela mesinha da cozinha está me parecendo bem boa no momento.

Estremeci de expectativa quando ele me puxou para o quarto.

– Só uma cama – disse ele ao olhar para o quartinho. – É isso aí.

Subi engatinhando na cama desfeita e ele me seguiu, mas primeiro se virou para trancar a porta de correr. As sacanagens que ele dissera e o meu estado de tesão constante me deixaram tão excitada que não ia ser preciso muito tempo para me fazer gozar. Eu estava tremendo de tanto que queria ser tocada por ele.

– Tire – disse ele, olhando para meu vestido.

Puxei o vestido por cima da cabeça e o joguei no colchão. Não havia colocado sutiã, mas estava de calcinha. Seus olhos se acenderam de tesão quando ele olhou para meus seios. Adorava saber que a gravidez não diminuía o desejo dele por mim. Na verdade, ele parecia ainda mais atraído.

Joe tirou a camisa e ficou de joelhos na minha frente. Segurou meus seios em suas mãos grandes e provocou meus mamilos, fazendo-me gemer e me esfregar ainda mais nele.

Desceu as mãos até a barriga, acariciando-a gentilmente.

– Minha – disse apenas, com admiração e reverência na voz.

Então, deslizou uma das mãos para o meio das minhas pernas e para dentro da calcinha. Descobriu exatamente quanto eu estava excitada.

– Humm, minha doce Demi me quer aí. Gosto disso. Gosto disso pra caralho – gemeu ele, deitando-me de costas no colchão antes de arrancar minha calcinha. Passou o polegar pela sola dos meus pés, então agarrou meus tornozelos e os puxou acima dos ombros dele.

– Joe. – Tentei impedir que começasse a me lamber só porque queria outra parte dele dentro de mim. Mas sua língua estremeceu em meio às minhas dobras e lambeu até meu clitóris, fazendo qualquer pensamento racional desaparecer. Agarrei os lençóis e, me contorcendo de prazer, gritei o nome dele. Já não importava quem fosse me ouvir. O piercing em sua língua provocava meu clitóris incansavelmente enquanto ele ia e vinha pelo meu sexo inchado.

– Tão doce – murmurou ele sem me soltar, e eu desmoronei. Meu corpo estremeceu, e

eu tive certeza de ter gritado seu nome alto o bastante para os vizinhos escutarem. Quando consegui abrir os olhos de novo, ele estava nu e se erguendo entre minhas pernas.

Ergui o quadril ao encontro do pau dele e adorei ver a expressão de prazer em seu rosto quando foi a vez dele de sussurrar meu nome.

Joe segurou minha cintura e me puxou de encontro a suas investidas. Ele entrava e saía de mim num ritmo constante. Senti o prazer aumentando e fiquei louca para explodir de novo. Comecei a levantar o quadril mais alto enquanto agarrava seus braços para me içar mais rápido.

Joe parou e me fez recostar na cama, movimentando-se mais devagar sobre mim. Sua boca cobriu a minha, e ele começou a me beijar como se tivesse todo o tempo do mundo, quando, na realidade, eu estava a poucas estocadas de mais um orgasmo. Ele percorreu minha língua com a dele, brincando com ela e depois lambendo meus lábios antes de me dar beijos castos nos cantos da boca e sugar meu lábio superior.

– Não me deixe de novo – pediu. – Não posso perder você.

Ele moveu o quadril e mergulhou fundo em mim mais uma vez enquanto gemia. Eu enlouqueci, me agarrei a ele e prometi qualquer coisa que ele quisesse. O grito que ele deu ao gozar me fez ter outro orgasmo.

Quando finalmente consegui respirar, Joe estava me acomodando em seus braços e aninhando a cabeça no meu pescoço. Seu hálito quente me provocava e me tranquilizava ao mesmo tempo.

– Eu amo você. Amo pra caralho – disse ele com a voz rouca.

– Também amo você. Amo pra caralho – respondi, com um sorriso feliz.

Ele riu, mas não olhou para mim. Manteve o rosto enterrado no meu pescoço.

– Quero você de novo. Desculpe – disse ele.

Confusa, franzi a testa e me afastei um pouco para ver o rosto dele.

– Está se desculpando por quê?

– Porque talvez eu esteja insaciável esta noite. Foram 24 horas muito longas.

– Quer dizer que você quer mais agora? – perguntei.

Joe deslizou as mãos para o meio das minhas pernas.

– É, gata, eu quero.

Joe estava dormindo quando ouvi meu pai entrar no barco. Fiquei grata por ele não ter testemunhado o que acontecera. Joe caíra no sono de cansaço. Mas antes me deixara completamente satisfeita. Lutei contra o sono porque queria esperar meu pai. Peguei minha roupa, me desvencilhei dos braços de Joe e me vesti. Precisava dizer a meu pai que Joe estava ali. Como não havia lhe contado muita coisa, ele precisava de uma explicação.

Destranquei a porta e olhei para Joe, que ainda dormia tranquilamente. Saí do quarto e subi a escada na ponta dos pés. Meu pai estava sentado à mesa da cozinha, servindo-se de um copo de leite. Olhou para mim e sorriu.

– Não queria acordá-la – disse ele.

– Tudo bem. Eu já estava acordada – respondi. Acenei com a cabeça para a frente do barco, do lado de fora, onde nossas vozes não seriam tão facilmente ouvidas no andar de baixo. – Podemos conversar?

Papai olhou na direção da escada, franziu a testa e então fez que sim com a cabeça e se levantou para voltar para o lado de fora da cabine.

Fechei a porta para abafar nossa conversa e então me virei para meu pai.

– Joe chegou – expliquei. – Ele está dormindo.

Pela expressão no rosto dele, vi que havia compreendido. Ele assentiu.

– Ótimo. Que bom que o garoto foi esperto o bastante para vir buscá-la.

Papai gostava de Joe. Tinha sido por causa dele que nos conhecemos, para início de conversa. Ter a aprovação dele me deixava feliz. Isso tornava as coisas muito mais fáceis. Eu queria manter um relacionamento com meu pai e, por muito tempo, Joe não tinha sido fã dele.

– Foi por causa da família dele que eu vim embora. De Nan, principalmente. Ela é... demais, às vezes.

– Ela é um pesadelo. Ela não é minha lha, pode ser direta ao falar dela. Passei tempo suficiente com ela para saber que precisa de muita atenção de um pai.

Concordei com a cabeça e me sentei no banco localizado na lateral do barco, enfiando as pernas embaixo do corpo.

– Não quero odiá-la, porque Joe a ama. Mas é difícil. Ela está decidida a tirá-lo de mim. Às vezes acho que ela pode conseguir.

Meu pai sentou numa cadeira dobrável desbotada que um dia tivera as cores do arco-íris.

– O garoto ama você mais. Sempre vai amar. Qualquer um vê isso, ursinha. Você só precisa aprender a não deixar Nan intimidá-la.

– Estou tentando. Mas aí, quando ela precisa, ele está lá. Muitas vezes quando eu preciso dele também. Ela sempre ganha. Eu sei que parece bobeira e que estou sendo egoísta, mas preciso que ele me escolha. Preciso que ele escolha a mim e ao nosso lho em vez de todo o resto. Eu não... não sei se ele algum dia vai fazer isso. – Dizer isso em voz alta me deixou com um nó na garganta. É difícil admitir nosso pior medo. Mas eu precisava que alguém me escutasse.

– Você merece ser a número um. Você passou por muita coisa, por culpa minha. Está na hora de um homem fazê-la se sentir a pessoa mais importante do mundo dele. Não é egoísmo. É normal. Aquela irmã mimada dele usa o fato de não ter tido pai como desculpa para ser uma vaca e infernizar todo mundo. Você teve mais problemas do que ela, perdeu a irmã, o pai e a mãe. Sofreu mais do que aquela garota jamais poderia sequer imaginar, mas, ainda assim, você sabe amar. Você sabe perdoar e é forte. Você será uma mãe maravilhosa e uma esposa incrível.

Meu pai soltou um longo suspiro.

– Joe viu Nan como lha dele a vida toda. Ele a criou. Ela é adulta agora, e está na hora de ele deixá-la se virar. Ele está tentando descobrir como fazer isso, e acho que vai conseguir. Joe ama você. Eu sei que ama. Qualquer um pode ver isso no rosto dele.

Eu torcia para que ele tivesse razão.

– Eu o amo tanto que tenho medo de que continue a perdoá-lo, mesmo que ele sempre a escolha.

Papai concordou com a cabeça e se inclinou para a frente para apoiar os cotovelos nos joelhos.

– Se isso acontecer, acho que vou ter que ir a Rosemary dar uma surra no garoto. É só me ligar. Vou estar sempre do seu lado.

Sorri diante da expressão sincera no rosto dele ao ameaçar bater em Joe por mim. Era esse o homem que eu crescera amando. O homem que ameaçara Cain com seu rie de caça em nosso primeiro encontro. Fui até ele e passei os braços ao redor do seu pescoço.

– Eu amo você – sussurrei.

– Amo você também, minha ursinha Demi.

Uma tosse alta me assustou, e eu olhei para trás e vi o cara de mais cedo, outra vez parado no convés de seu barco, nos observando. Ele estava começando a me assustar. Pelo menos desta vez estava usando uma camisa, ainda que desabotoada.

– Boa noite, Capitão – falou meu pai, e o cara levantou a cerveja para cumprimentá-lo.

– Boa noite – respondeu ele. Mas não saiu. Só ficou ali parado.

– Esta é Demi, minha filha.

– Nós nos conhecemos mais cedo – disse ele e piscou para mim de novo. Meu desconforto foi imediato. Joe não ia gostar que ele fizesse isso. Talvez não fosse boa ideia eu passar alguns dias ali. Eu estava grávida. Será que ele não via? Por que flertaria com uma grávida?

– Ah, bem, que bom. Que bom que vocês se conheceram. – Meu pai pareceu nervoso. Alguma coisa estava errada. Será que o cara era perigoso?

A porta da cabine se abriu e um Joe sonolento e amarfanhado surgiu no convés. Desta vez, estava sem camisa e com a calça jeans desabotoada. Duvidava que sequer tivesse vestido uma cueca. Parecia ter acabado de acordar e perceber que eu não estava, então vestira a calça correndo e saíra atrás de mim. Olhou para mim, para o Capitão e para mim de novo. A expressão furiosa no rosto dele me surpreendeu. Ele não tinha visto o sujeito piscar para mim, tinha?

– Oi, Abe – disse ele com a voz arrastada, vindo até mim e puxando-me na sua direção. Sim, definitivamente ele estava reclamando sua propriedade. Por que ele se sentia ameaçado? Não sabia que eu era louca por ele?

– Oi, Joe. Fiquei muito feliz por reencontrar a Demi, mas gostei de ver que você foi inteligente o bastante para vir buscá-la – respondeu Abe. O tom de advertência em sua voz foi muito claro. Ele estava informando a Joe que não gostava que eu me sentisse em

segundo plano.

Joe concordou com a cabeça e deu um beijo na minha testa.

– Não vai acontecer de novo – garantiu ele ao meu pai.

Meu pai fez que sim com a cabeça.

– Que bom. Da próxima vez, não vou ser tão compreensivo – alertou ele.

– Recém-casados? – perguntou Capitão, ainda parado nos observando.

Os músculos de Joe ficaram tensos, e me aproximei para acalmá-lo. Ele queria estar casado. Ficou incomodado por outro cara questionar nosso relacionamento.

– Eles estão noivos – explicou meu pai.

Capitão apontou a cerveja na minha direção, como se estivesse indicando minha barriga.

– Você inverteu um pouco a ordem das coisas, não? – O tom de acusação na voz dele fez Joe se mover antes que eu conseguisse impedi-lo. De repente ele estava atravessando o barco. Estendi a mão e agarrei seu braço no instante em que ele pôs o pé no degrau de fora.

– Muito bem, pode parar – disse meu pai num tom autoritário que eu não estava acostumada a vê-lo usar. – Eu ia esperar e explicar a Demi sem a merda de uma plateia, mas parece que preciso fazer isso agora, já que você irritou Joe. – Ele olhava irritado para Capitão.

Do que meu pai estava falando? Que tipo de explicação?

Joe parou de se mexer e olhou furioso para o meu pai.

– Ninguém fala com a Demi assim. Estou me lixando para quem ele seja.

– Eu não estava falando com a Demi. Estava falando com você – disse Capitão, de um jeito arrastado e entediado, e tomou mais um gole da cerveja.

Peguei o braço de Joe com as duas mãos e o segurei com força.

– Já chega, garoto – disparou meu pai para Capitão. Pensei em argumentar que ele não era um garoto, mas um homem capaz de machucar meu pai sem esforço. Preferia que ele mantivesse uma relação amistosa com os vizinhos.

Capitão levantou as duas mãos e deu de ombros.

– Tudo bem – respondeu ele. Fiquei chocada ao vê-lo recuar tão facilmente.

Papai suspirou e olhou de novo para mim.

– Talvez você queira voltar a se sentar – disse ele.

Eu não tinha certeza se queria ouvir o que ele tinha para me dizer. Por que eu precisava me sentar? Joe se sentou, me puxou para seu colo e passou os braços ao redor da minha cintura.

Meu pai olhou para Capitão e franziu a testa. Qualquer que fosse o assunto a seguir, ele não queria me contar. Isso me deixou nervosa.

– Quando eu tinha 16 anos, engravidei minha namorada de escola – começou ele, e agarrei com força os braços de Joe. – Becca Lynn não estava pronta para ser mãe, e eu com certeza não estava pronto para ser pai. Nós concordamos em dar o bebê para adoção. Os pais de Becca Lynn trataram de encontrar pais adequados para a criança, e assim foi. Não ficamos

juntos. Terminamos por conta do impacto da gravidez e do que havia acontecido. Depois da formatura, ela foi para a faculdade na costa oeste e eu fui para a Georgia. Nunca mais a vi – disse meu pai.

Ele deu um suspiro e me analisou por um instante antes de prosseguir. Os braços de Joe haviam me apertado um pouco mais, e eu estava me segurando nele. Ainda não tinha certeza de como a história terminava, mas fazia ideia.

– Depois que você e Valerie nasceram, eu percebi quanto eram preciosas. Eu amava tanto vocês duas que desabei uma noite e contei à sua mãe sobre o bebê que tivera com Becca Lynn e fora dado para adoção oito anos antes. Pela primeira vez, fiquei triste com a perda daquele lho, que eu achava que não quisesse. Sua mãe tomou para si a tarefa de encontrá-lo. Ela procurou durante anos. Todas as pistas sempre levavam a nada. Eu acabei desistindo. Ela nunca desistiu. – Papai deu uma risada triste. – Então, no ano passado, o investigador que a sua mãe havia contratado entrou em contato comigo, porque tinha descoberto uma pista. Eu não esperava por isso. Não sabia o que fazer com aquela informação. O garoto já era adulto. Eu tinha certeza de que não fazia mais sentido. Então recebi outra ligação. Meu filho queria me conhecer.

Girei o tronco para olhar Capitão. Ele estava encostado em seu barco olhando para a água, mas ouvindo. Estava com o corpo tenso, esperando. Ele era... Eu tinha um irmão?

– Então tudo aquilo aconteceu, e eu admiti meus erros. Precisava recomeçar. Tentar agir direito no que me restava de vida, porque tudo o que eu havia feito até então era ferrar com tudo. As únicas coisas boas na minha vida tinham sido amar sua mãe e ter sido abençoado com você e Valerie. Então, liguei para meu lho e vim conhecê-lo. – Ele fez uma pausa e acenou com a cabeça na direção de Capitão. – River Joshua Kipling, também conhecido como Capitão, é seu irmão.

– Caralho – sussurrou Joe, e fiquei com vontade de dizer a mesma coisa. Será que os segredos do meu pai nunca acabavam?

– Capitão foi o último presente de sua mãe para mim. Se ela não tivesse sido tão determinada em encontrá-lo, eu nunca o teria conhecido.

Meu pai não estava tão sozinho quanto eu imaginava. Mas essa história não me deixava chateada nem magoada. Eu estava... feliz. Estava aliviada. Ele tinha muito o que consertar na vida. Eu sabia que, ao tentar criar laços com o lho, ele estava tentando reparar o erro de não tê-lo assumido. Meu bebê chutou contra as mãos do pai. Não conseguiria me imaginar dando-o para adoção. Nunca chegando a conhecê-lo ou abraçá-lo. Devia ser como perder parte de si mesmo. Meu pai não tinha sido um homem completo desde os 16 anos. Desde que abrira mão de parte de si. Meu coração se partiu de pena dele. Afastei-me dos braços de Joe e fui até meu pai.

Passei os dois braços pelo tronco dele e o abracei. Ainda não sabia como traduzir em palavras quanto estava feliz por ele. E “feliz” talvez nem fosse o termo certo. Eu estava mais do que feliz. Eu estava grata. Estava na hora de ele se curar. Isso fazia parte do processo.

– Isso incomoda você, ursinha Demi? – perguntou ele, prendendo-me num abraço.

– Estou feliz que você o tenha encontrado – respondi sinceramente. Por ora, era tudo o que conseguia dizer.

– Obrigado. – Sua voz estava tomada de emoção.

– E eu estou muito feliz por não precisar dar uma surra em você por ficar olhando para a minha mulher – ouvi Joe dizer e sorri encostada no peito do meu pai.

JOE

Ficamos por mais cinco dias para que Demi pudesse conhecer um pouco o irmão. Foi muito mais fácil tolerar Capitão depois que eu soube que ele não estava olhando para Demi com intenções sexuais. Ele só estava curioso em relação à irmã. Compreendi isso. Mas também fiquei feliz ao fazer as malas e voltar para casa. Faltavam apenas três semanas para o Natal, e eu queria passá-lo em Rosemary com Demi. Na nossa casa. E também queria dar meu sobrenome a ela e bater no peito de orgulho feito um maluco.

Demi fora direto para a cama quando chegamos a Rosemary. Sorriu alegremente quando entramos em casa e então olhou para mim e disse que, a menos que eu quisesse ficar só abraçadinho, era para deixá-la sozinha no quarto para tirar uma soneca. Como eu tinha quase certeza de que não conseguiria ficar apenas abraçado, permaneci no andar de baixo aproveitando o fato de estar em casa.

Peguei um refrigerante na geladeira e fui sentar no deque e inspirar o ar do golfo. Sentira falta dali. Ainda não estava devidamente instalado quando ouvi a porta atrás de mim se abrir.

Grant surgiu fazendo um aceno de cabeça e sentou ao meu lado. Não conversávamos desde antes do jantar de Ação de Graças, quando eu ligara para falar com ele sobre Nan. Eu havia andado ocupado desde então, e tinha certeza de que ele estava me evitando. Pelo visto, a rede de notícias de Rosemary estava funcionando, porque fazia menos de trinta minutos que havíamos chegado, e ele já estava ali. Eu sequer imaginava que Grant estivesse na cidade. Normalmente, ele passava os invernos esquiando. Pelo que eu sabia, ele iria para Vail.

– Como ela está? – Foram as primeiras palavras que ele disse.

Ele não estava perguntando de Demi. Percebi pelo tom triste que era de Nan que ele estava falando.

– Muito ferrada. Você sabe disso.

Grant soltou um suspiro e cruzou os tornozelos.

– É, eu sei. Mas liguei para ela ontem à noite porque estava bêbado, fraco e numa crise de burrice. Sua mãe atendeu. Disse que Nan está em tratamento.

– Ela tentou se matar com remédios. Eu a encontrei e a levei para o hospital a tempo. Ela ficou bem na parte física, mas não na emocional. Kiro é um merda de pai. Harlow sabe disso, mas Nan nunca vai aceitar a situação como Harlow aceitou.

– Quem é Harlow? – perguntou Grant, e me dei conta de que havia partes da minha

história de que nem ele conhecia. Eu havia mantido minha vida em Rosemary separada da minha vida com meu pai.

– A outra lha de Kiro. Dela ele cuidou. Bom, ou pelo menos deixou com a avó que a amava, longe daquele mundo dele. Harlow era o brinquedinho bonito que ele pegava de vez em quando e depois devolvia para a avó quando cansava de ser pai. Funcionou porque Harlow é tranquila, educada e fica na dela, fora do caminho. Nan não é nada disso. Então, ela não serve.

Grant soltou um suspiro.

– Caramba.

“Caramba” era pouco.

Ficamos sentados em silêncio por um tempo, olhando para o mar. Eu não sabia quanto ele havia se envolvido com Nan, mas esperava que conseguisse se afastar. Ela não era estável.

Jamais seria. Não faria Grant feliz.

– Vocês vão se casar logo? – perguntou Grant, afinal.

Sorrindo, pensei em Demi no quarto, enroscada na minha cama... na nossa cama.

– Vamos. Quando ela acordar, vou dizer que ela tem uma semana para planejar o casamento. Não posso esperar mais. Já esperei demais.

Grant deu uma risada.

– Eu sou o padrinho, certo?

– É claro. Infelizmente, acho que você vai acabar entrando com a Bethy, então prepare-se para Jace ficar na sua cola. Não tenho dúvida de que Demi vá escolher Bethy. A alternativa seria Jimmy, mas duvido que você o queira apertando sua bunda.

– Eu me viro com Bethy e Jace – respondeu Grant, num tom divertido. – Mas Jimmy vai mesmo entrar junto com as amigas da noiva?

Sorri e assenti com a cabeça.

– Vai. Ela o convidou quando começamos a planejar o casamento.

Eu havia deixado passagens de avião com Abe e Capitão antes de partir. Demi queria o pai aqui e, depois de vê-la aproximando-se de Capitão, percebi que iria querer o irmão também. Os dois concordaram em vir em uma semana. Mas Demi ainda não sabia disso. Eu não estava com ânimo de discutir, caso ela tivesse um motivo para adiar a cerimônia.

– Nan vem ao casamento? – perguntou Grant.

Eu nunca havia imaginado que iria me casar sem a presença de minha mãe e minha irmã. No entanto, não queria que nada estragasse as lembranças do nosso casamento para Demi, e sabia que elas dariam um jeito de fazer justamente isso. Eu não poderia permitir.

– Não. Ela não pode vir. Ainda odeia Demi – respondi.

Grant fez que sim com a cabeça e seus ombros relaxaram. Ele não queria vê-la. Isso era óbvio. Eu não podia culpá-lo.

– Sabia que o idiota do Woods vai se casar com aquela garota de Nova York porque os pais querem? Ele ainda não está noivo, mas vai ficar em breve. Ele admitiu para mim outro

dia, tomando tequila, que precisava se casar com ela se quisesse ficar com o clube. O pai está pegando pesado. Woods vai ser muito infeliz com aquela mulher toda rígida.

Fiquei chateado pelo Woods. Sabia como era estar ansioso para se casar e passar o resto da vida com a mulher amada. Todo mundo deveria experimentar essa sensação. Não era certo começar um casamento com arrependimento e amargura.

– É escolha dele, eu imagino. Ele poderia dizer não.

– E fugir, como Tripp? Não é um plano muito bom também – respondeu Grant.

Tripp era alguns anos mais velho do que nosso grupo. Era primo de Jace, e todos nós gostávamos dele. Os pais o pressionaram para que organizasse a própria vida de acordo com os planos deles, e ele se mandou. Deixou milhões de dólares para trás e fugiu. Foi imortalizado por nosso olhar de adolescentes porque teve coragem de tocar o foda-se e ir embora. Agora que estávamos mais velhos, compreendíamos melhor o sacrifício que ele havia feito. Eu só esperava que ele fosse feliz.

– É melhor do que se casar com uma vaca mimada – falei.

– É verdade. – Grant fez uma pausa e tomou um gole do meu refrigerante. O cretino sabia que eu não ia mais beber depois disso. – Como está o seu pai?

– Do mesmo jeito. Bebendo e fumando demais. Transando com mulheres da minha idade que ele nem conhece. Você sabe como é.

Grant sorriu.

– Sei. Mas que vidão, hein!

Aquilo não era vida, mas, como sabia que Grant não iria concordar comigo, fiquei quieto.

Ele nunca tivera alguém como Demi, então não fazia ideia de quanto a vida do meu pai era vazia. Ele devia ser muito solitário.

– Todo mundo sabe que vocês estão de volta à cidade. Estão a fim de companhia esta noite?

Não. Eu queria Demi só para mim. Passamos cinco dias dividindo um barco com o pai dela. Tempo de mais.

– Hoje, não. Demi precisa descansar.

– Ou você quer ficar só com ela? Seja sincero, cara.

– É, eu quero ficar só com ela – respondi com um sorriso.

11 comentários:

  1. Espero que o tempo melhore por aí :)
    Fiquei muito surpreendida com aquela história do pai de Demi ter outro filho, mas ao mesmo tempo também fiquei muito feliz por saber que ele não está sozinho e que Demi tem mais família. Estou a gostar de ver que Joe está a ser um homenzinho e a cuidar de Demi, espero que ele não faça burrada outra vez, está mais do que na hora de eles serem finalmente felizes

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  2. Maaaaaari..
    Resolvi as paradas aki..
    Vc pode me add no grupo de novo?
    Sem querer eu exclui teu numero. Y.Y
    Adorei o cap :D

    Bjss

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  3. Maaaaaari..
    Resolvi as paradas aki..
    Vc pode me add no grupo de novo?
    Sem querer eu exclui teu numero. Y.Y
    Adorei o cap :D

    Bjss

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  4. vc quer entrar em um grupo no wpp???
    é só p escritoras/leitoras de fics jemi,
    se quiser me manda seu número, bjs.

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