Bom dia, meus amores! Aqui está mais um cap! Sem tempo p mais nd, 8 comentarios para o próximo, beijos e amo vcs ♥
Bruna
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DEMI
– Vou voltar a trabalhar no clube. Nós... hum... vamos nos ver de vez em quando. Eu procuraria um emprego em outro lugar, mas preciso do salário que me pagam lá.
Estava explicando isso mais a mim mesma do que ao Joe. Não sabia ao certo o que iria dizer quando chegasse ali. Só sabia que precisava encará-lo. No começo, Bethy havia implorado que eu contasse a ele sobre a gravidez, mas depois que ficou sabendo o que tinha acontecido com o meu pai, Nan e a mãe dela naquele dia, ela não ficou mais tão fã do Joe como antes. Concordou que não havia por que contar nada a ele no momento.
Criar coragem para voltar àquela casa depois da forma como eu havia saído apenas três semanas e meia antes foi difícil. A esperança de que o meu coração não reagiria quando eu visse o rosto de Joe foi inútil. Meu peito ficou tão apertado que foi surpresa eu ter conseguido respirar. Quanto mais falar. Eu estava grávida do bebê dele... do nosso bebê. Mas as mentiras. A traição. Quem ele era. Tudo isso evitou que eu dissesse as palavras que ele merecia ouvir. Eu não podia. Estava errado. Eu estava sendo egoísta e sabia disso. Mas não mudava nada. Aquele bebê que eu estava carregando talvez nunca viesse a conhecê-lo. Eu não podia permitir que o que eu sentia por ele atrapalhasse as minhas decisões em relação ao futuro... ou ao futuro do bebê. Meu pai, a mãe de Cain e Nan jamais seriam parte da vida dessa criança. Eu não permitiria isso. Não poderia permitir.
– Claro, claro. Trabalhar no clube rende uma boa grana. – Ele parou de falar e passou a mão pelos cabelos. – Demi, nada mudou. Não para mim. Você não precisa da minha permissão. Isso é exatamente o que eu quero. Ter você aqui de novo. Ver o seu rosto. Meu Deus, gata, eu não consigo fazer isso. Não consigo fingir que não estou empolgado por você estar na minha casa agora.
Eu não conseguia olhar para ele. Não agora. Não estava esperando que ele dissesse aquelas coisas. O que eu esperava era uma conversa nervosa e tensa.
Era isso que eu queria. Meu coração não iria suportar nada diferente.
– Preciso ir, Joe. Não posso car. Só queria ter certeza que você não se importaria de eu ficar na cidade. Vou manter distância.
Joe se mexeu tão rapidamente que eu não me dei conta até ele estar de pé entre mim e a porta.
– Por favor, me desculpe. Eu estava tentando ser legal. Estava tentando ser cuidadoso, mas não consegui. Vou melhorar. Prometo. Vá para a casa da Bethy. Esqueça o que acabei de dizer. Vou me comportar. Prometo. Só... só não vá embora. Por favor.
O que eu podia dizer em relação àquilo? Ele conseguiu fazer com que eu sentisse vontade de tranquilizá-lo. De lhe pedir desculpas. Ele era um perigo para as minhas emoções e o meu bom senso. Distância. Nós dois precisávamos de distância. Assenti e passei por ele.
– Eu... hum... a gente se vê por aí. – Consegui grunhir antes de abrir a porta e sair da casa.
Não olhei para trás, mas sabia que ele estava me observando ir embora. Foi o único motivo pelo qual eu não saí correndo. Espaço... nós dois precisávamos de espaço. E eu precisava chorar.
Foi como se ele soubesse que eu estava a caminho. Eu já havia decidido ir direto para o salão de jantar procurar por Jimmy. Achei que ele saberia onde encontrar Woods. Mas Woods estava esperando por mim de pé quando abri a porta dos fundos do clube.
– E ela está de volta. Sinceramente, não achei que você iria voltar – disse Woods enquanto a porta batia atrás de mim.
– Por um tempinho só – comentei.
Woods piscou um olho e acenou com a cabeça na direção do corredor que levava ao escritório dele.
– Vamos conversar.
– Está bem – concordei, indo atrás dele.
– Bethy já me ligou duas vezes hoje. Queria saber se eu já tinha conversado com você e garantir que você havia conseguido o seu emprego de volta – falou Woods ao abrir a porta do escritório e segurá-la para que eu entrasse. – Eu só não esperava pela ligação que recebi há dez minutos. Fiquei surpreso. Pela forma como você saiu correndo daqui há três semanas deixando o Joe totalmente arrasado, não esperava que ele fosse ligar para pedir por você. Não que ele precisasse fazer isso, é claro. Eu já havia concordado em devolver o seu emprego.
Parei e olhei para ele. Eu escutei direito?
– Joe? – perguntei, quase temendo ter imaginado aquele comentário.
Woods fechou a porta e recostou-se na frente da sua mesa de trabalho, de madeira lustrosa e aparência cara, cruzando os braços. O sorriso de quando eu cheguei havia desaparecido. Parecia mais preocupado agora.
– Sim, Joe. Eu sei que você descobriu a verdade. Jace me contou parte da história. O que ele sabe, pelo menos. Mas eu já sabia quem você era. Ou quem Joe e Nan achavam que você era. Eu lhe avisei que ele escolheria ela. Ele já estava escolhendo ela quando dei aquele aviso. Você quer mesmo voltar para tudo isso? O Alabama é tão ruim assim?
Não. O Alabama não era tão ruim assim. Mas ser mãe solteira aos 19 anos e sem família era muito ruim. Isso, porém, não era algo que eu iria dividir com Woods.
– Voltar para cá não é nada fácil. Encontrar com todos eles também não vai ser. Mas preciso pensar no que vou fazer. Para onde vou. Não há mais nada para mim no Alabama. Não posso ficar lá fingindo que há. Está na hora de eu encontrar uma nova vida. E Bethy é a única amiga que eu tenho. Minhas alternativas de lugares para onde ir são um pouco limitadas.
Woods arqueou as sobrancelhas.
– Ui. O que eu sou? Achei que fôssemos amigos.
Sorrindo, me aproximei e fiquei parada atrás da cadeira na frente dele.
– Nós somos, mas, bem... não amigos íntimos.
– Não por falta de esforço meu.
Dei uma risadinha e Woods sorriu.
– É bom ouvir isso. Senti sua falta.
Talvez voltar não fosse tão difícil.
– Pode ter o seu emprego de novo. Não tive sorte com garotas de carrinhos e o Jimmy ainda está de mau humor com isso. Ele não se sai bem com as outras.
Sente sua falta também.
– Obrigada. Mas preciso ser sincera com você. Pretendo ir embora em quatro meses. Não posso ficar aqui para sempre. Eu...
– Tem uma vida para tocar. Sim, já sei. Você não pretende ncar raízes em
Rosemary. Entendi. Por qualquer que seja o período de tempo, o emprego é seu.
JOE
Bati mais uma vez antes de abrir a porta da casa de Nan e entrar. Vi o carro dela estacionado do lado de fora. Sabia que ela estava ali. Só queria anunciar minha entrada. Uma vez, cometi o erro de não bater antes e acabei vendo a minha irmãzinha montada no colo de um cara. Quis jogar água sanitária nos olhos depois daquela experiência.
– Nan, está na hora. Precisamos conversar.
Eu a chamei e fechei a porta atrás de mim. Entrei na sala de estar. O barulho de mais de uma voz sussurrada e passos vindo da suíte quase me obrigaram a dar meia-volta e ir embora, mas eu não ia fazer isso. Aquilo era mais importante. O convidado dela tinha que ir para casa mesmo. Já passava das onze.
A porta do quarto dela se abriu e se fechou. Interessante. Quem quer que estivesse ali ia car. Teríamos que ir conversar na varanda. Eu não falaria sobre a Demi na frente de mais ninguém. Provavelmente eu conhecia o cara que estava naquele quarto. Seria o único motivo para ela mantê-lo escondido.
– Já ouviu falar em ligar antes de aparecer? – reclamou Nan ao entrar na sala de estar vestindo um robe curto de seda. Estava cada vez mais parecida com a nossa mãe.
– Está quase na hora do almoço, Nan. Você não pode manter o cara na cama o dia todo – respondi, abrindo as portas que levavam à varanda com vista para o golfo. – Preciso conversar com você e não quero que seu amiguinho nos escute.
Nan revirou os olhos e saiu atrás de mim.
– Engraçado como tentei falar com você durante semanas e agora que você quer conversar chega invadindo a minha casa como se eu não tivesse vida própria. Eu pelo menos ligo antes.
Ela estava começando a falar parecido com a nossa mãe também.
– Este apartamento é meu, Nan. Posso entrar quando bem entender.
Tive que lembrá-la disso. Ela ia sair de lá na metade de agosto para voltar para a fraternidade em que morava e para o curso universitário pelo qual ainda não havia se decidido. Para ela, a faculdade era uma função social. Ela sabia que eu pagaria as despesas e as mensalidades. Sempre cuidei de tudo para ela.
– Que sarcástico. Do que se trata isso tudo? Ainda não tomei café.
Ela não tinha medo de mim. Eu não queria tivesse, mas estava na hora de ela crescer. Eu não ia deixar que expulsasse Demi. Em um mês, Nan teria partido. Normalmente, eu também. Mas não naquele ano. Continuaria morando em Rosemary. Minha mãe teria que escolher outro lugar para car. Não teria aquela casa de graça pelo resto do ano.
– Demi voltou – falei, por fim.
Eu tivera tempo o suficiente para ver as coisas de outro ângulo. Não achava mais que Nan era a vítima da história. Quando criança, sim, mas Demi também era. Nan ficou tensa e seus olhos faiscaram com um ódio que pertencia ao pai dela, não a Demi.
– Não diga nada. Deixe-me falar primeiro ou vou botar o seu amiguinho para fora do meu apartamento. Eu estou no comando aqui, Nan. Nossa mãe não tem nada. Sou eu que sustento vocês duas. Nunca lhe pedi nada. Nunca. Mas agora vou pedir... não, vou exigir que você me escute e que atenda às minhas condições.
Em instantes, a raiva de Nan havia sumido. Agora eu tinha a garotinha mimada me encarando. Ela não gostava que lhe dissessem o que fazer. Não podia culpar a minha mãe pelo seu comportamento, não completamente. Eu fazia isso também. O excesso de compensação tinha estragado Nan.
– Eu a odeio – sussurrou Nan.
– Eu falei para me ouvir. Não pense que estou blefando, Nan. Porque desta vez você ferrou com uma coisa de que eu gosto. Isso me afeta, então me ouça e cale a boca.
Ela arregalou os olhos, chocada. Eu nunca tinha falado com ela daquele jeito, então eu mesmo fiquei um pouco surpreso. Ouvir o ódio na voz dela direcionado a Demi havia me deixado muito furioso.
– Demi vai ficar com Bethy. Woods devolveu o emprego dela. Ela não tem nada no Alabama. Não tem ninguém. O pai que vocês duas dividem é um imprestável. Para Demi, ele poderia muito bem estar morto. Ela voltou para descobrir onde se encaixa e o que fazer depois. Estava fazendo isso antes, mas quando a verdade veio à tona, seu mundo desmoronou e ela fugiu. É uma porra de um milagre que tenha voltado para cá. Eu a quero aqui, Nan. Você pode não querer ouvir isso, mas eu a amo. Nada vai me impedir de garantir que ela que bem, que esteja segura e que ninguém, e eu realmente quero dizer ninguém, nem mesmo a minha irmã, faça com que ela se sinta indesejada. Você vai embora logo. E pode continuar com o seu ódio mal direcionado se quiser, mas um dia espero que cresça o suficiente para se dar conta de que só existe uma pessoa a ser odiada nessa história.
Nan afundou em uma das espreguiçadeiras que mantinha na varanda para ler. Eu a amava também. Eu a protegera durante toda a vida. Dizer aquilo e ameaçá-la era difícil, mas eu não poderia deixar que ela continuasse magoando Demi. Precisava acabar com aquilo. Demi nunca me daria outra chance enquanto Nan estivesse atormentando a sua vida.
– Então você está escolhendo Demi... – sussurrou Nan.
– Não é uma competição, Nan. Pare de agir assim. Você já tem seu pai. Ela o perdeu. Você ganhou. Agora deixe as coisas como estão.
Nan levantou o rosto e havia lágrimas em seus olhos.
– Ela fez você me odiar.
Maldito drama de merda. Nan tinha uma novela na cabeça.
– Nan, me escute. Eu amo você. Você é a minha irmãzinha. Ninguém pode mudar isso. Mas eu estou apaixonado pela Demi. Isso pode ser um golpe enorme nos seus planos de conquistar e destruir, mas, querida, está na hora de resolver os problemas com o seu pai. Ele voltou há três anos. Preciso que você supere isso.
– E quanto à família estar em primeiro lugar? – perguntou ela, com a voz embargada.
– Não comece com isso. Nós dois sabemos que pus você em primeiro lugar a vida toda. Sempre que precisou de mim, eu estive ao seu lado. Mas somos adultos agora, Nan.
Ela secou as lágrimas que escaparam dos seus olhos e se levantou de novo. Eu nunca conseguia saber se as lágrimas dela eram reais ou falsas. Ela era capaz de ligá-las e desligá-las à vontade.
– Tudo bem. Talvez eu volte para a faculdade mais cedo. Você não me quer aqui mesmo. Você a escolheu.
– Eu sempre vou querer você por perto, Nan. Mas desta vez quero que você seja legal. Pense em outra pessoa para variar. Você tem coração. Sei disso. Está na hora de usá-lo.
Nan se empertigou.
– Se a conversa já terminou, você pode, por favor, ir embora do seu apartamento?
– Sim, já terminou – respondi, voltando para dentro.
Sem dizer mais uma palavra, saí pela porta da frente. O tempo agora iria dizer se eu precisaria levar minhas ameaças até o m para ensinar uma lição à minha irmã.
Esperava sinceramente que não.
Nan é uma vaca frigida, mesmo que ela se torne "boa" com Demi sempre a detestarei. Eu quero chorar com as atitudes de Joe, imagina quando ele descobrir que será pai!
ResponderExcluirEstou com o coração na mão e ansiosa para o próximo capitulo!
Sam, xx
Posta maais!
ResponderExcluirPerfeito posta logo!
ResponderExcluirEu acho que o ódio da Nan vai aumentar agora...... ela vai com tudo pra cima da Demi....... posta logo por favor.......
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPosta maaaais toma Nan
ResponderExcluirPostaaa
ResponderExcluirContinua ta incríveeeeel
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