Amores, aqui está! Comentem, se tiver 6 comentarios até wu chegar da aula ppato mais um! Boa leitura! Beijos, amo vcs ♥
Bruna
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DEMI
Nem precisei perguntar para saber o que Joe estava
fazendo. Ele ia voltar com algo que
eu pudesse comer. Se não estivesse com tanta
fome, tentaria impedi-lo, mas eu realmente queria mais do que pão.
– Você transformou meu irmão no seu cãozinho
de estimação. É patético – sibilou Nan do outro lado da mesa.
– Chega de veneno, Nan. Demi está grávida e
precisa comer. Joe está cuidando do que é dele – respondeu Dean
antes de tirar uma ostra crua da concha e pô-la na boca.
– Nunca ouviu falar de métodos contraceptivos?
Ou este sempre foi o seu plano, prendê-lo com um bebê?
Era muito provável que eu tivesse que passar o
resto da vida lidando com esse tipo de atitude da Nan. Ficar chateada
e me afastar não seria uma opção. Claro, eu não pretendia enfiar
uma arma na cara dela de novo, mas não iria deixar que ela falasse
assim comigo só porque era irmã de Joe.
– Entendo que você esteja magoada e com raiva,
mas eu não z nada para você. Então, por favor, dê um tempo.
Dean riu. Os olhos de Nan brilharam com mais
intensidade. Ah, que ótimo. Eu só havia conseguido irritá-la ainda
mais.
– Escute aqui, sua vaquinha, não importa o que
você pensa que tem, porque você não tem. Eu sou irmã dele. Tenho
o mesmo sangue. Ele vai escolher a mim, se chegar a esse ponto.
Então, não ouse me ameaçar.
Por mais que eu quisesse voltar para o quarto de
Joe e me esconder, sabia que isso só pioraria as coisas. Precisava
mostrar que não ia baixar a cabeça.
– Isso não é uma competição. Você é a irmã
dele. Eu sou a mãe do lho dele. Ele não precisa amar apenas uma de
nós, Nan. É infantil e arriscado pensar assim. Joe está aqui
porque ama você e quer ajudá-la. Não dê um tapa no rosto dele me
tratando dessa maneira.
Nan abriu a boca, mas a fechou em seguida. Estava
com o maxilar tenso, de tanto cerrar os dentes.
– Grande Demi – falou Kiro, e a dor que passou
pelo olhar de Nan me fez sentir pena dela. Eu sabia como era ter um
pai que não nos quer. Mas também sabia como era ter um pai que nos
adora. Ela, não.
– Nem sei por que eu tento. Ninguém aqui me
aceita. Joe era tudo o que eu tinha, e agora ele se agarrou a você,
que me odeia – gritou ela, levantando-se e atirando o
guardanapo na mesa. – Você pegou Joe. – Ela
apontou para mim, e então voltou a atenção para Harlow e
continuou: – E você, você tem o amor do meu pai. Eu não tenho
nada. – Ela deu meia-volta e saiu correndo da sala.
Joe entrou na hora em que ela se afastava batendo
os saltos com força no piso. Ele olhou para Kiro com raiva estampada
no rosto.
– O que foi que você fez? Eu só saí por cinco
minutos.
Kiro deu de ombros e apontou na minha direção.
– Não olhe para mim. Foi a sua mulher quem a
fez sair correndo.
A raiva de Joe se transformou em confusão
enquanto ele voltava o olhar para mim. – Demi? O que aconteceu?
Balancei a cabeça.
– Ela estava me acusando, e eu só lhe disse a
verdade.
Joe soltou um suspiro e saiu atrás da irmã.
Fiquei ali sentada me perguntando se deveria sair
também. Ou se deveria ficar. Meu pão estava esquecido no prato e
meu estômago tinha dado um nó.
– Este jantar em família está se transformando
num fracasso. Mais alguém quer sair correndo antes da salada? –
perguntou Kiro alegremente. Eu não conseguia entender como ele podia
fazer piada sobre o que acabara de acontecer.
Dean estendeu a mão e apertou meu braço.
– Ele vai voltar. Às vezes, Nan só precisa do
Joe. Ele sabe disso.
Infelizmente, eu sabia também.
Quando o jantar terminou, Joe ainda não tinha
voltado. Kiro já estava agarrando o traseiro da atendente por baixo
do vestido dela. Harlow ignorava a cena e terminava seu vinho em
silêncio. Dean tinha a atenção voltada para a outra atendente. Eu
estava convencida de que as duas estavam no cardápio deles. A que
era alvo de Dean não parava de rir e arrumar desculpas para se
aproximar dele. Por sorte, ele ainda não atacara nenhuma parte do
corpo dela. Eu estava mais do que pronta para me levantar e sair.
– Acho que está na hora de você e Demi irem
para a cama – sugeriu Kiro a Harlow, sem olhar para ela. Estava
concentrado nos peitos da atendente, ainda com a mão enfiada debaixo
da saia dela.
– Concordo plenamente – respondeu Harlow,
levantando-se e olhando para mim com um sorriso constranigido.
Eu me levantei e comecei a agradecer a Kiro e Dean
pelo jantar, mas então vi a mão de Dean no meio das pernas da outra
atendente e decidi me apressar para seguir Harlow.
– Sinto muito que você tenha testemunhado
aquilo. Papai está bebendo mais agora que tem a Nan para
infernizá-lo. Quando bebe, ele... hã... precisa de muitas mulheres.
Em outras palavras, ele saía pegando geral.
Assenti. No entanto, qual era a desculpa de
Dean? Acho que era apenas uma lenda do rock cheia
de tesão e acostumada a ter o que queria.
– Imaginei que Joe já estaria de volta a essa
altura – respondi, querendo mudar de assunto.
Harlow assentiu.
– É, eu também. Estou descobrindo que Nan pode
dar muito trabalho.
Dar trabalho era pouco. Eu estava pensando em algo
mais na linha de “ser uma vaca”.
– Ela me odeia. Acho que preciso aceitar e
aprender a viver com isso – confessei. – Só não gosto do que
isso faz com Joe.
Um grito agudo e um gemido vieram da sala de
jantar. Harlow fez um som de náusea.
– Argh, venha. Podemos pegar o elevador em vez
da escada. Vai abafar o barulho.
– Eles estão simplesmente... transando na sala
de estar? – perguntei, impressionada com a falta de privacidade e o
fato de as outras pessoas da equipe do bufê poderem ouvi-los da
cozinha.
– Eles transam em qualquer lugar. Acredite em
mim. Você não ia querer saber o que eu vi ao longo dos anos. Acho
que é o motivo pelo qual ainda sou virgem. Bom, isso e o fato de ser
tímida demais.
Era um milagre que Harlow ainda fosse inocente com
aquele tipo de comportamento do pai.
– Eu era virgem até conhecer Joe. Às vezes é
melhor esperar até o cara certo aparecer.
Harlow sorriu e fez que sim com a cabeça.
– É. Mas também existe a chance de isso nunca
acontecer. Não sou muito sociável.
Minha vida aqui é muito isolada. Sempre odiei
sexo por causa do que ele fazia com meu pai. Mas nos últimos tempos
venho me perguntando se talvez eu não precise apenas encará-lo sob
um ponto de vista diferente. Você e Joe parecem felizes juntos.
Fiquei triste por ela. Aparentemente, Harlow havia
crescido superprotegida pela avó e depois vira apenas o outro
extremo, com Kiro. Ela devia estar muito desorientada em relação a
isso.
– Você teve namorados na Carolina do Sul? –
perguntei.
Ela deu de ombros.
– Não muitos. Minha avó não gostava que eu
tivesse namorados. Ela dizia que isso só levava a sexo e que eu
devia esperar até o casamento. Era o que a Bíblia dela mandava. Mas
se eu não namorasse, como iria me casar? – Harlow deu uma
risadinha. – Mas isso não tinha importância. Eu nunca conseguia
saber o que dizer quando um cara por quem eu me sentia atraída
estava por perto. Ficava tímida e sem jeito. Muito constrangedor.
Acho que estou melhorando com a idade.
Harlow tinha uma beleza clássica. Era elegante e
perfeita. Era difícil acreditar que não tivesse saído com um monte
de caras.
– Vou para o meu quarto. Tenho um livro para
terminar. Descobri autores indies no meu Kindle e estou meio viciada.
– Indies? – perguntei.
Harlow fez que sim com a cabeça.
– E-books publicados pelos próprios autores.
Encontrei alguns diamantes brutos.
Talvez eu devesse comprar um Kindle.
– Boa leitura! – desejei-lhe e segui para o
quarto de Joe.
JOE
Nan estava um caos e em lágrimas. Por mais que
fosse egoísta, fiquei arrasado por ela.
Ainda era minha irmãzinha e fora maltratada. Pelo
pai e pela mãe. Durante toda a minha vida, eu tentara ser a pessoa
com quem ela pudesse contar, mas não tinha sido o suficiente.
Ela precisava se sentir amada e aceita por pelo
menos um dos pais terríveis que tinha.
– Ela me odeia. – Nan fungava e soluçava. –
Ela me fez de boba bem ali, na frente do Kiro. Nem se importou com o
fato de eu estar tentando encontrar uma forma de fazer com que ele me
aceite.
Eu tinha certeza de que Nan levara Demi a dizer as
coisas que tinha dito, mas não z essa observação. Só agora,
depois de uma hora, eu estava conseguindo fazer Nan se acalmar o
bastante para conversar comigo. Ela precisava de alguém naquele
momento, e eu tinha certeza de que era a única pessoa no planeta que
se importava com seus problemas.
– Eu sei que você a ama, mas ela é má. Ela é
fria e má. Você se lembra de quando ela apontou aquela arma para
mim. – Nan fungou e limpou o rosto encharcado de lágrimas.
– Aquilo foi um pouco diferente. Mamãe e Abe
haviam acabado de tirar o chão de debaixo dos pés dela. Ela estava
perturbada e você a provocou.
Nan soltou uma risada irônica.
– Você sempre vai ficar do lado dela. Mesmo que
ela tire sarro de mim e da minha necessidade de ter um pai que me
queira bem ali, na frente de todo mundo. Na frente da Harlow. Do
Dean. Do Kiro. Ela não se importa com os meus sentimentos.
Demi estava grávida e com mais dificuldade de
controlar suas emoções. No entanto, eu precisava pedir que ela
casse calada perto de Nan. Quanto antes eu conseguisse fazer minha
irmã e Kiro se entenderem, antes poderíamos ir embora. Eu não
gostava de ter que ficar fazendo malabarismos para agradar as duas.
Era demais.
– Ela não deveria ter dito o que disse. Embora
você também não devesse ter dito nada para ela.
– Eu só estava lembrando a ela que você também
me ama. Ela olhava para mim com tanto ódio.
Demi tinha muitos motivos para odiar Nan. Eu sabia
disso. Só desejava que ela conseguisse deixar tudo para trás.
Quando ela insistiu em que viéssemos a Los Angeles, eu pensei que
fosse sua forma de perdoar Nan. Parecia que eu estava enganado.
– Vou resolver as coisas com Demi. Isso não vai
voltar a acontecer. Mas você precisa encontrar maneiras de pôr essa
amargura de lado, Nan. Não vou conseguir ajudá-la se você
continuar a agir dessa forma na frente de Kiro.
Ele está acostumado a lidar com Harlow. Com você, não. Harlow é
quieta e fica na dela. É só para isso que Kiro está preparado, e
tenho certeza de que ela descobriu isso rápido, ainda criança. Você
precisa perceber que Kiro não vai aceitá-la do jeito que você é.
Ele é uma lenda do rock, é mimado e egoísta. As pessoas o
idolatram e ele adora isso.
– Eu odeio a minha vida. Eu... eu acho que às
vezes seria mais fácil para todo mundo se eu simplesmente desse um
fim a ela.
Senti uma dor no peito e a abracei.
– Você não pode fazer isso porque eu amo você.
Eu quero você por perto. Você precisa de uma chance para encontrar
a felicidade, Nan. Não faça isso. E nunca mais, NUNCA mesmo, diga
uma coisa dessas.
Ela assentiu encostada em meu peito e começou a
chorar baixinho. Imaginei se a mágoa de minha irmã algum dia teria
cura.
Só voltei para a casa horas depois. Nan ficou no
hotel. Ela se recusava a ficar ali com Kiro e Harlow. Mandei duas
mensagens de texto para Demi e não recebi resposta. Fiquei
preocupado, mas repetia a mim mesmo que ela estava apenas dormindo.
Subi correndo para nosso quarto e, ao abrir a
porta, encontrei-a dormindo enroscada em cima da cama. Ainda estava
de vestido e parecia sentir frio. Fui até ela e comecei a tirar sua
roupa com todo o cuidado. Não queria acordá-la, mas também não a
queria dormindo de forma desconfortável.
Depois de despi-la, pus as cobertas por cima dela.
Não conseguia acreditar que ela tivesse dito algo para magoar Nan.
Mas minha irmã havia sido enfática ao armar que Demi a atacara.
Deviam ser os hormônios da gravidez. Dei um beijo na testa dela, me
levantei e fui tomar uma ducha. Não fazia nem um dia que tínhamos
chegado, e eu já estava estressado e pronto para ir embora.
Bateram à porta assim que minha cabeça encostou
no travesseiro. Ou pelo menos foi a impressão que tive. Demi se
revirou em meus braços, e eu notei o sol entrando pelas janelas.
Talvez eu tivesse dormido um pouco.
– Quem é? – perguntou-me Demi com a voz rouca
de sono.
Eu não tinha a resposta, mas não a queria sendo
despertada daquele jeito. Sabia que havia ficado acordada até tarde
esperando por mim.
– Não sei. Fique aqui – respondi,
beijando-lhe a testa antes de sair da cama e vestir uma calça jeans.
Abri a porta do quarto e encontrei meu pai com
cara de ressaca e furioso.
– Precisa desarmar uma bomba. O que quer que
tenha dito a Nan na noite passada não ajudou. Ela está a caminho –
rosnou Dean.
Era um passo na direção certa. Ela precisava de
uma oportunidade para se acostumar
com Kiro. Seria bom para os dois.
– Então minha conversa ajudou. Está na hora de
Kiro aceitá-la e recuperar o tempo perdido.
Dean soltou uma risada sem humor.
– Isso não vai acontecer, Joe. Se foi isso que
disse a ela, só falou o que ela queria ouvir.
O Kiro é o Kiro. Porra, ele não é nenhuma
figura paterna, e é isso que ela quer.
Talvez. Mas eu precisava pelo menos ajudá-la a
tentar.
– Só desça para ajudar antes que tudo vire um
inferno – pediu Dean, então se virou e saiu.
Fechei a porta e me virei para Demi. Ela estava
sentada na cama com os cabelos desalinhados e o lençol puxado até o
peito. O que eu queria mesmo era entrar na cama de novo com ela e me
esquecer de toda aquela confusão de Nan.
– Desculpe – disse a ela, voltando para a
cama.
Ela franziu a testa.
– A que horas você chegou ontem à noite?
– Tarde. Nan deu trabalho.
Demi assentiu rigidamente, então baixou o olhar.
Sentei ao seu lado, pus um dedo sob seu queixo e levantei sua cabeça
para que olhasse para mim.
– Ei, o que houve?
Ela soltou um suspiro cansado.
– Você podia ter me ligado. Fiquei esperando.
Adormeci preocupada com você.
– Eu liguei – garanti a ela. – Você não
atendeu.
Demi pegou o telefone e olhou para a tela.
– Você me ligou depois das onze. Eu já havia
caído no sono. Você poderia ter me ligado antes.
Demi tinha razão. Eu deveria ter ligado. Malditos
Nan e Kiro. Nunca mais a deixaria em segundo plano. Eu havia jurado
que ela viria sempre primeiro – e fora sincero. Ainda assim, na
noite passada eu a decepcionara.
Posta maaaais...to amando essa fic
ResponderExcluirPosta logo
ResponderExcluirPosta mais fic perfeita
ResponderExcluirSou apaixonada por essa fic, cara! Posta mais
ResponderExcluirEsses chiliques da Nan já passaram dos limites..... e o Joe ainda acreditou nela .......continua......
ResponderExcluirContinua
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