Mais um p vcs! Comentem e eu posto mais um quando voltar da aula! Beijos, amo vcs ♥
Bruna
~
DEMI
Ao longo dos dias seguintes, as coisas passaram de
tensas a ruins e, depois, a péssimas.
Joe mal cava na mansão. Quando cava, era por
pouco tempo. Nan e Kiro brigavam, ela saía correndo e Joe saía logo
atrás dela.
Eu sabia que este era o motivo pelo qual havíamos
viajado para Los Angeles, mas não esperava que as coisas chegassem a
esse ponto. Nan era mais imatura do que eu imaginava. Kiro era um
idiota. Harlow percebia isso, mas sabia lidar com a situação. Em
vez de ficar andando de um lado para o outro da casa berrando que não
era amada, ela passava a maior parte do tempo enfiada no quarto,
lendo. Às vezes, quando estava quente, ela ia lá para fora comigo.
Eu sentia falta de Joe. Sentia falta de ver seu
sorriso. Ele não sorrira muito nos últimos dias. Na noite anterior,
eu sugerira que ele desse algum espaço para Nan, para que ela
percebesse que ele não sairia correndo atrás dela quando desse um
ataque. Para ver como ela lidaria com a situação. Ele cara
frustrado: “Ela está ameaçando se matar, Demi. Não posso ignorar
isso. Também não acredito que ela vá fazer isso, mas ainda não
consigo ignorar.
Alguém precisa se importar com ela e esse alguém
sou eu. Ninguém mais dá a mínima.”
Depois disso, eu não disse mais nada. Ele não
queria me escutar, e eu não queria que ele estourasse comigo. Eu
estava ficando cansada. A situação toda estava me cansando.
Eu começava a compreender por que Harlow se
escondia. Por duas vezes eu havia agrado Kiro comendo uma garota que
parecia ter a minha idade. Não era uma imagem que eu desejasse ter
na cabeça. Ele simplesmente fazia sexo onde quer que lhe desse
vontade. Aprendi e ficar bem longe da sala de jogos. Aquela mesa de
sinuca não era usada para sinuca.
Uma batida à porta interrompeu meus pensamentos
e, para variar, fiquei contente. Não queria ficar remoendo a
distância que havia entre mim e Joe naquele momento. Isso me deixava
tensa. Harlow enfiou a cabeça pela porta.
– Quer ir até a piscina comigo? Papai não está
em casa, então não tem nenhuma rapidinha acontecendo por lá –
propôs ela, dando um sorriso tímido.
Nós também havíamos agrado Kiro nu na piscina
não com uma, mas duas garotas. Foi constrangedor. Ele riu tão alto
que tenho certeza que os vizinhos o escutaram. Em vez de ficar
envergonhado, ele achou a situação hilária.
– Parece uma boa ideia. Vou vestir o maiô e me
encontro com você lá – respondi.
Harlow era a única coisa boa naquele lugar. Eu
ansiava por voltar a Rosemary e ter meu
Joe de volta, em vez daquele Joe tenso e furioso
que tomara o lugar dele. Mas ia sentir falta de Harlow.
Vesti rapidamente o maiô e a saída de praia
antes de descer para a piscina, que era impressionante. As
quedas-d'água e a fonte no meio eram apenas a cobertura do bolo. Os
detalhes e o planejamento daquela piscina faziam com que parecesse
uma floresta tropical exótica. Só de olhar para ela a pessoa já se
sentia mais calma.
Harlow estava sentada em uma espreguiçadeira com
seu leitor digital quando cheguei. Sentei ao lado dela e estiquei as
pernas. Era o dia mais quente desde que eu chegara. Fazia 27 graus. O
que era loucura, se pensássemos que faltavam dois dias para
dezembro, que traria o inverno.
Eu tinha acabado de perguntar a Harlow sobre como
eles comemoravam as festas de fim de ano quando algo me interrompeu.
A cólica estava de volta. Puxei os joelhos e
aninhei minha barriga, fazendo um esforço enorme para não chorar.
Queria ter contado a Joe sobre isso depois do último episódio, mas,
antes de eu ter a chance, ele saíra de novo com Nan.
– Demi? Você está bem? – perguntou Harlow ao
meu lado.
– Não sei – respondi sinceramente. Uma
lágrima rolou, e eu detestei que ela me visse daquele jeito. Queria
ir para casa.
Harlow se aproximou e sentou na beira da minha
espreguiçadeira.
– Está com dor? – perguntou ela.
Apenas assenti. Harlow franziu a testa e olhou ao
redor.
– Onde está o Joe?
– Foi ver a Nan – respondi, encolhendo-me
quando outra cólica veio.
Harlow se levantou.
– Não acho normal que uma grávida que se
encolhendo e chorando de dor. Precisamos ir a um médico. Posso
levá-la ao meu. Ele é fã do papai, então vai atendê-la sem hora
marcada. Ligo para o consultório dele no caminho.
Eu não queria transformar aquilo numa cena, então
a solução mais fácil era deixar que Harlow me levasse. Assenti e
ela pegou minha mão e me ajudou a levantar.
– Preciso trocar de roupa primeiro – falei,
olhando para o maiô e a saída de praia que eu usava.
– Então vá se trocar, que eu vou também.
Depois vou parar meu carro na entrada da frente.
– Obrigada – respondi, então entrei na casa e
subi até o quarto de Joe. Pensei em ligar para ele, mas mudei de
ideia. Ele já tinha que cuidar da irmã. Talvez o que eu estava
sentindo não fosse nada além de gases. Eu ligaria para ele se o
médico achasse necessário. Não havia por que estressá-lo mais.
A vozinha na minha cabeça sussurrava o que eu não
queria admitir. Você está com medo que você e o bebê não venham
em primeiro lugar. Não quer que ele precise escolher.
Afastei esse pensamento. Troquei rapidamente o
maiô por uma calcinha, pus o vestido e desci. Eu me sentiria melhor
depois que um médico garantisse que eu estava bem. Assim que cheguei
ao último degrau, senti outra pontada e precisei me agarrar ao
corrimão da escada para me equilibrar. A cólica me fez gemer.
– Você está bem? – O tom preocupado na voz
de Dean me surpreendeu.
Forcei um sorriso e assenti.
– Sim, estou. Só vou a uma consulta com o
ginecologista da Harlow. Volto logo. Diga ao Joe que ligo se
precisar.
– Onde ele está? – perguntou Dean atrás de
mim, depois que segui na direção da porta.
– Com a Nan – respondi, então abri a porta e
segui para o Audi conversível de Harlow.
Harlow não errara ao dizer que o médico me
atenderia imediatamente. Assim que chegamos, a enfermeira nos levou
ao consultório, sem me pedir que preenchesse nem assinasse nada.
– Vou esperar aqui fora – avisou Harlow.
Fiquei agradecida por ela não entrar comigo. Eu
gostava de Harlow, mas ainda não éramos íntimas o bastante para
que ela fosse minha acompanhante num exame.
– Tire a parte de baixo da roupa. Pode ficar com
a parte de cima. E cubra-se com o lençol que está na mesa. O médico
virá em seguida – informou a mulher. Assenti com a cabeça e
agradeci. Depois que a porta se fechou atrás dela, entrei no
banheiro e tirei a parte de baixo da roupa.
A mancha vermelha na minha calcinha me fez parar e
respirar fundo. O terror começou a invadir meus pensamentos,
dificultando a respiração. Fiquei ali, olhando fixamente para a
calcinha e me perguntando se aquilo era normal, se estava tudo bem.
Eu devia ter ligado para Joe. Comecei a rezar. Não rezava sempre,
mas, naquele momento, precisava que alguém protegesse meu filho.
Depois da minha oração silenciosa, saí do
banheiro, fui até a mesa de exames e me cobri. Fiquei um pouco
aliviada quando alguém bateu de leve na porta e, depois de uma breve
pausa, a abriu. A ajuda havia chegado. O médico saberia o que fazer.
Eu esperava que sim. Um homem muito mais jovem do que eu imaginava
entrou, seguido pela enfermeira que havia me levado até a sala.
– Srta. Lovato, sou o Dr. Sheridan. Harlow me
disse que você está sentindo cólicas e que está muito longe do
seu médico da Flórida.
Fiz que sim com a cabeça.
– Sim, senhor. Também estou sangrando um pouco.
– As palavras saíram engasgadas, de um jeito que eu não esperava.
– Fique calma. Isso pode ser algo simples, como
desidratação. Não se preocupe, que isso não vai ajudar – disse
ele, sentando-se ao meu lado e me fazendo apoiar as pernas. – O que
está fazendo tão longe de casa? – perguntou ele, começando a me
examinar.
– Meu noivo e eu estamos visitando o pai dele –
expliquei apenas. Não havia por que contar a ele o real motivo de
estarmos ali.
– Quanto você conhece Harlow? – perguntou
ele.
– O pai do meu noivo é Dean Jonas – falei,
imaginando que, se o cara era fã de Kiro, deduziria o restante.
Ele fez uma pausa.
– É mesmo? Então o bebê que estamos
examinando aqui é neto de Dean Jonas?
Assenti e desejei que ele parasse de fazer tantas
perguntas e continuasse com o exame. Eu precisava saber que meu lho
estava bem. Ele pareceu ficar mais sério em relação ao exame.
– Não quero assustá-la, Srta. Lovato, mas
precisamos fazer um ultrassom para conferir como está o bebê.
Depois disso, quero monitorar você e ele por umas duas horas aqui no
consultório. É um procedimento de rotina. Só estou tomando
precauções para me assegurar de que tudo esteja bem. Também vou
pedir que beba um pouco de líquido. Melanie irá lhe trazer algo
para beber assim que terminarmos o ultrassom. Temos uma sala nos
fundos só para isso, com uma cama confortável. Melanie irá
diminuir as luzes e pôr uma música relaxante enquanto você
descansa.
Ele não estava me internando. Isso era bom... não
era? Consegui assentir de novo.
– Vou pedir que Melanie diga a Harlow qual vai
ser nosso procedimento, caso ela queira fazer outra coisa até você
ligar. Tudo bem para você? – perguntou ele.
Eu havia me esquecido de Harlow.
– Sim, é claro. Diga que eu falei para ela ir.
Eu a avisarei quando estiver liberada. Não quero que fique esperando
aqui todo esse tempo.
O médico fez que sim com a cabeça e saiu. A
enfermeira, que eu deduzi ser Melanie, me ajudou a me levantar.
– Vista a parte de baixo de novo, e vou levá-la
até o ultrassom.
JOE
Quando cheguei ao quarto de hotel de Nan, estava
furioso. Havia deixado Demi
chateada, e era tudo culpa da minha irmã. Se ela
não fosse tão egoísta, eu nem estaria ali. Eu tinha de lhe dizer
que ela precisava crescer e pronto. Já estava cansado. Não podia
continuar fazendo isso. Ela precisava dar um jeito na vida. Eu era
sua muleta.
Bati na porta do quarto e esperei. Havia me
informado na recepção, e Nan voltara fazia cerca de quinze minutos,
portanto eu sabia que ela estava ali. Esperei alguns instantes, bati
de novo e nada. Mais joguinhos. Comecei a bater com mais força.
– Nannette, abra esta porta! – gritei.
Um funcionário do hotel parou ao me ver
esmurrando a porta.
– Minha irmã está aqui e não está atendendo.
Estou preocupado com ela – menti. – Pode abrir a porta?
O sujeito ainda não parecia muito seguro a meu
respeito. Pela expressão no rosto dele, percebi que estava prestes a
chamar a segurança. Nan adoraria isso. Enfiei a mão no bolso de
trás da calça e peguei minha carteira.
– Olhe minha identidade. Sou Joe Jonas. Minha
irmã, Nannette, está neste quarto.
Mandar me tirarem daqui é uma péssima ideia.
– Sim, senhor – respondeu o funcionário.
Tinha reconhecido meu sobrenome. Em Los Angeles, isso acontecia muito
mais do que na Flórida.
Ele abriu a porta e eu entrei na suíte pronto
para gritar com Nan por estar sendo infantil.
Foi quando a vi caída no sofá. Ela estava em uma
posição estranha. Corri até ela e tomei seu pulso. Senti uma
pulsação muito leve nos dedos. Quis chorar de alívio.
– Preciso de paramédicos, AGORA – rugi para o
homem, que estava parado na porta, boquiaberto.
– Sim, senhor – respondeu ele, tirando o
telefone da cintura e dizendo a quem quer que estivesse do outro lado
da linha o que estava acontecendo.
– O que você fez, Nan? – perguntei, com o
coração batendo dolorosamente. Sentia a garganta apertada e não
conseguia respirar fundo. Eu não tinha acreditado nela. Achara que
ela só estava tentando chamar atenção. Eu zera igual a todas as
outras pessoas de sua vida. Eu a havia ignorado. Eu era um irmão
horrível. Segurei-a junto a meu peito, e meu telefone vibrou no
bolso. Tirei-o do bolso, vi o nome de Harlow na tela e o coloquei de
lado. Não estava a fim de falar com Harlow. Ela era parte dos
problemas de Nan. Eu não tinha nada para dizer a ela naquele
momento.
Fiquei ninando minha irmã suavemente. Era tudo
culpa de Kiro. Ele iria pagar por isso.
Se alguma coisa acontecesse com Nan, ele pagaria
por isso.
– Eu estou aqui, Nan. Não vou deixá-la, mas
você não pode me deixar – sussurrei, enquanto esperava pelo
socorro.
Pareceu passar uma eternidade antes de eu ouvir
passos fortes no corredor e o recepcionista indicando:
– Aqui.
Três paramédicos entraram correndo no quarto, e
passei Nan para eles. Começaram checando seus sinais vitais comigo
parado ali e observando sem ter o que fazer. Ouvi meu telefone tocar
no chão, onde eu o havia atirado. Precisava pegá-lo.
– Ela tomou alguma coisa. Você sabe o que foi?
– perguntou um dos homens.
– Não, acabei de chegar aqui – respondi,
entorpecido. Ela tivera uma overdose. Puta merda. Corri até o
banheiro e encontrei dois frascos de remédios controlados dentro da
pia.
Muitos analgésicos. – Puta que pariu! – rugi.
Um paramédico apareceu ao meu lado e pegou os
frascos da minha mão.
– Precisamos fazer uma lavagem estomacal. Você
é da família? – perguntou ele.
– Irmão – consegui dizer.
– Serve. Vamos tirá-la daqui. Você pode ir na
ambulância – falou ele.
Assisti num torpor de descrença enquanto eles
punham o corpo inerte de Nan em cima da maca e começavam a
carregá-la para fora do quarto. Fui atrás. Meu telefone tocou a
distância, mas eu o deixei lá. Naquele momento, precisava salvar
minha irmã.
Seis horas depois, eu estava sentado ao lado da
cama de hospital de Nan. Ela ainda não havia acordado, mas os
médicos acreditavam que ela se recuperaria por completo. Ao que tudo
indicava, eu a encontrara a tempo. Quando cheguei, ela havia acabado
de desmaiar por causa dos remédios.
Estava sem meu telefone e precisava ligar para
Demi. A essa altura, ela devia estar preocupada comigo. Até aquele
momento, eu não me sentira pronto para falar com ela. Não era culpa
dela o que estava acontecendo, mas eu estava sensível demais para
falar com qualquer um. Antes que pudesse pensar em qualquer outro
assunto ou qualquer outra pessoa, precisava que me garantissem que
Nan ia sobreviver. Agora me sentia culpado por não ter ligado para
Demi.
Deixar o telefone no quarto de hotel de Nan não
tinha sido nada inteligente. Na hora eu estava em estado de choque e
nada fazia sentido. O que eu tinha de fazer agora era procurar ajuda
para Nan, tirar Demi de Los Angeles e voltar para Rosemary. Precisava
ligar para minha mãe. Era ela quem devia estar lidando com essa
situação, não eu.
Kiro não ia fazer nada a respeito. Nan queria
algo que jamais teria. Estava na hora de se desapegar. Uma enfermeira
abriu a porta e entrou no quarto. Olhei para ela e decidi que era o
momento de desistir de tentar ser tudo para Nan, porque eu era
péssimo nisso.
– Preciso conversar com o médico. Quando ela
puder, quero que seja internada em um lugar onde a ajudem a se
recuperar. Ela precisa de ajuda, e não consigo dar conta – disse
em voz alta pela primeira vez na vida. Eu estava admitindo que havia
falhado com minha irmãzinha. Em vez de me sentir culpado, foi como
se tirasse um imenso peso dos ombros.
– O Dr. Jones estará aqui em breve. Ele também
vai querer interná-la. Ela realmente precisa de ajuda. Que bom que
você está de acordo. Isso sempre facilita as coisas.
Nada em relação àquilo seria fácil, mas era o
melhor para todo mundo.
Posta mais pf
ResponderExcluirPosta logooo
ResponderExcluirPosta maais
ResponderExcluirPosta logo pleaseeee
ResponderExcluirPosta maais
ResponderExcluirContinua
ResponderExcluirEssa Nan é uma chata o Joe devia a ignorar
ResponderExcluirEstou amando muito essa fanfic, de verdade.
ResponderExcluirEssa Nan é muito carente e exagerada, tudo o que ela quer é atenção.
Acho que Demi perdeu o bebê :'( Tomara que minha intuição esteja errada.
Joseph não devia ter largado o celular, tudo bem que ele está com Nan, mas ele não devia ficar sem fazer contato por causa dela.
Espero mesmo que Demi não tenha perdido o bebê, ela não merece isso.
Continua logooo, beijos.
Tomara que a Demi não perca o bebê
ResponderExcluirPosta mais!!!!!
Maaaaaaais *-*
ResponderExcluir