24.2.15

Capitulo 9 - Amor Sem Limites

Amores, aqui está! Agr acho q só posto amanhã pq agr vou estudar p uma prova... Comentem! Beijos, amo vcs ♥ 
Bruna

~

DEMI

Eu estava fazendo um esforço tremendo para não parecer um bebê chorão, mas estava

chateada.

– Eu deveria ter ligado mais cedo. Sinto muito. Nan ameaçou se matar, e eu entrei em pânico. Entrei no modo irmão protetor.

Ele sempre estava no modo irmão protetor com Nan. Eu sabia que teria que suportar muita coisa dela ao vir para cá, mas estava sendo mais difícil do que eu imaginara. Principalmente depois da forma como ela me tratara na noite anterior. Nem por um instante eu acreditaria que ela pudesse se matar.

– Ela está manipulando você. Detesto vê-la fazendo isso.

Joe se levantou, passou a mão pelos cabelos e foi até a janela. Ele não concordava comigo. Percebi isso pela forma como seus ombros ficaram tensos. Ele parecia estar na defensiva.

– Ela está perturbada e magoada. Sei que ela foi uma vaca com você no passado, mas agora preciso da sua ajuda. Por mim, você poderia não dizer coisas que a magoassem? Eu estou realmente preocupado com a estabilidade mental dela no momento.

Coisas que a magoassem? Eu não tinha dito nada de mais a Nan. Ele acreditava nisso?

– Fui eu que disse que devíamos vir. Compreendo que ela precisa da sua ajuda. Por que você acha que eu diria algo que a magoasse? – perguntei, levantando-me.

Joe jogou a cabeça para trás e fechou bem os olhos como se não quisesse ter aquela conversa. Havia alguma coisa errada.

– Sei o que você disse a ela ontem, à mesa. Ela me contou. E, sim, você tem todo o direito de dizer isso, mas neste momento eu preciso que você não diga. Quanto antes eu resolver isso tudo, antes estaremos de volta a Rosemary, longe deste pesadelo.

– E o que eu disse a ela ontem? Não estou entendendo – respondi, sentindo um nó no estômago. Nan estava mentindo a meu respeito? Fora ela quem tinha dito coisas agressivas, não eu.

– Ela acha que você tirou sarro dela. Eu... Acho que é melhor você não falar com ela.

Sentei de novo na cama e repassei mentalmente as conversas da noite anterior. Como ela poderia ter achado que tirei sarro dela? Ela havia me atacado!

Uma batida suave na porta interrompeu o que eu estava prestes a dizer, e Joe soltou um resmungo frustrado antes de ir pisando duro até a porta para abri-la.

– Desculpem. Não quero atrapalhar, mas Nan está exigindo saber qual é o quarto do

papai. Eu não iria querer acordá-lo. Seria péssimo. – A voz suave de Harlow parecia ansiosa.

– Merda – resmungou Joe. Ele olhou para mim. – Desculpe. Volto em alguns minutos.

Deite e descanse. Não vou deixar mais ninguém incomodar você.

Depois que a porta se fechou, deixei as lágrimas rolarem. Quando eu disse a ele para vir lidar com os problemas de Nan, achava que seria mais fácil. Eu esperava que, depois do acidente e de ela ter dito algo sobre fazer parte da vida do bebê, Nan estivesse mais flexível. Estava errada. Vir para Los Angeles havia sido uma péssima ideia.

Minha barriga endureceu, e eu congelei. Fiquei sentada, imóvel, esperando que o bebê chutasse para me assegurar de que estava tudo bem. Nada aconteceu. Pus as mãos na barriga e senti outra cólica. Me encolhi e tentei acalmar meu coração, que começou a disparar. Havia alguma coisa errada. Senti uma onda de náusea, deitei e fechei os olhos. Talvez eu tivesse me levantado rápido demais. Precisava começar a tomar mais cuidado. A tensão daquela casa estava me afetando.

Mantive os olhos fechados e respirei profunda e lentamente. A cólica passou e senti um chutinho leve na mão. Então, com esse pequeno conforto, caí no sono de novo.

Quando abri os olhos, o sol havia mudado de posição e brilhava forte pelas janelas. Já devia ter passado do horário do almoço. Peguei o telefone e olhei a hora. Era uma da tarde. Acho que estava mais cansada do que imaginava.

Rolei de lado para me levantar e vi uma bandeja de comida na mesinha de cabeceira. Me enrolei no lençol e me aproximei dela. Sorri ao pegar o bilhetinho com a letra familiar de Joe.

Desculpe por hoje de manhã. Você estava exausta, e eu descarreguei em você. Nada disso é culpa sua. Só quero que tudo termine para levá-la de volta para casa. Coma um pouco. Vou ver se consigo conversar com Kiro.

Amo você mais do que a vida. Joe

Levantei a tampa de prata que protegia meu prato e encontrei morangos frescos e creme, salmão e uma fatia de torrada. Meu estômago ainda não estava muito bem, então decidi ficar longe do salmão, mas peguei um morango, mergulhei-o no creme e dei uma mordida. O sabor doce na minha língua me fez sentir melhor. Terminei os morangos e a torrada sentada na beira da cama, depois me levantei e fui tomar um banho.

JOE

Fazia um calor incomum para o final de novembro. Eu tinha vestido um short e uma camisa de malha e fora aproveitar o sol da Califórnia.

Demi ainda não havia saído do quarto. Se não levantasse logo, eu arrumaria outra bandeja e subiria para lhe dar comida na boca. Era bom que dormisse, mas ela precisava comer também. Harlow tinha dito que não achava que Demi houvesse comido o bastante no jantar. Eu devia ter ficado com ela e ido atrás de Nan depois de Demi estar na cama.

Se minha irmã melodramática não fosse tão instável, eu não precisaria ajudá-la. Só que eu não conseguiria me perdoar se a ignorasse e algo acontecesse com ela. Por mais insuportável que fosse, ela ainda era minha irmã. Ainda via a menininha de rabo de cavalo que me dava sorrisos banguelas. Ela era minha garotinha quando éramos criança. Ninguém mais havia cuidado dela. Para mim era difícil esquecer isso.

– Cadê aquela sua garota? – perguntou Kiro ao sair para o pátio dos fundos, onde eu decidira me esconder de Nan.

– Está dormindo – respondi, satisfeito ao ver que Kiro estava fumando fora, em vez de dentro de casa.

– Ela é um doce. Me lembra a minha Harlow – disse ele, e enfiou de volta na boca o cigarro que segurava.

– É. Ela é absolutamente perfeita – concordei.

– Você precisa protegê-la um pouco mais de Nan. Sua irmã ficou destilando veneno sobre ela ontem à noite. Sua garota se saiu bem. Fiquei muito impressionado. Mas você precisa cuidar melhor dela – disse ele com sua voz arrastada, então bateu a cinza do cigarro e se virou para entrar em casa.

Eu ia perguntar do que ele estava falando, mas Nan passou em alta velocidade pela porta, de biquíni e salto alto.

– O que está fazendo, garota? – perguntou Kiro num tom irritado.

– Vou pegar um sol. Por quê? Quer ir comigo? Talvez conversar comigo? – disparou Nan, cheia de ódio na voz. Tive vontade de sacudi-la e perguntar por que ela precisava ser tão difícil.

– Não. Eu quero é saber quando você vai se mandar da minha casa. Você não para de fazer drama. Harlow nem sai da porra do quarto. Está na hora de você ir perturbar a sua mãe por um tempo e me deixar em paz.

Estremeci ao ver a dor no olhar de Nan. Caramba, Kiro era muito insensível.

– Por que eu estou tentando? Você não quer me conhecer. Você não dá a mínima para me conhecer. Você tem Harlow e isso basta. Eu não sou nada para você – berrou Nan.

– Harlow não é uma vaca egoísta, Nan. Tente ser um ser humano normal, e talvez eu tenha vontade de conhecê-la. Tive motivo para não ficar com sua mãe, garota. Adivinhe qual – rosnou ele, passando por ela e entrando na casa.

Nan ficou com o olhar vazio, parada diante da porta, fitando-a fixamente. Merda.

Levantei e fui até ela. Ela me viu e balançou a cabeça.

– Não. Eu não quero você também. Você também me odeia. Você a escolheu. Todo mundo escolhe outra pessoa. Ninguém me quer – gritou Nan, depois deu meia-volta e disparou para dentro da casa.

Parei na porta e ouvi o barulho dos saltos dela batendo com força no piso até desaparecer. Eu precisava ir atrás dela, conversar com ela, mas ia esperar um pouco até que se acalmasse. Ela precisava de um tempo sozinha.

– Isso não pareceu nada bom – disse Demi, interrompendo meus pensamentos. Eu me virei e a vi descendo a escada. Estava com os longos cabelos presos para cima e vestia um maiô azul-claro com uma saída de praia branca transparente que ia dos ombros até a metade da coxa. Estava com os olhos descansados, mas o que acabara de ouvir havia provocado uma expressão preocupada.

– É, foi horrível – respondi, diminuindo a distância entre nós e puxando-a para mim antes de beijar aqueles lábios rosados e carnudos. Não gostava de vê-la tensa. Ela enlaçou meu tronco e abriu de leve a boca. Senti o sabor de hortelã da pasta de dentes dela e aproveitei o calor suave de seu beijo.

Ela mexeu os lábios nos meus e deixou escapar um gemido baixinho. Levá-la de volta ao quarto pareceu uma boa ideia. Ela começou a recuar e eu fitei seus olhos semicerrados. Ela estava sorrindo satisfeita.

– Harlow disse que estava quente hoje. Pensei em tomar um pouco de sol. Passei muito tempo dentro de casa – disse ela.

Ela precisava de ar fresco.

– Acho uma boa ideia. Por que não vai se deitar em uma das espreguiçadeiras? Faço massagem nos seus pés.

Os olhos dela brilharam de empolgação, e quase dei risada. Ultimamente ela adorava massagem nos pés. Eu sabia que era por não estar acostumada ao peso extra do bebê.

– Que ideia maravilhosa – concordou ela, apressando-se em se instalar na espreguiçadeira mais próxima.

Meu telefone tocou no bolso, mas o ignorei. Demi olhou para mim, que pairava acima dela.

– Não vai atender? – perguntou.

Enfiei a mão no bolso e vi o número de Nan na tela. Eu devia ignorá-la. Aquilo não podia ser coisa boa. Eu queria um tempo com Demi. Queria massagear os pés dela e ver as

carinhas que ela fazia ao meu toque.

– Atenda, Joe. Se não atender, vai ficar preocupado – incentivou ela.

Resmungando um palavrão, apertei para atender e segurei o telefone no ouvido. Antes que eu pudesse dizer alô, fui recebido pelos soluços altos de Nan.

– Não venha atrás de mim. Eu disse para você ontem à noite que queria acabar com tudo e quero mesmo. É isso. Todo mundo me odeia, e eu cansei. Adeus, Joe – gritou ela ao telefone antes de encerrar a ligação.

– Puta que pariu! – rosnei, enfiando o telefone de volta no bolso. Precisava ir atrás dela. Queria acreditar que Demi tinha razão e Nan não faria mal a si mesma, mas não podia simplesmente tomar isso por certo.

– Ela está ameaçando se matar de novo – contei, olhando para Demi e a expressão decepcionada em seu rosto. Eu a estava desapontando. Detestava isso. Queria que não tivéssemos vindo, mas também jamais conseguiria me perdoar se alguma coisa acontecesse com Nan.

– Vá. Tudo bem. Ela precisa de você, então está dando um jeito de chamar sua atenção – respondeu Demi.

Fazia sentido. Ela provavelmente tinha razão.

– Não dá para saber se ela realmente não vai tentar alguma coisa. Não consigo acreditar que seja apenas uma ameaça.

– Eu sei.

– Sou tudo o que ela tem, Demi – disparei, irritado, sem querer. Eu não estava bravo com ela. Estava bravo com o fato de ela ser tão compreensiva sem precisar. Estava bravo porque ela continuava em segundo plano por causa da minha família. Odiava que ela simplesmente me deixasse ir todas as vezes sem fazer pressão para que eu casse. Eu odiava tudo isso.

– Eu sei – repetiu ela. Desta vez, pude ouvir a mágoa em sua voz e me odiei por ser a causa dela.

– Desculpe, eu só...

– Você só precisa ir ver a sua irmã. Eu entendo. – Demi terminou a frase por mim. O tom duro na voz dela me deixou preocupado, mas eu não tinha tempo para tratar disso. Quanto mais eu demorasse ali, pior as coisas cariam. Eu a recompensaria mais tarde. Também diria a Nan que iria interná-la em um hospital psiquiátrico se não parasse de ameaçar se matar. Então voltaríamos para Rosemary. Eu queria minha vida de volta.

7 comentários:

  1. Posta mais um hj pf pf pf e as dores que ela sentiu na barriga???

    ResponderExcluir
  2. Esta fic está maravilhosamente, parabéns. Por favor podes me dar acesso ao teu outro blog??? Meu mail é imanualves@gmail.com, antes lia mas deixei de ter acesso a um bom tempo e já estou com saudades da outra fic... Please beijinhos

    ResponderExcluir
  3. Posta logo...please ansiosaaaa

    ResponderExcluir
  4. Desculpa a demora, eu sinto que Demi já está cansada de tudo isso e que vai acontecer algo, Nan pelo amor de Deus para de promessas e se mata logo.
    Amo a relação de Kiro e Harlow, apesar dele não ser um pai exemplar ele a ama e pensa no bem estar dela, mesmo tendo q expulsar Nanette fazendo com que Joe se afaste da Demi, Dean também é um amor kkkkk
    Continua amor!
    Sam, xx

    ResponderExcluir